Sand´s Love escrita por Lechan12


Capítulo 18
Globo de neve e pulseira


Notas iniciais do capítulo

Jorge Jesus deixou 42 milhões de Flamenguistas órfãos! Mesmo chateada com sua saída repentina, obrigada por tudo, Mister!

Aviso aos ShikaTema: Podem pular esse capítulo se quiserem, Temari e Shikamaru não aparecerão aqui :)

CHEGOU MEU MOMENTO, CHEGOU A HORA DE MOSTRAR AO MUNDO ESSE SHIPP MARAVILHOSO ORIUNDOS DE MEUS DEVANEIOS MALUCOS NESSA QUARENTENA AAAAA!!! CONTEMPLEM ESSA CAPA!!
Essa capa foi a mais difícil de fazer mas é a que eu mais gosto!! (Cortei o Neji do lado da Tenten e troquei ele pelo Kankuro. Gommen, Neji @__@)

Assim como no capítulo anterior, teremos os pensamentos dos personagens expostos aqui:
Kanku- Pensamento do Kankuro
Ten- Pensamento da Tenten
Fofoqueiros- Pensamentos de Kiba, Shino, Deidara, Lee e Gaara ao mesmo tempo.

O Ministério da Saúde adverte: Se vc é um leitor muito sensível aos crackshipps ou um/uma NejiTen convicta, fã de carteirinha, que ressuscitou o Neji com o Edo Tensei e fez ele se casar com a Tenten mesmo morto, não leia o capítulo abaixo! Não quero ninguém me xingando lá no chat, pelamor!

Chega de blábláblá, hora de ler o maior capítulo (pelo menos por enquanto rs) de Sand´s Love!

3, 2, 1...ação!



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Após aquela suposta coruja branca passar por eles emitindo um estranho som, Kankuro ficara com a impressão de estarem sendo observados, por olhos atentos fixos neles à  medida que adentravam na escuridão do deserto.

Kanku: Acho que já vi aquele pássaro em algum lugar….

— Tenten, você está com a impressão de estar sendo observada?

— Ahn, não. Acho que não  tem ninguém  aqui nesse fim de mundo. E se tiver alguém nos observando, devem ser aqueles lobos que você falou.

Kankuro respirou e fundo e tentou se acalmar. Com certeza aquela sensação era coisa da cabeça dele, ainda mais ali, andando sobre dunas de areia de mãos dadas com Tenten.

Kanku: A mão dela é tão quentinha…

Ten: Ele é muito gentil ter me dado a mão, a caminhada ficou até mais fácil!

Depois de uns dez minutos após a passagem da estranha coruja branca, os dois chegaram a um terreno mais estável, sem o tanto de dunas macias e cansativas que percorreram até chegar ali. O lugar era uma planície, salpicada de arbustos espinhosos e contorcidos, cactos e pedras arenosas; Um pouco mais a frente se erguia um elevado platô, de rochas pontiagudas que se erguia na escuridão como os dentes de um enorme dragão. O lugar estava mergulhado em um silêncio tumular, como se desligasse todos os sons do  mundo. Vez ou outra a brisa noturna soprava pelos arbustos solitários, fazendo-os emitir um farfalhar quase inaudível. Ao olharem para cima, uma infinidade de galáxias e estrelas se destacam por sobre eles, com suas mais de milhares de corpos celestes. Era como se estivessem dentro de uma nave espacial viajando sem rumo pelo universo.

Tenten estava boquiaberta, encarava aquela infinidade de pontinhos brilhantes misturados em nuvens de nebulosas, com uma expressão admirada em seu rosto. Nunca vira algo tão lindo em toda a sua vida, era como se estivesse mergulhada em um mundo de sonhos. Para ela, era possível ficar ali o resto da vida observando o espaço sideral que se estendia ao infinito.

Ten: Meu deus…isso aqui é a coisa mais incrível que já vi… - pensou,  tentando percorrer com seus olhos castanhos aquela faixa escura adornada de pontinhos brilhantes.

— Seja bem vinda ao Meio do mato!_ falou Kankuro, dando um risinho ao ver a expressão estupefata da moça._ Percorrer aquela areia toda valeu a pena, né?

— Sim..._ respondeu a ninja da Folha, mais para si mesma do que para seu acompanhante. Estava tão encantada com aquele céu que nem conseguia puxar assunto mais.

— Bom...que tal ver mais de perto, hein?Trouxe o livro para a gente ver os nomes das constelações._ falou o ninja da Areia.

— Legal, vamos testar o telescópio!Será que vamos ver algum alienígena?

— Não sei se vamos conseguir ver, já que eles enganam a gente! Mas, talvez vamos conseguir ver uma estrela cadente.

—Se eu ver uma dessas vou fazer um pedido! Que pedido você faria, se visse uma estrela cadente?_ perguntou Tenten animada.

Kanku: Nunca parei para pensar nisso...

— Bom..._ respondeu o rapaz um pouco sem graça _ Acho que eu pediria um megazord marionete.

— O que é isso?_ Perguntou Tenten, com um misto de curiosidade e estranheza.

