O Amor em Teus Braços escrita por Jucy Lima


Capítulo 25
Capítulo 19 - Finalmente... Amor!


Notas iniciais do capítulo

Hey flores mais um cap, espero que gostem. Está pequeno, mas eu achei que se ficasse muito grande perderia o encanto.
Eu queria antes de mais nada agradecer pelo apoio e carinho que recebo em todos os coments e dar as boas vinda as novas leitoras, obrigada meus amores, por tudo! :)
Bem boa leitura e até lá embaixo!



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Capítulo 19 – FINALMENTE... AMOR!

Pov Bella

No capítulo anterior:

- Acha mesmo que cabelos e uma cicatriz tiraram a sua beleza? Pra mim continua perfeita como sempre foi, linda, absoluta e inigualávelmente linda, a minha princesa, o meu amor. Os cabelos crescem Bella e a cicatriz desaparece com o tempo. E mesmo que isso não aconteça, ainda assim será a minha Bella, minha linda!

Seu sorriso era tão magnífico que não resisti e num impulso selei nossos lábios. Só para sentir e comprovar tudo o que via nos seus olhos e foi dito em palavras. Eu o queria e podia ver e sentir que ele também me queria e aceitava assim, aos pedaços, destruída por dentro e por fora. Mas aos seus olhos, ah Deus! Vendo pelos seus olhos, por um momento consegui me sentir a pessoa mais linda do mundo, e isso, isso bastava. Isso me devolvia à vida. Isso, essa coisa que só podia ser denominada amor...

“Se aprende a amar não quando se encontra a pessoa perfeita, e sim quando se aprende a crer na perfeição de uma pessoa imperfeita.”

(Autor desconhecido)

Me separei de seus lábios com relutância. Ainda extasiada demais pra falar algo, só encostei minha cabeça em seu peito largo e deixei que as batidas aceleradas do seu coração me embalassem. Ficamos assim, nesse silêncio confortável por um bom tempo, só sentindo um ao outro. Palavras não conseguiriam descrever com perfeição esse momento de entrega, de rendição e principalmente de amor. Minutos, ou horas depois não sei ao certo, me dou conta de que já está bem tarde e realmente precisamos nos separar, embora essa seja a última coisa que quero e preciso. Aconchego-me ainda mais nos seus braços, estava tão bom, mas... Ele tem que ir. E é nesse aconchego, minha testa pousada no vão do seu pescoço que me dou conta que a temperatura dele ainda está alta. Edward está quente. Imediatamente aprumo o meu corpo de maneira que possa olhar diretamente pra ele, procuro algum sinal de mal estar, mas tudo que encontro é o seu sorriso torto, aquele que povoa cada um dos meus pensamentos.

- Você tem que ir Edward. Está tarde e além do mais ainda está com febre. Não pode ficar aqui, ainda mais vestido desse jeito. Falei passando a ponta dos dedos delicadamente em seu rosto, ao mesmo tempo em que sentia a sua temperatura discretamente.

Ele riu e beijou a ponta de cada um dos meus dedos.

- Está querendo se livrar de mim Srta. Swan? Pergunta brincalhão.

- É claro que não seu bobo. Mas está frio, e além do mais você está doente, não pode ficar aqui.

Tento repreendê-lo, mas amoleço rapidamente ao sentir o carinho de seus lábios em minha mão, e de seus braços subindo e descendo pelas minhas costas ritimadamente.

- Ah, menos mal! Mas não quero ir. Agora que estamos aqui, juntos novamente, tenho medo de te deixar fora dos meus braços.

- Eu não vou a lugar algum. Mesmo que quisesse não tenho pra onde ir esqueceu?

Assim que acabo de pronunciar a frase me arrependo. O semblante de Edward muda, tornando-se sombrio, triste. Tento descontrair, mas a verdade contida em minhas palavras é realmente aterrorizante. Não que não tenha pensando nisso no último mês, mas só agora me dou conta da gravidade da situação. Dou um pequeno sorriso tentando dissipar os pensamentos ruins e me concentrar no que realmente importava naquele momento: Edward estava doente, com febre, no meio da rua e relutante em ir embora com medo de me perder, por mais louco que possa parecer.

- Nunca mais diga uma coisa dessas, amor. Você tem a mim, a Sra. Webber, a minha família, não está e nem nunca estará sozinha minha linda.

- Eu sei, me desculpa. Não estou sozinha, nunca mais.

A verdade dita em cada palavra é reconfortante e alivia o ambiente a nossa volta, tornando-o leve como antes de eu abrir minha boca enorme.

- Mas não muda de assunto Sr. Cullen. Está doente Edward, tem que ir pra casa, tomar um remédio e deitar. Tem que se cuidar. E além do mais temos que acordar cedo, amanhã temos aula.

