Obi Wane-Shots escrita por Pugamegold


Capítulo 46
Paciência é uma virtude


Notas iniciais do capítulo

Hello There!!! Tudo bem com vocês? Espero que sim hahaha

Peço desculpas pela demora. Fui acometida por um terrivel bloqueio criativo, onde nada do que eu estou escrevendo ultimamente tem me agradado muito então eu acabo deixando alguns rascunhos de lado e inciando outros que logo acabam ficando de lado também e por ai vai. Terrível, realmente terrível.

O conto de hoje é uma ideia que eu já vinha alimentando há algum tempo, mas só agora resolvi tentar colocar no ``papel´´. Devido ao meu bloqueio criativo, não sei se ficou tão bom quanto eu gostaria, mas eu não queria ficar tanto tempo sem postar então resolvi trazer para vocês assim mesmo HAHAHAHA por isso peço desculpas antecipadamente.

Outro fato importante que eu percebi escrevendo esse capitulo: Escrever as falas de Mestre Yoda é algo muito louco gente kkkk serio. Eu tentei ao maximo deixar o mais proximo possivel do jeitinho dele falar, mas é muito complicado kkkkk me deixou doida.

Enfim, espero que gostem do capitulo de hoje. Boa leitura.

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Obs: Tive que fazer um pequeno corte na imagem original, pois não achei nenhuma outra que pudesse usar para representar o capitulo de hoje. Então não precisam estranhar tá kkkkkk



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O sol poente no horizonte dava lugar à noite estrelada nos céus de Coruscant. Naves cargueiras, naves de transporte, naves de ultima geração e naves mais simples disputavam espaço no trafego movimentado que se seguia por entre as altas torres abarrotadas de habitantes. No meio do transito caótico e dos prédios de tamanhos variados, um monumento se destacava pelas suas quatro torres que se erguiam em direção ao céu, imponentes e majestosas.  A vista lá de cima era privilegiada, ninguém ousava discordar. Proporcionava uma visão ampla e única do centro de Coruscant e serviam como uma espécie de ponto de referencia, tornado praticamente impossível que alguém não soubesse que aquele era o Templo Jedi.

Lar dos Jedi. Lar de Obi Wan Kenobi.

Ou pelo menos, era.

Sentando sobre a cama que ocupava grande parte de seu dormitório, o youngling de cabelos ruivos enfiava com violência de desleixo as poucas mudas de roupa que possuía na bolsa transversal posicionada ao seu lado. O cenho franzido e os olhos miúdos indicavam que passara boa parte do seu ultimo dia no templo de cara fechada. Recusara-se até mesmo a tomar café da manha com os amigos, como costumava fazer diariamente. Do que adiantaria lanchar com eles, pensou o jovem, se em poucas horas estaria longe e provavelmente nunca mais os veria? Obi Wan não gostava de despedidas. Sentia-se vulnerável demais nessas ocasiões.

Mas ele queria ter dado um abraço em seus colegas. Dizer que os considerava como irmãos. Queria poder ter dito que sentiria falta deles e que os invejava por conseguirem ser tomados como padawans e que torcia por eles.

Ao Invés disso preferiu se isolar no quarto e aguardar até que chegasse a hora de partir para a colônia agrícola, onde viveria pelos próximos anos. Obi Wan fungou e enxugou a lagrima teimosa que escorrera pela face com as costas da mão direita. A raiva e a frustração contidas em seu coração que batia acelerado em conjunto com os segundos que passavam voando.

Ele se esforçara ao máximo. Entregara-se de corpo e alma e o que recebera em troca? Uma passagem só de ida para a colônia de mineração de Bandomeer. Iria trabalhar para o Corpo agrícola como lavrador. Esse era o destino dos younglings que não conseguiam um mestre para treina-los. Esse era o destino de Obi Wan.

