O Desejo De Edward Cullen escrita por Egocêntrica
Notas iniciais do capítulo
Enquanto escrevia ouvi muito You Make It Easy do Jason Aldean, recomendo que ouçam durante a leitura, pode ser uma experiência interessante. Boa leitura!
Me pergunto do que diabos ela está falando. Eu brinquei? Nem lembro de ir nada desde que assoprei aquelas velas.
De qualquer forma aproveito a deixa e estou dando a volta nela e quase passando pelo vão dá porta, quando a dita princesinha solta choramingo e então percebo. Ela me tem enrolado em seu dedo mindinho minúsculo. O som de sua tristeza - embora eu saiba que é apenas chantagem emocional - me dói como se tivesse algo pressionando meu coração.
Me dando por vencido, volto para dentro do quarto e vou parar ao lado do berço. Observando bem de perto, a doce criança é minha cópia fiel, nem preciso de alguma confirmação para saber que é minha. Tudo nela é meu, apenas a boquinha em formato de coração, que imagino ser da sua mãe. Pegando meu pequeno pacotinho - cinco minutos com ela e virei um desses pais babões - a abraço e a encho de beijos, como ela queria que eu fizesse e aparentemente era a minha forma de acorda- la, ouço sua risadinha alegre. Ouço também uma risada feminina, da sua mãe - e minha esposa - olho em sua direção e perco o fôlego. Seu cabelo castanho avermelhado brilha por causa do sol entrando no quarto, e seu olhos são como chocolate derretido, e sei que estão nas mãos dessas duas.
— Amo esse seu jeito de papai urso, bateu o recorde de tentar não fazer o que ela quer - brinca e seu olhar vai para o relógio - três minutos! Embora eu viva falando para não mima- la assim, o seu tempo máximo antes foi de um minuto.
Seu jeito é brincalhão, mas sinto o tom de repreensão no fundo.
— Certo, então vou descer e dar o café da manhã dela - falo tentando escapar e ter um minuto sozinho, é muito coisa pra absorver agora
Sua risadinha me faz parar.
— E desde quando você tem leite? - pergunta cheia de curiosidade, noto sua desconfiança no fundo - me dê ela aqui, precisamos de nosso momento matinal.
Antes que possa me deter, meu olhar desce para seus seios, cobertos pela camisola fina. Engulo em seco, meus pensamentos vão para um lugar totalmente maior fé dezoito anos.
Ela percebe, e solta um sorrisinho malicioso. Me vejo amando essa mulher. Como isso é possível? Eu sequer sei o nome dela. Mas ela me deu meu coração fora do peito, e ao sorrir daquela maneira, como se houvesse um segredo que apenas nós dois sabemos, sinto que posso ser quem sou com ela.
Logo me vejo sentado a mesa para o café da manhã. Peguei tudo o que achei na enorme geladeira, que era suco de laranja, geleias, torradas, iogurtes e mamão. Fico indeciso se posso comer sem ela ao meu lado na mesa, mas antes que eu possa tomar qualquer decisão, ela aparece.
— Ué, cadê seu suco verde? - pergunta com a voz escorrendo cinismo. - pensei que ia começar a ser totalmente natureba agora.
Puta que pariu, virei um rato de academia que bebia suco verde sem açúcar?
— Agora eu tomo suco verde? - questiono assustado, não tomaria de jeito nenhum! - não pode ser.
Agora ela me olha com estranhamento, como se eu tivesse louco. Talvez eu esteja.
— Estou sacaneando você, amor. Sei que só finge por causa da Nessie. - fala bebendo um pouco do suco de laranja - está estranho essa manhã, aconteceu alguma coisa?
A maneira como me olha, sinto que consegue enxergar a minha alma. Me pergunto como achei uma mulher como ela, e o que ela viu em mim, como me tornei digno de seu amor.