Estremeço com a última parte, ainda não sei o que esperar de amanhã, mas tenho fé em Deus de que tudo dará certo. Ainda mais com Edward ao meu lado. Vou ser forte, com ele e por ele. Tenho que conseguir.

- Amor eu estou bem, de verdade. Mas pra te tranqüilizar vou tomar um antitérmico. Deve ter algum por aqui. Minha mãe sempre espalha remédios em nossos carros, junto com uma caixa de primeiros socorros. Médicos, sabe como é!

- Edward, ainda assim... Tento protestar, enquanto ele vasculha um compartimento a nossa frente em busca dos comprimidos, mas é em vão.

- Shih... Eu estou bem. Mas espera, você não está com dor não é? Porque se for assim, vou embora. Ah Bella me desculpa amor! Está com dor não é? E eu aqui te incomodando. Falou desesperado, me tocando o mínimo possível.

- Não Edward, pára, se acalma! Olha pra mim, eu não tenho nada! Mas você sim tem, e está teimando comigo.  Falo seriamente com ele.

- Tem certeza? Pergunta ignorando a parte que mais interessa na conversa.

Suspiro ruidosamente antes de continuar. Não resisto e o beijo de leve. Ele sorri contra meus lábios e não posso deixar de fazer o mesmo.

- É sério não sinto nada, estou bem. Mas você não Edward, por que não me ouve hein?

- Mas eu estou te ouvindo amor e mais do que isso, te sentindo também. Por isso não quero ir agora. Mas aí, eu me pergunto: Você quer que eu vá Bella?

Pergunta com os lábios praticamente colados aos meus, o hálito quente soprando em meu rosto. Seus olhos verdes me hipnotizam de tal forma que não consigo pronunciar algo coerente.

- Na... Nãoo.

Gaguejo com o coração acelerado, a respiração aos arquejos.

- Ótimo, porque eu também não tenho a mínima vontade de te deixar ir.

Murmurou antes de colar seus lábios aos meus. Dessa vez foi diferente de todas as vezes que nos beijamos. Foi intenso, urgente e... Quente. Sim, parecia que meus lábios queimavam. O que senti quando sua língua deslizou devagar e delicadamente, pelo meu lábio inferior, antes de dar uma pequena mordida, foi simplesmente indescritível. Então, ele sorriu novamente, aquele sorriso torto, que deixava as minhas pernas totalmente moles, e pediu passagem com sua língua, entrelaçando-a com a minha, descobrindo, atiçando, enquanto eu tentava segui-lo. As mãos dele que até então estavam presas à minha cintura, fizeram um caminho perigoso pelas minhas costas, pressionando-me ainda mais a ele, mas sem perder o cuidado com meu braço machucado. A mão direita faz um carinho gostoso em minha nuca, antes de segurar com firmeza meu rosto contra o dele, enquanto a esquerda, desce novamente e estaciona no meu quadril, despertando sensações até então desconhecidas para mim. Seus movimentos foram ficando mais rápidos e exigentes e eu lutava para respirar, mas ao mesmo tempo não queria o beijo acabasse nunca. Ele deve ter percebido meu desespero, afastou vagarosamente sua boca da minha, mas não abandonou a minha pele. Enquanto eu respirava aos arquejos, ele distribuía pequenos beijos desde o pé do meu ouvido, pela base do pescoço, e por fim no ombro, me deixando ainda mais zonza.

- Ed...  Edward! Murmurei baixinho e completamente entregue em seus braços.

- Hum... Respondeu e eu estremeci.

Céus! Foi impressão minha ou sua língua passeou de leve pelo mesmo caminho que seus lábios faziam á pouco tempo? Afastei-me dele rápido demais, batendo as costas em algo.

- Ai droga! Gemi.

- Cuidado amor! Exclamou massageando onde tinha machucado, acendendo ainda mais as sensações completamente novas que ele tinha despertado em mim. Afastei suas mãos delicadamente, tudo era tão novo, eu estava confusa demais, mas não podia negar que foi... Bom!

Deitei novamente no seu peito, escondendo meu rosto que sem sombra de dúvida estava vermelho escarlate.

- Me desculpa, acho que exagerei. Estamos indo rápido demais. Foi imperdoável. Falou tocando meu rosto carinhosamente, tirando-o do seu peito, e me olhando nos olhos, um meio sorriso envergonhado estampado no rosto.

- Tudo bem, eu só não... Nunca... Suspirei e se possível podia jurar que estava ainda mais corada. Me mexi um pouco e senti... Algo. Olhei pra Edward automaticamente e podia jurar que seu rosto também estava corado... Corado demais! Ele me afastou delicadamente, fazendo com eu ficássemos sentados lado à lado, abraçados, um silêncio estranho pairando sobre nós.

- Amor... Ele falou por fim. - Realmente não sei como me desculpar. Não quero que pense que não te respeito, mas... Suspirou como que procurando as palavras exatas. – Simplesmente não consegui me controlar e quero que você saiba que acima de tudo, eu te amo muito e nunca te faria mal...