Um suspiro exasperado escapou dos lábios secos do jovem e este se permitiu olhar através do vidro da janela do quarto, tentando ao máximo absorver cada detalhe para que quando sentisse necessidade, pudesse buscar os registros gravados em sua mente, deliciando-se com aquela época de sua vida.

Uma época boa que em breve, ficaria apenas em suas lembranças.

Obi Wan fechou os olhos com força. Cerrou os punhos. Endireitou os ombros. Buscava na força uma resposta para o motivo dele não ter sido escolhido por nenhum mestre. Ele não era bom o bastante? Talvez não fosse tão sensitivo quanto gostaria. Mas ele era esforçado e aprendia com facilidade. Por que ninguém lhe deu uma chance? O que havia de errado?

Talvez seus pais estivessem certos a seu respeito. Ele nunca seria bom o suficiente para nada.

O som de passos se aproximando passou despercebido pelo jovem, que agora encontrava-se encolhido sobre a cama, abraçando com força os joelhos contra o peito. Em breve Mestre Eeth Koth chegaria para leva-lo, rumo a Bandommer e então seu sonho de se tornar um Cavaleiro Jedi morreria para sempre. Junto com todos os sentimentos bons que restavam em seu interior.

Se ele não era bom o bastante para ser um Jedi, não precisava mais se preocupar em ficar fiscalizando os próprios sentimentos. Se quisesse sentir raiva, como era o caso naquele momento, sentiria. Se quisesse sentir fúria e frustração por ter sido rejeitado, sentiria.

Obi Wan levantou o rosto ruborizado e direcionou seu olhar para cima da escrivaninha, localizada ao lado da cama. Descansado sobre o móvel estava o sabre de Luz que construirá recentemente. O outro havia sofrido danos irreverversiveis, oriundos do confronto brutal entre ele e o seu maior rival, Bruck Chun, há dois dias.

Não fora uma vitória da qual sentisse orgulho. Kenobi sabia que agira violentamente e que poderia ter matado Bruck se continuasse com seus ataques agressivos. Mas ele foi desafiado pelo próprio Bruck, não podia simplesmente amarelar. Tinha que provar que era digno de ser um padawan.

Mas o tiro acabou saindo pela culatra.

E agora estava de malas prontas para partir.

Sem um mestre.

E sem otimismo algum de que dias melhores o aguardavam.

Obi Wan só se deu conta de que havia alguém do lado de fora de seu quarto quando ouviu as batidas no metal que a revestia. Antes que pudesse se recompor totalmente, a porta deslizou para a direita, revelando um pequeno ser verde e orelhudo com olhos tão brilhantes quanto às estrelas do céu parado na soleira.

Sem cerimonias, Yoda adentrou no recinto lentamente. Acompanhado de sua fiel bengala, o Mestre caminhou cambaleante até Obi Wan e o fitou com visível curiosidade. Seus olhos oscilavam como se estivessem trabalhando involuntariamente para decifrar os pensamentos não tão discretos do ruivo.

—  Pensando muito alto está, hum! —  Yoda apoiou as duas mãos sobre o topo da bengala. —  Cuidadoso com seus pensamentos, deve ser. Trai-lo, eles podem.

Intimidado pela presença inesperada do mestre em seu quarto – o qual estava bastante bagunçado – Obi Wan sentiu a garganta secar ainda mais e o estomago roncar. O nervosismo estava fazendo ele se arrepender por não ter ido comer alguma coisa.

—  Eu sei disso, Mestre Yoda. Mas eu não entendo como controlar meus pensamentos podem me ajudar na colônia de mineração. —  Disse o youngling amargamente. —  Nada do que estudei durante todos esses anos vai me servir naquele lugar para o qual estão me mandando.

—  uhum – Yoda murmurou enquanto ainda analisava Obi Wan com atenção. —  Então, inútil foi seu treinamento?

