Valentines Week: Olicity Version escrita por Ciin Smoak, MylleC, Thaís Romes, Regina Rhodes Merlyn, Buhh Smoak, Ellen Freitas, SweetBegonia


Capítulo 7
O Albatroz - Sweet Begônia


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas!!
Estamos aqui com a ultima one desse projeto lindo de Dia dos Namorados.

Minha one é totalmente baseada na série turca Erkenci Kus. E para quem não viu ainda....só digo uma coisa: é linda de morrer! Então quem quiser algo novo e diferente para ver, aproveite! Não irão se arrepender!

E aqui vemos Oliver e Felicity se envolverem de maneiras diferentes....mistério e muito amor envolvem essa one!

Espero de coração que vocês gostem! E não esquecem de me dizer se gostaram, viu?



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O Albatroz

 

Teatro Municipal de Star City – Festa de 40 anos da Agência de Publicidade Queen´s – 20/01/2020

 

Felicity ia matar Curtis! Ela ia sim! Fazia só um dia que ela o conhecia, mas ela ia matar ele!

Agora ela estava ali, na festa de 40 anos da Queen´s sem saber onde diabos ela deveria estar. O que ela sabia era que ali, no camarote D2, não era o lugar correto. 

Ela mal conseguia enxergar um palmo adiante do nariz. A apresentação das grandes campanhas publicitárias da empresa já havia começado, as luzes estavam apagadas e somente a claridade do telão permitia que ela não ficasse totalmente na escuridão.

Quando ela se voltou para a saída, foi tomada por braços fortes que a puxaram para um corpo igualmente forte e para lábios macios. O beijo foi calmaria e ao mesmo tempo foi tormenta. 

Seu peito explodiu com a revoada de mil borboletas. Ela não podia enxergar, mas podia sentir...

Um dos braços agora envolvia sua cintura e uma das mãos acariciava seu rosto. Felicity espelhou o gesto e sentiu a barba por fazer ao mesmo tempo que ouviu o suspiro que saiu dos lábios do homem quando ele trocou a posição do beijo. Assim que a língua dele pediu passagem em seus lábios ela cedeu e caiu num mar de sensações. Tudo ao redor havia sido apagado, tudo girava em câmera lenta.

Quando o beijo teve fim, ele encostou sua testa na dela e ela sorriu...e mesmo sem poder enxergar ela apostaria que o mesmo sorriso estava nos lábios do homem à sua frente. 

Mas de repente a realidade a atingiu e a força dos sentimentos que surgiram em seu peito a assustou....e Felicity fugiu.

Ela foi procurar Curtis para participar da festa até o fim. Quando o encontrou percebeu que o colega havia lhe dado a informação errada por engano.

 

Oliver não conseguia esquecer aquele cheiro, aquele perfume havia penetrado em sua alma juntamente com a doçura daqueles lábios.

Ele não deveria tê-la beijado, na verdade ela não deveria estar ali. Era Laurel, sua “namorada” ocasional que ele deveria encontrar no camarote. E que Deus lhe perdoasse, mas o beijo que deu em Laurel depois pareceu tão sem graça que ele evitou a todo custo repetir. E ficou muito agradecido quando Laurel lhe informou que deveria voltar para Londres a trabalho, logo depois do evento.

Meu Deus! Ele não conseguia parar de relembrar o beijo....e  de sentir o perfume. Ele nunca havia sentido aquele perfume....e nunca iria esquecê-lo.

A sensação de tê-la nos braços, de sentir sua mão acariciando seu rosto...a entrega...a calmaria e a tormenta.

Tudo dentro dele revirou, sua mente e seu coração se agarraram aquelas sensações e ele tinha certeza que em sua alma aquele beijo estaria gravado para sempre.

 

— COMO ASSIM VOCÊ BEIJOU UM CARA QUE NÃO SABE QUEM É???? - Cait berrou assim que Felicity entrou no quarto - Eu estou aqui há horas esperando pra decifrar sua mensagem misteriosa!!

— Por Deus, Cait! Você me deixou surda!! - Felicity estava em seu quarto com sua melhor amiga, companheira de apartamento e agora companheira de trabalho - Eu não sei quem ele é por que estava tudo escuro. E porque quando os lábios dele tocaram os meus meu cérebro era só sensações….nadinha de pensamento racional. Ele deve ter me beijado achando que era outra pessoa, eu estava no lugar errado na hora errada….ou não...

— Ok! Entendi! Meu Deus, Fel! Que romântico!! E tens que admitir o fato de que ele não parou o beijo e ele deve ter percebido que não era quem ele deveria estar beijando - a amiga suspirou e Felicity se perdeu nas lembranças por um momento - Você vai procurar por ele?? Ele trabalha na empresa?

— Não sei como começar. Só estavam na festa pessoas relacionadas a empresa, mas são muitas possibilidades. Só sei que ele tem barba, um cheiro muito bom, é musculoso, estava de smoking...fora isso a única coisa que eu consegui ver nele antes de sair foram seus sapatos….

— Vai ser difícil, mas podemos investigar….eu conheço todo mundo na empresa...posso te ajudar...Precisamos de um apelido…

— Apelido? - Cait deitou-se ao lado de Felicity na cama dela.

— Sim….não podemos ficar chamando ele de o “cara desconhecido que a Felicity beijou na festa de 40 anos da empresa”

— Tá bem! Tá bem! Entendi… - Felicity pensou por um momento - Albatroz!

— Albatroz? Mas por que apelidar o cara com o nome de um pássaro??

— Porque?  São pássaros magníficos, que voam ao longo do oceano. Eles passam 90 % de sua vida voando - enquanto falava ela só podia lembrar-se do gosto dos lábios daquele homem e da sensação de estar em seus braços - Suas asas são lindas e enormes e eles podem voar no ar por muito tempo sem dobrá-las - ela podia sentir a suave respiração dele em seu rosto quando suas testas se encontraram - Ele chega a Galápagos apenas para comer e começar uma família. 

— Ok! Até agora não entendi o motivo… - Cait estava impaciente com a divagação da amiga, mas sabia que ela iria chegar ao ponto.

— É um dos poucos pássaros que escolhe apenas uma parceira e passa toda a sua vida com ela. Eles voam juntos, se movem juntos...e mesmo que se separem por um tempo, eles sempre voltam um para o outro. 

— Albatroz então! - Cait suspirou antes de levantar, olhar para a amiga e confirmar - vamos encontrar teu Albatroz e quem sabe ele não seja teu companheiro de vida!

— E podíamos morar em Galápagos!! - as amigas riram juntas, mas antes de dormir Felicity fez uma prece silenciosa para que se ela o encontrasse ele pudesse ser seu companheiro da vida toda. 

 

Na manhã seguinte Oliver chegou cedo para seu primeiro dia na agência. Ele ainda não sabia como o pai o havia convencido a aceitar o cargo antes de sair pelo mundo sem destino certo.

Ele já havia trabalhado na empresa da família e comandou todo o setor criativo, mas comandar a empresa em si era o maior desafio de sua vida. Nem todos os perigos que ele passou em suas aventuras para fotografar eram tão assustadores quanto estar a altura das expectativas de Robert Queen.

Assim que entrou na empresa foi direto para a área de café, era um balcão em forma de U com cafeteiras, chaleiras e demais acessórios para um café rápido. 

No local estavam Curtis, o faz tudo da empresa; Cait a secretária de Thommy (seu melhor amigo e diretor financeiro da agência) e uma mulher loira que ele nunca havia visto na empresa, encostada no balcão.

Ela estava falando sobre ele, por pura curiosidade ele parou atrás dela e pediu silêncio aos outros dois.

— Quem é Oliver Queen? Eu não sei!  - ela falava e não estava nem aí para os amigos tentando alertá-la de que o alvo de suas divagações estava atrás dela! - Um mulherengo? Um aventureiro, que está cada dia num continente diferente?? Provavelmente ele vai cansar da empresa em uma semana…. - de repente ela olhou para Cait que fazia um sinal de pescoço sendo cortado! Felicity gelou! Esticou o braço e apontou para atrás de suas costas - E ele está bem atrás de mim, não é???  - Quando os amigos confirmaram ela olhou para o lado e percebeu que Oliver Queen se aproximava dela

— Como é o seu nome - ela engoliu em seco.Felicity. - e foi só o que ela conseguiu pronunciar.

— Felicity - ele repetiu e olhou para seu rosto com atenção, ela tinha um rosto encantador. Ele levantou, se afastou dela e anunciou a todos!

— Reunião na sala 3! Quero todos lá!! - E saiu em direção a sua sala.

Assim que ele saiu, cada um foi para um canto para anunciar aos demais a reunião.

Minutos depois, todos estavam na sala escolhida e Oliver iniciou:

— Bom dia a todos! Como vocês devem saber meu pai me deixou a cargo da empresa até seu retorno! Temos vários projetos já iniciados e alguns em vista, de enorme importância. Nada vai mudar, os cargos continuam os mesmos e suas funções permanecem inalteradas. Alguma dúvida?

— Como assim os cargos permanecem inalterados?? Eu deveria ganhar uma promoção! - Isabel Rochev diretora criativa praticamente gritou!

— Foi o que você ouviu Rochev. Nada vai mudar…. - ele olhou com um expressão séria para ela indicando o encerramento da questão. - Agora vamos revisar as campanhas em andamento.

Duas horas depois, Oliver deu por encerrada a reunião. Felicity não conseguiu desviar a atenção dele...era incrível como ele lidava com as diversas questões em relação às campanhas, desde cores para anúncios até modelos para as fotografias.

Em poucas horas ele tinha conseguido mudar um pouco a opinião que ela tinha dele.

— Certo, pessoal! Deem seguimento ao que acertamos aqui, qualquer dúvida me procurem. Estão dispensados.