- Eu sei Edward. Não precisa explicar, eu entendo, de verdade. O interrompi, mesmo que ainda estivesse envergonhada demais pra levantar a cabeça e olhá-lo diretamente.

Não que eu fosse exatamente uma leiga no assunto e não soubesse o que tinha acontecido, só que nunca tinha acontecido comigo e isso era estranho mas ao mesmo tempo... Bom! Exatamente como disse antes.

Ele suspirou novamente assentindo e beijando de leve minha testa. E então voltamos ao mesmo aconchego de antes, embora eu sentisse sua respiração ainda um pouco acelerada, como se ele tentasse se conter.

Saí de meus devaneios quando ouvi o barulho de algo remexendo e percebi que ele procurava o comprimido no compartimento do carro. Separe-me dele com cuidado, o ajudando a tirar as várias coisas que tinham ali e achar com mais facilidade a caixinha de primeiros socorros. Depois de muito remexermos, quer dizer, de ele praticamente procurar sozinho, já que com o braço ainda fraturado não havia muita coisa em que eu pudesse ser útil, Edward finalmente achou o remédio, que destacou e engoliu rápida e corajosamente sem nenhum gole de água, me fazendo levar um susto.

- Edward! Repreendi com medo que se engasgasse, e ele soltou uma pequena risadinha divertida.

- Por que não bebeu água hein? Perguntei apontando pra garrafinha de água em cima de mim, junto com as outras coisas que achamos no carro. Inclusive uma cartela de camisinha, o que me fez corar ainda mais. Olhando-o de soslaio percebi que ele ria enquanto eu encarava a cartela à minha frente.

- Não gosto de remédios minha linda, além do mais não estava com sede mesmo. Respondeu dando de ombros e tirando as coisas que ainda estavam espalhadas no meu colo, enquanto procurávamos o comprimido.

Suspirei, não ia adiantar nada mesmo repreender.

- Sabia que você parece a minha mãe falando? Desde pequeno que tomo comprimidos sem água. Simplesmente não consigo engolir as duas coisas juntas. Falou rindo abertamente e eu fiz o mesmo, foi involuntário. – Ela sempre dizia que um dia eu ia acabar engasgando, mas até agora provei que estava errada. Aí quando Dona Esme se deu conta que não tinha mesmo jeito, só me dava medicamentos líquido, mas então cresci, e os comprimidos foram inevitáveis.

- A tia Esme te ama demais. Aliás, a todos vocês. Queria que... Parei e suspirei sentindo aquela pontada familiar. Não era inveja, era apenas desejo, vontade, anseio de ser amada assim pela minha mãe.

- Eu entendo amor, não precisa sentir vergonha disso. De querer o que todo filho deve ter de uma mãe. Mas pensa que existem outras pessoas que te amam como verdadeiras mães, que te tratam e querem que você as veja como mãe, a Sra. Webber e principalmente Dona Esme. O carinho que fala em você, com que se preocupa é o mesmo com que trata a todos nós. Embora ela não falasse muito de você na minha frente, acho que por medo de me chatear, magoar, eu ouvia e via o amor estampado nos seus olhos. Só basta você, Bella aceitar isso, esse carinho protetor, esse sentimento grandioso que só uma mãe verdadeira pode dar e ser feliz, meu amor. Só cabe a você.

- Eu quero! Desejo isso mais do que tudo na vida Edward. Foi o que esperei por tanto tempo... Falei baixinho e o abracei mais forte.

- Então pegue amor... É seu! Está lá a sua espera, nos braços e no coração da nossa mãe. Sim, agora ela é nossa.

Nos beijamos devagar, sentindo e saboreando a paz ao nosso redor.

A chuva começou a cair com mais força, fazendo barulho e embaçando completamente a visão à nossa frente, e conseqüentemente tornando impossível sairmos dali. Edward me trouxe novamente para o seu colo e nos abraçamos, o calor que emanava dos nossos corpos nos aquecendo, quando tremi com um pouco de frio. Ele ligou o aquecedor e passou para o banco de trás do carro, me ajudando a fazer o mesmo, assim seria mais confortável. Meu braço incomodou um pouco e também por movimentá-lo demais, (mesmo que esse demais tenha sido quase nada), afinal já tinha passado a hora dos analgésicos, mas não me incomodei.

- Eu te amo. Murmurei baixinho.

- Não mais do que eu minha linda... Minha Bella.

Aconcheguei-me ainda mais a Edward enquanto esperávamos a chuva passar. Sua temperatura estava melhor, eu podia sentir, e assim abraçadinhos, me sentindo segura e aquecida em seus braços... Adormeci. Ainda pude sentir seus lábios beijarem delicadamente  a cicatriz na minha cabeça, depois disso, apenas paz, como há muito tempo não tinha!

(Continua)...


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Grande beijo e até o próximo!