— É o suprassumo das marionetes! É o deus marionete de toda a Areia!_ Falou o rapaz empolgado, sacando um caderno e um lápis de sua mochila É o meu projeto dos sonhos, é um robô imenso que se acopla todo ai lança um raio laser dos olhos, tem uns mísseis aqui nas costas…

— Uau, que incrível! Você podia colocar uma espada  samurai nele assim ó..._ respondeu Tenten, pegando o lápis e desenhando uma espada no papel _ Aí podia ter uma metralhadora de kunais assim…

Enquanto os dois divagavam animados sobre  o suposto megazord marionete de Kankuro, o grupo de amigos bisbilhoteiros observavam a imagem projetada do casal numa rocha pontiaguda.

— Esse robô só será perfeito se ele conseguir levantar halteres gigantes!_ respondeu Lee, com sua voz elevada devido a sua empolgação constante.

— Shhh fala baixo, seu idiota!_  repreendeu  Shino.

— Eles se combinam mesmo hm? A Tenten lá toda entretida com esse protótipo de robô ou sei lá o quê! Se um cara chegasse pra mim e falasse que iria pedir uma marionete andróide eu iria sair correndo dele hm!_ reclamou Deidara entediado.

— Enquanto eles falam de marionetes, o Shikamaru e a Temari já estão no “segundo round”._ Falou Kiba com um sorriso debochado.

— Pelo menos o Kankuro tá fazendo ela rir..._ falou Gaara, dando um tímido sorriso ao observar o risinho de Tenten enquanto ouvia os devaneios de seu irmão.

Kanku: Como sou idiota, só estou falando de mim...vou perguntar o que ela desejaria…

—E você...hmmmm… o que desejaria se visse uma estrela cadente?

Ten: Ai que pergunta difícil, tem tanta coisa que eu queria…

— Bem..._ começou a ninja mestre das armas, fitando o lindo céu noturno em busca de inspiração _ Eu ia pedir um ano inteiro de férias.

— Por que? Pensei que você gostasse de sua loja…

—Eu gosto, é claro. Só que às vezes sinto que estou fazendo a mesma coisa, sabe? Eu acordo cedo, vou pra loja, fico lá, volto pra casa, leio algo, escrevo minhas histórias e durmo. Todo dia isso, eu me canso sabe?_ respirando fundo, continuou _ Queria bater perna por aí. Ir na vila da Cachoeira, no país do Chá, na aldeia da Chuva. Quem sabe até escalar o Everest! Mas, não posso fazer isso pois, não tenho com quem deixar a loja. Não quero deixar o Guy sensei e o Lee sozinhos, só por minha causa.

— Entendi. Eu já fui para muitos lugares mas, todos eles na comitiva do Kazekage. Só ficava uns três, quatro dias. Não aproveitei muita coisa pois, sempre ia a trabalho.

— Se eu tivesse aquelas caminhonetes grandes, ia sair por aí sem rumo, só seguindo as estradas da vida..._ Falou a jovem  filosófica, mais para si mesma do que para o amigo.

— Essa caminhonete poderia ser a transformação do meu megazord marionete. Aí a gente usaria ele como carro e, na hora da luta, ele assumia a verdadeira forma dele. Então, se virmos uma estrela cadente, vamos pedir uma “caminhonete- marionete- megazord”!

Os dois riram e começaram a montar o telescópio para observar as estrelas.Tenten folheava o livro curiosa observando as ilustrações das constelações. Assim que posicionou o equipamento Kankuro parou e observou Tenten, absorta nas ilustrações do livro.

Kanku: Uau, ela é linda…

A mestra de armas ninjas observava os pontos celestes ampliados na lente do telescópio de forma admirada, como se fosse uma criança que acabara de ganhar um imenso presente de Natal. Vez ou outra, ela parava de observar as galáxias e se pegava admirando Kankuro, lendo seu livro e explicando para ela algo sobre a nebulosa “cabeça de cavalo” que ele lera no livro. A jovem encarava o rapaz com um misto de admiração e desejo, por alguma razão se sentia atraída por ele. A luz pálida dos raios lunares, o silêncio e a gélida brisa do deserto pareceram ressaltar a beleza do irmão de Temari.

Ten: Nossa, ele é lindo…

Os dois ficaram em silêncio observando um ao outro, com as bochechas rubras e quentes, mesmo sendo açoitadas pela brisa fria que soprava.

Kanku: Por que ela tá me encarando, hein? Falei algo de errado?

Ten: Eu hein, porque ele não olha pro céu...estou ficando sem graça aqui aiii…

— Hm, o que foi?_ perguntou Tenten, quebrando aquele silêncio monótono.

—N...n...nada não hehehehehe….eeerrr...achei a constelação da Ursa maior, você quer vim ver?_ respondeu o titereiro, coçando a nuca a fim de tentar disfarçar sua timidez.

Os dois ficaram por volta de quase uma hora olhando as estrelas no telescópio. Deidara, impaciente como sempre, se juntou a Lee e Gaara e começou a colar figurinhas no álbum.

Mesmo se distraindo, o ninja loiro ainda mantinha seus olhos azuis fixos na imagem projetada na parede rochosa daquele relevo.

— Acho que é agora hein!? Esses olhares não me enganam!_ falou Kiba, elevando o tom de voz e sendo repreendido com duros olhares e um sonoro “shhhh” dos amigos.

— Todo o cenário é propício, a lua, as estrelas, as bochechas escarlates ardendo com o fogo da paixão hm…

— Nosso artilheiro dominou a bola no peito, avança com ela em direção ao gol, está cara a cara com o goleiro… é agora… _ falou Shino, tentando narrar a cena como um jogo de futebol.