Felicity, que estava ao lado de Curtis e Cait, também levantou para ir a sua mesa. Sua função na empresa ainda não estava totalmente definida, ela havia sido contratada como designer gráfica para as campanhas. Mas, ela não era a única. Então, segundo o que Cait havia lhe passado ela poderia tentar uma vaga na equipe criativa, que era o que ela queria.

— Tommy, Cait e Felicity! - quando os três olharam em sua direção, Oliver só apontou e disse - Minha sala agora!

 

Tommy foi o primeiro a chegar, seguido de Cait e Felicity. Ele se aproximou de Cait sorrindo e puxou a cadeira para ela, que também sorria. Felicity olhou a cena e pensou por um momento que aqueles dois só podiam ser cegos em relação um ao outro. Porque estava estampado na cara deles o amor que sentiam.

Ela olhou para Oliver e teve a certeza de que o chefe pensava a mesma coisa que ela. Um sorriso surgiu no rosto de ambos e um sacudir de ombros foi a reação dos dois.

— Eu chamei vocês aqui para tratar de um assunto muito sério. Meu pai me confessou suas desconfianças e eu vou precisar da ajuda de vocês.

— Qual assunto, Oliver. E me desculpe, não é nada pessoal - Tommy olhou para Felicity - Por que ela está aqui?

— Primeiro vou explicar o motivo de ter chamado vocês aqui e depois o porque da Felicity estar aqui. - ele encostou-se na mesa, suspirou fundo e começou - O principal motivo de eu ter aceitado assumir a empresa no lugar do meu pai foi para descobrir como duas de nossas maiores campanhas foram roubadas bem debaixo de nosso nariz! Como de repente outra agência teve acesso aos nossos projetos para essas campanhas e seguido no mesmo rumo para tirá-las de nós.

— O que você está dizendo, Oliver? - Cait estava desconfiada de algo há algum tempo, mas nunca falou para ninguém.

— Que tem um espião em nossa agência, que passa as informações de nossas campanhas e até orçamentos para outra agência.

— É possível, quer dizer...as duas campanhas que perdemos já haviam passado nas avaliações preliminares dos clientes, não havia como não ganharmos e do nada os clientes mudam de ideia? É no mínimo suspeito - Tommy comentou.

— Mas essa pessoa teria que ter acesso a tudo dentro da agência, não é? - Felicity se pronunciou pela primeira vez. - Quer dizer, ter acesso a todo processo…

— Sim - Oliver concordou satisfeito com o rumo da conversa - Mas acontece que não há acessos privados, com limitações de permissões. Todos, de todos os setores podem ver a campanha inteira.

— Não seria difícil fazer acessos com restrições para os setores, somente seria necessário criar grupos de acesso e senhas para cada funcionário. - Felicity comentou.

— Já está sendo feito, hoje pela manhã fechei com a empresa que estará criando os logins.  - Ele estava cada vez mais impressionado com o raciocínio rápido da lorinha a sua frente e estava certo de que sua decisão tinha sido acertada. - O que que quero de vocês três é atenção, perceber os detalhes. Estar de olho nas pessoas. Os relatórios de todas as atividades passarão por vocês três e por mais ninguém. Qualquer discrepância deve ser reportada a mim. Tommy e Cait vocês são meu amigos mais próximos, além de ser funcionários mais antigos e de minha total confiança. Felicity - e ele se aproximou dela e tocou sua mão - é uma funcionária nova e portanto não pode ser a espiã...além disso já provou ser muito sincera em suas opiniões.

Felicity ficou da cor de um tomate. Como era possível que um simples toque e um olhar a fizessem estremecer daquela maneira?

— Obrigada! - foi o que ela conseguiu murmurar sob o olhar intenso de Oliver.

— Além disso eu dei uma olhada no seu currículo e vi que você tem formação em TI, além de designer gráfica, o que vai ser importante porque quero que você olhe todos os  computadores que estão passando pelo processo de criação de acessos e senhas, ok?

— Ok! Posso fazer isso!  - ela sorriu e ele perdeu um pouco o rumo da conversa.

— Então é isso! Atenção redobrada e cuidado. Não sabemos do que a pessoa é capaz para continuar a ter acesso a nossas campanhas. - Oliver encerrou a reunião e quando todos se dirigiam para a porta ele chamou Felicity.

— Sim, Sr. Queen? - ela parou e ele se aproximou. Ficaram frente a frente.

— Estou confiando a você algo muito importante e que realmente pode ser perigoso.  - ele a encarou e olhou naqueles olhos azuis, e mais uma vez se perdeu nela - Quero que você me avise qualquer desconfiança, se você se sentir desconfortável com qualquer coisa me avise, se você se sentir ameaçada de alguma maneira...me avise….

— Ok! Entendi...avisar você…. - Ele concordou.

— Podes ir.  - ela estava na porta e ele não conseguiu resistir - E Felicity?

— Sim?

— Eu não vou a lugar nenhum! - piscou para ela e foi para a sala de Tommy, deixando uma Felicity boquiaberta.

 

Felicity corria pelos corredores para dar tempo de atender a todas as sandices que a bruxa Rochev tinha lhe pedido! Será que ela deveria estar acostumada? Afinal ela já estava na empresa há um mês. Ter que editar todos os gráficos da campanha do Galino para apresentá-los na reunião que ia ser daqui...

— Meia hora! Meia hora! Essa mulher…. - foi quando ela esbarrou num banco, batendo o joelho, que só Deus sabia como tinha ido parar no meio do corredor - Ops! - e foi quando braços fortes a impediram de bater com a cara na parede de vidro da sala do Tommy.

 

Oliver estava logo atrás da loirinha que povoava seus pensamentos, quando viu o banco antes dela e se adiantou para segurá-la. Quando a puxou para si o tempo parou. Ele sentiu novamente aquele aroma, aquele perfume que estava entranhado em sua alma. Ele havia encontrado sua dama misteriosa!

Felicity estava segura em seus braços, todos os papéis que ela segurava foram ao chão e suas mãos estavam apoiadas no peito de Oliver. Seus rostos estavam tão próximos que seus narizes estavam se encontrando. Ela não conseguia se mexer, só podia sentir todos os pelos de seu corpo se arrepiarem e seu coração disparar no peito. Os olhares estavam fixos um no outro, o resto da agência tinha desaparecido e eles só saíram de sua bolha quando Isabel começou um chilique porque Felicity ainda não havia lhe trazido as alterações.

Oliver a soltou devagar, ainda desnorteado por sentir novamente aquele perfume. Ela se abaixou para recolher os documentos e ele também. Mais uma vez os olhares estavam fixos um no outro, um sorriso surgiu nos lábios de Oliver e o mesmo se espelhou nos de Felicity.

— Hey, Fulana! - Isabel a chamava assim! Por mais que Felicity a corrigisse, ela não mudava - As alterações que eu pedi estão prontas?

— Sim, estou levando para a impressão. - Felicity recolheu o último documento e quando ia sair…

— Felicity, espere! - Oliver a segurou pelo braço gentilmente e olhou para Rochev seriamente - Isabel, desde quando tratamos funcionários dessa maneira nesta empresa? Desde quando os chamamos por nomes pejorativos e gritamos com eles?

— Eerrr….. - Isabel estava com raiva, mas evitou demonstrar, e ao mesmo tempo estava constrangida.

— Não é a primeira vez que vejo e ouço você destratando algum funcionário aqui dentro.  - ele falava alto para que todos na empresa ouvissem - Quero que você saiba que nem meu pai e nem eu permitimos que os nosso funcionários sejam tratados dessa maneira. Estou te pedindo que mude sua maneira de tratá-los e espero que eu seja atendido. - ele se virou para todos que estavam ali - E isso vale para todos! Ok! Vamos trabalhar! Todos os envolvidos na campanha Galino na sala de criação em meia hora - Oliver ainda segurava o braço de Felicity. Ela estava em choque por ser defendida no meio de toda a empresa e quando Oliver a levou para sua sala ela não reagiu, só foi.

Ele só soltou o braço dela para fechar a porta da sala.

— Hey - Felicity tinha os braços ao longo do corpo, Oliver acariciou seus braços e terminou segurando suas mãos - Você está bem?

— Sim - ela não conseguia desviar os olhos dele, mesmo depois de um mês de convivência, depois de um mês trabalhando juntos quase todos os dias...ela ainda não havia se acostumado com as reações de seu corpo àquele homem - Obrigada, por me defender da Isabel. Mas…

— Hey, você machucou o joelho! - Oliver olhou para o joelho de Felicity e um fino fio de sangue escorria pela perna.

— Não é nada...vou no banheiro limpar… - ela tentou sair da sala dele, mas ele impediu.

— Nada disso - ele a colocou sentada no sofá que havia em sua sala -  espere aqui.

 

Minutos depois ele volta com o kit de primeiros socorros.

— Vamos evitar que você tenha uma infecção. - ele se ajoelha na sua frente e abre o kit. Procura gaze e água oxigenada para limpar o corte.

— Realmente não precisa… - ela tenta argumentar, mas perde o fio da frase quando ele a olha e diz com a voz rouca.

— Não podemos correr o risco de perder você por causa de um corte - e lhe dando um meio sorriso, que ela achou encantador, ele colocou o produto na gaze e colocou com cuidado no corte.

Felicity sentiu o machucado queimar em contato com a água oxigenada e gemeu baixinho. Oliver a olhou e pediu se estava doendo. Quando ela concordou, ele se abaixou em sua direção e soprou. Felicity olhava a expressão dele e teve vontade de beijar aqueles lábios. Meu Deus! O que estava acontecendo com ela??

— Você parece saber o que está fazendo, já limpou feridas antes? - ela pediu para disfarçar a vontade de tocar o rosto dele...

