O nada e o tudo

A ausência de tons numa existência sublime

A elegância que se acha num segundo

A presença no conjunto, unânime

Uma existência com dois lados

Onde há elegância, há escuridão

Na tenebrosa ausência de coloridos

Tudo se esconde no abismo da imensidão

Um parceiro ilustre de dia

Um perseguidor arrepiante de noite

Um esconderijo de sentimentos em sua ânsia

Um estandarte de significados em sua fronte

O luto e o luxuoso,

A noite e o tenebroso,

A talvez cor principal de uma personalidade,

O representante de toda uma identidade,

O talvez de um sentimento que bate num coração reservado,

A sombra que se esconde em toda parte.

Seu toque muda tudo ao redor

Quando nenhuma mais for a cor ideal

És o derradeiro enobrecedor

Como portador de uma beleza conceitual

Sua presença é sepulcral

Tão cheio de conceito

Numa desarmonia harmônica entre o nada e o tudo

O vazio e o cheio

Puro e simplesmente, 

O preto