Valentines Week: Olicity Version escrita por Ciin Smoak, MylleC, Thaís Romes, Regina Rhodes Merlyn, Buhh Smoak, Ellen Freitas, SweetBegonia


Capítulo 1
Escolhas - Buhh Smoak


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, começamos mais uma maratona de histórias lindas, mas agora falando sobre amor. Cada uma das minhas companheiras autoras escreveu histórias que falam de amor do jeito que somente elas sabem. Espero que tenham gostado da minha e comentem em todos tá?



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Respirei fundo e senti o perfume dela que estava com os cabelos espalhados no travesseiro ao lado do meu. O dia mal tinha amanhecido quando acordei, mas era mais por ansiedade do que estava por vir do que por qualquer outra coisa. Me aproximei dela e cheirei seu pescoço beijando a curva entre ele e o ombro. Ela se mexeu um pouco, mas continuou dormindo, tão exausta quanto eu pelas horas continuas que fizemos amor como tantas outras vezes, mas aquelas ultimas horas tinham sido diferente.

Queria levantar para tomar um banho, mas cada minuto que passava era um a mais para o final do nosso acordo. Três meses, esse foi o tempo que estipulamos que duraria nosso caso, como ela sempre dizia. E o dia anterior foi o último.

Nunca imaginei que me sentiria tão mal quando tudo acabasse. Os dias que passamos juntos foram os melhores que eu já tive na minha vida. Era como se eu estivesse em uma vida paralela, onde meus traumas, minhas preocupações não fizessem mais diferença. Ouvir suas histórias, vivenciar sua vida pessoal que eu nunca me permiti saber fez com que eu começasse a sentir um aperto no peito de saber que em poucas horas voltaríamos ao mesmo de antes.

Ouvi o celular dela tocar na cabeceira da cama e ela somente esticou o braço, o pegando. Fazia alguns dias que ela recebia ligações ao longo do dia e sempre respondia com meias palavras sem que desse para entender sobre o que tanto conversava.

— Sim. – pausa enquanto ouvia o outro lado. – Uhum. – mais uma pausa que durou alguns segundos. – Ta bom. Pode sim. Até.

Desligando ela largou o celular sobre o travesseiro e se espreguiçou. Fiquei observando o lençol deslizando pelo corpo dela deixando seu corpo a mostra e lembrei de todas as vezes que beijei seu corpo ao longo da madrugada.

— Oliver?

— Oi. – voltei do meu devaneio e a encontrei sorrindo, virada de lado, ficando de frente para mim.

— Bom dia.

— Bom dia.

Me aproximei um pouco mais e fiquei a poucos centímetros de seus lábios, queria encurtar a distancia, mas nosso acordo tinha acabado, mesmo que estivéssemos nus na mesma cama.

— Ainda posso te beijar?

Ela se virou e pegou o celular, olhando o visor antes de voltar a ficar a minha frente me mostrando a tela.

— Começamos nosso acordo ao meio dia a três meses, então temos algumas horas ainda de depravação. – rindo.

— Você falando assim parece que só transamos durante esses meses. – peguei seu celular e o descartei atrás de mim, para então a puxar pela cintura e agora sim colar meu corpo no dela.

— Você eu sei que não, mas eu transei mais nesses três meses do que em minha vida quase inteira. Isso contando meus três namorados antes desse meu peguete chamado Oliver Queen. – rindo antes de me dar um selinho.

— Acho que estamos perdendo muito tempo conversando, vamos deixar isso para depois do almoço.

A trouxe para cima de mim e a beijei. Queria encarar tudo com o mesmo senso de humor dela, mas não conseguia levar na brincadeira aquele aperto que estava se formando em meu peito. Não sairíamos daquela cama até que nosso tempo tivesse acabado, porque não queria perder nenhum segundo com ela antes de voltar para minha vida de combate ao crime e rancor por não poder ter uma vida em que eu pudesse passar todos os meus dias como passei os últimos três meses.