Porém, para decepção dos amigos, Kankuro e Tenten voltaram a prestar atenção no telescópio e nas estrelas, ignorando completamente a troca de olhares anterior.

— Pra fora! Nosso artilheiro perdeu uma oportunidade de ouro!

— Já vimos que teremos que ficar aqui a noite toda!_ respondeu Deidara, se espreguiçando devido a dor nas costas.

Depois de algum tempo observando os astros no céu, Tenten e Kankuro resolveram se sentar um pouco, estendendo uma canga de praia na areia fria sobre seus pés.

— Você gosta de jogar Uno?_ perguntou o titereiro.

— Já joguei algumas vezes com as meninas lá na casa de Tsunade. Por que a pergunta você tem Uno ai? Podemos jogar se quiser.

— Sim, tenho um Uno do Star wars, olha só que legal!

— Aaah eu quero jogar!_ respondeu a jovem, encantada com os personagens estampados nas cartas do jogo.

— Ah merda, porque o Kankuro trouxe esse Uno!_ murmurou Kiba, revirando os olhos de tédio.

— Depois dessa vou até voltar a colar figurinhas, já que vamos ficar aqui até a alvorada hm!

Após Kankuro embaralhar as cartas, a emocionante partida de Uno teve início. Ambos eram cautelosos, estudavam as jogadas um do outro e traçaram estratégias para ganhar o jogo. Tenten estava em vantagem, com apenas duas cartas na mão, enquanto Kankuro tinha quatro.

Ten: Vou ganhar, ah como amo ganhar! - pensou, demonstrando um sorriso em seus lábios.

—Uno!_ exclamou Tenten, ficando apenas com uma única carta em mãos.

Kanku: Ela vai perder huhuhuhu…

— Desculpa fazer isso mas, a vida é injusta..._ Falou o mestre das marionetes, lançando uma carta especial, onde seu oponente tinha que pegar mais quatro cartas.

—Ai cacete!_ rosnou Tenten, se arrependendo de ter cantando vitória tão cedo.

Kankuro jogou uma carta da cor verde estampada com o rosto do Mestre Yoda. A ninja mestra de armas se xingou mentalmente pois, das cinco cartas que tinha na mão, nenhuma delas era verde e não tinha a carta especial de mudar de cor.

Ten: Merda desgraçada, vou ter que comprar mais uma e passar a vez...

Kanku: Xeque mate!

— Bom … eu jogo a carta que volta o jogo pra mim, coloco outra de pular você  e ai Uno! Por último, termino com essa outra aqui de comprar  mais quatro cartas.

— Como  assim, eu só tinha duas cartas!! Maldita cor verde!!_ falou Tenten estressada, como se tentasse entender algo incompreensível.

Kanku: Ela fica fofa estressadinha…

— Bom, como sou um cara legal vou dar outra chance para você. Quer jogar de novo?

Assim, a fatídica revanche aconteceu. Tenten reclamara que em sua mão não havia nenhuma carta especial. E o seu bendito adversário já iniciara o jogo com uma carta que ela não tinha em seu baralho.

Ten: Lá vamos nós de novo… - pensou consigo ao se deparar com seu jogo de cartas azuis, verdes e amarelas, enquanto fitava Kankuro colocando uma carta vermelha em jogo.

— Po Kankuro, deixa a Tenten ganhar! Hoje não é dia de ser competitivo!_ falou Shino, ajeitando seus óculos em seu nariz.

— Ela tá ficando estressada hm...acho que estragamos tudo comprando esse Uno maldito…

A mestra ninja das armas quase vibrou de emoção quando finalmente conseguira sacar da pilha de cartas uma especial, capaz de alterar a cor escolhida na jogada. Porém, sua felicidade repentina se fora como viera, quando Kankuro jogou novamente sua fatídica carta especial de comprar mais quatro.

Depois de três partidas perdidas, Tenten elevou o tom de voz falando irritadiça:

— Não vale, você tá roubando! Tá usando hack!

—Agora ela me entende né?_ resmungou Kiba, se divertindo com a expressão  raivosa da amiga.

— Eles se combinam no quesito “hackear para ganhar de qualquer jeito”! _ Respondeu Shino.

Tenten respirou fundo e tentou pensar no que estava acontecendo. Mesmo depois de três partidas, apenas uma vez ela conseguira pegar uma carta especial, sendo que era apenas a carta que mudava de cor, e não a que permitia o oponente comprar mais quatro cartas. Fizera um rápido  cálculo  sua mente e percebeu que tinha de fato, algo errado. Ela nunca fora muito sortuda mas, a probabilidade de não pegar nenhuma carta trunfo em três  partidas era muito baixa, talvez somente a senhora Tsunade  conseguisse essa proeza.

— Kankuro, seja sincero _ falou a moça, o encarando com um olhar severo _ Você por acaso trapaceou nesse jogo?

Kanku: Esse olhar...me dá medo…parece a Temari…

Ten: Quero ver se ele roubou ou eu que sou azarada mesmo…

—Tá bom, tá bom, eu me rendo!_ respondeu o ninja da Areia, erguendo as mãos _ Eu trapaceei sim, joguei sujo…

Kanku: Eu sou um merda….

— E como você fez isso?_ perguntou a mestra de armas ninjas, franzindo o cenho num misto de irritabilidade e curiosidade.