— Não havia hospitais ou médicos na maioria dos lugares para onde eu viajava, eu posso cuidar de mim mesmo…

— Entendi… - os olhares se cruzaram mais uma vez. Felicity pode ver as nuances de azul dos olhos dele….ele pode ver todos os detalhes da íris azul que tanto o tinham encantado desde o primeiro dia, quando a olhou de perto depois de tê-la pego divagando sobre ele.

Oliver pega mais gaze, aplica uma pomada anti inflamatória e coloca no joelho dela.

— Você pode segurar? - Oliver coloca a gaze no joelho dela e ela segura a mesma, suas mãos se tocam e seus olhares se voltam um para o outro. Novamente uma corrente elétrica percorre o corpo de ambos. As faíscas estão ali….Oliver procura esparadrapo para prender a gaze.

— Não há necessidade de tanto...quando criança eu caia muitas vezes e nem curativo fazia…tenho várias cicatrizes para provar! - ela sorriu e ele correspondeu.

— Então dessa vez você teve sorte… - se referindo ao fato dele estar fazendo o curativo para ela.

— Sim…. - uma atmosfera íntima cercou os dois. - Obrigada! - Felicity ainda sorria quando ele a ajudou a levantar e lhe entregou o kit de primeiros socorros para guardar.

— Leve-o com você, mais tarde vou refazer o curativo. - foi quando ele percebeu um papel dobrado em cima do sofá. Felicity que olhou para o mesmo lugar que chamou a atenção de Oliver se apavorou: sua lista dos possíveis candidatos a Albatroz! Ela correu na direção do sofá, mas Oliver foi mais rápido.

— Lista do Albatroz…

— Me devolve, Sr. Queen!

— O que é isso? Se você não me disser, não vai conseguir de volta! - ele andava pela sala, lendo a lista de nomes e a levantando quando Felicity se aproximava para tentar pegá-la.

— Uma lista de homens com barba que estavam na festa de 40 anos da empresa. - ela soltou a informação no meio de um salto para tentar pegar a lista das mãos de Oliver. - Posso pegar?

— Você está procurando alguém? - ele pediu com a esperança de que ela havia ficado tão fascinada pelo momento dos dois quanto ele próprio.

— Sim, estou procurando - ela parou na frente dele, e ele a encarou

— Deixa eu te perguntar uma coisa. Naquela noite eu também estava na festa e tenho barba, porque não estou nessa lista?

— Porque você estava de traje esportivo… - Oliver lembrou que logo depois do fim da festa ele trocou de roupa para poder levar Laurel no aeroporto. - Você pode me dar isso? -  Ela tentou novamente tirar a lista das mãos dele, o que só serviu para deixá-la no meio de seus braços, com suas respirações de tocando. Por um momento Oliver cogitou a possibilidade de beijá-la e se perguntou o que aconteceria se ele o fizesse. Será que ela lembraria do beijo?

 

Foram interrompidos quando Curtis bateu na porta da sala e os tirou da bolha em que estavam.

— Sr. Queen, o Sr. Wilson está lhe aguardando. Ele está na sala de reuniões.

— Ok! Já estou indo. - quando ele se virou para falar com Felicity ela foi rápida o bastante para tirar a lista de sua mão e sair da sala atrás de Curtis, sem que ele pudesse dizer mais nada!

— Felicity...ah...Felicity! O que você está fazendo comigo!

 

Todos na empresa estavam comentando o quão próximos estavam Felicity e o Sr. Queen. Claro que ela não sabia de nada, pois quando ela se aproximava todos trocavam de assunto.

Nas reuniões com a equipe criativa ela se destacava, sempre contribuindo com as ideias de Oliver. Eles eram a descrição perfeita de sincronia. Um completava a ideia do outro. 

Isabel que já havia sido deixada para trás em várias ideias nutria um ódio recém adquirido pela novata.

 Ainda mais depois que ela tinha virado o braço direito de Oliver na busca pelo espião e quase a havia encurralado. Se não fosse um dos funcionários da empresa dizer que ela não tinha capacidade de instalar um aplicativo para exclusão automática de arquivos enviados em seu notebook, Isabel teria sido pega.

Ela teria que ser mais esperta, mais cuidadosa.

— Felicity, por favor! - Tommy tentava convencer a mulher a participar de uma campanha para salvar uma instituição que ajuda mulheres carentes a conseguir colocação profissional. - Os representantes da empresa te escolheram….eles te viram aqui na empresa….

— Mas, Sr. Merlyn….

— Tommy…..eu já te falei que é só Tommy….

— Tommy, eu não me dou muito bem com a câmera….e depois se o Sr. Queen vai fazer as fotos….

— Não! Não irá ser ele - que Deus o perdoasse por essa mentirinha, mas se ele não juntasse esses dois ele trocaria de nome! - Será outro...um muito qualificado. Por favor! Se não fizermos as fotos hoje, não conseguiremos lançar a campanha a tempo de arrecadar os fundos para a instituição.

— Ok! Eu vou….

— Perfeito! Eu te encontro no estacionamento daqui uma hora. Vou te levar no local das fotos. - e antes de sair ele recomendou - Sò não comente nada com o Oliver, ele não gosta muito desse fotógrafo…

— Mas….

— Nada de mais….só competição saudável….o cara é um ótimo profissional…. - Tommy estava satisfeito com sua armação. Ele realmente estava cansado da troca de humores de seu amigo...e pela constante troca de olhares e pelos flagras constantes de quase beijos em que ele havia visto os dois...ele tinha quase certeza de que o amigo estava se apaixonando pela loirinha. Isso e o fato dele ter montado todos os esboços da campanha da instituição de auxílio das mulheres com  o rosto de Felicity.

 

Tommy praticamente a “jogou” do carro em frente ao galpão onde iriam ser realizadas as fotos. Se ela estranhou, e ela estranhou, não pode dizer nada.

Felicity entrou no galpão achando que ia encontrar uma equipe, mas tudo estava silencioso. Só havia uma pessoa no local: Oliver Queen.

— Felicity? - Oliver não estava entendendo nada. Tommy disse que as diretoras da instituição haviam escolhido uma modelo para as fotos. Como Felicity foi parar ali?

— Sr. Queen? - ela estava confusa, Tommy havia garantido que Oliver não iria fazer as fotos. - O que o senhor está fazendo aqui? Tommy…

— Entendi….Tommy! - ele sorriu, já imaginando como esganar o amigo….

— Eu...vou embora…. - ela estava constrangida e sabia que não teria jeito de conseguir posar para aquelas fotos sendo Oliver o fotógrafo. Seus sentimentos por ele já estavam confusos demais. E ela ainda não havia encontrado nenhuma pista do Albatroz.

— Hey….espere! - ele se aproximou dela - Por favor, vamos fazer essas fotos. Não há como te substituir a tempo e precisamos lançar a campanha até domingo.

Ela suspirou alto, olhou para ele e só viu um pedido mudo de confiança naqueles olhos azuis.

— Ok! Eu faço, mas não prometo nada….. - ela sabia que ia bancar a boba em algum momento.

— Ótimo! Aqui estão as roupas e ali tem uma sala que você pode usar para se trocar. -  Ele apontou os lugares e quando ela foi em direção a sala para se trocar ele sorriu.

Quando Felicity voltou com uma roupa azul de soldadora, ele pediu para ela se colocar atrás da mesa de solda e ir pegando os instrumentos e mexendo neles. Ele tirou algumas fotos de teste.

— Felicity, agora você pode olhar para a câmera e sorrir. - Ela deu um sorriso amarelo e ele soube que ela estava nervosa - Hey, faça de conta que não estou aqui…

— Como se isso fosse possível - ela sussurrou baixinho.

— Esse não é o seu sorriso… - Ela se surpreendeu com o comentário e não conseguiu evitar a pergunta.

— E como é meu sorriso? - ela o encarava e ele baixou a câmera e olhando fixo para ela falou calmamente.

— Seu sorriso ilumina tudo ao redor. Você tem o tipo de sorriso que destrói os homens, mas só quando quer! - Felicity não sabia o que dizer, ela estava encantada e ao mesmo tempo paralisada! Oliver percebeu que teria que fazer algo para ela se soltar - Vamos fazer uma coisa - ele se aproximou dela - Feche os olhos - ela o olhou com uma desconfiança inicial, mas fez o que ele pediu - Agora pense em algo bom….algo que lhe traga boas sensações.

Felicity imediatamente se remeteu a noite da festa. O beijo do Albatroz...seu sorriso veio naturalmente. Um sorriso verdadeiro. Oliver sentiu seu coração se agitar, aquele sorriso abalava seu mundo. Ele ficou parado olhando a cena na sua frente por algum tempo, mas teve que se concentrar e voltar as fotos.

— Muito bem! Agora abra os olhos! Relaxe!

Felicity empurrou tudo o que havia ouvido para o fundo de sua mente, a noite quando estivesse na segurança de seu quarto ela iria remoer tudo e tentar entender. No momento ela se concentrou nas fotos e por incrível que pareça, depois do estranhamento inicial, foi extremamente fácil fazê-las. Oliver a deixava à vontade e ela realmente sentia-se linda enquanto ele lhe dava instruções.

Mas claro, como não podia deixar de ser, ela tinha que passar vergonha. Ao tirarem fotos numa retroescavadeira, quando foi descer ela pisou em falso e cairia no chão se não fosse a rapidez de Oliver que a pegou nos braços. Seus olhares se buscaram, as respirações aceleraram e por um momento Oliver se permitiu sentir seu perfume.

— Você está bem? - Oliver perguntou.

— Sim….você já pode me colocar no chão.

