New Moon - A outra Swan escrita por Liz Black, Alina Black


Capítulo 115
Temporada final, livro 14, Jacob: Volterra




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França, novembro de 1884

— Como podem ver senhores, esses são os primeiros passos para nossa produção de veículos sem uso de cavalos, toda nosso preparo se encontra em fase final e em breve iniciaremos a contratação de mão de obra.

— Interessante – respondeu Aro Volturi.

— Realmente é um passo bem grande para o futuro.

Aro sorriu – você vê essa ideia futurista como um passo, realmente Danrath você está tentando ser humilde.

— Ter os pés no chão talvez – respondi enquanto caminhávamos pela fábrica – Nós sabemos que teremos imprevistos.

— E você está pronto para eles, acredito eu.

— Eu sempre estou.

Aro Volturi e eu seguimos pelos corredores da fabrica observando cada maquina instalada, eu sábia que teria gastos nos próximos meses, porém acreditava que estes seriam insignificantes diante dos lucros.

Após a inspeção seguimos pelos corredores enquanto eu escutava atentamente as condições do Volturi para investir no meu projeto, eu já tinha absoluta certeza que havia o convencido, mas no mundo dos negócios sempre existem pontos a serem esclarecidos.

— Apesar da pouca idade você tem um olhar muito amplo no mundo dos negócios Jacob, agora entendo toda a admiração que seu pai tinha por você.

— Obrigado Senhor.

— Não tenho a menor dúvida em aceitar sua proposta. Porém...

—Volturi! Um homem gritou nos interrompendo – Volturi seu miserável, você vai pagar, você vai pagar.

— O que significa isso?

Alguns funcionários correram tentando conter o homem que partiu em nossa direção – Você me tirou tudo Volturi – gritou o homem, agora eu vou tirar tudo de você.

O homem empurrou um dos funcionários tirando uma arma de seu bolso e todos deram um passo para trás, ergui minhas mãos diante do meu corpo – Solte isso – murmurei cauteloso.

— Meu problema não é com você – o homem disse desorientado.

— Melhor largar a arma – o alertei.

— Volturi seu covarde, vai se esconder agora atrás do amigo – o homem sorriu engatilhando a arma.

— Parece que a surra não serviu para nada – Respondeu Aro dando alguns passos.

—Aro não!

O som do disparo da arma ecoou pela fabrica enquanto meu corpo se chocava com o de Aro, aproveitando a distração do homem os seguranças conseguiram contê-lo retirando a arma das mãos dele.

— Senhor – murmurou um dos funcionários enquanto eu me levantava, senti o arder em meu ombro e ao olhar de soslaio pude ver a mancha vermelha em minha camisa.

—Que merda – murmurei antes de cair desacordado no chão.

Dias atuais....

Volterra não estava tão diferente de minhas ultimas lembranças, eu havia estado inúmeras vezes em Toscana, apesar de ser apenas par negócios eu sempre havia aproveitado para conhecer sua beleza etrusca.

Nós caminhamos por uma estreita rua, que era coberta com pedras da mesma na cor canela e paredes da mesma cor, o sol ainda começava a nascer tentando vencer a escuridão e quando finalmente conseguiu pude ver que também haviam paredes vermelhas da estreita passagem.

— É tudo tão nostálgico – murmurou Bella ao meu lado, Edward caminhava a nossa frente com o pequeno Eliot nos braços e Leah ao seu lado.

—Então foi aqui que se escondeu quando fugiu? A provoquei

— Não me escondi, não há lugar para se esconder em Volterra.

Nessie sorriu – Podíamos aproveitar a beleza da cidade quando isso terminar – sugeriu ela.

—Se sobrevivermos – murmurei.

— Desde quando você é tão negativo?

— Estou sendo realista – falei parando meus passos e a virei de frente para mim segurando seu queixo em seguida – Estamos indo para o covil dos sanguessugas.

— Mas você tem uma carta na manga – ela disse sorrindo.

—Não sei se vai funcionar.

— Eu espero que sim, do contrario estaremos apenas antecipando nossa destruição – disse Jasper passando entre nós dois.

Nessie e eu trocamos olhares e apesar da minha tensão sorrimos voltando a caminhar pela estreita rua, um pouco mais a frente duas figuras escuras nos encontraram.

— Saudações, cavalheiros – Disse Edward em um tom aparentemente calmo.

— Ora, não esperávamos sua repentina visita - uma voz suave sussurrou ameaçadoramente.

