For you, my brother escrita por Kagura May


Capítulo 5
A disputa dos irmãos


Notas iniciais do capítulo

Aqui está a outra parte do capítulo anterior~~
Podia ter deixado pra postar depois? Podia, mas tô sem vontade de ter que ficar deixando pra postar depois~~
Espero que gostem!



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Hanako a acompanhou para a sua classe enquanto discutiam o assunto. Sua assistente insistiu em esquecer a brincadeira após contá-lo o que aconteceu nos armários de sapatos e ele queria resolver o enigma do ocorrido. Para ser mais exata, descobrir quem o fez e porque. Por mais que Hanako pensasse e tentasse lembrar de algo que poderia ter esquecido, nenhuma explicação veio em sua mente.

 

— O que é isso?

 

Perguntou Yashiro, olhando na porta do fundo da sala tirando totalmente seu companheiro do seu desvaneio. Alguns colegas de classe estão na mesa da garota impossibilitando de ver o que realmente está causando alvoroço em sua mesa.

 

— Nene-chan!

 

Aoi veio de encontro a ela com uma expressão preocupante para Yashiro. O primeiro pensamento que veio a garota foi a possibilidade de um possível bullying ou outra brincadeira sem graça, o que ela não está errada em certo ponto. Quando chegou em sua mesa, uma marmita fechada e suspeita encontrou. Lembrando da sua amada carta, ela juntou coragem para abrir. Normalmente garotos não entregam obentôs para as garotas e ela tem total certeza de que nenhuma garota o faria. Somente garotas com cortes curtos e atitudes consideradas masculinas são populares nesse sentido por outras garotas.

Respirou fundo e finalmente abriu.

 

— O que é isso?

 

Yashiro encarou seu presente o desprezando. O que está acontecendo? Primeiro uma carta e agora uma marmita não comível e assustadora, muito pior daquela que foi entregue a Minamoto Teru. De fundo, era possível ouvir as risadas de Hanako que, provavelmente, lembrou do ocorrido quando a conheceu.

 

— Vocês sabem quem entregou isso? — perguntou Yashiro aos que estão à sua volta.

— Já estava aqui quando cheguei — comentou Yamabuki-san.

 

Como ele foi o responsável pela limpeza e organização da sala antes das aulas começarem, foi o primeiro a chegar. Não tinha como ninguém mais além dele saber se tivesse acontecido depois. Yashiro fechou sua marmita estranha, suspirando por ter que jogá-la fora mais tarde. Sentando-se à sua mesa, checou a cadeira antes para não ter mais nenhuma surpresa, guardou o seu presente na abertura a baixo sentindo sua mão bater em algo. Se abaixou um pouco para olhar o fundo do compartimento da mesa encontrando uma caixa e algumas... Flores? Os tirou para dar uma olhada.

O riso do seu amigo flutuando em cima dela diz tudo.

 

— Yashiro-san, você fez alguma coisa para alguém? — perguntou Akane-kun a encarando com certa desconfiança.

 

Uma caixa de bombons vazia e flores murchas. Foi bem visível a expressão perplexa de Yashiro e do quão assustada está pelos presentes estranhos. O que ela fez para merecer isso?

 

— Aoi.

 

Choramingou para a sua melhor amiga que a acolheu e tentou acalmá-la com palavras calorosas enquanto afaga a cabeça.

 

— A-MA-NE!

 

De repente, um garoto com roupas japonesas pulou em Hanako, e apesar dos afastamentos do mesmo, o garoto insiste em continuar aquele abraço tão íntimo. 

 

— Yashiro gostou dos presentes?

 

A garota demorou um pouco para processar e ao mesmo tempo sabia que não podia responder. 

Então... Quem me entregou os presentes foi...? Hanako interrompeu os pensamentos de Yashiro.

 

— Foi você que deu?

 

Pela voz do Hanako, pode-se perceber o quão ficou surpreso.

Tsukasa se desfez do abraço e tirando um livro de dentro da sua roupa, ele o abre e mostra algumas páginas que falavam sobre os presentes que entregou a Yashiro. Um livro sobre como conquistar alguém o que fez seu irmão congelar por alguns instantes.

É possível Tsukasa se apaixonar por alguém? Ou melhor, é possível Tsukasa se apaixonar por Yashiro? Em todos os momentos que Hanako conviveu com seu irmão mais novo, nunca presenciou interesse dele por paixões ou coisas românticas. Muito menos é um assunto que eles conversavam e a culpa não é de Amane. Ele ainda tentou saber sobre por parte de seu irmão, mas ele sempre fugia ou o ignorava. Se ele não era assim, então que capítulo ele perdeu? Uma mistura de medo, receio e dúvida surgiu. De todas as pessoas, não queria ouvir logo do seu irmão mais novo que está apaixonado pela mesma pessoa, mas a dúvida o coroe mais com essa possibilidade.

 

— Você está apaixonado pela Yashiro?