As próximas fotos foram em um barco de pesca. Felicity se divertiu com a rede de pesca que estava fingindo jogar ao mar. Oliver estava encantado com ela, mais encantado...Ela tinha uma energia, tudo ao seu redor se iluminava…

Os dois fizeram um almoço tardio no barco mesmo. Conversaram sobre várias coisas...ela lhe contou que seu perfume é ela mesma quem faz, que ela dividia o apartamento com Cait pois seus pais moravam em Central City e ela não gostava da cidade. Lhe contou que TI tinha sido sua primeira escolha na faculdade, mas depois de estagiar numa empresa publicitária em Central ela havia se encantado por todo o processo e se dedicado a formação na área pois tinha se apaixonado por publicidade.

Ele lhe contou de suas viagens, dos perigos que havia enfrentado principalmente ao fotografar refugiados de guerra.

A conversa fluía com incrível naturalidade, o tempo passou e eles nem perceberam. Só se deram conta que estava anoitecendo quando Isabel ligou aos gritos perguntando onde Oliver estava, pois a festa que estava sendo realizada para saber se eles haviam conseguido a campanha da Fiore (empresa de perfumes) já havia começado.

— Ok! Isabel! Pare de gritar. Eu já estou indo….me dê meia hora. - ele suspirou, não gostava dessas reuniões. Mas era obrigado a participar.

— A festa da Fiore? Meu Deus, Sr. Queen! Esquecemos completamente…..

— Não se preocupe! Chegaremos a tempo. - ele se afastou e fez uma ligação.

Quando atracaram Oliver a ajudou a descer do barco e ela foi em direção ao carro.

— Você pode me deixar em algum ponto de ônibus, eu vou para casa me arrumar. - nesse momento dois trailers chegaram ao local.

— Nada disso. Você está vendo o primeiro trailer?  - quando ela fez um sinal de concordância, ele continuou - lá dentro tem uma pessoa para te ajudar e roupas para você escolher. O segundo é para mim. Você se arruma e eu te aguardo aqui, vamos juntos.

— Não tem necessidade de você me aguardar. Eu posso ir de táxi depois. Você precisa estar lá antes de mim. - como ela tinha razão ele concordou.

Oliver já havia chegado a festa. Já havia feito seu papel de representante da Queen´s e agora estava fazendo “sala” para o Sr. Chase, proprietário da Fiore. Ele não havia gostado do Chase, a conversa era fútil e arrogante. Ele fazia comentários em italiano (língua de sua mãe) sabendo que os demais não entenderiam. O que ele não imaginava era que Oliver entendia tudo.

De repente Chase parou de falar e focou seu olhar na escadaria que dava acesso a festa. Sua expressão extasiada fez com que Oliver olhasse na mesma direção. 

Ele não estava preparado para o que viu! Felicity descia as escadas já procurando alguém conhecido. Ela tinha um vestido salmão, com a saia ampla e seus cabelos estavam soltos. Felicity avistou Curtis e Cait e foi em sua direção. Nem viu Oliver e nem Chase.

— Posso saber quem é essa garota que chegou somente agora para a festa? - Chase quis saber.

— É só uma funcionária - respondeu com desdém Isabel.

— Una rara bellezza!— Chase falou novamente em Italiano. Oliver olhou para ele com raiva - Posso conhecê-la mais tarde?

— Pensavo non avessi parlato con i dipendenti— Oliver falou em italiano se referindo a um comentário que Chase havia feito anteriormente desdenhando dos colaboradores.

— Oh! Então você fala italiano - ele pareceu surpreso com a constatação.

— Sì, ovviamente! - Oliver estava se segurando para não sair, pegar Felicity pela mão e sair dali para tirar o olhar daquele homem dela.

— Impressionante...impressionante… - Chase ficou um tanto constrangido por Oliver entender tudo o que ele havia falado anteriormente em italiano, e se despediu para conversar com outras pessoas.

 

Felicity conversava com a amiga, na mesa onde estavam os outros funcionários da agência.

— Cait, esse homem não para de me olhar. Não sei mais o que fazer! Quem é ele?

— Esse homem é Adrian Chase, proprietário da Fiore. Ele é nosso cliente, ou vai ser, se der tudo certo.

— Acho que vou embora - ela estava chateada, depois do dia que tiveram Oliver mal a tinha cumprimentado. Ela percebia que ele a olhava, viu que ele veio em sua direção ao mesmo tempo que Chase, mas não sabia como interpretar tudo aquilo.

— Fique, me faça companhia. A gente espera o resultado da campanha e depois vai embora. -  Ela não pode responder pois Chase havia se aproximado.

Chase estava impressionado com Felicity, ele a encarou de forma descarada e a estava deixando constrangida. Oliver a olhava de uma mesa ao lado e pensou em tirá-la para dançar, mas Chase foi mais rápido e como Isabel estava na mesma mesa que Felicity fez sinal para ela não negar o convite.

Chase tentou puxar assunto com a garota, mas ela mal o respondia. Felicity estava concentrada na reação de Oliver. Ele parecia enfurecido.

Oliver realmente estava enfurecido, o homem claramente estava constrangendo Felicity. E ele não podia fazer nada sem causar uma cena.

Quando ele decidiu intervir a convidando para dançar com ele, interrompendo seja lá o que Chase havia dito para ela, a música acabou.

Nesse momento a sócia de Chase chamou a todos para apresentarem a decisão sobre qual das agências presentes teve seu projeto aprovado e assumiria a campanha da Fiore.

A Queen´s ficou com o projeto pois a sócia da Fiore ficou sabendo da campanha social que a agência havia feito (a campanha que Felicity foi modelo) - Tommy tinha feito questão de contar aos representantes da Fiore.

O resultado foi comemorado por todos. Ao fim Chase perguntou se havia algo a acrescentar. Felicity - que depois se arrependeria do comentário - disse que eles deveriam revisar a fórmula do perfume vendido na Dinamarca, pois devido ao clima o perfume não permanecia muito tempo no corpo.

— Ah! Você entende de perfumes? Trabalha na área?

— Não - já se arrependendo de ter aberto a boca. Oliver a olhava com seriedade. - Eu só tenho por hobby fazer meu próprio perfume. - ela comentou constrangida. Tommy sentiu a fúria em Oliver aumentar quando Chase comentou.

— Eu mesmo quis perguntar qual era a marca do perfume que você usava. O cheiro é inebriante, pude sentir enquanto dançávamos. 

Aquilo foi a gota d'água para OIiver que pediu licença e saiu, indo para o bar. Tommy percebeu o clima e trocou de assunto. 

Felicity que não tinha entendido a reação de Oliver, resolveu ir embora e  simplesmente saiu. Só parou para pegar sua bolsa, depois mandaria uma mensagem para Cait. Aquela festa a estava sufocando.

Passou pela mesa onde estava sua bolsa e a pegou, mal parando para fazê-lo.

Nem tinha dado dois passos depois da mesa quando alguém a chamou. Era Chase.

— Srta. Felicity?

— Eu estou indo embora agora.

— Mas todos estão aqui, a festa ainda está acontecendo. - Oliver havia percebido a movimentação de Chase em direção de Felicity e ficou observando. O bar não era longe, mas não perto o suficiente para poder ouví-los.

— Esta festa terminou para mim!

Assim que se virou para sair sentiu seu braço sendo puxado com certa brutalidade. Era Chase, ela se assustou por um momento. Ele tinha seu pulso preso e sua mão pendia solta. Ela mal tinha tido tempo para uma reação. Oliver sentiu seu sangue ferver, quem esse cara pensava que era?

— Felicity? - ele a encarou - Eu queria falar com você sobre seu interesse por perfumes. Podemos ir para um lugar mais reservado? - o choque no rosto de Felicity fez que Oliver, que já havia saído do bar, apressasse o passo. Felicity não respondeu, só pensou que às vezes as pessoas escondiam seus caráteres duvidosos atrás da boa aparência e fala mansa.

Oliver se aproximou e pegou a mão de Felicity que estava com o punho na mão de Chase. Ele o encarou desafiando-o a reagir. Felicity estava espantada, mas quando ele a olhou com aqueles profundos olhos azuis e fez sinal para ela ir com ele….ela foi...sem exitar. 

E naquele momento ela percebeu que iria com ele para qualquer lugar...simplesmente porque era Oliver. 

Felicity estava muito confusa, seus sentimentos eram contraditórios. Ao mesmo tempo que seu coração buscava pelo albatroz ele queria estar com Oliver. 

E ela sabia que encontrar Albatroz era quase um sonho, algo praticamente impossível. Assim como era estar com Oliver Queen. Era inimaginável os dois juntos. Não só porque ele era seu chefe, mas também porque ele era o tipo de homem que sempre estava cercado de belas mulheres...ele poderia escolher quem quisesse…não faria sentido ele querer estar com ela. Além disso ele iria embora assim que o pai voltasse.

Mas então porque ele a tinha tirado da festa? Porque ele parecia tão irritado com Adrian Chase quando esse a tinha segurado pelo braço? Ela estava verdadeiramente confusa.

Oliver ainda remoía a raiva que sentiu ao ver Chase segurar o braço de Felicity daquela maneira. E ele sabia que não era somente porque era inconcebível para ela alguém tratar uma mulher daquele jeito. Ele sabia que era porque era sua Felicity. Sim, sua Felicity. Ele já tinha isso pacificado em sua mente e em seu coração. Ele era dela….totalmente, desde o primeiro beijo. Mas o convívio com ela o fez ter certeza. Seu coração era puro, sua alegria de viver contagiante, era uma profissional incrível e sua beleza encantadora.

Ele sabia que teria que provar para ela que seus sentimentos eram reais, que ele realmente estava apaixonado por ela. E ele sabia que teria que ter calma, o que era difícil estando aí lado dela.

— Para onde você está me levando? - ela o tirou de seus pensamentos.

