Gray Eyes escrita por Saturn


Capítulo 1
A Garota dos Olhos Cinza


Notas iniciais do capítulo

Ooi pessoal!
Venho com uma Percabeth Fluffy recém saída do forno.
Penso que ela se localiza entre o fim de Os últimos Olimpianos e antes dos acontecimentos de HDO.



Enjoy it!



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A primeira vez que acordei e me deparei com aqueles olhos cinza tempestuosos, eu não tinha ideia de como eles seriam importantes para mim pelo resto da minha vida. 

Cada vez que eu precisava de um plano, de uma consideração ou uma opinião, eu buscava aqueles olhos cinza, pensativos e um pouco cerrados enquanto a moça considerava o que eu tinha dito. Ela era a pessoa mais inteligente que eu já conhecera, e me sentia sortudo por tê-la comigo me explicando as coisas que eu não entendia com sua voz macia. 

Quando eu a levei comigo para recuperar o raio perdido de Zeus, assim que fui acusado injustamente de roubá-lo, seus olhos eram animados por participar de uma missão, mas o tempo todo cautelosos, como se esperasse o pior. Se isso era vindo de monstros, deuses furiosos ou de mim, eu não sabia. 

Era para ela que eu instantaneamente procurava quando precisava de ajuda, fosse em algum problema divino com o disk-deuses-milenares-que-não-resolviam-seus-próprios-problemas ou se era com alguma dúvida de cálculo, história ou inglês. 

Era ela quem tinha as melhores ideias, quem me explicava qualquer detalhe obscuro da mitologia quando precisava saber. Ela revirava os olhos e suspirava, depois desandava a contar as histórias de deuses e heróis nos mínimos detalhes, com a mesma paixão que ela tinha quando falava sobre arquitetura e em como faria prédios e construções em estilo grego que durariam éons. 

Foram seus olhos furiosos que me deram a errada impressão de que eu levaria um soco no meio da minha linda cara quando ela me beijou no labirinto e eles tinham a mesma expressão quando eu surgi de volta da ilha de Calipso. 

Após vários anos, eu percebi que aqueles olhos cinza que eu tanto admirava, não eram apenas a minha maior fonte de inspiração. Eram os olhos da mulher que eu amava. 

Eu amava como os olhos dela brilhavam enquanto observava sua obra erguendo-se no Olimpo. Como ela ficava concentrada ao desenhar plantas de prédios ou esquemas de batalha para roubar a bandeira do time inimigo. Como ela estreitava os olhos ao ficar desconfiada. 

Eu amava aqueles olhos cinza com todo o meu ser. 

 

***

 

Logo depois de um jogo de captura à bandeira especialmente violento, onde o chalé de Atena se juntara com Ares, Hefesto e, bem, eu do chalé de Poseidon, eu estava sentado na beira do riacho, balançando na mão esquerda a flâmula vermelha que tínhamos capturado do time inimigo, quando Annabeth sentou-se ao meu lado. 

Ela se deitou na beira da água, dobrando a barra da calça e mergulhando os pés e depois sorrindo para mim, fazendo seus olhos se encolher e faiscarem, felizes. Um grande corte descia ao longo do seu braço - resultado de um atrapalhado filho de Afrodite que recém tinha chego ao acampamento e atacou a loira por trás -  que se curava lentamente enquanto a ambrosia fazia efeito. 

Ficamos deitados no chão macio por um longo tempo, de mãos dadas e admirando o céu através das copas das árvores que balançavam suavemente com a brisa fresca de agosto, as ninfas corriam umas atrás das outras, rindo com suas vozes melodiosas, peixinhos pulavam da água e a fogueira do refeitório crepitava distante. 

A noite estava perfeita e Annabeth pareceu perceber o mesmo, ela se deitou de lado na grama, ficando de frente para mim e aproximando seu rosto do meu. Trocamos um beijo calmo, ainda de mãos dadas e apoiando-se na grama para ficarmos mais próximos. 

Quando nos afastamos devagar e ela abriu seus olhos, foi como acordar com doze anos novamente, perdido e vendo pela primeira vez aqueles olhos cinza apaixonantes que eram minha fonte de conhecimento e inspiração. Seus olhos esquadrinhavam todo o meu rosto enquanto minha mão esquerda estava pousada na sua bochecha quente e empoeirada pela recente captura da bandeira. E, naquele momento, eu achei pertinente dizer as palavras que eu diria para o resto da minha vida, toda vez que olhasse naqueles olhos cinza tempestuosos:

— Eu te amo, Annabeth. 


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?

Fico no aguardo de comentários, favoritos e recomendações.
Qualquer erro, por favor, também me avisem.


Até a próxima!



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