—--

Ao contrário do que eu tinha planejado as onze horas já estávamos no escritório. Queria cancelar aquela maldita reunião, mas como sempre ela me lembrava que eu tinha responsabilidades que não tinham como ser deixadas de lado. Só que enquanto eu ouvia um dos investidores reclamar da queda nos lucros eu só conseguia pensar na ultima conversa que tive com Felicity antes de sairmos de casa.

“- Claro, eu estou saindo agora e quando chegar no escritório eu te aviso.

 

Eu ainda estava no banheiro quando ouvi ela conversando no celular. Estamos a poucos minutos de ir para o escritório, mas eu não me conformava de ter que ir trabalhar quando ainda tinha algumas horas de direito de nosso acordo. Terminei de me arrumar e fui para o quarto, onde a encontrei pronta, desligando o celular.

 

— Alguma emergência?

— Não, nada de importante. – guardando o celular na bolsa. – Vamos?

— Vamos. – fui abrindo a porta do quarto esperando ela sair.

— Ah, eu preciso sair mais cedo hoje. – sorriu ao passar por mim e indo pelo corredor para descer as escadas.

— Precisa?

— Sim, as cinco.

 

Peguei minhas coisas sobre a mesa e abri a porta de casa para irmos, mas ela parou a minha frente e segurou meu rosto me dando um selinho mais demorado.

 

— Amei nosso tempo juntos. – se afastando e sorrindo. – Ah, e antes que eu me esqueça... Feliz dia dos namorados. – me dando mais um beijo rápido e indo em direção aos elevadores.”

Dia dos Namorados, no dia seguinte do nosso acordo acabar não poderia ser coincidência. Olhei para ela que digitava no celular e sorria, assim como fazia a vários dias e isso unido a que dia era começava a me deixar ainda mais incomodado. Será que ela teria planos para aquele dia?

— Oliver?

— Oi. – desviei o olhar dela e vi Helena me olhando com a pior cara possível e apontando para o monitor atrás dela.

— O que você acha sobre as projeções?

Me endireitei na cadeira e antes de começar a responder olhei para Felicity, que também me encarava. Fiz a minha melhor cara de mau humor e abri o relatório que estava a minha frente. Precisava mudar meus pensamentos porque não estava gostando do que estava despontando no peito ao pensar que ela poderia levar ao pé da letra o que conversamos antes de ficarmos juntos três meses atrás, que assim que o acordo acabasse seria como se nada tivesse acontecido entre nós e ao contrário do que pensei naquela época, não conseguia ver isso como algo vantajoso depois de passar tantos dias fazendo amor com ela em mais lugares do que eu poderia imaginar que seriamos capazes.

A reunião se arrastou por longas três horas e assim que todos começaram a sair o celular dela tocou e ela atendeu enquanto ia para sua sala. Meu mau humor tinha triplicado e agora eu queria tirar o celular da sua mão para descobrir com quem ela estava conversando.

Diggle entrou na sala e parou na minha frente tampando minha visão de onde Felicity estava.

— Se encarar ela mais vai acabar dando a entender que está apaixonado, Oliver.

— Não sei do que você está falando. – abri meu notebook e comecei a caçar as noticias sobre a situação da cidade. – Como foi a ronda ontem?

— Achei que tinha largado a vida de arqueiro, fazem três meses que você mal aparece no bunker. – puxando a cadeira e sentando, colocando os pés na minha mesa.

— Que drama, Diggle. Tá com saudade?

— Não, de maneira nenhuma. – rindo. – Até porque se eu tivesse uma proposta vinda da minha esposa quando nem mesmo éramos namorados eu não pensaria duas vezes em lagar tudo. E ai? Acabou hoje, né?

— Acabou. – olhei para ela que ainda estava no celular por alguns segundos e depois voltei minha atenção para a tela do note. – Porque você não se ocupa me falando o que preciso saber? – virei o notebook para ele mostrando uma noticia sobre um grande assalto ao bando da cidade.