—Assim..._ Falou o mestre das marionetes embaralhando o montinho de cartas. A medida que ia manipulando as cartas, seus fios de chacara selecionava todas as cartas trunfo para ele.

Kanku: Seu imbecil por que fez isso? Ela vai me odiar agora…

Ten: Depois o Kiba que fala que sou trapaceira....

—Tá mas, por que fez isso? Não consegue jogar limpo não é?

— Bem… ahn… é porque eu não queria...aafff...não queria perder pra você _ respondeu Kankuro, se sentindo um desprezível. 

Kanku: Temari tem razão, sou um idiota.

— Você me subestimou. Na verdade, não só você mas todo mundo. Você, o Kiba, o Shino, e até o Lee que me manda treinar e treinar mas sempre me subestima.O único  que eu salvo aqui é o Deidei porque, assim como eu, ele também é subestimado pelos ninjas homens que pagam de machão! Cansei de nós, Kunoichis, sermos consideradas mais fracas e  incapazes que vocês homens . Se eu ganhasse de você no Uno, você sentiria o quê? Vergonha ou inferioridade de perder para uma mulher?

Kanku: Merda, olha o que eu fiz…

—Calma Ten..._ Porém  foi cortado por Tenten, que ainda o fitava séria.

— Lute comigo. Vamos tirar a prova de uma vez por todas. E não pegue leve, use tudo o que você  tem...pois, eu irei usar!

Kanku: Aaaah Kankuro, você  não vai negar uma luta né? Lutaria até contra o Gaara, mesmo ele sendo o Kazekage e meu irmão.

—Ok, não fujo de uma boa briga. E não vou pegar leve com você, vai ser uma ótima oportunidade para testar um oponente diferente…

— Caraca Shino, esse seu besouro tá zoado! Queria ver coisas fofas mas só to vendo briga e baixaria hm!_ reclamou Deidara.

—Merda Kankuro, olha o que você fez! Tenten ativou o modo empoderada pistola e agora vai te dar uma sova bem dada!_ falou Kiba.

—Vai Tenten, dá nele! Acaba com ele!_ Falou Lee, só que maneirando no seu tom de voz.

— Quero ver a Tenten acertar ele com a Espada Sagrada!_ falou Shino, se mantendo calmo em meio a crescente inquietação no grupo.

Kankuro abriu sua mochila para sacar suas marionetes, quanto teve a infelicidade de ver que apenas trouxera o pergaminho de formiga, sua marionete de captura.

Kanku: Já comecei mal...então era isso que estava esquecendo… - se lamentou, fazendo surgir a marionete a seu lado.

— Esse barril do Chaves é que você vai usar para pegar leve?_ riu Tenten, ao observar  a marionete.

Ten: Saco, já estou ignorando os princípios básicos de um valoroso shinobi como Guy sensei nos ensinou. Nunca subestime um oponente.

— Tenten!_ exclamou Kankuro, um pouco esbaforido quando viu a menina invocar  um pergaminho enorme e poderoso _ Eu não trouxe minhas outras marionetes , só tenho essa daqui que é de captura. Então, infelizmente você não terá a  honra de presenciar meu máximo hoje.

— Tudo bem, como eu sou honesta…_ respondeu, frisando essa última  palavra _ Não usarei as minhas armas. Vou lutar com as mãos livres, ou seja, no soco mesmo.

Kanku: Fuuuuu…

O titereiro gelou. Lutar contra a melhor usuária de Taijutsu apenas na base do soco, não seria uma coisa inteligente a ser feita. Ele nunca fora bom em combate corpo a corpo, sua função era manipular as marionetes a distância. Mas, nunca fora de desistir de uma boa briga e, mesmo estando em completa desvantagem, se posicionou na forma de combate, um pouco trêmulo.

Ten: Gostei dele, ele tem coragem!

Antes que pudesse fazer qualquer movimento, Tenten desaparecera de seu campo de visão, se valendo da sua habilidade de alta velocidade dos usuários de Taijutsu.

Kanku: Com certeza ela deve está atrás de mim…

  Antes mesmo que se virasse, o ninja da areia fora atingido  por um golpe em suas costas,  fazendo-o cair de cara no chão arenoso e cheio de pequenos pedaços de cascalho do deserto.

— Isso é por você ter me subestimado no Uno!_ rosnou Tenten, se sentando calmamente na canga estendida, suspirando aliviada.

Ten: Acho que peguei pesado demais… _ pensava, enquanto observava o rapaz se levantar coberto de areia.

Kanku: Nossa, essa doeu _ matutou assim que colocou a mão sobre a bochecha, percebendo que um líquido quente escorria.

— Ai meu Deus, você está sangrando!_ falou a ninja da aldeia da Folha, observando o filete vermelho que escorria da face do amigo.

Ten: Cacete...que merda! Estraguei tudo…

— Mano, o Kankuro tá sangrando!_ falou Kiba, em choque.

— Caraca, queria que o Guy sensei estivesse aqui! Olha potência do golpe!_ falou Lee, maravilhado por sua irmãzinha ter dado uma lição em seu oponente.

— Ei, vem aqui..._ falou a mestra das armas, fitando o chão  enquanto remexia em sua bolsa.

