Verdadeira Identidade escrita por Vitória M


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Nossa to até com vergonha de aparecer aqui .-.
Ainda to tirando as teias de aranha da fic mas vamos lá >< Existe alguem aqui ainda ou eu to falando com o nada? o.O
Bem, de qualquer forma, obrigada aos mais de 150 leitores que ainda persistem na fic!
Bjbj, aproveitem o capítulo bem Bella/Draco.



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POV Bella

Soltei um suspiro satisfeito quando, finalmente, deitei em meu quarto no salão comunal da Grifinória. O fim de semana passara rápido, e infelizmente eu tinha a impressão de que as coisas boas duravam menos. Rever os Weasley fora meu maior presente de Natal, este que foi comemorado com muita alegria, apesar do pequeno espaço de tempo em que a presença do ministro e de Percy fora inoportuna. O ministro tinha planos para mim e para Harry, planos que nem eu nem meu irmão concordamos fazer parte.

Porém, o que estava me deixando mais feliz, era meu reencontro com Draco na campina, e nossa pequena reconciliação.

Flashback on

Mas enquanto sentava, meus olhos dispararam para não muito longe dali. Um corpo. Sobrara um recém criado. Esqueceram de queimá-lo. Fui lentamente até lá, com a varinha em punho, pronta para me defender caso ainda estivesse vivo. Minha respiração ficou presa quando vi que na verdade não era um recém criado. Era Lucius Malfoy.

Era só o que me faltava.

Olhei para o homem atirado no chão, lembrando-me rapidamente que eu o havia estuporado ao se meter na discussão. Cheguei mais perto, e vi que ele estava bem, mas o feitiço deve ter sido forte de mais a ponto de ficar desacordado por tanto tempo. Perguntei-me como ninguém o vira ali, mas a única parte de seu corpo que aparecia era o braço, de modo que o resto do corpo estava tapado pela vegetação. Pensei no que fazer, mas minha mente ainda estava trôpega demais para formular um pensamento concreto.

                Simplesmente sentei-me ao seu lado, por um breve momento desejando que ele acordasse e que... Balancei a cabeça fortemente, tirando o pensamento de minha mente. Eu estava fraca, mas os tempos difíceis não me permitiam fraquejar. Foi com um pensamento mais feliz que me levantei bruscamente, peguei minha varinha e mandei um patrono corpóreo para a única pessoa que poderia me ajudar. Não demorou muito, e ouvi um estralo quando Draco aparatou novamente ali. Ele me olhou profundamente, talvez se perguntando se eu faria uma declaração ou algo de gênero, mas apontei para seu pai e ele arregalou os olhos.

                - Acho que esqueceu alguém. – tentei brincar, mas minha voz saiu fraca. Draco avaliou-me por um momento, e lembrei-me que deveria estar num estado lastimável.

                - Você está horrível. – confirmou ele minhas suspeitas.

                - Obrigada, você é muito gentil. – disse ironicamente. Ele deu um breve sorriso, mas então este se apagou enquanto ia em direção ao pai.

                - Draco... – segurei seu braço quando ele passou por mim. Ele não olhou em minha direção, parecia magoado. Soltei um forte suspiro, o que fez com que ele olhasse para mim. Assim que me concentrei naqueles olhos cinza-azulados, falei: - eu quero tentar Draco. Mas você tem que entender que minha vida não é fácil. Você já sabe que o homem que eu amava... – vi ele se contrair, e olhar para outra direção. Continuei firme. – sim, amava, porque agora não sei mais meus sentimentos. Eu me sinto bem quando estou com você, bem até demais. Mas ainda não sei o que sinto. Preciso que você tenha paciência. – terminei, largando seu braço. Ele não se mexeu, e depois de alguns momentos em silêncio, olhou firmemente pra mim.

                - Vou fazer o que todo bobo apaixonado faz. Vou esperar até que tenha certeza de seus sentimentos, Bella. Estarei aqui para o que precisar. – e sem dizer mais nada, pegou o pai e aparatou dali.

Flashback off

“Vou fazer o que todo bobo apaixonado faz. O que todo bobo apaixonado faz. Bobo apaixonado.” Essas palavras rondavam minha mente toda vez que eu parara para refletir sobre minha vida. E eu abria um sorriso bobo todas as vezes que me lembrava dessas palavras. Sem dúvidas, eu também estava apaixonada, mas seria isso o suficiente?

A manhã seguinte começou com uma surpresa aos sextanistas: as aulas de aparatação começariam. Eu e Harry trocamos um olhar risonho, afinal, já sabíamos aparatar. Mesmo assim, assinamos no local indicado.

O dias passou-se lentamente. Infelizmente, não vi Draco, pois a maioria das aulas que tive eram com a Lufa-Lufa e a Corvinal, e na única que tive com a Sonserina, Draco não estava. A noite, Harry foi até o escritório de Dumbledore, e eu o acompanhei, pois não tinha nada para fazer. Me despedi dele assim que chegamos às gárgulas e depois fiquei vagando pelos corredores do castelo, procurando Draco. Quase que inconscientemente, fui até o sétimo andar.  Harry, Rony e Hermione me falaram da Sala Precisa, e naquele momento de tédio era uma boa hora para ver como a sala funcionava. Tentei me concentrar em algo, enquanto ia e voltava três vezes, mas a única coisa que consegui me concentrar foi que precisava falar com Draco. Na terceira vez, uma porta apareceu.

Entrei lentamente no recinto, observado tudo em volta, maravilhada. Então a Sala Precisa realmente existia! Haviam muitos objetos ali, parecia uma daquelas salas em que pomos todas nossas bugigangas. Caminhei por entre alguns entulhos, mas então parei, alerta. Ouvia um cochicho. Fui em direção ao murmúrio, o mais silenciosa possível. Então, vi uma figura de pé, em frente a um armário. Parei atrás de uma estátua ao reconhecer os cabelos loiros, e fiquei vendo o que ele fazia, desconfiada.

