O Passado do Lobisomem escrita por Heringer II


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu sei. Estou muito sumido ultimamente. Mas nesse período de tempo eu consegui escrever bastante da fanfic! Ou seja, vai ter capítulo quase todo dia agora! YEY!

Espero que gostem! ^^



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Havia ainda três fazendas que não haviam sido atacadas pelo suposto lobisomem: Pôr do Sol, Terra do Dente-de-leão e Águas Claras. Se o lobisomem fosse atacar, uma dessas seria a escolhida. Decidimos, então, passar de carro pelas três. Se encontrássemos Aldo, espionaríamos ele e pegaríamos ele no flagra se transformando em lobisomem. Não restaria dúvidas depois disso.

A mais próxima era a Terra do Dente-de-leão. Passamos vagarosamente pela estrada que ficava ao lado dela, na intenção de avistar qualquer coisa.

Não havia plantações destruídas, nem corpos humanos mortos, nem animais cortados.

Nada.

— Qual é a próxima fazenda? – perguntei.

— Águas Claras. – respondeu Denis.

E assim, Denis nos levou até a fazenda Águas Claras. Assim como na anterior, passamos lentamente pelo lado dela, na expectativa de ver o tal lobisomem.

Assim como na anterior, os animais dormiam tranquilamente, e não havia nenhum sinal de fera nos arredores. A plantação estava intacta, e também não tinha nenhum fazendeiro morto na área.

— Parece que tá tudo limpo por aqui também. – Jeanne comentou. – Podemos ir para casa?

— Não. – respondi. – Ainda falta uma. Vamos para lá, Denis.

— Agora.

E mais uma vez, partimos em retirada à fazenda seguinte, a Pôr do Sol. Se o lobisomem fosse realmente atacar, era ali que ele deveria estar!

Como nas outras, passamos lentamente pelo lado da fazenda Pôr do Sol, e mais uma vez, o local estava tranquilo, sem sinal algum de ataque de lobisomem.

— Ok. – falei. – Pelo visto a caçada dessa noite foi inútil.

— E eu pensando que realizaria meu sonho de ver o lobisomem. – Denis comentou.

— Será que podemos ir embora agora? – Jeanne perguntou. – Eu estou morrendo de sono.

— Acho que a Jeanne tem razão. Vamos, Denis?

— Vamos.

Quando Denis deu a partida no carro, o veículo simplesmente desligou-se automaticamente.

— O que é isso? – Denis perguntou para si mesmo.

Mais uma vez, ele tentou ligar o carro, mas simplesmente não conseguia dar a partida.

— Essa não!

Denis pegou uma lanterna que estava de baixo do carro, próximo ao freio, e iluminou o marcador de combustível. Percebeu então, que estavam sem gasolina.

— O que houve? – perguntou Jeanne.

— Estamos sem gasolina!

— O quê?

— Estamos sem gasolina!

— Como assim “sem gasolina”?

— Sem gasolina, tanque vazio, não vai dar pra voltar! Entendeu agora?

Saímos os três do carro.

— Eu sabia! – Jeanne continuava a falar. – Eu sabia! Eu sabia! Eu sabia que isso era uma péssima ideia! Por que eu fui concordar em participar disso?

— Jeanne, por favor. – falei. – Agora não é hora!

— Agora não é hora, Evelyn? Estamos a uns 12 quilômetros de casa, são duas horas da manhã, amanhã temos aula, e você diz que agora não é hora?

— Acalme-se! Tem que ter um posto de gasolina aqui perto, não é, Denis?

— Na verdade, não, Evelyn. – Denis respondeu.

— Como assim?

— Estamos na zona rural, Evelyn, o posto mais próximo deve estar a uns cinco quilômetros daqui.

— E agora? – Jeanne começou a ficar desesperada.

— Jeanne, por favor! – respondi. – Só precisamos ir até o posto mais próximo a pé e pegar a gasolina. Voltamos, abastecemos o carro, e vamos para casa.

— Nós vamos ter que andar a pé até o posto? Com aquela... Coisa solta por aí?

 

— Ele não apareceu em nenhuma das fazendas. – falou Denis. – Talvez nem apareça essa noite.

— Eu não quero saber! Vocês dois nos colocaram nessa fria e agora vão ter que pensar numa forma de tirar a gente daqui!

— Mas eu já pensei. – respondi. – Essa é a minha ideia. Não tem outro jeito.

— Mas alguém vai ter que ficar aqui. – Denis falou. – Para garantir que o carro não seja...

Denis parou de falar subitamente, e começou a olhar para o interior da fazenda.

— Denis, o que houve? – perguntei.

— Olha. – Denis apontou para o meio das plantações.

Lá, estava um homem parado, aparentemente um senhor de idade, utilizando uma jaqueta jeans, com uma arma, provavelmente uma espingarda, na mão.

Imediatamente o reconheci.

— É o Aldo. – falei.

Nós três nos abaixamos e nos aproximamos o máximo que pudemos para vê-lo melhor Nos escondemos atrás de uma grande pedra. Aldo olhava de um lado para o outro, como se estivesse procurando algo. Segurava sua espingarda com uma das mãos e com um dos dedos no gatilho dela, como se a qualquer momento já estivesse pronto para atirar.

— O que ele está fazendo. – perguntou Denis. – Ele não vai se transformar no lobisomem?

— Parece mais que ele vai caçar o lobisomem. – Jeanne falou.

— Dá para vocês dois ficarem quietos? Eu quero prestar atenção!

— Prestar atenção em quê? Num velho parado que você vê todo dia no asilo?

Segundos depois, atiraram na gente. A bala passou perto, mas não acertou nenhum de nós. Acertou apenas a frente da pedra que estávamos escondidos. Isso nos fez ficar ainda mais agachados.

— O que foi isso? – falou Denis.

— É impressão minha ou o cara que você cuida acabou de atirar na gente? – Jeanne perguntou olhando para mim.

— Não. O tiro veio de outro lado.

Então, começamos a ouvir diversos outros tiros. Tinham barulhos diferentes e aconteciam em tempos diferentes, o que nos fez presumir que haviam muitas armas nesse tiroteio todo, consequentemente, muitas pessoas.

— O que é isso? – perguntou Denis. – Estamos num campo de guerra ou algo assim?

— Eu vou tentar olhar. – me levantei lentamente para ver o que estava acontecendo naquela fazenda.

Estavam ali vários homens, cada um portando uma arma forte, e estavam todos querendo matar Aldo. Mas, inacreditavelmente, o idoso desviava de todos os tiros, e, com sua espingarda, derrubou boa parte dos homens que estavam tentando matá-lo.

— O que está acontecendo, Evelyn? – Denis perguntou, querendo saber o que eu estava vendo, mas com muito medo de subir e averiguar por conta própria.

— Parece ser uma... Gangue... Ou coisa assim... Estão tentando matar Aldo. Mas, ele está derrubando todos eles.

— Evelyn...

— Que foi, Denis?

— Que tipo de idosos têm no asilo que você presta serviço?

— A gente tem que sair daqui! – Jeanne gritou.

— Jeanne tem razão. – falei.

Então, nós três saímos dali o mais rápido possível.

Quando eu achava que Aldo não conseguiria mais me surpreender, vejo isso.


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Notas finais do capítulo

Call of Aldo.