— Já foi resolvido, eu e a Sara ficamos a noite toda atrás desses ai.

— E a Laurel?

— Está ocupada a uns dias resolvendo umas coisas para a Felicity em Central City. Volta hoje para a o ciclo de rondas com você.

— Ela foi viajar?

— Sim.

— Para Central City?

— Como falei.

— E o que ela está fazendo para a Felicity? – fechei o note de uma vez.

— Não tenho ideia, mas a Laurel falou que o Barry estava vindo com ela.

— Como é que é? – levantei com tudo e derrubei a cadeira para trás. – O que esse cara vem fazer aqui.

— Acho que o mesmo que você estava fazendo até ontem. – ele resmungou, mas eu pude ouvir.

— Você só pode estar de sacanagem comigo, Diggle.

— Calma Oliver, eu estou brincando. – tirando os pés da mesa enquanto ria de mim.

Olhei para Felicity que me encarava com os olhos arregalados. Como eu não me movi mantendo meu olhar preso ao dela, ela levantou e abriu a porta que separava nossas salas.

— Está tudo bem ai?

— Está, porque? – falei mais rude do que esperava, mas não me desculpei. Levantei a cadeira e voltei a sentar, abrindo o notebook.

— O Barry chega que horas Felicity? – ele perguntou para ela, o que me fez digitar com mais  raiva.

— Daqui a pouco, vamos almoçar juntos. – seu tom de voz era tão melado que eu quase fingi que estava prestes a vomitar.

— Não sei o que esse cara vem fazer aqui.

— Na verdade ele só vem trazer a Laurel, Oliver.

— Sei. – não quis olhar para ela de novo e muito menos para Diggle. O ciúmes que tinha despontado em mim ia contra tudo o que a poucos meses eu defendia.

— Diggle, você pode me fazer um favor?

— Claro. – saindo da sala assobiando e fechando a porta quando foi para a sala dela.

Tentei não olhar para onde eles estavam, mas não conseguiu. Principalmente porque ela mostrava o celular para ele e enquanto sorria. Voltei a abrir o notebook e continuei procurando alguma coisa para fazer no fim do dia, mas parecia que o assalto ao banco foi a única coisa grave que aconteceu nos últimos meses.

— Oliver?

Olhei para a porta que ligava minha sala com a sala de reuniões e vi Helena já não tão prepotente quanto estava durante a reunião.

— Precisa de algo Helena?

— Sim, almoçar. Quer ir comigo?

Mesmo depois desses três meses onde eu neguei qualquer investida dela, ela continuava a insistir e hoje eu estava livre para ir com ela. Poderia seguir com minha vida, mas eu só conseguia pensar na Felicity e quando eu olhei para ela em sua sala a vi receber um homem que vestia um uniforme de floricultura e carregava um buque enorme de rosas vermelhas. Ela estava quase saltitando ao receber aquele buque e isso me fez negar o convite da Helena quase sem que precisasse trocar qualquer palavra, já que ela presenciou minha reação ao ver a cena que se desenrolava a minha frente, quando olhei para onde Helena estava para negar o convite ela não estava mais lá.

— Isso só pode ser uma piada. – fechei o notebook de novo, com ainda mais força.

— Estou indo almoçar com o Barry. – ela teve a cara de pau de vir me avisar. – Depois vou resolver algumas coisas no RH e quando der minha hora vou embora.

— Ok. – cruzei os braços e encarei aquele sorrisinho de canto de boca que foi o motivo de muitas das vezes que fizemos amor.

— A ronda de hoje é sua, né?

— Sim.

— Não vai aproveitar o dia dos namorados? – sorrindo.

— O que acha?

— Seja menos rabugento, Oliver. Pensa pelo lado bom, agora você pode dar a Helena o que ela quer a tantos meses.

— É, acho que agora posso.

Por um momento a vi vacilando, mas voltando a sorri em seguida. Podia jurar que me ouvir concordando com o que ela disse mexeu com ela, mas a empolgação de ir almoçar com Barry parecia mais importante do que se incomodar com minha vida de galinha recém recuperada.