— Vou para o estúdio….preciso revelar as fotos…

— As minhas fotos? - ela pediu com um sorriso no rosto?

— Sim….as suas. Eu preciso entregar para a gráfica até amanhã de manhã… - ele a olhou e sorriu - mas antes….você está com fome?

— Na verdade, estou!

— Ok! Você gosta de comida italiana?

— Todo mundo gosta de comida italiana!! Eu adoro!  - ela sorriu e manteve seu olhar nele enquanto ele dirigia. 

Oliver estacionou na garagem de um prédio bem simples, no GLades. Felicity não estava entendendo nada.

— Porque paramos aqui?

— Porque meu apartamento é neste prédio. - ele sabia que ela ficaria espantada. Só três pessoas sabiam desse apartamento: ele, Tommy e agora ela. - è digamos assim meu refúgio...meu esconderijo secreto.

— Entendi… - ela ainda não entendia porque ele precisava de um apartamento no Glades quando tinha uma casa enorme nos arredores da cidade onde morava a família Queen há gerações - você falou em comida italiana, achei que íamos num restaurante….você vai cozinhar??

— Sim...mas se você preferir podemos ir a algum lugar….

— Não, não! Estou ansiosa para provar os dotes culinários de Oliver Queen! - os dois gargalharam enquanto entravam no elevador.

 

Ele abriu a porta e esperou ela entrar, trancou a porta como toda pessoa sensata faria numa bairro como aquele e depois de lhe dar uma bermuda e uma camiseta dele para que ela pudesse ficar mais confortável, foi mostrar o lugar para ela.

— Tenho meu próprio laboratório aqui. Além disso tenho privacidade e quando preciso colocar a cabeça em ordem venho para cá. E isso acontece com frequência….a família Queen não é muito fácil de lidar….

— Por isso você passou tanto tempo longe? - ele não se espantava mais com a facilidade que ela tinha de lê-lo. Era assim quando trabalhavam juntos num projeto….e era assim quando estavam juntos como agora.

— Bingo! Não me entenda mal….eu os amo de verdade. - ele suspirou e indicou para ela sentar na banqueta em frente a bancada que separava a sala da cozinha - mas o drama é especialidade da Dona Moira, minha irmã tem energia demais e frequentemente a usa para chocar a família e todo o resto. Meu pai é mais parecido comigo, mas também tem sua cota de dramas.

— Eu entendo….minha família é a campeã de dramas…. - ela ficou pensativa por um tempo e ele decidiu mudar de assunto.

— Spaghetti ao sugo??

— Com certeza!

Enquanto ele cozinhava, ela ora observava, ora andava pelo lugar explorando tudo e descobrindo um Oliver Queen de gostos simples e muito parecidos com os dela. Havia cartazes de filmes, fotos de todos os lugares, discos antigos e um tocador de discos que a encantou.

Ela o ajudou com a salada e mesmo sabendo que não deveria bebeu vinho com ele. A comida estava deliciosa e ele mais uma vez a surpreendeu.

— Uau! Esse molho está divino! - ela tinha um pouco de molho do lado da boca, ele que  estava sentado à sua frente mudou de lugar e sentou-se do seu lado. - O que foi?

— Nada….só um pouco de molho aqui…. - ele limpou o lugar com o polegar enquanto a olhava fixamente. Felicity não conseguia desviar o olhar e nem se mexer, ela percebeu exatamente quando seus corpos foram se aproximando como se puxados por um imã.

Oliver tinha caído na própria armadilha. Ele não tivera essa intenção ao se aproximar para limpar a boca dela. Mas agora ele não tinha como fugir...algo o puxava para ela.  As respirações já se encontravam, Oliver lhe fez um carinho no rosto com o nariz...seus olhos estavam fechados...seus lábios já ansiavam pelo contato…

Nesse momento o telefone de Felicity tocou, quebrando o encanto do momento. Os deixando constrangidos por um instante.

— Errr….vou revelar as fotos e depois posso te deixar em casa. - Oliver foi o primeiro a falar.

— Certo….eu vou organizar a cozinha…

— Não precisa, depois dou um jeito.

— Nada disso! São as regras….quem cozinha não lava a louça! - os dois riram e ele concordou.

Enquanto arrumava tudo Felicity tomou o resto do vinho que havia na garrafa e cantarolava uma música antiga de uma banda que Oliver tinha o disco.

Quando ele voltou a encontrou sentada na poltrona, perdida em pensamentos.

— Certo….podemos ir - ela o viu voltar do estúdio com uma pasta na mão. O cabelo um pouco bagunçado e um sorriso no rosto. Mais tarde ela não se lembraria exatamente o que a fez tomar aquela atitude, o que ela lembraria era das sensações e do calor do corpo dele junto ao dela.

— Nada disso! Ainda temos assuntos pendentes - ela falou indo em direção ao toca discos, escolheu a música que estava cantarolando antes e colocou no aparelho. Oliver a olhava fascinado, ele sabia que a falta de timidez dela se devia a quantidade de vinho que ela havia bebido, mas nada importava. 

Quando a música começou ela se balançava no ritmo e o chamou:

— Venha….você me deve uma dança!! - Oliver não resistiu e enquanto ela ainda girava sozinha no ritmo da canção ele a pegou nos braços.

Ela se apoiou em seu peito e ele a abraçou pela cintura, tanto para sustentá-la quanto para aumentar a proximidade entre eles. A música falava sobre dar as mãos e sobre como a vida era mais bela por causa do amor...

O perfume dela invadiu seu espaço e ele decidiu confessar que era seu albatroz.

— Felicity?

 - Huuumm…. - ela respondeu distante

— Precisamos conversar….tenho uma confissão a fazer - como ela não lhe respondeu mais nada ele continuou - O albatroz que você tanto procura - ele aguardou alguma reação, mas nada - Sou eu…..

Ele esperou pela reação dela que não veio.

 - Felicity? - ele a olhou e qual não foi sua surpresa ao vê-la dormindo em seus braços. Ele sorriu, a pegou no colo, a levou para o quarto e a deitou em sua cama.

Quando a manhã chegou encontrou Oliver dormindo na poltrona ao lado da cama, onde tinha ficado a observá-la dormindo. Ela ainda dormia e ele teve a certeza de que ela parecia um anjo. Os cabelos loiros espalhados pelo travesseiro e o rosto delicado e forte.

Felicity tinha certeza de que aquele cheiro delicioso não era o café de cafeteira que ela tinha em casa….abriu os olhos aos poucos e qual não foi sua surpresa ao dar de cara com o rosto bonito de Oliver Queen a sua frente.

— Bom dia! - ele disse sorridente

 

— Bom dia! - ela ainda estava entorpecida pelo sono, tinha certeza de que ainda estava sonhando...mas então as lembranças vieram rápidas e ela sentou-se sobressaltada.

— Café? - Oliver lhe ofereceu uma xícara de café ainda fumegando e ela agradeceu pela distração. Tomou um gole ainda o olhando.

— Obrigada! - se existia maneira melhor de acordar ela não saberia dizer...na verdade saberia sim….talvez se ela estivesse em seus braços! Ela espantou os pensamentos impróprios e se concentrou no momento.

 - Cait ligou no seu celular….várias vezes….na verdade tinha umas 50 chamadas dela. Quase a mesma quantidade de chamadas do Tommy no meu, mas meu amigo é um pouco mais dramático e conseguiu passar das 60! - ela se assustou!

— Meu Deus, Sr. Queen!! - ela se levantou quase derrubando o café - O contrato….saímos sem você assinar! Como você pode fazer isso….é importante para a empresa….vai estabilizar a empresa depois das perdas das contas antigas…..

 - Hey, Felicity! - ele a segurou delicadamente pelos braços e a parou - Como farei negócios com uma pessoa que trata uma mulher do jeito que ele te tratou ontem? Só de pensar a raiva volta...

 - Mas Sr….

 - Primeiro: vamos parar com Sr. Queen! Achei que já tínhamos definido isso ontem a noite

 - Ok! Oliver - ela testou o nome dele novamente - a conta é importante...já eu….

— Você é importante, todos os meus funcionários o são….mas você… - ela disfarçou e saiu de seus braços.

— Eu acredito que isso deva ser pensado com calma e sem a raiva como conselheira. - ela queria acreditar que era por causa dela e somente por causa dela que ele negaria o projeto. Mas não queria criar falsas expectativas, seu coração não suportaria.

 - Segundo - ele deixou para pensar sobre o olhar de tristeza que passou pelos olhos dela por um pequeno instante mais tarde - haverá outros projetos, tão ou mais importantes que esse e tenho certeza que você fará um ótimo trabalho! - ao falar em trabalho ela lembrou-se de Cait.

— Tenho que ligar para Cait! Ela deve estar preocupada!

— Deixe para falar pessoalmente, termine seu café e eu te levo para casa para trocar de roupa.

 - Mas ela deve estar preocupada… - ela já tinha o celular nas mãos e ele a impediu de fazer a ligação.

— Eu já falei com ela, está tudo certo.  - ele foi pegar a pasta com as fotos - Você pode se trocar no quarto…

— Como assim você falou com ela?

 - Teu telefone não parava de tocar...imaginei que ela estava preocupada com você e resolvi atender….eu falei que você estava comigo e que depois daria os detalhes - dando de ombro ele foi pegar a carteira e seu próprio celular. - ele omitiu o fato de que Cait deveria estar com Tommy, porque depois que ele tinha falado com ela o amigo ligou para ele umas 10 vezes até desistir.

— Meu Deus!! - ela sabia que Cait nunca a deixaria em paz!!  

 

Eles saíram logo depois do apartamento de Oliver e ele a levou para casa. Ele queria esperá-la mas ela negou dizendo que não queria que o pessoal da empresa os vissem chegando juntos.