O resto da manhã foi uma prova de fogo. Precisei dar banho em Renesmee, descobri que a pequena era uma verdadeira danadinha. Ela tinha 1 ano, mas já sabia como me ter em suas mãos. Super manhosa, quis passar o tempo inteiro no meu colo - que não neguei em nenhum momento, amava a manter pertinho de mim - e na hora do almoço, dei papinha. Custou muito esforço e maneiras divertidas de fazê-la comer tudo. Depois tirou uma soneca no colo do papai aqui. Descobri que minha esposa se chamava Isabella - e se eu fosse um cara esperto só a chamaria de amor - e era uma escritora. Estava trabalhando no seu segundo conto policial, e dizia a todo momento como era sortuda que nossa filha me amasse mais, assim teria tempo para focar totalmente no trabalho - eu conseguia ouvir o ciúmes em cada palavra - afinal nossa bebezinha passou nove meses dentro dela e era justo que tivéssemos essa ligação extremamente forte, sem falar que era minha cópia fiel. Descobri também que Bella era feita de beleza e sarcasmo.
Depois de contar uma historinha para Nessie, e zelar seu sono por alguns minutos, fui para o quarto. Me deitando no colchão macio, penso na loucura que estava sendo meu dia. Era verdade? Ou apenas um sonho louco e realista? Seja o que fosse, eu quero aquilo. Acordar ao lado de Bella, e encher minha garotinha de beijos matinais. Todos os dias, era assim que eu desejava em minha minha toda e não sabia.
O dia deve ter me esgotado, pois quando percebi estava caindo no sono. Mas ainda consegui ouvir uma voz, a voz do meu anjo.
— Bons sonhos, amor. Te amo tanto - a voz sussurrada na escuridão.
Quando abri os olhos novamente, estava no meu quarto. O meu quarto antigo, da minha vida antiga. Me sentei desesperado, desejando do fundo do coração que minhas garotas estivessem no apartamento.
Chegando a sala, não havia nada. Então era isso? Tive esse sonho mais incrível e realista e não passou disso? De um sonho?
UMA SEMANA DEPOIS
Eu estava devastado. Ninguém conseguia entender o que havia acontecido comigo, mas eu não queria ser internado numa clínica psiquiátrica. Me sentia um homem pela metade sem o meu coração. Minha princesinha ruiva e minha linda esposa sarcástica. Não existiam. A conclusão desde fato me deixavam nauseado. Minha menininha não passava de um sonho. Uma obra da minha imaginação.
Uma semana de lamentos e decidi comprar um livro de auto-ajuda. Lembrei de Alice e talvez eu comprasse um espírita também. Precisava entender o que nos cercava.
A livraria mais próxima do meu apartamento estava relativamente lotada. Era pequena, então o espaço estava tomado por adolescentes e adultos. Tentando entrar sem esbarrar em ninguém, peguei o livro que estava na montra. Era Isabella, a mãe da minha filha nos meus sonhos. Como, se eu nunca a tinha visto? Se eu jurava que ela sequer existia? Pagando pelo seu livro - uma comédia romântica - entro na fila também. Me lembro bem da tal de Alice dizendo que eu deveria tomar as decisões certas para que meu desejo de realize. Ali estava o meu futuro, a minha felicidade.
Enfim chega a minha vez, e estendo o exemplar de É Desejando Que Acontece para Isabella Swan. Num futuro não distante Isabella Cullen. Eu sei.
— Boa tarde, senhor... - deixa a frase no ar, esperando que me apresente.
— Edward Cullen - respondo sua pergunta silenciosa.
Ela me encara por alguns segundos, como se tivesse deslumbrada.
— Certo, Edward - Bella engole em seco e me divirto com seu nervosismo. - gostou da leitura?
— Na verdade, acabei de comprar e de conhecer a estória pela sinopse - falo sendo sincero - mas tenho a sensação que vou me tornar fã número um!
Não resisti e flerto, torcendo para que não seja comprometida e nem que me ache um abusado.
— Espero mesmo que goste! Tenho planos de lançar outros dois livros até o final do ano, não irá faltar livros para você, caso goste da minha escrita. - Bella fala enquanto escreve o que espero ser uma dedicatória - Obrigada e até logo!
Queria dizer mais, continuar conversando, esperando por uma brecha para que pudesse chamá-la para um café, mas a fila atrás de mim está enorme.
Frustrado além da razão, digo:
— Até. - saio andando em direção a porta enquanto abro o livro distraído, e ao ver a dedicatória, vejo uma nota abaixo.
*Com um enorme Carinho, para Edward Cullen. Espero que aprecie a leitura*
E abaixo estava seu número de telefone.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado! Obrigada por ler e comentem o que acharam!
Xoxo