Space escrita por Saturn


Capítulo 8
Jupiter


Notas iniciais do capítulo

Oi oi pessoal!

Cheguei com mais uma song-fic desta coletânea do melhor álbum do mundo. Já converti alguém à Sleeping At Last com essa fanfic? Espero que sim.

Tenho uma notícia não tão boa para vocês, meus amados leitores:
A fic está entrando em reta final! Faltam poucas histórias a serem postadas ainda, então aproveitem bastanteee!

A música, para quem quiser ouvir enquanto lê: https://youtu.be/Z0oEwoUSld8

Enjoy it!!



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I wrote it down in the winter of 1610

Just a secret under lock and key until then

While collecting the stars, I connected the dots

I don’t know who I am, but now I know who I’m not

I’m just a curious speck that got caught up in orbit. 

 

Eu abro a caixinha pesada de madeira com dobradiças de ferro, aparentemente simples, mas que guardava o maior dos tesouros da família Potter. Trancado a duas chaves, o pequeno invólucro resistente continha o anel de noivado da família, uma delicada relíquia esculpida em prata fria com um diamante brilhante em formato de flor no topo, os ramos de prata que saíam da flor formavam um perfeito círculo de galhos que adornavam os dedos anelares das mulheres da família Potter havia séculos. Na parte interior da jóia, estava gravada profundamente a data em que o anel fora feito. 30 de janeiro de 1610, em pleno inverno. 

E talvez a maior das coincidências fosse que a mão que possuiria aquele anel pelos próximos anos, tinha nascido em 30 de janeiro, muitos e muitos anos depois. Se havia ainda alguma dúvida sobre o que eu estava prestes a fazer, a data gravada na jóia a fez sumir. Era ela, estava escrito nas estrelas. 

E foram as estrelas, com seu brilho perolado que regeram toda minha vida com ela. Nosso primeiro beijo, foi debaixo das estrelas, durante um passeio noturno nos jardins do castelo de Hogwarts. Nosso primeiro encontro oficial, foi na torre de Astronomia, durante uma chuva de meteoros. A primeira vez que ela disse que me amava, estávamos olhando o céu através da janela do Salão Comunal, dividindo uma poltrona vermelha que tínhamos colocado perto do vidro, ela simplesmente ajeitou-se no meu colo, me abraçou e sussurrou baixinho que me amava e foi como se uma grande fogueira iniciasse em meu peito.  O dia que decidi que a pediria em casamento, foi quando estávamos reunidos no Três Vassouras, comemorando o final dos NIEMs e ela se virou, olhou para mim e abriu o sorriso mais lindo da face da Terra, fazendo eu me esquecer de quem eu era e virar apenas um pequeno grão flutuante no espaço, cada vez mais perto das estrelas, mas que era trazido de volta por aquele sorriso, como se fosse um ímã irresistível. 

 

Make my messes matter

Make this chaos count

Let every little fracture in me

Shatter out loud

 

Durante os preparativos para o grande pedido, tudo virou uma grande bagunça e tudo o que poderia dar errado, deu. Sirius tropeçou enquanto carregava pratos e os espatifou no chão com um estrondo alto. Remus queimou a comida de que tanto se gabara. Peter comeu a sobremesa. Frank derrubou as velas na banheira. Mary acidentalmente tocou fogo na toalha de piquenique. Lene quebrou o vinho. Dorcas atravessou uma janela com uma banco tentando acertar Alice. 

Depois das duas horas que estavam planejadas para a organização dos preparativos, o local parecia que tinha sido atacado por uma horda de centauros raivosos, um casal de gigantes dançando valsa, meia dúzia de comensais da morte e um furacão. Tudo ao mesmo tempo. Estava um caos. 

E bem neste instante, Lily irrompeu pela porta, seu sorriso congelando no rosto e seus olhos se arregalando ao ver a nuvem de fumaça resultante da comida de Remus e os milhares de fragmentos de louça quebrada no chão. Ela estanca na porta, enquanto eu fico balançando a varinha nas costas, tentando organizar minimamente a bagunça que a casa se tornou e os causadores de todo aquele desastre fugiam de fininho pela porta de trás. 

Explico para Lily que eu queria fazer o jantar, omitindo meus verdadeiros planos, e ela, mais uma vez provando ser a mulher da minha vida, consegue consertar todo aquele desastre. Com um aceno displicente de varinha, ela tranca a porta dos fundos antes que nossos amigos fujam, deixa todos eles responsáveis pela limpeza da casa e segura minha mão, aparatando em um campo um pouco afastado de Hogsmeade, iluminado pelas estrelas e, depois de mais um aceno de varinha, dezenas de pequenas velas flutuantes. Ela estende minha capa e seu xale no chão e nos sentamos nos tecidos, admirando o céu cheio de pontos brilhantes. 

Conversamos pelo que pareceram horas, rimos, admiramos as estrelas, bebemos vinho, trazido por um pequeno elfo doméstico amigo de Lily das cozinhas de Hogwarts, a quem ela sempre presenteava nos natais. E a cada minuto que se passava, a caixinha no meu bolso parecia pesar cada vez mais, até eu não suportar mais nenhum segundo daquilo. 

 

Make my messes matter

Make this chaos count

Let every little fracture in me

Shatter out loud

 

Enquanto ela se levanta e recolhe o xale do chão, eu tomo posição. Apoiado em um dos joelhos, segurando a caixinha com a jóia familiar feita no aniversário da ruiva, com as mãos tremendo tanto que era quase impossível mantê-las paradas. E quando ela se vira, seu olhos se arregalam de forma surpresa e graciosa pela segunda vez no dia. 

— Lily - Começo com a voz rouca - Você é o amor da minha vida. Era uma garota que eu adorava irritar, até que me apaixonei por você e você continuou a me desprezar. E então, depois de muito tempo, você virou minha melhor amiga, e então minha namorada, e a mulher com quem eu quero passar o resto da minha vida junto. Amo como você finge gostar de quadribol, de como você é inteligente, de como sorri quando o vento bate no seu rosto quando caminhamos. Eu pensei que fosse importante como e onde dizer isto. Mas depois percebi que a única coisa importante é que com você, sou mais feliz do que jamais pensei que seria. E se você deixar, vou passar o resto da minha vida tentando fazer você se sentir assim. Lily Evans, quer se casar comigo?

A garota continua estagnada quando eu termino de falar. Um suor frio começa a aparecer incessantemente nas minhas mãos, que tremem tanto a ponto de não conseguir mais manter a caixinha do anel estável. Então ela fala as palavras que eu mais queria ouvir em toda a minha vida e não sabia até o momento:

— James Potter, eu me caso com você. 


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?

Deixem seus comentários e reclamações sobre o álbum ser tão curto e estar acabando.
Favoritem, acompanhem e recomendem!

Até quarta que vem,

um beijo:*



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