Como ela imaginou Cait a estava esperando, já pronta para o trabalho, sentada na poltrona da sala com cara de interrogação.

— Oi...bom dia!! - Felicity arriscou o básico para testar o humor da amiga.

 - Oi?? Bom dia??? - Cait levantou indo em sua direção - Eu quase morri de preocupação….se não fosse por Tommy eu teria ido a todas as delegacias e hospitais da cidade….

— Tommy? - Felicity se espantou  com a informação.

— Esse não é o assunto aqui….o assunto é como Oliver atendeu seu telefone as sete da manhã e me disse que não era para me preocupar que depois você me dava os detalhes.

— Cait….

— Felicity, nem pense em negar algo...vocês saíram juntos da festa ontem. Oliver nem assinou o contrato...e nenhum dos dois atendeu o telefone até hoje de manhã.

— Ok! - Felicity se rendeu, ela precisava mesmo da opinião da amiga e contou tudo….desde a saída da festa até a chegada em casa.

— Amiga! Que romântico! - Cait suspirou. Ela já desconfiava que algo estava acontecendo entre eles.

— Não é romântico….é pura ilusão. - Felicity levantou do sofá e começou a andar de um lado para o outro - é inimaginável que ele possa sentir algo por mim…

— Não entendo o porque! É só olhar para vocês, os olhares….os gestos….. a  maneira como trabalham em sincronia….

— Somos só amigos….

— Claro que sim! Vou fingir que acredito nisso….e você pode continuar a negar...mas não vai conseguir por muito tempo...

Enquanto Felicity se arrumava para o trabalho ela foi obrigada a confessar para si mesma que a amiga tinha razão. Ela estava apaixonada por Oliver….a questão era por quanto tempo ela conseguiria manter isso em segredo para evitar o sofrimento de saber que ele não nutria os mesmos sentimentos que ela.

— Eu estou te dizendo, Felicity! - Curtis estava lhe contado sobre os boatos que corriam na empresa sobre ela e Oliver.

— Mas somos somente amigos, nada mais! - Eles estavam chegando na empresa e foram direto pro cantinho do café.

— Acontece que almoçar quase todos os dias com ele e sair com ele da empresa várias vezes na semana dá margem para esses comentários. Você tem que dar o braço a torcer….você e o Sr. Queen andam muito juntos, desde a festa da Fiore e isso fazem dois meses - ele chegou perto da amiga e a abraçou pelos ombros e pediu com a voz mansa - Conta pro Curtis aqui: o que há de verdade entre você e o Sr. Queen?

— Ahh! Curtis! Eu já te falei que somos amigos, bons amigos, mas só….

— Ok! Vou fingir que acredito.

— Fingir que acredita em que, Curtis? - Oliver que havia chegado devagar os pegou de surpresa.

— Que a Felicity ainda não tenha ouvido os boatos sobre o senhor e ela que andam rolando na empresa! - e tão rápido quanto ele falou, Curtis saiu correndo.

— Você ouviu os boatos então? - ele se aproximou dela como sempre fazia, deixando pouco espaço entre eles.

— Curtis me contou agora - e como ela parecia desconfortável ali ele a chamou para sua sala.

— Eu te peço para ignorar esse tipo de comentário - ela estava parada à sua frente e Oliver estava apoiado em sua mesa.

— É difícil considerando que minha competência é questionada em detrimento a um possível relacionamento com você. E nós não temos nada…. - mesmo para ela a frase soou falsa. Ela estava ignorando os sentimentos por Oliver a tanto tempo que quase conseguia fazer seu coração não falhar batidas quando ele se aproximava. Mas ao mesmo tempo era tão natural estar com ele, era tão fácil...

Oliver a pegou pela mão e a levou para o ponto cego de sua sala. Se aproximou dela e segurou seu rosto com as duas mãos.

— Você realmente acredita nisso? Você pode olhar nos meus olhos e me dizer que não sente nada por mim? E que o que eu sinto por você não é real?

Ele estava cansado do jogo de amigos, há dois meses eles estavam nisso. Ele tinha entrado nisso de bom grado pois sentia que ela não confiava nele o suficiente. Oliver resolveu mostrar a ela que poderia confiar nele. Que sua fama de “galinha” ( que ele tinha certeza que ela sabia que existia) tinha acabado após ele ter posto os olhos nela.

Mas apesar de tudo, ela ainda negava. Ela ainda se mantinha a margem. E ele tinha acordado naquela manhã decidido a mudar as regras desse jogo.

Felicity estava chocada! Ele realmente tinha confessado sentir algo por ela? 

— Oliver… - ela mal teve tempo de formular a frase.

— OLIE!!! - eles se separaram rapidamente e quando Felicity se deu conta uma mulher estava agarrada em Oliver o beijando sem deixar margens para ele reagir. Diante disso Felicity sai da sala de Oliver e vai para a sala de arquivo, que ela sabia ser distante o suficiente para que ninguém a busque lá.

Cait viu a cena e viu também a amiga correr para o arquivo. Ela logo iria atrás de Felicity, mas antes iria a fonte mais segura de informações sobre a cena que todos haviam visto na empresa.

— Tommy, posso entrar?

— Claro, minha única! - ele lhe deu um abraço. Os dois estavam muito felizes e deviam tudo aos amigos, se não fosse o sumiço deles na noite da festa da Fiore eles nunca teriam passado tempo o suficiente sozinhos para conversar sobre o amor que sentiam um pelo outro - Eu até já sei sobre o que você quer conversar….mas eu quero falar com Felicity também….você sabe para onde ela foi?

— Sim! Ela deve ter ido para o arquivo.

Eles a encontraram com lágrimas nos olhos numa das poltronas que havia ali. Os dois sabiam que por mais que Oliver e Felicity negassem, o amor deles era visível para qualquer um que quisesse ver.

— Então quer dizer que essa é a tão falada Laurel? - Cait estava sentada aos pés de Felicity e consolava a amiga.

— Sim, Cait - Tommy falava com as duas sentado na outra poltrona que havia no lugar. - E ela é EX namorada do Oliver. Ele terminou com ela no dia da festa da Fiore, sei que os dois se falaram por telefone e ele iria a Londres para conversar pessoalmente. Mas não existe mais nada entre eles. E essa é nessa informação que você deve acreditar Felicity. Todo o resto é especulação.

— Ela parecia muito íntima para alguém que não tem mais nada com o Oliver.

— Olha...eu vou te dar um conselho. Oliver é uma pessoa que está na mira da mídia, tanto da boa quanto da ruim e infelizmente está na mira de pessoas que não visam nada mais do que o seu dinheiro. Ele tem poucas pessoas em quem confiar, em que ele pode se apoiar. E eu te digo uma coisa com a maior certeza desse mundo: você é a primeira mulher em que ele confia realmente. Pense nisso antes de julgá-lo pela atitude de outra pessoa, ok?

— O Tommy está certo, amiga…

— Claro que estou, minha única!! - os dois riram e Felicity sentiu-se ainda mais melancólica.

— Não tome nenhuma atitude antes de ouvir o que ele tem a dizer. Agora limpe esse rosto, respire fundo e volte para sua mesa. Trabalhe no projeto da Red Flower e depois vocês conversam ok?

— Ok!

Quando Felicity voltou ficou sabendo que Oliver havia saído para levar Laurel em seu hotel. Aquilo esmagou seu coração, mas mesmo assim ela reuniu toda sua força de vontade e ficou na empresa até o fim do expediente.

Oliver ligou para ela várias vezes e em nenhuma delas foi atendido. Resolveu dar-lhe um tempo. Ele ficou sabendo por Tommy da conversa que eles tiveram e ficou mais tranquilo sabendo que Felicity já sabia que Laurel não significava mais nada para ele.

 

O dia havia sido cansativo, Felicity e toda a equipe criativa e de gravação da empresa tinham passado o dia numa área de mata no parque da cidade para gravação do comercial que havia sido aprovado pela Red Flower.  

No momento eles estavam recolhendo o material utilizado e Felicity estava cuidando da documentação utilizada.

Até onde ela sabia Oliver, Cait e Tommy já tinham ido embora e depois de empacotar tudo e entregar para o responsável pelo transporte, ela resolveu dar uma volta no parque.

Estava anoitecendo, a luz do sol sendo trocada pelas luzes do parque davam ao lugar um ar melancólico, quase triste e Felicity não pode deixar de pensar que combinava exatamente com seu humor no momento.

Desde a chegada de Laurel os únicos momentos com Oliver se restringiam a empresa. Eram raros os momentos deles sozinhos. Ela tinha certeza que Laurel fazia de propósito, ela deve ter notado algo entre eles e para não perder Oliver ela estava pegando pesado. Inclusive marcando a festa de seu aniversário na mansão Queen e convidando toda a agencia.

Aquilo tudo a estava deixando extremamente cansada. Oliver tentava passar um tempo com ela, Felicity via seu esforço...o problema era que Laurel grudara nele. E ao mesmo tempo que os poucos momento juntos eram especiais, os que estavam longe eram uma tortura. 

O problema todo residia no fato de que Oliver conhecia Laurel uma vida toda e ele simplesmente se negava a ver que a garota estava passando dos limites. Na intenção de não magoá-la e esperando que ela por si se desse conta de que ele não queria mais nada com ela, quem sofria era Felicity. E aquilo realmente a estava cansando.

Felicity parou a beira de um lago e sentou-se para pensar, ela teria que tomar uma atitude. Teria que decidir se iria permanecer na empresa e em Star ou se ia aceitar os insistentes pedidos dos pais para voltar a Central City.

Tudo estava confuso em sua mente.

De repente ela sentiu a presença dele, olhou para trás e ele a observava parado ao lado de uma árvore. Felicity levantou-se para ir embora. Ao passar por ele, Oliver a segurou pelo braço.