— Bom almoço com o Barry, Felicity.

— Obrigada. Feliz dia dos namorados, Oliver. – me desejando de novo e saindo em seguida.

Não entendia porque ela tinha que ficar me lembrando a todo momento que aquele era o dia dos namorados. Continuei parado da mesma forma enquanto ela juntava suas coisas e ia saindo da sala, ainda me olhou por breves segundos antes de ir embora e aquela distancia que não existia a poucas horas antes me fez me arrepender por ter aceitado aquele acordo. Ainda mais por lembrar que aquele era somente o primeiro dia do que possivelmente era meu inferno astral eterno.

—--

— Oliver, qual é seu problema?

Laurel estava a duas horas no bunker me ouvindo bufar. Eu não conseguia ficar parado e a cada dois passos eu reclamava que o tempo não passava. Meu mau humor estava no pico e era muito difícil esconder algo que me fazia ter vontade de gritar.

— Desculpe, não estou em um bom dia. – sentei no lugar da Felicity e me virei pra ela que estava na cadeira ao lado.

— Não consigo imaginar porque. – rindo.

— Vai debochar de mim?

— Não, mas você está ridículo agindo desse jeito.

— De que jeito?

— Como um adolescente ciumento.

— Eu? Ciumento?

— Pois é, essa é novidade para mim. Só que vai negar que não está assim porque a Felicity foi almoçar com o Barry? – cruzando os braços.

— Não tenho porque ter ciúmes disso.

— Depois de todos esses meses de esfregação entre vocês dois vai me dizer que não ficou mexido?

Não tinha como negar o que estava estampado na minha cara, então resolvi que não tinha nada a perder em desabafar com minha ex namorada.

— Não quero que você me entenda mal, mas os últimos três meses foram os melhores que eu já tive na vida.

— Não posso me sentir mal por ouvir isso, afinal, nosso namoro não foi exemplo de amor né Queen?

— Sim, e por minha culpa.

— Sempre é por sua culpa, inclusive como as coisas estão agora.

— Pensei que iria tentar me consolar.

— Eu? Jamais. Quero é jogar na sua cara a oportunidade que você perdeu entrando nesse acordo com a Felicity.

— Perdi?

— Sim, perdeu. Agora você sabe o que perde ficando longe dela, antes era só chatice mesmo.

— E o que eu faço agora?

— Assume o que sente, ué?

— Ela está seguindo a vida dela como se não tivesse tido nada comigo.

— E não foi esse o combinado?

Nunca tive relacionamentos saudáveis, por isso não sabia o que fazer para lidar com o que estava sentindo ou o saber o que fazer para resolver aquilo.

— Combinamos seguir nossas vidas depois do prazo que ela estipulou, mas não achei que ela iria desapegar horas depois de acabar.

— É difícil quando isso acontece com você, mas você já parou para pensar como foi estar no lugar dela por todo tempo que você ficava com aquela ladainha de não podemos ficar juntos?

— Nunca parei para pensar sobre isso.

— Vocês nunca param, parece que homens e mulheres vivem em mundos diferentes e se encontram as vezes.

— Facilita por favor.

— Oliver, se você está sentindo a falta dela vai e fala. Não adianta ficar se lamentando, ou resmungando por estar incomodado. Tenho certeza que ela vai te ouvir depois do que vocês viveram.

— Não acho que hoje seria o melhor dia.

— Ai que você se engava, hoje é o melhor dia para isso. Se quiser ir é a hora, a cidade está calma e se eu precisar minha irmã vem me ajudar. – levantando. – Se torture menos e vai em buscar do que realmente importa, Oliver. – apertando um botão do teclado ela abriu a tela onde localizávamos cada um de nós por nossos celulares quando era preciso.