Kankuro ainda atordoado por causa do golpe, sentou ao lado da ninja. O Sabaku a observava quando a moça sacou uma nécessaire grande e estampadas de pugs de sua mochila.

— Acho que tenho aqui… _ falou Tenten mais para si mesma do que para o rapaz, retirando vários tipos de remédios, comprimidos, absorventes, pomadas, pincéis de maquiagens e diversos outros produtos que Kankuro não reconheceu.

Kanku: Nossa, ela é uma farmácia ambulante…

Finalmente achou o que precisava: um pequeno frasco com um líquido incolor e um pano umedecido. A jovem colocou um pouco do líquido no tecido, umedecendo ainda mais.

— Vai arder só um pouquinho mas, a Sakura disse que esse remédio ajuda a curar as feridas mais rapidamente. _ falou convicta, enquanto se aproximava do rosto do Sabaku, passando gentilmente o pano em seu corte no rosto.

Assim que o tecido tocou sua pele, Kankuro sentiu uma ardência incômoda. Porém, a dor logo sumiu quando percebeu que os rostos de ambos estavam muito próximos. Tenten o fitava com remorso e preocupação, enquanto espalhava o remédio pela ferida.

Kanku: Tão perto…

Ten: Ai meu deus, porque eu tive que machucar esse bonitão?

— Nosso artilheiro se encontra na marca do pênalti. O estádio está silencioso e todos os pares de olhos estão atentos nele..._ falou Shino, com sua narração de locutor.

— Até eu estou ficando nervoso..._ respondeu Gaara, que até aquele momento só se focava em colar as figurinhas no álbum.

— Desculpa por isso..._ falou Tenten, terminando de passar o líquido no corte.

— Bom, eu que tenho que pedir desculpas né? Eu sinto muito por ter trapaceado no jogo, sou um retardado completo.

O silêncio se adensou na noite estrelada, mergulhando-os num halo desconfortável. Tenten colocou seu outro casaco que trouxera pois, a temperatura ali caiu drasticamente. Xingou mentalmente por ter esquecido sua touca, na mala de viagem que estava no quarto de Temari.

— Eu subestime o frio do deserto, minhas orelhas estão congelando… se eu tivesse minha touca aqui comigo…

— Não tem problema, pode ficar com a minha._ respondeu Kankuro, retirando sua touca e colocando gentilmente sobre os cabelos castanhos  de Tenten. _ Ficou lindinha você…

Kanku: Meu Deus o que eu tô falando? - pensava consigo mesmo, ao ver Tenten ajeitando a touca em seus cabelos longos.

Ten: Parece que ele fica mais lindo sempre quando olho… _ pensou, observando os cabelos castanhos rebeldes do titereiro. 

Fofoqueiros: Ownnn!

— Tô passando mal!Tô passando mal!_ falou Kiba, colocando a mão no peito e simulando um desmaio emocionado.

— Chama a Ludmilla e diz que é hoje hm!

— Eu tenho aqui algo que vai ajudar a espantar esse frio… _ O irmão do Kazekage mexeu em sua bagagem e, retirou duas garrafas térmicas. _ Tenho chocolate e uns biscoitos aqui, você quer?

— Chocolate?Quero sim!!_ respondeu a jovem, abrindo a garrafa térmica e deixando o vapor quentinho que emanava da bebida se chocar contra seu rosto gelado.

— Brrrrr...alguém tem chocolate aí?_ falou o Inuzuka tremendo de frio.

— Acho melhor fazermos uma fogueira, vamos morrer congelados aqui hm!_ respondeu Deidara, como o dentes rangendo por causa do gélido vento frio que serpenteava pelas rochas.

— Podem deixar comigo! O Guy sensei me ensinou a fazer uma fogueira apenas com duas pedras. Ele sobreviveu na selva com apenas uma bússola e uma kunai!

Após a frase do enérgico discípulo de Maito, uma pequena faísca  crepitava sobre uns gravetos secos e retorcidos, que encontraram em meio às rochas, gerada pelo atrito das pedras de Lee. 

— Até eu estava ficando com frio. _ respondeu Gaara, aquecendo as palmas das mãos na pequena chama.

Ten: Acho que vou quebrar esse silêncio pesado entregando o presente pra ele…

— Aãn, então...bem, no shopping eu...aaah não sei como falar, toma aqui. É pra você..._ falou Tenten, com o rosto corado, estendendo um pequeno embrulho para Kankuro.

Ten: Primeira vez que presenteio um homem sem ser meus companheiros de time… Falei toda errada…

Kanku: O que é isso agora hein? - pensou o mestre das marionetes, estudando o objeto com as mãos.

Kankuro retirou um fino invólucro colorido e uma camada de plástico bolha do objeto em suas mãos. Assim que o brilho da lua refletiu no vidro da redoma de vidro, o olhar do rapaz brilhou ao ver os pequenos floquinhos de isopor se misturarem multicoloridos no interior da cúpula.

— É um globo de neve! Que incrível! _ respondeu o ninja da areia, balançando com cuidado o globo,  fazendo mais pedacinhos de isopor se misturarem.

Assim que todos os floquinhos de neve se precipitaram no fundo da redoma de vidro, Kankuro visualizou dois pequenos bonequinhos, juntamente com um boneco de neve rechonchudo e uma árvore de Natal com uns mini presentes embaixo. O rapaz prendeu a respiração com o susto que tomou ao ver que os pequenos bonequinhos eram uma forma estilizada e fofa dele e Tenten.