— Nós lamentamos por não ter-mos avisado- a voz de Edward estava mais dura agora. - Eu conheço as suas regras, Felix e não quebrei nenhuma delas.

— Me acompanhem – o homem respondeu entrando pela estreita porta acompanhado de mais dois sanguessugas

— Nós estraremos atrás de vocês- Edward disse secamente.

Após ouvir  barulho estridente da grade do buraco onde havíamos entrado se fechando atrás de nós a luz fraca das ruas se perdeu rapidamente na escuridão, o único som que eu podia ouvir era das batidas do coração de Nessie, eu passei meus braços em volta dos ombros dela tentando demonstrar que estava tudo bem, logo tudo ficou cinza escuro ao invés de preto, agora nós seguíamos por um túnel baixo, arqueado e após passarmos por mais uma porta chegamos a um corredor mais claro que tinha as paredes num tom de branco apagado com Lâmpadas fluorescentes retangulares.

— Não é tão ruim pra uma masmorra – brincou Nessie.

—Aro Volturi já foi mais exigente – respondi.

Ao chegarmos ao fim de um corredor havia uma moça de estrutura pequena, mas parecia uma menina, tinha cabelos loiros que podiam ser vistos pelos fios que saiam debaixo do capuz da capa que ela usava, a garota abriu a porta do elevador e após entrar baixou seu capuz – Jane – murmurei.

Ela deu um tímido sorriso – Você já foi mais arrumadinho.

Eu sorri com o canto dos lábios mas meu sorriso se desfez quando Nessie me olhou com um semblante de desaprovação, eu havia esquecido por um segundo que Jane e eu não erámos os únicos com lembranças passadas, Nessie também tinha e sabia que era da vontade de Aro que me casasse com Jane no passado, ou melhor que Jacob Danrath se casasse.

Quando isso terminasse eu estava encrencado.

Nessie não disse nada até saímos do elevador, então entramos numa área elegante que parecia uma  recepção. As paredes eram cobertas de madeira, o chão era atapetado com uma cobertura grossa, verde. Não haviam janelas, mas sim grandes quadros, de uma luz brilhante que retratavam a região Toscana e que estavam pendurados em toda parte como se fossem uma substituição.

 - Boa tarde, Jane – disse a mulher alta de olhos verdes, que para minha surpresa era humana.

 - Gianna. – Jane respondeu mas continuou andando na direção de uma porta

dupla que ficava na parte de atrás da sala, e nós a acompanhamos.

No outro lado das portas de madeira haviam uma outra espécie de recepção e nela um garoto que eu também conhecia, todos eles estavam nas memórias de Jacob Danrath – Jane – Disse o garoto sorrindo.

— Alec - ela respondeu, abraçando o garoto e lhe deu um beijo na bochecha.

— Parece que realmente eles estavam certos sobre a visita especial – disse ele olhando pra mim- Está pensando em matar a saudade irmã?

Jane gargalhou.

Nessie a encarou.

— Faz tempo que não o vejo Danrath – Disse Alec – Mas você já estava melhor.

— É que meu atual eu é mais simples – respondi.

Alec gargalhou e examinou a todos, mas sua expressão se tornou séria e assustada ao olhar para Edward.

— Então é verdade? - ele perguntou, ceticamente.

— Dibs - Felix chamou casualmente atrás de nós.

Edward se virou, um lento rosnado se construindo no fundo do seu peito. Felix sorriu - a mão dele estava erguida, com a palma pra cima; ele curvou o dedo duas vezes, convidando Edward a ir em frente.

— Aro ficará feliz em saber que decidiram entregar a criança gentilmente- Alec disse, como se nada tivesse acontecido.

— Que tal entrarmos? - Jane sugeriu.

Nós passamos por mais algumas portas antes de finalmente chegarmos até eles, eu podia perceber a preocupação no rosto dos Cullen, Edward passou o filho para os braços de Leah quando paramos diante da porta que eu tinha absoluta certeza ser coberta de ouro, deduzi que ele tinha um plano b caso as coisas não saíssem da forma que imaginávamos e Leah estava incluída nele.

A porta se abriu, todos os rostos notáveis se viraram na nossa direção quando o nosso grupo entrou na sala.

A maioria dos imortáis estavam vestidos com calças e camisas acima de qualquer suspeita, quando seus olhos encontraram o menino nos braços de Leah seus semblantes foram dominados pelo terror.

Eu podia ver em suas faces marmorizadas o olhar de medo.


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