Revolution of the Daleks escrita por EsterNW


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Will:
Bom, eu e a @EsterNW estamos trabalhando nisso há meses e é muito legal finalmente estar postando. A história será uma versão do especial de fim de ano de Doctor Who, meio que teorizando o que pode vir a acontecer. Esperamos que gostem da história.

Ester:
Olá, meu povo!
Já faz algum tempo que não escrevia mais nada de Doctor Who, mas, a convite do @Will_CSi, me juntei a ele nesse projeto que envolve uns senhores do tempo aí xD
Boa leitura ;)



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Os passos ecoaram pelo silêncio do corredor. Um, dois, três, quatro, cinco… Pararam. Um, dois, três, sete segundos e nada. Um, dois, três, quatro, onze até desaparecerem do seu campo de audição.

Talvez aquele trajeto tivesse dois metros e mais um pouco. Largura? Não fazia ideia. Pelo eco, talvez fosse estreito. Escuro? Nunca iria saber. Pela pequena abertura em uma das paredes, apenas um pouco do espaço infinito era visível. O que não era útil em denunciar a localização de sua aparente prisão.

Estava presa há… Quatro dias? Mantendo uma contagem de tempo terrestre com vinte e quatro horas, talvez fosse isso. Considerando a contagem de tempo de onde estava, vai saber. Aliás, essa era sua maior questão: onde estava? Caso quisesse sair, primeiro precisava saber de onde sair… Para falar a verdade, eram tantos questionamentos…

Os passos voltaram na última ronda. Um, dois, três, quatro, pausa. Um espirro. Essa foi nova. E era um homem, pôde confirmar suas suspeitas de alguns dias atrás. Dias?

Um, dois, três, quatro, onze… Deixou-se deslizar pelo chão, não sabendo se dormia, se surtava mais um pouco, se falava com as paredes ou o quê. 

Paredes podem revelar muita coisa! O material da qual foram feitas, o estado de conservação, desenhos... Certa vez, encontrou um par de paredes sencientes, que mudavam de cor e textura conforme seus sentimentos. Com um pouco de carinho, conseguiu fazer que ficassem verdes com bolinhas azuis. Eram muito simpáticas!

Mas aquelas ali… O problema delas? Aquelas paredes eram lisas, sem história alguma. Nada para contar.

Uma pena, porque seria ótimo ter alguém além dela mesma para conversar. Umas informações também cairiam bem. Qualquer coisa, nem que fosse o nome daquele lugar.

Isso talvez fosse de muita ajuda. E talvez fosse pedir demais de simples paredes.

A única coisa com a qual a Doutora poderia contar naquele lugar era a própria mente para resolver os problemas. Seus pensamentos frenéticos dividiam-se entre soluções e preocupações. Ao menos seus amigos estavam bem. Ela torcia para que estivessem bem.

Quem sabe não estariam sendo britânicos e bebendo o chá da tarde? Uma xícara de chá cairia muito bem depois de uma aventura. Principalmente de framboesa com uma pitada de frutas silvestres.

Mas sem chá para a Doutora. Apenas uma papa insossa que era servida duas vezes por dia — ou supunha que eram duas vezes. Nunca desejara tanto uma xícara de chá. Estar na Terra também cairia bem.

Um, dois, três, quatro, os passos voltaram. Vozes abafadas dizem algo, porém, não é capaz de discernir o assunto em questão. Por que tem que sussurrar?

Um, dois, três, quatro. Ou dois, quatro, seis e oito, já que é uma dupla de passos. Sim, pelo visto, o desconhecido da ronda de hora em hora tem companhia. Quatorze, dezesseis, vinte. Mais vozes. Vinte, um estalo. Vinte, algo diferente está para acontecer.

Guardas. Ah! 

Tudo bem, siga eles, nada de pânico, Doutora, são só guardas, pessoas normais com empregos normais numa prisão no espaço. Não há razão para tentar escapar deles agora, primeiro precisa descobrir quem te colocou aqui e qual crime cometeu, se é que realmente fez algo de errado. Ah, mas com tantas vidas acaba não sendo tão impossível...

Sem janelas à sua volta, uma pena. Estava cansada da mesma velha vista que tinha da cela. Já havia decorado os catorze asteroides e treze mil estrelas que conseguiu avistar daquele espaço confinado. Seria ótimo poder ver mais, e talvez confirmasse sua teoria de que aquele era um ponto muito afastado de qualquer parte habitável do universo.

Um guarda olhou para o outro antes de continuarem andando em certa parte do caminho. Havia recebido alguma informação no seu comunicador, isso ela notara.

Prosseguiram por mais alguns metros até virarem no final do corredor. Ela percebeu que um deles quase seguiu o caminho da direita, mas não demorou a seguir o outro. Tentou olhar para trás para ver o que evitaram, mas só conseguia visualizar uma porta de metal escura, com uma janela pequena que permitia enxergar somente que a sala adiante estava mal iluminada.

— Então, fazem o tipo caladões, não é? — perguntou ela sorrindo, tentando parecer simpática e quebrar o gelo. Não houve resposta.

Ah, isso não ajuda! Eles são só guardas comuns, sem pretensão alguma de conversar com uma prisioneira. Mas vamos lá, talvez haja alguma forma de conseguir informações. Eles são humanoides, não? Sim, alienígenas ou não, são humanoides. Ei, espera aí, quando começou a falar assim? E por que usou o termo humanoide? É só mais uma palavra que o lado egocêntrico dos seres humanos inventou, você não devia estar dizendo isso. Ah, a quem quer enganar...? Passa tanto tempo com eles que já adquiriu seus vícios de linguagem. 

Não, não se concentre nisso, não gaste seus pensamentos nisso, não há tempo... Mas nunca há, não é mesmo? Não importa, observe para onde está indo. 

No final do último corredor outra porta, essa também com uma pequena janela, mas que parecia ocultar um lugar muito mais iluminado. Conseguia sentir vibrações no chão, e essas eram diferentes das usuais, eram de muitos outros passos.

Havia pelo menos duas dezenas de pessoas do outro lado. Não, mais ainda. Era uma sala lotada.


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Notas finais do capítulo

Ester:
Apenas mais um dia de quarentena... Ah não, a Doutora não está na Terra xD
Então, gostaram? Palpites? Eu aposto que tem muitos :D Vamos bater um papo nos comentários ♥
Até sábado que vem, povo o/