Kanku: Não quero acordar desse sonho, não é possível…Gaara tinha razão  - pensava num loop eterno em sua mente.

— Tem uns negócios dentro daquele globo de neve! Dá pra dar zoom mais não, Shino?_ perguntou o Inuzuka quase roendo as unhas de ansiedade para constatar o que eram aquelas pequenas formas dentro do globo.

— Não dá pra ver mais Kiba, o zoom tá no máximo…

Kanku: Vai Kankuro, agora é sua vez! - pensou, aspirando o ar gelado da noite.

— Bom, obrigado pelo presente eu gostei. De verdade. Pode ser algo simples mas, admito que gosto dessas coisas assim. E, também no shopping, comprei algo pra você. Vi a árvore de Natal e pensei em...eeer...presentear você. Aqui está! _ falou o rapaz, estendendo o presente meio trêmulo.

Tenten pegou a pequena caixinha e estudou curiosa como sempre. Ao tirar a fina embalagem, se deparou com um logo estampado em uma letra de fôrma com detalhes em prata brilhante.

— Nossa, é algo da Pandara!!_ falou a moça estridente, vendo o lindo logo estampado na caixinha.

— Abre, acho que você vai gostar…

Kanku: Esperoqueelagoste, esqperoqueelagoste, esperoqueelagoste…-  repetia sem parar em sua mente.

A mestra das armas retirou a tampa da caixinha e, ao olhar em seu interior não sabia o que dizer. Sua mente e tudo ao redor pareceu desaparecer, como se o céu estrelado e brilhante sumisse  de repente. A moça só conseguia visualizar aquela linda pulseira vermelha, adornada com vários mini pingentes, de formas de pergaminhos, kunais e shurikens. Entre esses pequenos adereços tinham mais dois pingentes: um com o símbolo da Areia e outro com o da Folha.

— Tenten muito sortuda! Se eu ganhasse uma pulseira da Pandara* eu iria dar uns pegas gostoso nesse homem hm! A se ia hm!_ falou Deidara, quase babando ao observar o brilho cintilante da bijuteria.

— Com o meu salário de professor eu não conseguiria nem comprar um pingente desta loja…. _ murmurou Shino.

— Não sei qual a graça de uma pulseirinha..._ respondeu Kiba entediado.

— Não sabia que Kankuro sabia dar presentes. Esses meus irmãos, me surpreendem a cada dia…._ falou o Kazekage.

Tenten ainda estava em estado de transe, observando cada detalhe e passando seus dedos sobre a superfície  delicada dos pingentes.

Kanku: Será que ela não gostou? Ela não fala nada...melhor perguntar né? Já estou preparado pra levar outra porrada, qualquer coisa…

— Hmmmm então...eeer...bem...você gostou?_ perguntou receoso, esperando a pior resposta possível.

— Eu amei isso aqui. Você é incrível.

Ten: Imagina eu chegando com isso na Folha, Ino e Sakura vão ficar morrendo de inveja huhuhuhu! Amei demais!!

Kanku: Quem bom! Deu certo!

Kankuro percebendo que a Tenten não conseguia colocar a bijuteria em seu pulso, se ofereceu para ajudar. Pegou o braço da moça delicadamente e colocou o presente, fechando uma pequena fivela. Foi nesse momento que os dois se entreolharam, um pouco envergonhados e sem jeito. Seus rostos estavam próximos e o contato visual entre eles fazia o coração de ambos retumbaeam como um tambor que anunciava o início da batalha.

Kanku: Fala Kankuro, fala o que você sente… você chegou até aqui...desembucha logo! - pensou enquanto inalava e soltava o ar de forma constante.

— Tenten...eu...eeeer...eu quero ficar com  você…

— ELE FALOU!!_ falaram todos os fofoqueiros  juntos, quase não conseguindo conter o grito na garganta

— Virada histórica, meu caro telespectador! Agora vamos ver se nosso artilheiro será capaz de conquistar a taça! _ Continuou o Aburame com sua narração.

Tenten estava com seu rosto ardendo em brasa após a confissão do rapaz. Ela nunca passou por um momento daqueles, só em sua imaginação para escrever suas fanfics. E caso tenha passado, a jovem sequer lembra pois, em suas paqueras, sempre estava um pouco bêbada. Mas, agora era diferente. Ela estava ali, sentada sobre as dunas, mergulhada numa imensidão de areia e estrelas.

Ten: Acho que quero beijá-lo… - pensava enquanto fitava os olhos castanhos do rapaz.

Kanku: " Darling, after all

I will be the one to hold you in my arms.." que merda Kankuro, ótima hora pra pensar em música…**

Tirando coragem de algum lugar que nem ele mesmo sabia, Kankuro afagou a bochecha de Tenten, delineando com o dedo indicador o contorno do queixo delicado da moça.

— Eu me apaixonei por você. _ disse com confiança enquanto observava um tímido sorriso aparecer nos lábios da ninja da Folha.

— Que aula meus amigos, estão anotando tudo aí né! _ falou Kiba, tomado de emoção.

— Katsukatsukatsukatsu…_ falava Deidara sem parar.

— Esse é o poder do amor da juventude! Tenho que relatar ao Guy sensei como foi presenciar essa sensação! _ perguntou Lee, se valendo de seu inseparável caderninho.

