After Dawn - Alvorecer escrita por Alina Black


Capítulo 79
Esperança




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Meus olhos se abriram lentamente e eu estava aquecida em minha cama, suspirei me sentando e observando a camisola em meu corpo, me perguntei em qual momento eu havia retornado para casa.

O cheiro de Jacob me fez pular da cama, porém antes que eu pudesse me aproximar a porta se abriu, Lice entrou com uma bandeja nas mãos e deu um tímido sorriso – Sim ele está aqui – ela falou deixando a bandeja sobre a mesa que havia no quarto.

A confusão me dominou, me perguntei como eu havia vindo para casa? Porque Jake estava aqui?

— Você precisa comer alguma coisa – Minha irmã falou aproximando-se de mim – Você apagou nos braços do Zo e ele a trouxe, ele estava bastante preocupado – Ela segurou minha mão - Vovô – achou melhor trazê-lo para cá, aqui ele tem suporte necessário para...

Soltei as mãos de Lice – Para? – Falei olhando nos olhos dela, Lice sempre deixava uma frase pela metade quando tentava me esconder alguma coisa.

— Maninha.

—  Lice por favor se existe uma esperança eu preciso saber.

— Eles estão na sala, vovô pode explicar melhor a você.

Suspirei caminhando apressada até a porta.

— Nessie espera – Rosalice me seguiu colocando o roupão sobre meus ombros – Está de camisola.

Apesar da dor de saber que estava perdendo Jacob eu segurei sua mão e dei um tímido sorriso– Que bom que você está bem – murmurei.

— Jake também ficará – ela sussurrou.

Ajeitei o roupão em meu corpo fazendo um nó no laço da cintura e saímos juntas do quarto seguindo pelo corredor e descendo as escadas até a sala de estar.

— Renesmee- Mamãe me chamou enquanto descíamos as escadas, percebi que toda a minha família estava reunida juntamente com Zo, Lucy e Nahuel, tia Rose e Emmett estavam sentados um ao lado de outro em um dos sofás, Esme e Alice no outro, enquanto tio Jasper estava um pouco mais afastado próximo a mesa de sinuca que eles haviam colocado na sala, imediatamente papai se colocou ao seu lado e os encarei em silêncio – Venha querida – ela completou estendendo a mão para mim.

Olhei para meus pais e suspirei.

— Ficamos preocupados com você, pela forma que Zoran a trouxe ontem – explicou meu pai.

Olhei para Zo e ele cruzou os braços diante de seu peito se encostando na coluna da sala- Sei que estão preocupados mas estou bem – respondi – O único que precisa de ajuda é o Jake.

Meus pais trocaram olhares.

— Talvez haja uma solução.

— Qual?

— Não temos certeza – Disse Zo aproximando-se de nós – Renesmee você é um veneno para vampiros, seu sangue destrói um imortal.

— Talvez seu sangue possa ajudar o Jacob – Disse meu avô.

Uma onda de esperança invadiu meu coração, como eu não havia pensado nisso? – Geralmente um antidoto é criado do próprio veneno – murmurei – mais um claro – falei com os olhos marejado e olhei pra meu avô – Então se eu posso salva-lo o que estamos esperando?

— Não é tão simples – disse mamãe.

— Como assim? Porque está dizendo isso?

— Renesmee, Jacob tem o triplo do seu peso corporal, embora eu precise fazer um teste para termos certeza que isso funcionará ele precisaria de uma transfusão de sangue para...

— Eu não me importo – O interrompi – Espera, por isso essa reunião? Para decidirem?

— Não – Zo respondeu – Tenho certeza que todos os presentem sabem que você é adulta o suficiente para tomar suas decisões.

Olhei para meu pai e seu rosto quase sem expressões era de insatisfação – Sua mãe e eu sabemos que não precisa de nossa autorização, mas pense bem filha, não podemos permitir que algo aconteça a você.

Engoli a seco, como se eu não quisesse morrer de qualquer forma caso Jake não sobrevivesse, talvez eu mesma desse um jeito de me matar, talvez se eu provasse do meu próprio sangue.

— Renesmee não pense besteiras – meu pai esbravejou e Rosalice me olhou assustada.

—Espera o que ela está pensando? Perguntou mamãe me puxando pelo braço logo em seguida – o que você está pensando em fazer?

Fiquei em silêncio.

— Precisa decidir se fará isso ou não – Disse meu avô.

— Eu já decidi, é claro que eu farei isso, vocês já deveriam ter feito.

—Renesmee – Zo falou dando alguns passos em minha direção e parou a minha frente segurando minhas mãos – Eu sei que não vou mudar sua decisão por que a conheço, ninguém aqui mudará, e isso só demonstra que fiz um bom trabalho nos últimos quatro anos – ele deu um tímido sorriso tocando uma mexa de meu cabelo.

— Você fez, eu sinto muito por não retribuir seu amor da mesma forma Zo.

— Ele sorriu com o canto dos lábios – O lobisomem chegou primeiro, então melhor ir lá e fazer o que precisa ser feito antes que eu concorde com seu pai.

Olhei para meu pai – O que você?

— Melhor fazermos logo os testes, Jacob não tem muito tempo – Meu avô nos interrompeu.

Eu assenti e olhei para Lucy – Boa sorte – disse ela baixinho, sacudi a cabeça e imediatamente acompanhei meu avô até seu pequeno laboratório que sempre usava para examinar minha irmã e eu, ao entrar percebi que haviam o transformado em uma enfermaria.

Jake estava deitado sobre uma cama de hospital, vovô entrou e caminhou até um armario, dei um tímido sorriso controlando minhas lagrimas e me aproximei – Como ele está?

— Instável! Vovô respondeu girando seu corpo e ficando de frente para mim com aquela seringa especial feita exatamente para entrar em minha pele, fiz uma careta imaginando o que viria a seguir mais eu não me importava.

— Isso vai demorar? Quero dizer o resultado? Para que eu possa doar meu sangue a ele? – Perguntei ficando ao lado da cama, deslizei uma das minhas mãos pelo lençol e toquei a mão de Jacob.

— Espero que não – respondeu meu avô – Só farei uma análise para termos certeza que Zo está certo – explicou ele – Preciso que sente-se aqui.

Eu assenti enquanto vovó puxava a cadeira e coloquei o braço sobre o suporte enquanto ele apertava meu braço com uma borracha fazendo um nó apertado, suspirei e virei o rosto na direção de Jacob dando um pequeno gemido quando senti a agulha crava em minha pele. Desde criança eu sempre havia odiado aquilo.

O odor do meu sangue começava a me causar náuseas mas felizmente não demorou para que ele terminasse, levantei da cadeira e me aproximei novamente da cama de Jake.

— Eu vou fazer o teste na outra sala – disse meu avô.

—Obrigada vovô – respondi dando um tímido sorriso ao vê-lo sair.

Carinhosamente segurei a mão de Jacob colocando sobre a minha, ele estava tão frio, desde que eu havia o conhecido ele sempre havia sido quente, sua pele também estava sem cor e seus lábios arroxeados.

— Você vai ficar bem Jake – murmurei sentindo minhas lagrimas rolarem meu minhas bochechas e sentei na cama ao seu lado – Eu vou salvar você e vou poder dizer que eu te amo, que eu sempre amei você desde que te vi pela primeira vez.

Deitei a cabeça em seu peito e fechei os olhos usando meu dom, eu tinha absoluta certeza que no mais profundo do seu subconsciente ele sentiria a minha presença.


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