Cowboys and Angels escrita por Alina Black


Capítulo 73
Luto




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Renesmee moveu-se na cama e fez uma careta ao sentir a dor aguda um pouco abaixo de seu umbigo, gemeu baixinho enquanto seus olhos se abriam, sentiu sua mão sendo tocada suavemente e quando finalmente seus olhos se abriram o rosto sereno e tranquilo do marido foi a primeira imagem que viu.

—Jake – murmurou ela dando um timido sorriso.

O Cowboy carinhosamente puxou a mão da esposa levando aos seus lábios – Eu tô aqui amô – sussurrou Jacob em resposta – Tá tudo bem agora.

Ainda atordoada devido a anestesia a ruiva novamente gemeu, só então lembrou do que havia ocorrido, seus olhos se desviaram do rosto do Cowboy  e sua cabeça se movimentou para baixo fazendo uma breve analise por seu corpo – o bebê Jake – disse ela em um tom de desespero.

— Ela ta bem amô – Disse o Cowboy tentando acalma-la.

O semblante da ruiva mudou para confusão – Como assim ela?

Jacob sorriu  - Cê respiro muita fumaça e o Mike teve que operar ocê, é uma menina amô, nossa filha, uma menina – Disse o Cowboy com os olhos marejados.

Mesmo atordoada e com dor a ruiva sorriu – Menina? Sussurrou ela tentando se levantar – Quero ver nossa filha, ela está bem não está?

— Tenta se acarmar – Disse o marido de forma carinhosa enquanto a ajudava a se sentar, apertou o botão da cama fazendo com que lentamente se erguesse deixando a ruiva em uma posição quase sentada porém segura – Como ela nasceu antes da hora o Mike disse que nós vai ter que espera um pouquinho.

A porta do quarto se abriu chamando  a atenção do casal – Imaginei que já tivesse acordado – Disse o médico ao entrar e aproximar-se da ruiva – Imagino que esteja sentindo dor.

A ruiva concordou – Um pouco – respondeu ela fazendo uma pequena careta.

— Vou pedir a enfermeira para trazer seu medicamento.

—Posso ver minha filha? Perguntou a ruiva em um tom de suplica, o médico sorriu timidamente olhando para o Cowboy – Claro que pode Renesmee, tenho certeza que Jacob a ajudará a ir até o nosso berçario, mas depois quero que descanse, você inalou muita fumaça e passou por uma cirurgia.

A ruiva concordou sorrindo –Obrigada.

O médico se afastou e cuidadosamente o Cowboy ajudou a esposa a se sentar, passou um dos braços em volta da cintura da ruiva a levantando e juntos caminharam lentamente pelo corredor do pequeno centro medico, apesar de sentir-se tonta e com dor a ruiva estava decidida a ver sua filha, somente quando a visse ficaria um pouco mais tranquila.

Pararam diante de uma das portas e Mike a abriu para que o casal passasse, quando os olhos de Renesmee encontraram o pequeno berço de vidro a emoção a dominou – nossa filha – murmurou ela sentindo as pequenas lagrimas deslizarem por seu rosto.

— Renesmee essa é Rosie minha noiva, ela é obstreta e foi ela quem realizou seu parto – Disse Mike fazendo as apresentações.

A ruiva sorriu – Obrigada.

— Não precisa agradecer, parabéns! Respondeu a médica gentilmente – Venha, você precisa amamenta-la – completou mostrando uma poltrona a ruiva que ergueu o olhar na direção do Cowboy que beijou carinhosamente sua testa.

O Cowboy ajudou a esposa a se sentar e ambos sorriram quando finalmente a obstreta colocou a menina nos braços de Renesmee – Vamos deixa-los a sós, se precisarem de algo nos chamem – Disse a médica se afastando ao lado do noivo e ambos sairam da sala.

A ruiva sorriu agradecendo e em seguida seus olhos se fixaram na criança em seus braços– Meu amor – murmurou a ruiva lembrando-se do dia do nascimento do pequeno Billy, novamente ergueu seus olhos buscando pelo do marido com uma expressão de preocupação – E o Billy? Perguntou ela.

— Nosso filho ta com a mãe, com a sogra e com a Kim – respondeu o marido.

— Minha mãe está aqui?

O Cowboy sacudiu a cabeça concordando- Elas chegaram na madrugada, tão no rancho na casa da Kim.

A ruiva sorriu sentindo-se um pouco mais tranquila, e voltou seu olhar para a menina enquanto a amamentava – Ela é parecida com você – disse a ruiva observando atentamente os traços da filha.

— cê acha? Perguntou o Cowboy se ajoelhando a frente da esposa – Seus olhos, seu nariz, seus cabelos – explicou a ruiva sorrindo – Ela é a sua cara Jake.

O cowboy sorriu orgulhoso de si – nós tem que escolhe um nome, cê disse que só ia escolher depois que nosso potrozinho nascesse, mas nasceu uma potrozinha.

— Tem razão – concordou a ruiva ainda olhando para a filha- na verdade eu já tinha um nome em mente caso fosse uma menina.