— Agora vamos dar o grito de campeões! _ falou Shino, ajeitando seus óculos devido a crescente ansiedade.

Fofoqueiros: Beija Beija Beija Beija Beija…

Porém, antes de acontecer qualquer coisa interessante, Rock Lee se atrapalhou com as anotações em seu caderninho, fazendo com que o objeto caísse na pequena fogueira. As chamas aumentaram de intensidade e uma fumaça cinza de cheiro ocre preencheu o espaço onde os amigos estavam escondidos, fazendo com que tossissem. 

— Oh oh..._ falou Lee aflito, enquanto as tosses dos amigos preenchiam o silêncio do lugar e a fumaça escura era carregada pelo vento.

— Escutou esse barulho?_ perguntou Tenten um pouco preocupada _ parece ganidos de uma matilha de lobos.

— Devem ser os lobos mesmo! Vou dar um jeito neles, para aprenderem a não colocarem os focinhos na vida dos outros._ Falou Kankuro, encarando um ponto de luz tremeluzente que emitia uma torrente de fumaça sobre o alto do platô.

Kanku: Esses imundos! Devem estar nos bisbilhotando há um tempo já. Sabia que minha intuição não falha!

Gaara finalmente conseguiu apagar as chamas, jogando uma areia úmida sobre as brasas. Os amigos estavam encardidos com olhos e a garganta ardendo devido ao cheiro ruim da fumaça. Infelizmente, o pequeno vaga lume que transmitia as imagens fora totalmente chamuscado pelo calor das chamas, mergulhando o grupo na densa e fria escuridão do deserto.

— Ótimo agora estamos no escuro e vamos congelar aqui hm!_ reclamou Deidara, dando um puxão de orelha em Lee.

Logo em seguida, o grupo foi pego por um tremor repentino de um terremoto. Subitamente o chão debaixo deles se abriu e todos foram engolidos por uma espécie de armadilha.

— O que está acontecendo? O que é isso?_ perguntou Kiba, abraçando Akamaru.

— Certeza que fomos abduzidos hm! _ falou Deidara quase sem ar, imprensado no meio dos outros.

Pelas pequenas frestas retangulares da suposta armadilha, o grupo visualizou feixes de uma luz cintilantes. Com um estalido seco, uma porta se abriu permitindo que eles saíssem.

— Ué, estamos no nosso quarto? O que aconteceu?_ perguntou Lee todo confuso.

— Alienígenas..._ respondeu Deidara imitando um famoso apresentador do History Channel.

— Já sei o que houve, essa armadilha é na verdade a marionete formiga do Kankuro. Ele deve ter nos visto e, usou o jutsu de teleporte em nós. _ ponderou Gaara.

— Ah Kankuro, seu maldito! A gente queria ver o final!_ rosnou Kiba, chateadíssimo com o amigo. Shino, o besouro rádio ainda tá funcionando?

— Não _ respondeu o Aburame _ tá muito longe o sinal.

Kanku: Missão cumprida! Devem estar no Palácio agora.

— Bom, onde é que a gente estava mesmo..._ falou o rapaz, novamente tocando as bochechas de Tenten com as mãos.

A partir desse momento, Kankuro não sabia como descrever em palavras o que sentiu. Só sabia que fora invadido por uma sensação de calor e anestesia. As borboletas em seu estômago batiam suas asas com uma velocidade tão absurda que ele nunca presenciara antes. Os lábios umedecidos e macios de Tenten encontrando os seus foi uma das melhores sensações que experimentava na vida, melhor até do que qualquer megazord marionete.

— Des..desculpa...por isso..aaahnn..._ tentou falar Kankuro, todo vermelho, após se separem para recuperar o fôlego.

— Por que está se desculpando? Não precisa se desculpar, se é algo recíproco…

Kanku: O que é recíproco? Do que ela está falando?

Ten: Nossa, fazia uns...dois anos talvez? Que não beijava ninguém...até esqueci da sensação…

— Como assim recíproco, não estou entendendo mais nada!

— Hora, recíproco é algo que duas pessoas querem entendeu? Foi que nem na luta, eu queira lutar e você também.

— Então..._ falou o ninja da Areia, associando as coisas _ você também queria me beijar?

— Sim.

Kanku: Acho que consegui, obrigada música do Al Jarreau por me dar a coragem que eu precisava!

Ten: Se der tudo certo, posso até tentar algo a mais huhuhuhu. Eu, Tenten Mitashi, não posso perder essa oportunidade…

Os dois voltaram a mergulhar em beijos apaixonados, mais ardentes e desejosos. Kankuro estava ficando nervosos pois aquilo não estava no script. Já Tenten parecia estar se divertindo, não se importando com nada naquele momento. Ao perceber que a ninja da Folha o fez com que ficasse debruçada sobre ela, passando suas mãos macias por suas costas, seu estômago começou a reclamar devido ao nervosismo.

Kanku: Já pensou se o Baki descobre que fiz isso aqui? E os anciãos!? Eles com certeza vão me matar! O que vão pensar de mim! Merda, já tô sentindo a azia de novo...saco o remédio passou o efeito…

Ten: Hmmmm...ele é gostoso… - pensou, subindo um pouco uma parte de sua camisa, de modo que seu ventre encostasse suavemente no abdômen bem definido do rapaz. Somente aquele leve contato, fez com que existisse um resquício de umidade no semi árido deserto [ ( ͡° ͜ʖ ͡°)].