— Fique, não fuja mais. - seu olhar era intenso e ela sabia que ele não iria desistir.

— Eu não estou fugindo, só quero ficar sozinha. Preciso pensar….entender… - Oliver a puxou para si, suas respirações se tocavam...ele esfregou a ponta do nariz no rosto dela numa carícia delicada...lhe acariciou os cabelos e segurou seu rosto com as mãos.

— Fique, você está fugindo de mim a semana toda….e entre isso e Laurel eu quase não consegui estar com você. - seu olhar era firme e ela sabia que ele tinha razão.

— Eu preciso ficar sozinha…

— Fique sozinha comigo, vamos ficar sozinhos juntos…. - e  o sorriso que acompanhou a frase fez o coração dela derreter. Oliver tinha o coração descompassado, quando Laurel apareceu sem avisar e se comportando como se ainda estivessem juntos ele temeu por seu relacionamento com Felicity. Ele estava colocando as cartas na mesa e esperava que Felicity as aceitasse.

Nesse momento seus celulares começaram a tocar, Cait, Tommy e um grande problema com as gravações recém realizadas.  Antes de saírem Felicity o olhou e sorriu, lhe abraçou e o beijou no canto da boca…

— Sozinhos e juntos! - e com um sorriso acrescentou - mais tarde! 

Eles foram juntos para a empresa e entre olhares e sorrisos permaneceram lá até a madrugada para resolver o problema com a gravação. Mais uma vez o espião havia mexido os pauzinhos e tentado prejudicar uma campanha, mas graças a interferência de um dos programas que Felicity secretamente havia instalado o problema foi detectado a tempo.

Na manhã seguinte Felicity chegou mais cedo que o resto da empresa para poder, com calma, investigar a pessoa por trás da tentativa de cópia e exclusão dos dados das gravações e da campanha da Red Flower.

Ela colocou seu programa para rodar e foi fazer um café, quando voltou o programa já havia detectado em qual computador havia sido dado o comando para a cópia e posterior exclusão.

Felicity sabia que Isabel era cruel e mesquinha, mas chegar ao ponto de vender informações e plagiar campanhas era baixo mesmo para ela.

Quando Isabel entrou em sua sala e encontrou Felicity junto com Oliver e a polícia recolhendo as provas ela teve que reunir todo seu autocontrole.

— O que está havendo aqui? - ela pediu torcendo para seu nervosismo não aparentar.

— Você sabe muito bem, Isabel! Como você pode?  - Oliver continha sua raiva.

— Não sei do que você está falando!

— Não negue! O algoritmo de Felicity descobriu tudo! - Isabel dirigiu seu ódio a Felicity. Ela se aproximou lentamente de sua mesa, focando um abridor de cartas.

— Se foi a loirinha aí quem fez, claramente pode haver erros….

— Olha, Isabel...não adianta mais! Você já caiu…. - Felicity estava com raiva, apesar de tudo ela acreditava em lealdade e mesmo uma pessoa como Isabel deveria ser leal ao local onde ganha seu sustento.

 Tudo aconteceu muito rápido e Felicity não teve tempo de ter reação alguma, ela mal registrou o momento em que Isabel pega um abridor de cartas em cima de sua mesa e parte para cima dela com toda raiva que possui.

Oliver foi rápido o bastante para tirar Felicity da mira certeira do abridor de cartas, mas não o suficiente para evitar que o mesmo o ferisse de raspão no braço. Uma confusão generalizada teve lugar e a polícia logo conseguiu conter Isabel. Foi descoberto que ela havia se associado a Adrian Chase para desmoralizar a agência, e por consequência Robert e Oliver, para se vingar de uma suposta demissão injusta do pai de Adrian por Robert Queen há muitos anos atrás. O pai de Adrian havia ido embora após a demissão e abandonado a família e Adrian culpava os Queen por isso.

A empresa teve suas atividades paralisadas no dia. A maioria dos funcionários foi a delegacia prestar depoimento no caso da espionagem. 

E era o dia da festa de Laurel na casa de Oliver. Felicity não queria ir, mas Cait a havia convencido. Ela e Oliver não haviam se visto depois que ela saiu da delegacia, estava preocupada com ele, ir a festa e vê-lo a tranquilizaria. 

Cait e Tommy haviam saído mais cedo para a festa e Felicity foi se encontrar com o restante do pessoal na casa de Curtis para saírem juntos. Enquanto esperava o pessoal chegar ela havia sentado numa poltrona que ficava num canto isolado da sala de Curtis. Havia todo tipo de conversas ao redor mas ela, ao ouvir o nome de Oliver e Laurel, começou a prestar atenção na conversa de um grupinho ao lado dela.

— Você tem certeza?

— Sim, eu mesma liberei o motorista para ela. Ele me contou que ela levou várias malas para a mansão Queen. E eu mesma cancelei as passagens dela. Laurel vai ficar e vai morar na mansão!  - Susan, a assistente de Oliver contou animada!

— Então provavelmente hoje o Sr. Queen vai pedi-la em casamento. - Leyla, uma das meninas do setor criativo comentou e Felicity  não aguentando mais ficar calada…

— Casamento?

— Sim! Não é romântico? - Felicity levantou da poltrona pronta para sair.

— Onde você vai? Não vai mais a festa? - Susan questionou.

— Não, não me sentiria bem...é íntimo demais… - e disfarçando seu coração partido - vou ajudar Curtis com as luzes do teatro...afinal é isso que os amigos fazem.

Ela saiu e foi em busca de Curtis que estava de partida para o teatro.

— Vou com você, Curtis.

— O que? E a festa? Você não queria ver o Sr. Queen? Eu acho que você não deveria deixá-lo com a lagarta loira!

— Pelo jeito é com ela que ele quer estar.

Eles fizeram o caminho até o teatro em silêncio. Curtis respeitou o silêncio da amiga e sabia que quando ela estivesse pronta falaria.

Ao chegarem ao teatro entraram pelas coxias e ela disse que iria andar por aí. Mais tarde Curtis foi procurá-la e a encontrou na platéia, sentada numa das cadeiras. Ele sentou-se ao lado dela.

— Você está bem?

— Sim….só muitas lembranças….

— Albatroz? - ela havia contado ao amigo sobre o Albatroz para que ele a ajudasse na busca.

— Sim...e Oliver….

— Você não vai me contar o que está acontecendo entre vocês?

— Não há mais nada acontecendo entre a gente….nem sei se algum dia chegou a acontecer.

— Eu acho que você está enganada… - ele levantou e foi em direção às coxias - vou terminar em pouco tempo e depois podemos ir a qualquer lugar que você quiser.

— Ok!

Na festa Oliver estava impaciente para a chegada de Felicity, estava bebendo num canto afastado quando resolveu perguntar por ela. Como Cait e Tommy não estavam por perto ele foi pedir a Susan.  Ele não encontrou Susan, mas falou com Leyla que estava presente na conversa e viu quando Felicity, parecendo um pouco abalada, saiu com Curtis. Ela lhe  deu detalhes a conversa e dos boatos que Susan contou.

Como ela pode espalhar uma mentira daquelas? Com que direito ela tinha inventado uma mentira daquele tamanho e contado a Felicity? De acordo com Tommy e Cait, sua secretária havia ficado bem amiga de Laurel, quando esta andava enfiada na empresa durante os últimos dias. Eles desconfiavam, na verdade tinham quase certeza que Susan havia feito isso a pedido de Laurel. Porque não havia nenhuma mala dela em sua casa.

E no final de tudo ele se perguntava como tinha sido tão ingênuo a ponto de acreditar que Laurel aceitaria ser somente sua amiga.

Mas nada disso importava mais. Ele havia tomada a decisão de ir atrás de Felicity. Depois dela ter finalmente acreditado nos sentimos dele tanta coisa havia acontecido e eles se perderam um pouco.

Só que agora ele iria tomar as rédeas de tudo e encontraria Felicity para uma conversa definitiva.

 

No teatro, Felicity criara coragem e estava indo ao camarote onde tudo começou. Onde seu coração se abriu pela primeira vez em anos.

Ela havia mandado um única mensagem para Oliver, duas palavras com tantas possibilidades….com tanta verdade: E se…

Ela estava no camarote, colocou sua bolsa numa das poltronas e todas as lembranças daquela noite vieram como um raio.

O vestido branco que usava era quase idêntico ao daquela noite….os cabelos também estavam presos e ela também se sentia perdida agora.

De repente as luzes se apagaram e as do palco se acenderam...quase exatamente como naquela noite.

— Curtis? - a penumbra não permitia que ela enxergasse praticamente nada.

Ela ouviu passos, firmes e decididos.

Quando ela olhou para a porta do camarote pode ver a silhueta de Oliver.

O que ele fazia ali? De smoking? E porque ele tinha aquele sorriso embasbacado no rosto.

Ele veio em sua direção, parou em sua frente e sorriu.

— Você me enviou um E se… - ele deu um passo a frente - quero saber o final da frase…

Felicity custava acreditar que ele estava na sua frente daquele jeito...e abaixando a cabeça para responder o E se ela olhou para os sapatos dele e viu os mesmos sapatos que viu no Albatroz antes de correr. Surpresa ao extremo ela olha para Oliver que tinha um sorriso enorme no rosto...ela havia percebido que ele o Albatroz era a mesma pessoa.

Ele se aproximou ainda mais. Felicity tinha o sorriso mais bonito que ele já tinha visto….Oliver decidiu acabar com a distância entre seus lábios e a beijou.

Nada os preparara para o reencontro. Foi como voltar para casa….

A tormenta e a calmaria estavam de volta. Oliver foi delicado e faminto...ele havia esperado por tanto tempo por aquele beijo que não se conteve.