O Cowboy a olhou curioso – Qual é?

— Sara – sussurrou a ruiva virando seus olhos na direção do marido, o semblante de Jacob mudou de curiosidade para emoção e surpresa – Nossa filha vai se chamar Sara Isabella.

— Sara Isabella – sussurrou o Cowboy tocando delicadamente – Sara Isabella Black.

Ambos trocaram olhares e sorriram...

(...)

Apesar da loucura da noite anterior o Cowboy precisava retornar ao rancho, aproveitou que sua mãe e sogra haviam ido ao hospital para retornar ao rancho e ver seu filho. O Cowboy estacionou a caminhonete diante do portão da casa que tinha sido consumida pelo fogo e suspirou, todas as lembranças de sua infancia haviam sido consumidas pela chama.

— Jacob! A voz de Paul o tirou de seu devaneio, o Cowboy virou seu corpo na direção do advogado que aproximou-se acompanhado de Sam – Como você está? E Renesmee?

— Eu tô bem! Murmurou o Cowboy voltando sua atenção novamente para a casa – nunca que eu imaginei que ia vê isso – desabafou Jacob.

— O fogo consumiu tudo – Concordou o peão – Quando os bombeiro chegou num tinha muito o que se fazê.

— É – murmurou o Cowboy – A mãe me disse, me disse também que o Embry virou carvão.

— E como você se sente? Perguntou Paul se colocando ao lado do amigo e olhando para a casa destruida – Ontem descobriu que Embry realmente era seu irmão e no mesmo dia ele morre.

O Cowboy suspirou, manteve-se em silêncio por alguns segundos antes de responder ao advogado, mesmo Embry tendo tentando matar sua mulher e sua filha não sentia-se feliz com o final trágico o qual o irmão mais novo tinha tido – Cê sabe ondi que vai sê o velório dele? Perguntou o Cowboy.

— Levaram o corpo para São Francisco, a esposa estava bastante abalada.

Jacob sacudiu a cabeça – Quero que cê dê apoio a ela, ela ta prenha, cê fica responsável em todo mês paga a parte do Embry da porcetagem do rancho pra ela.

— Mermo depois do que o armofadinha fez? Cê ainda pensa nisso Jake? Perguntou Sam surpreso.

Os labios do Cowboy se torceram – Mermo o Embry tendo feito o que fez, ele era meu irmão, espero que ele descanse agora!

— Cê é um homem honrado Jake, me orgulho de trabalhar com ocê e ser seu amigo- Disse Sam apertando o ombro do amigo.

— Mas mudando de assunto, o que vai fazer Jacob, você e Renesmee estão desabrigados, tem um filho pequeno e um bebê? Perguntou o advogado curioso – Vocês vão para a cidade?

— Nós num pode viajar com a Ruana operada e a nossa filha na encubadora, nós se ajeita por aqui mermo, a mãe  e a sogra trouxe roupa pra Ruana e pra Sara Isabelle, esse é o nome da nossa caçula – Explicou o Cowboy dando um sorriso ao falar da filha.

— Belo nome! Disse Paul sorrindo e Sam balançou a cabeça – Você e Renesmee ainda precisam dar seus depoimentos, eu pedi a cherife da cidade próxima dois dias, expliquei que sua esposa esta no hospital e vocês estão abalados.

O Cowboy franziu as sobrancelhas – Cê se informa quando é o enterro do Embry e se a esposa dele vai precisa de arguma coisa.

— Pode deixar- respondeu o advogado – Vou conversar com a perícia e pedir que não demorem, você precisa reconstruir sua casa.

— Eu já ia mermo te pedi isso Paul, num carece ocê corre atrás de seguro não, esses negócio demora demais – Disse Jacob virando sua atenção para Sam – Enquanto eles libera  ocê me chame toda a peãozada, e pedi pro Quil sai comprando material em toda as cidade visinha daqui, nós vai levantar de novo essa casa e porque eu num pretendo deixa minha mulhé e meus filho desabrigado não.

Paul e Sam trocaram olhares surpresos com a decisão do Cowboy.

— Mas cê qué que eu faça isso agora homi? Perguntou Sam – Achei que fosse ficar de luto do seu irmão.

O Cowboy balançou a cabeça – É pra onti, eu num vô nu enterro do Embry, num tem crima pra isso, intão chama a peãozada que vô vê o Billy.

O peão concordou com a cabeça  e saiu de forma apressada pelo rancho, Jacob virou seu corpo dando as costas para as cinzas da casa e caminhou sendo acompanhado por Paul – Eu tinha certeza que você iria ao velório.

— Eu já disse, já perdoei o Embry, mas num tem climpa pra eu ir nesse velório.

— Você está certo – disse  Paul enquanto caminhavam.

O Cowboy deu algumas instruções ao advogado e ambos se despediram indo para lados opostos, tudo que Jacob desejava naquele momento era ver o seu pequeno Billy, e mesmo tranquilo por tudo ter terminado de certa forma bem, havia uma parte dentro do seu coração que estava em luto.

Mas o Cowboy preferiu guardar somente para ele.


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