Kanku: Isso não vai dar bom...não tô seguro… os velhos vão me matar! E o Baki vai usar o Edo tensei para me matar de novo…

— Chega...não…_ falou Kankuro, arfando e ajeitando sua camisa, se afastando da moça.

Ten: Ai não eu estraguei tudo! Tenten sua sem noção! Aquieta esse fogo aí!!Assustei o boy!

— Ahnnn...Eu fico preocupado sabe...eeer...isso pode gerar consequências desastrosas e enfim, sei lá…

— Aah se tiver preocupado com isso, fique tranquilo. Eu tenho isso aqui _ falou Tenten pegando de sua bolsa um pequeno envelope _ Não sou que nem a Ino, que acredita na tabelinha ***!

— Eita, você tem o envelope 69, o codinome " pequena camisa"!

Ten: Mas que merda de nome é isso!?

Kanku: Essa garota… ela é mais experiente que eu. Esses ninjas da Folha, eles sabem das coisas!

— Bom, vamos indo então? Tá tarde e a temperatura aqui caiu muito._ falou Kankuro, coçando a nuca a fim de esconder sua timidez.

— Tudo bem, vamos indo.

Ten: Eu estraguei tudo...Por que fui com tanta sede ao pote?

Kanku: Merda, será que ela tá chateada. Não sei o que falo...aiai...que complicado!

Os dois se dirigiram ao Palácio percorrendo as ruas desertas da aldeia. Não trocaram nenhuma palavra durante o caminho de volta, sendo deixados serem mergulhados na escuridão silenciosa e desconfortável. Ambos estavam absortos em seus próprios pensamentos, relembrando o fatídico momento do beijo. 

— " Darling, after all

I will be the one to hold you in my arms

After all // Querida, depois de tudo, eu serei o único a te ter em meus braços,depois de tudo…" _ cantarolou Kankuro, baixinho, relembrando da música que ouvira com Gaara após o fim da transmissão do correio do amor.

— Eu conheço essa música _ falou Tenten É " after all" do Al Jarreau né?

— Isso, essa mesma.

— "There, there was a time I knew

That no matter, come what may, love

would prevail // Havia um tempo que eu sabia que, não importava como, o amor prevalece."_ cantarolou Tenten, que amava ouvir essas músicas para escrever as partes mais fofinhas de romance de suas histórias.

Finalmente chegaram no Palácio. Tenten abriu sua mochila e retirou a garrafa de chá de hortelã que Sakura lhe dera.

— Bom, isso aqui foi um presente que a Senhora Tsunade me deu por ter consertado o telescópio. Como ganhei duas e foi você que de fato consertou, resolvi te dar uma.

— O que é isso?_ perguntou Kankuro examinando a garrafa.

— É suco de hortelã que a Mestra trouxe lá do país do chá. Ainda não tomei o meu então, não sei se é bom.

Os dois ficaram se encarando um tanto sem jeito. Não sabiam como se despedirem depois de passarem o fim do dia juntos. Os dois estenderam os braços e deram um aperto de mão, como se fossem dois executivos que acabaram de fechar um importante negócio.

Ten: Que despedida merda...Eu estraguei foi é tudo mesmo!Acho que não dá nem pra reparar essa desgraça toda aiai…

Kanku: Acho que ela nunca mais vai querer saber de mim mas, por via das dúvidas só isso tá bom, sei lá vai que ela me agarra de novo...aqui no Palácio com certeza eu ia ser morto pelos guardas hehehe…

Os dois foram para seus respectivos aposentos após o aperto de mão constrangedor. Kankuro seguiu em frente no corredor, enquanto Tenten subia a escada para o segundo andar, indo em direção ao quarto de Temari. Mesmo estando tímidos e um pouco conturbados, em suas mentes a canção " after all" se repetia em loop, como se de alguma forma pudesse espantar todas as incertezas que habitam neles dois.

KankuTen: " And love, the author of space and time

Keeps the galaxies and each sparrow alive

And the love that heals the wound

After the war is through // E o amor, o autor do espaço e tempo, mantém as galáxias e cada pardal vivo. É o amor que cura a ferida após a guerra terminar".





* Referência a marca de joias dinamarquesa Pandora, a segunda maior fabricante de jóias do mundo.

** A música que Kankuro pensou e cantou no final desse capítulo é “After all”, do cantor americano Al Jarreau.

*** Tia Tenten adverte aos jovens: Não confiem no método da tabelinha!!! Grata!!


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Notas finais do capítulo

Caralhaaaaaaa, deu mais de 6 mil fucking palavras esse negócio!!! Misericórdia!!A autora se empolgou, visto que é o primeiro Kankuten aqui do site XD.


Hidan: Jashin tem vergonha de vocês que entenderam essa carinha aqui ( ͡° ͜ʖ ͡°)! Todos serão castigados, seus impuros!

Tenten, sua safadinha!

Sei que esse capítulo foi longo mas, o que acharam do possível primeiro KankuTen desse Spirit hein? Deu trabalho, foi cansativo porém, a cada dia me divirto mais em escrever as peripécias romanticas desses dois!!

Comentem o que acharam desse capítulo, o primeiro a lançar esse casalzão da porra (pelo menos para mim rs) no Spirit!!!




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