Draco falou algumas palavras que não consegui entender, e abriu o armário. Dentro dele havia um passarinho morto. Draco praguejou, e fechou novamente o armário. A curiosidade foi maior e não consegui mais ficar apenas observando.

- O que você está fazendo, Draco? – Draco deu um pulo, e olhou em minha direção, os olhos muito assustados. Ele respirou fundo quando viu que era eu.

- Oi, Bella... – sua voz parecia um pouco culpada, e a curiosidade inflou ainda mais.

- O que estava fazendo?

- Nada que te interesse. – minhas sobrancelhas se arquearam com sua voz arrastada e arrogante.

- Me interessa, sim. – minha voz saiu mandona e ele sorriu, caminhando em minha direção. Não fraquejei e continuei parada, atenta a seus movimentos.

- Não, não interessa. – ele colocou suas mãos em minha cintura, e subitamente me senti nervosa.

- É claro que me interessa! Se não interessasse eu não estaria perguntando, e além do mais... – mas Draco não me deixou completar, pois ele, num movimento brusco, puxou com força meu corpo em direção ao seu. Ele me beijou calorosamente assim que nossos corpos se chocaram. 

O beijo foi completamente diferente com o que demos na campina, esse não era suave, carinhoso ou calmo, era feroz, cheio de malícia. Minhas mãos foram para seus cabelos inconscientemente, puxando-o ainda mais para perto.  Nossas línguas se embolavam com fúria.

Draco começou a caminhar e eu não sabia para onde ele ia, minha atenção estava completamente voltada para o beijo e em suas mãos que passeavam em minha cintura e minha nuca. Senti minhas costas batendo em uma parede e a boca de Draco largou a minha para descer dando pequenos beijos por minha mandíbula e pescoço.

Eu soltei um gemido assim que sua língua tocou o lóbulo de minha orelha e ouvi Draco rugir. Puxei seu rosto e tomei seus lábios novamente, com desespero.

Sua mão apertou minha coxa fortemente e eu inconscientemente subi minha perna direita até seu quadril, o apertando em mim. Ele me agarrou mais ainda e voltou a me beijar com ardência. Minha outra perna subiu e eu me vi presa, prensada na parede.

Ele afastou seu rosto do meu e seus olhos estavam escuros. Ele sorriu, muito malicioso, e seu sorriso fez com que eu caísse na real. Merlim, o que eu estava fazendo? Era tudo tão novo, tão intenso... Com Edward eu havia dado apenas alguns beijos inocentes, pois ele nunca me deixava ir além, mas Draco... Ah, esse me trazia tantas sensações novas que eu ficava assustada!

Tirei minhas pernas de sua cintura, muito constrangida, e o empurrei.

- Me desculpe! – disse ele na mesma hora.  Ele se virou de costas, me confundindo, e respirou profundamente. Ficamos algum tempo assim, eu tentando regularizar minha respiração e ele tentando se acalmar. Depois de alguns minutos, ele se virou, um sorriso glorioso em sua face. Senti minhas bochechas esquentando, devia estar chegando a altos níveis de vermelhidão.

- Hãm... – tentei falar algo, mas eu estava com tanta vergonha que não via como acabar com o silêncio tenso. Ele, completamente desavergonhado, apenas riu de minha timidez e me deu um abraço, falando em meu ouvido:

- Não se preocupe, sei que é tudo novo pra você... Aquele paspalhão não deve ter passado nem dos abraços com você. – empurrei-o com brusquidão.

- Por que sempre insiste em falar dele? – ele deu de ombros.

- Porque sim. – meus olhos faiscaram.

- O que você estava fazendo antes? – ele se afastou calmamente, indo se sentar em um dos pufes. – me fala, Draco! – ele suspirou, mas continuou a não me responder. Tentei mudar de tática. Fui em sua direção e, corando absurdamente, me sentei em seu colo. Suas mãos foram imediatamente para a minha cintura.

- Não vai mesmo me contar o que você estava fazendo? – sussurrei, e ele olhou pra mim, e detectei um pouco de medo em seu olhar.

- Não vai contar pra ninguém, promete?

- Prometo. – respondi, sem hesitar.

- Há outro armário como aquele. Estou tentando consertá-los, pois assim os Comensais da Morte vão poder entrar pelo outro e chegar neste. – meus olhos se arregalaram e arfei de pavor.

- Você... Comensais... Hogwarts? – gaguejei.

- Sim. – me levantei, inconformada, e comecei a andar pela sala.

- Mas isso não pode acontecer! Tem que haver uma maneira de você não fazer isso!

- Se eu não fizer, ele me mata. – falou ele simplesmente. Meus olhos se arregalaram.

- Converse com Dumbledore! – aquela era a melhor opção, e olhei para ele em expectativa. Mas ele balançou a cabeça, negando.

- Não, não quero que mais ninguém saiba. – bufei frustrada.

- Mas ele poderá te ajudar!

- Ninguém pode me ajudar. Estou sozinho nessa. – rebateu ele, furioso. Apesar de sua raiva, eu conseguia enxergar o que ele não queria transmitir: que estava assustado, com medo do que vai acontecer.

- Você tem a mim. – sussurrei. Ele assentiu, agradecendo.

- E isso basta. 


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Notas finais do capítulo

Beeem, já vi que to BEM empacada na parte que ela ainda ta na escola, então vou tentar dar um ligeirão e chegar logo nas Relíquias da Morte, que vai ta bem mais legal >< Mais Cullens, mais brigas, mas reconciliações... Enfim, logo logo essas partes chegam >< Bjbj