Saindo ela me deixou encarando o monitor e o nome da Felicity piscava como de cada um de nós. Ela não estava longe, na verdade estava em um endereço que eu não conhecia. Demorei  alguns minutos para decidir, mas enviei a localização dela para meu celular e fui trocar de roupa. Não tinha mais o que perder, porque se um dia vivendo com aquela distancia já estava me fazendo enlouquecer, não conseguia imaginar como seria se ela realmente estivesse seguindo em frente e deixando no passado o que vivemos.

—--

Pouco tempo depois eu estava estacionando a moto a algumas quadras de onde mostrava ser a localização da Felicity. Era o endereço de um restaurante afastado do centro da cidade, mas que olhando de fora parecia fechado. Somente algumas luzes estavam acesas, mas a porta estava entre aberta. As grandes janelas laterais mostravam o interior, e lá estava ela. Arrumando uma mesa de centro no meio do salão que não tinha mais nenhuma mesa por perto. Ela colocava alguns talheres para um suposto jantar romântico, com velas, um vaso de flor no centro e a luz do teto iluminava mais a mesa do que o resto do lugar.

Ela saiu para um dos cantos do salão e voltou com o grande buque que tinha recebido mais cedo e colocou sobre um dos cantos da mesa, que por ser larga tinha bastante espaço.

Fiquei analisando se era melhor me virar e ir embora, mas não já estava ali e não conseguia aceitar em ver a naturalidade com a qual ela agia com tudo isso.

— Vai ficar ai fora ou vai entrar, Oliver?

Paralisei ao ouvir meu nome e quando olhei para dentro de novo ela estava olhando na minha direção, sorrindo. Demorei alguns segundos para conseguir reagir, endireitando meu corpo e indo em direção a porta.

— Agora deu para espionar?

— Eu?

— Sim, você. – rindo, de braços cruzados. – Entra logo.

Dei alguns passos para dentro, mas parei ainda distante. Olhei pelo salão e não vi ninguém, olhei para trás e a também não vi ninguém chegar.

— Não quero atrapalhar seu encontro.

— Só queria ver com quem eu me encontraria, né? Vai que é um bandido... ou o Barry.

— Não é da minha conta com quem você sai. – cruzei os braços, mais parecendo uma criança fazendo birra, mas não consegui me conter.

— O que adianta vir até aqui e saber da fofoca pela metade?

Aquele tonzinho de deboche dela era uma das coisas que mais me tirava do sério, mas quando eu a vi vindo na minha direção qualquer coisa que me incomodava começou a dar lugar a vontade que eu tinha de encurtar aquela distancia e a beijar.

— Vem. – estendendo a mão para mim.

— Eu acho que é melhor eu ir embora.

— Acha mesmo? – olhando para a própria mão e voltando a me encarar.

Queria realmente ter coragem de ir embora, mas não consegui e segurei sua mão. Ela me levou para perto da mesa e eu vi que tudo realmente estava posto para um jantar a dois e do lado do buque tinha um cartão.

— Pode ler, eu deixo. – soltando minha mão.

— Eu não deveria estar aqui, quem dirá ler o cartão de algo tão pessoal.

— Mas está. – sorrindo. – E acho que depois de três meses passando mais tempo pelado do que de roupa ao meu lado você tem esse passe livre.

— Não me fala sentir mais raiva da pessoa que vem jantar com você me fazendo lembrar que a poucas horas estávamos pelados juntos.

— Não é algo que pretendo esquecer tão cedo.

Não entendia porque ela estava falando disso já que estava prestes a passar uma noite romântica com outra pessoa.

— Vai, leia logo.

Dei mais uns passos e peguei o cartão, era pequeno e só tinha uma frase escrita.

“O melhor lugar do mundo é onde você está.”

Virei o cartão e me deparei com as últimas iniciais que esperava ver, as minhas.

— O.Q.?

— Sabe Oliver, quando eu propus que passássemos um tempo juntos eu tinha consciência de que poderia sair muito machucada com isso. Nos primeiros dias eu senti um pouco de arrependimento, mas depois eu senti o quanto você também estava envolvido. E foi na noite em que eu ouvi essa frase de você enquanto fazíamos amor é que entendi que três meses seria muito pouco.