Pensar assim parecia um exagero, mas era exatamente o que se passava na cabeça de Kenobi. Um lavrador não precisaria saber manusear um sabre de luz, muito menos saber meditar para se conectar com a força. A vida de um lavrador se resumia apenas ao trabalho braçal.

—  Se me permite dizer —  O jovem esperou a confirmação do Mestre para que continuasse —  Sim. É o que eu acho Mestre Yoda.  E digo mais —  Ele já não tinha mais nada a perder mesmo. O que poderia ser pior do que ser designado para trabalhar no corpo agrícola? —  Acho tudo isso uma tremenda injustiça. Sempre fui o melhor. Sempre me esforcei ao máximo para superar as expectativas e o que eu ganhei com isso? Nada.

—  Nada? Interessante seu ponto de vista é, jovem Kenobi. — Yoda não parecia ter se ofendido com o comentário. Pelo contrario, parecia entretido com o rumo que a conversa estava tomando. —  Mas lamento dizer que equivocado ele é. Traçado seu caminho foi pelas suas próprias ações e atitudes. Responsáveis pela direção que seguimos, nos somos. Ninguém mais.

As vezes, era difícil entender o que Mestre Yoda queria dizer. Tentar compreender Mestre Yoda era uma coisa que Obi Wan não sentiria tanta falta assim, para fala a verdade, mas ele não seria louco de dizer isso em voz alta.

—  Eu não...

— Muito jovem para entender, você é Obi Wan. Um dia, compreender irá. Até lá —  Mestre Yoda gesticulou para que o ruivo descesse da cama e se ajoelhasse a sua frente. Levantou a mão esquerda e a depositou no ombro dele. —  Desistir de seu sonho, não deve. Um futuro promissor o aguarda. Em sua jornada em Bandomeer, meditar você precisa —  Um sorriso caloroso brotou na face esverdeada de Yoda. —  Para controle sobre sua impaciência, você ter. Virtuosos são aqueles que dominam e praticam a paciência.

Pelas palavras de Mestre Yoda, seu futuro não parecia tão nebuloso assim. Mas Obi Wan estava tão desacreditado que só acreditaria que deveria continuar persistindo com o seu sonho de se tornar um Jedi quando tivesse uma prova concreta.

O problema era saber quando isso aconteceria. Poderia demorar dias, semanas, meses, anos... Talvez nunca.

Obi Wan só queria uma chance de provar que eram digno de ser um Padawan. Ele só precisava encontrar alguém que acreditasse nele. Alguém que estivesse disposto a confiar em sua pessoa.

—  Obrigado, mestre Yoda —  Obi Wan tentou passar sinceridade em suas palavras sufocadas pela dor da rejeição —  Mas para eu me tornar um cavaleiro Jedi preciso de um mestre e não encontrarei nenhum em Bandomeer. Não há mais esperança.

—  De maneiras misteriosas, a força age, uhm. —  Yoda lançou-lhe um olhar travesso, como se soubesse de um segredo importante. Deu uma batidinha de leve em seu ombro e se afastou. —  Agora, partir você deve. Uma jornada importante o aguarda. 

Sem saber exatamente o por que, Obi Wan sentiu-se um pouco menos entristecido com o fato de ter sido despachado para a Colonia Agrícola. Uma centelha de esperança passou a brilhar em seu coração, dizendo-lhe para confiar nas palavras sabias de Mestre Yoda. Ainda havia esperança sim, ele só precisava ter paciência e acreditar.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Me contem hahaha. Não tenham medo, gosto de saber a opinião de meus queridos leitores.

E ainda sobre o meu terrivel bloqueio criativo: Vocês tem alguma dica de como eu possa sair disso? Alguma técnica milagrosa? Sintam-se a vontade para compartilhar comigo hahaha, estou precisando muito.

Obrigada por acompanharem mais um capitulo e de quebra, o meu desabafo a respeito desse bloqueio criativo. Vocês são incriveis.

Bjs e abraços.

QUe a força esteja sempre com vocês.



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