Uma das mãos estava no rosto dela e a outra segurava sua mão. 

Seus corações batiam em uníssono, Oliver sente o seu perfume….aquele que era o perfume deles….o que os uniu.

Felicity sente como se flutuasse. 

Seu coração não cabe no peito, a felicidade que está sentindo não se pode mensurar. 

Oliver guia o beijo, que traz a tona toda a gama de sentimentos que o primeiro beijo despertou….a paz….a calmaria….a tormenta….

A alegria invade o peito de Oliver, ele jamais imaginaria que um beijo pudesse transformar seu mundo daquela maneira. 

Ele finaliza o beijo com um selinho e olha para Felicity sorridente e vê o mesmo sorriso no rosto dela.

— Como assim você e o Albatroz são a mesma pessoa??

Horas depois, no colo da amiga, ela lembrou como tudo que começara como um sonho terminara de forma tão desastrosa.

Ela não sabia como tudo havia começado, mas quando se deu conta ela e Oliver estavam discutindo.

Todas as inseguranças dela havia tomando conta de sua mente….o medo de ser trocada….o medo da diferença social, da mídia, das reações das pessoas e por fim o fato de que o tempo de Oliver em Star City tinha data de validade.

Por fim ela tinha saído correndo e deixado um Oliver chocado e arrasado para trás.

— Ele te ama, Fel…. você não tem como negar isso. E ele já deixou muito claro que não pretende ir embora. Tommy vive me falando isso, que Oliver voltou para ficar.

— Mas não é só isso….a mídia, as mulheres como a Laurel….

— Jura, Fel?? - Cait estava indignada com a amiga - essa vai ser sua desculpa?

— Mais…

— Nada de mais.... - Cait se aproximou da amiga, pegou suas mãos entre as dela e perguntou - Você o ama?? De verdade?

— Sim - ela não exitou na resposta, uma lágrima desceu pelo seu rosto.

— Então pronto….agora a única coisa que tens que pensar é se o teu amor é forte o suficiente para enfrentar qualquer coisa por ele.

Felicity não tinha ido trabalhar nos três últimos dias, nem Oliver. Ela tinha avisado que estava doente. Oliver inventou uma viagem de última hora.

Tommy contou a Cait que ele estava no apartamento do Glades.

Felicity voltou ao trabalho no modo automático. 

A empresa estava agitada, naquela noite iria acontecer a festa de Dia dos Namorados que já era tradição da Queen's. Todos os anos a empresa, na véspera do dia dos namorados,  fazia uma festa temática sobre a data. Todo o valor arrecadado era destinado a organizações que cuidavam de animais abandonados e maltratados.

Felicity não iria, claro. Mas não pode deixar de imaginar de Oliver iria.

Oliver não tinha como não aparecer na festa, afinal iria ser na Mansão Queen. Era tradição, até sua mãe iria se dignar a aparecer.

Obviamente ele não estava no clima para a data. Ele tinha se isolado, analisado tudo, cada detalhe e ainda não sabia como tudo havia desmoronado.

Ele nem teve a chance de dizer o quanto a amava, que ele havia se apaixonado na escuridão daquela primeira noite e que esse amor havia trazido luz para sua vida.

Uma Felicity arrasada observa Cait se arrumar para a festa.

— Eu ainda acho que você deve ir. Oliver vai estar lá…. é na casa dele afinal….

— E eu vou lá fazer o que exatamente? - ela deu mais uma mordida na barra de chocolate que tinha nas mãos.

— Talvez dizer o que sente e deixar ele te dizer o que ele sente? Deixar tuas inseguranças de lado e aproveitar que é véspera do dia dos namorados e não deixar o amor da tua vida escapar pelo meio dos dedos?? - quando Felicity a olhou chocada ela completou - é o que eu acho…..assim...o Tommy também acha... inclusive ele disse que se você quiser uma ajuda em algum plano….

— Não. - mas nem ela mesma estava acreditando mais na negação.

— Você que sabe, mas aposto que a Laurel vai estar lá….e ela não vai deixar por isso mesmo.

 

Felicity estava sentada no gramado da área interna da mansão Queen, só a família tinha acesso àquele lugar. Tommy tinha dado certeza que Oliver fugiria para esse lugar na primeira oportunidade.

E ela esperava sinceramente que sim e que fosse logo, antes que ela perdesse a coragem.

Algum tempo depois ela sente a presença dele, era sempre assim...era como se o ar ficasse mais denso, mas carregado...com uma energia diferente.

Oliver vê Felicity sentada no gramado e seu peito falha uma batida. Não podia ser coincidência, estaria ela ali para vê-lo?

Ele se aproxima, a olha e resolve sentar ao seu lado de frente pra ela.

— Você está há muito tempo aqui? - seu sorriso é contido e não alcança os olhos.

— Há algum tempo…

— Bem vinda!

— Obrigada…- ela podia jurar que ele iria ouvir seu coração de tão forte que ele batia.

— Tens algo a me dizer?

— Tenho…. você quer mesmo ouvir?

— Considerando nossas últimas conversas, não sei se estou preparado pra ouvir. - num impulso Felicity o abraça, ela pode sentir o coração dele batendo tão descompassado quanto o dela. - Porque você não me quer? Porque você foge de mim?

— Porque eu te amo! - pronto! Ela tinha falado. Ainda em seus braços ela deu um suspiro e se afastou para ficar de frente a ele.

— Porque você segura minha mão toda vez que eu a estendo e vem comigo sem questionar, mas depois foge?

— Porque eu te amo, muito! Tanto quanto amo a mim mesma!

A emoção toma conta do peito de Oliver. Ela finalmente havia confessado seu amor e agora ele não a deixaria mais fugir. Faria de tudo para provar seu amor por ela todos os dias de sua vida!

— Eu te amo, muito! Tanto quanto a mim mesmo! - ele repetiu a frase de quase como uma prece. - E eu preciso que você acredito quando eu digo que você é unica! Que é só por você que meu coração bate! Que quando eu fecho meus olhos é só você que eu vejo, mais ninguém!

— Eu acredito...agora eu acredito... - ela podia ver no fundo dos olhos azuis dele. O amor que ela via ali era o mesmo que via quando se olhava no espelho.

E mais uma vez seus olhares foram atraídos um pelo outro. Azul conta azul. Os sorrisos agora eram verdadeiros e alcançaram os corações.

Quando seus lábios se tocaram foi como se o tempo parasse. E quando os irrigadores do jardim ligaram e jogaram água em cima deles eles mal se deram conta.

O calor dos lábios os aquecia, o retumbar de seus corações os fazia surdos para tudo o que não fosse seu amor. Quando Oliver suspirou e mudou o tom do beijo o tornando mais exigente e apaixonado, Felicity o acompanhou.

E como naquela noite da festa da Fiore há tanto tempo atrás, ela sabia que iria com ele para onde quer que ele fosse, simplesmente porque era Oliver...seu Albatroz.

Quando Felicity começou a tremer de frio, Oliver parou o beijo, sorriu para ela e a levou pela mão para dentro da mansão.

Já em seu quarto ele lhe deu uma camiseta  sua para ela vestir até que seu vestido estivesse seco.

Algum tempo depois ele voltou do banho e a observou sentada numa poltrona ao lado de sua cama, ela tinha os cabelos ainda úmidos e os penteava com os dedos….sua camiseta era grande o suficiente para cobrir até metade das coxas dela...e ela parecia uma visão.

— Linda! - ela se assustou um pouco, porque estava perdida em pensamentos. E quando o viu sem camisa somente de calça de moletom ela teve certeza que estava no paraíso.

Ela levantou da poltrona e foi em sua direção com um sorriso no rosto.

— Eu juro que você vai me matar desse jeito!! - ele a segurou pela cintura e ela apoiou as mãos em seu peito.

— Promete para mim que nunca vai me deixar? - aquela pontinha de insegurança ainda estava ali.

— Felicity - ele pegou o rosto dela entre as mãos - eu te amo, e como eu te falei no primeiro dia na empresa: eu não vou a lugar nenhum…. não sem você!

Diante da declaração ela o beijou com toda sua alma e todo seu coração! E quando entregou a ele seu corpo se sentiu infinitamente completa e feliz.

Oliver a tinha nos braços, exatamente o lugar que ele considerava que ela deveria estar. Ele acariciava seu cabelo e lhe dava beijos ocasionais nos mesmos.

— Que horas são - ela pede distraída em fazer pequenos círculos imaginários no peito dele.

— Tarde….bem tarde….

— Eu não vejo o tempo passar quando estou com você! - ela se esticou para pegar o celular que ela tinha tirado da bolsa mais cedo e deixado no criado mudo - Nossa, já passa das três da manhã. Tenho que ir pra casa…

— Fica comigo….durma em meus braços essa noite… - diante do olhar apaixonado que ele lhe dirigiu ela não pode dizer mais nada além de sim.

— Eu fico!

Ele a aconchegou em seus braços e antes de adormeceram ele lembrou de um detalhe.

 -Felicity?

— Huum? - ela já estava sonolenta

— Feliz dia dos Namorados, amor! - ele lhe deu um beijo demorado.

— Feliz dia dos namorados, meu Albatroz!

E assim o Albatroz encontrou sua companheira...aquela que voaria com ele por todo o céu, por toda sua vida!!


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Notas finais do capítulo

É isso!
Espero que tenham gostado!
Quero agradecer aqui, em nome de todas as meninas, todos os comentários e a recomendação que esse projeto já teve! Amamos vcs!!

Obrigada de verdade por lerem e nos fazerem felizes!

Quanto a essa one, eu espero que vcs tenham gostado e que ela espalhe mais um pouco de amor em suas vidas!!

Bjus no coração e até a proxima!



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