 

Cuspiu essas palavras. O ciúmes fazia sua mão tremer pela expectativa e o clima entre os dois entrou como se estivessem prestes a começar uma guerra. Os olhares trocados como faíscas fez Yashiro prestar a atenção sem saber como agir, principalmente quando o mais novo a olhou com um sorriso e veio de encontro com ela puxando sua cabeça contra o peito dele. Um sorriso descontraído de sempre soltou.

 

— E se eu estiver, o que vai fazer?

 

Yashiro corou forte tomada sem reação ou talvez aquilo era medo mesmo, pois Hanako a ameaçou com os olhares. Se sentia como um coelho no meio de leões famintos que estão dispostos a brigar por sua comida. O que fazer? Como sair daquela? Por sorte, Aoi e Akane-kun tinham ido jogar os presentes que ela recebeu e já não há mais ninguém prestando atenção nela além dos gêmeos.

Tsukasa se ajeitou para abraçá-la de um jeito mais confortável, aproveitou para apoiar sua cabeça no ombro dela já que está por trás e poderia ver as expressões da garota e do seu querido irmão.

 

— Você ainda não me respondeu. Gostou dos presentes?

— Não os mande nunca mais.

 

Apesar do arrepio rápido que sentiu, seu desanimo ganhou força quando ouviu a palavra "presentes". Questionamentos a atingiram, principalmente pelo tom alto que ele usou em seu ouvido direito. Yashiro mandou olhares para o garoto que só está a acompanhando para caso algum ser tirasse a paz da sua vida como estudante, mas ele a ignorou e desviou todas as vezes os olhares que são lançados ao mesmo.

O que eu fiz para merecer isso? Se questionou após se sentir culpa por ter sido forçada a entrar na briga deles.

 

— Vocês já se beijaram?

 

Yashiro, dessa vez, não tão vermelha como nas vezes anteriores, negou. Sua mente se preenche com a situação atual e seu desejo enorme de se resolver com Hanako, apesar de não ser culpa dela. Queria resolver logo de uma vez e já não tinha mais paciência para ouvir Tsukasa falando.

 

— Me beija.

 

Em voz alta e clara foi dito. Hanako e Yashiro olhou para Tsukasa.

 

— Não quero.

 

Hanako, antes que se impulsionou para ir até ela, parou após ouvir a resposta tão fria dela. Foi a primeira vez que a viu agir dessa forma e, apesar de não ser para ele, uma mistura de alívio e incomodo surgiu em seu peito. Aquela resposta poderia ter sido para ele. Ela o faria da mesma forma que fez com seu irmão mais novo? Apesar desse ciúmes bobo vendo Tsukasa tomar seu lugar, ele sabe que é apenas provocação. Os olhares de Tsukasa não parecem ser de alguém apaixonado, mas, mesmo assim, por que ainda se sente dessa forma observando os dois?

Tsukasa flutua mudando de lugar para a frente dela e a segurou pelo queixo, puxando o seu rosto para próximo a ele. Pelo canto do olho, lançou olhares para seu irmão notando seu desconforto. Um sorriso malicioso soltou quando voltou sua atenção para Yashiro.

 

— E um beijo do Amane, você quer?

 

Yashiro deu um sorriso. Sua expressão está totalmente psicopata e, quando menos Tsukasa esperou, um soco foi recebido em seu rosto fazendo algumas carteiras tremerem pela força.

 

— Não pensei que minha assistente fosse boa em lutas — comentou Hanako com uma mistura de elogio e provocação, mas ficou quieto, logo após dar de encontro com os mesmos olhares que ela lançou ao Tsukasa.

 

Aproximando um pouco de Tsukasa, Yashiro movimentou sua boca em silêncio pronunciando palavras que foram entendidas pelo garoto.

 

— Você vai pagar caro por isso.

 

Tsukasa a respondeu com o melhor sorriso que conseguiu dar naquele momento e sumiu em meio às suas fumaças.

Yashiro voltou ao seu lugar ouvindo todos comentarem, novamente, sobre ela e agora sobre os novos ocorridos que está acontecendo. Suspirou. No final, Tsukasa só a está trazendo mais e mais problemas.

 

— O que você disse a ele?

 

Hanako se sentou atrás dela e começou a mexer em seu cabelo penteando com um pente que tirou do seu bolso da calça.

 

— Disse a ele para sair daqui.

— Hum... O que acha de irmos para o terraço no almoço? Só nós dois? Quero te perguntar algumas coisas.

 

Para a garota curiosa, ela não está nenhum pouco com vontade de falar sobre nenhum assunto relacionado a ele. Acaba de ter que lidar com o irmão psicopata dele sozinha e ainda está chateada por Hanako ter permitido as coisas chegarem tão longe como chegou. Nem mesmo sabe o que esperar depois de ter dado um soco naquele garoto. Será que realmente estará a salvo? Ou é melhor ficar seguindo Akane-kun ou o Kou, ou até mesmo o Minamoto-senpai para ter uma proteção a mais?

Sua mente, cansada de pensar, apenas mandou um foda-se e resolveu o responder olhando para os olhos do seu amigo.

 

— Tudo bem por mim.


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