— Felicity.

Eu ouvia tudo sem acreditar. Não lembrei no mesmo instante quando foi que eu tinha dito aquilo, mas logo as imagens da primeira noite que passamos juntos em sua casa me vieram. Foi quando eu percebi que estava envolvido e que não tinha mais como sair daquilo sem marcas. Ela se afastou mais e parou do lado oposto de onde eu estava, só agora eu percebi que tinha algo atrás de uma das cadeiras, do outro lado da mesa, coberto por um pano escuro.

— Eu fui almoçar com o Barry para que eu pudesse pedir sua ajuda para preparar essa noite romântica com uma pessoa muito importante.

— E quem é essa pessoa? – com medo de ouvir sua resposta.

— Para mim essa pessoa é um dos homens mais generosos que eu já conheci. Me apaixonei quase que no mesmo segundo que o vi pela primeira vez, mas ele não se enxerga como eu o vejo. – assim que ela puxou o pano me deparei com meu próprio reflexo em um grande espelho. – Esse buquê representa cada dia que fizemos amor, 48 vezes. Quem estava contando afinal? – sorrindo.

Aquela era uma brincadeira que começamos a fazer quando percebemos que passávamos mais tempo deitados em uma cama do que em qualquer outro lugar.

— Eu sei que você me disse que não teríamos como seguir depois de tudo. – dando a volta na mesa e parando ao meu lado.- Mas essa é a única pessoa que eu quero do meu lado nesse dia dos namorados. - apontando para o espelho e me encarando pelo reflexo. - Não só esse dia, mas todos os outros que vierem. Só que essa é uma escolha que não posso fazer sozinha.

Me encarei no espelho e me dei conta do alivio que encheu meu peito por entender que não existia outra pessoa ali, somente eu... e ela. Me virei sem pensar no que falar e a beijei. A apertei em meus braços para ter a certeza de que eu não estava ficando louco e alucinando.

— Isso é verdade mesmo? Não estou ainda no bunker alucinando isso tudo, não é? – encostando minha testa na dela, sentindo seu perfume.

— Não, não está. – sorrindo.

— Eu fiquei muito puto da vida por ver que você estava seguindo a vida horas depois de passar horas fazendo amor. Juro que estava pronto para chegar e quebrar a cara de alguém que estava tomando meu lugar.

— Nunca existiu essa possibilidade, Oliver. Só você não percebia isso.

— Então é oficial? Estamos mesmo juntos além do acordo?

— Se você aceitar jantar comigo posso pensar no seu caso e até te pedir em namoro. – rindo e me abraçando pelo pescoço.

— Claro que eu aceito. – a beijando de novo. - Passei o dia todo querendo roubar seu celular para saber com quem você estava conversando. – voltando a beija-la e agora a levantando do chão. – Não vejo o que você vê em mim, mas eu quero, Felicity. Quero tudo o que você quiser me dar. Esses três meses foram os melhores da minha vida.

— Os meus também, Oliver. – segurando meu rosto entre as mãos.

— Me perdoa por ter sido tão teimoso, mas viver esses meses com você me mostrou que não importa a vida que eu leve, mas quando estamos juntos os problemas não tem o mesmo peso.

— Eu sempre soube disso, mas precisei te fazer uma proposta indecente para que você sentisse o mesmo que sinto.

— Eu também me apaixonei por você desde o começo, mas somente na noite em que te disse a frase do cartão é que entendi o que realmente sentia.

— Te amo Oliver.

— Eu também te amo Felicity. Muito mais do que pensei ser capaz de amar alguém.


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Notas finais do capítulo

E aí meus amores? Como já disse, espero que voces deixem os reviews de vocês aqui, quero saber a opinião de todos e não se esqueçam de aparecer em todos os outros dias de projeto, todas as meninas estarão esperando vocês!
Beijoos...



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