Querida eu do futuro... escrita por WinnieCooper


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

As partes em negrito pertencem a carta de Rose, se a leitura ficou cansativa com essa formatação me avisem nas notas. Achei a melhor maneira para o melhor entendimento da história.



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Rose se olhava no espelho. Um imenso vinco entre suas duas sobrancelhas se formou e não queria ir embora. Percebeu que estava com pés de galinha no canto dos olhos. Seu cabelo desgrenhado preso num coque desarrumado no alto. Tinha olheiras profundas embaixo dos olhos e reparou em suas mãos que até no banheiro levavam uma xícara de café.

— Realmente... – ela suspirou cansada.

Pensou em Scorpius, seu marido, uma hora dessas estaria onde? Ministério da Magia com Albus, em pleno sábado, algo a ver com magias ilegais com Trouxas. Soltou um riso frouxo pensando o quanto que ele reclamava que ela trabalhava demais e era justamente ele que fazia isso agora.

Perguntou-se mentalmente o que havia acontecido com ela nessas anos todos. Onde estava sua inspiração? Seu último livro lançado havia sido um sucesso, todos os fãs lhe mandavam cartas pedindo uma possível continuação. Quando entenderiam que certas histórias tinham que ter um fim, mas que elas poderiam continuar vivendo dentro deles, dentro de suas próprias imaginações?

— São só as páginas que acabam por aqui... – sussurrou o que pensava a respeito dos diversos personagens de livros que amava e que sentia falta.

Por fim, decidiu que não iria dar um jeito em seu rosto ou em seu cabelo, não iria para lugar nenhum mesmo e resolveu encher a xícara com café novamente. Um bem forte para quem sabe surtir efeito e lhe dando uma possível inspiração.

Encaminhou-se até a cozinha para sua cafeteira simples olhando a moderna ao lado, que fazia diversos tipos de cafés de diversos sabores.

— Às vezes o melhor café é aquele de sempre, o simples e completo.

Pensou por um momento que talvez seu próximo romance fosse algo relacionado a cafeteiras. Foi quando ouviu uma coruja batendo o bico na janela. Olhou para o animal e não o reconheceu. De certo era mais uma coruja de fãs, ou talvez sua editora cobrando os primeiros capítulos de seu próximo romance de sucesso.

— Só preciso da inspiração certa. – se desculpou já com o envelope em mãos.

Virou o pedaço de papel e seu coração saltou de ansiedade. Estava escrito, De: Rose Weasley do passado, Para: Rose Weasley do futuro.

Lembrou-se vagamente quando tinha quatorze anos que a professora de “Estudos dos Trouxas” havia proposto uma redação: escreva o que está fazendo no momento e faça suposições para seu futuro. Dali vinte e cinco anos receberá a carta e se surpreendera com o que se mostrará presente em sua vida.

Não lembrava do conteúdo. Não se lembrava do que tinha escrito há dois meses atrás. Lembrou-se, porém que tinha mandado uma carta a sua mãe, perguntando o que ela achava dessa história toda de carta para o futuro. Não lembrou-se da resposta dela, no entanto sabia que ela havia amado a experiência. Será que ela amaria também?

Rasgou o envelope e reconheceu sua letra na carta. Começou a passar os olhos nas primeiras palavras:

17 de Março de 2020

Querida eu do futuro.

Olá Rose do futuro, como vai a sua vida? Não se assuste talvez tenha se esquecido dessa carta. Só quero conversar com você, uma conversa franca e cheia de esperanças...

Riu de si mesma em sua maneira de escrever. Era tão poética quando nova.

...veja nossa professora de “Estudos dos Trouxas” teve a brilhante ideia de escrevermos uma carta para nós mesmos lermos daqui vinte e cinco anos. Vinte e cinco anos é só quase o dobro da idade que estou agora e realmente não sei o quanto isso daria certo. Mandei uma carta a minha mãe, aliás nossa mãe, perguntando sobre sua experiência, (aparentemente a professora tem essa ideia a muitos anos), e ela me respondeu que amou a experiência e para eu tomar cuidado com o que desejo. Não entendi muito bem essa parte, mas vamos lá. Devo seguir alguns itens na escrita:

Primeiro: situar do que está acontecendo.

Bom estudamos em Hogwarts, aposto que isso você não esqueceu. Está acontecendo algo estranho no mundo inteiro. Um vírus parece que veio de um morcego, mas não há certeza disso no momento. O que sabemos é que esse vírus parou o mundo. Dos trouxas e dos bruxos. Metade das pessoas do planeta estão em casa para se protegerem, temos que usar máscaras e nada de abraços. Precisamos lavar as mãos o tempo topo e passar álcool. Tudo está contaminado, milhares de pessoas já morreram. O mundo literalmente está de cabeça para baixo...

Rose lembrou-se vagamente daquele ano. Lembrou-se que cancelaram as aulas durante um bom tempo, aquele ano letivo não havia terminado da maneira tradicional, lembrou-se que várias pessoas ao redor do mundo haviam morrido por infelicidade da situação, por simplesmente não conseguirem respirar ou por irresponsabilidade de seus governantes.

...De certa forma estamos indo para casa agora. Hugo e eu. E estamos lotados de trabalhos nas aulas à distância, as coisas estão realmente estranhas esse ano...

Lembrou-se o quanto aquela situação foi preocupante e o quanto alguns costumes mudaram depois daquela lição que haviam levado.

...Segundo: a profissão que pretendo seguir. Não sei ao certo, talvez algo relacionado à escrita ou livros. Talvez escreva alguma coluna no profeta diário como minha tia Gina. Talvez escreva para alguma revista, não sei. Talvez seja, sei lá, bibliotecária da escola, ou simplesmente professora de “História da Magia”, porque não? Será algo relacionado à escrita...

E ela deu um enorme sorriso lembrando-se disso. Olhou seus mais de dez romances escritos, na minibiblioteca de sua casa, a maioria sucesso e sentiu muito orgulho de si mesma. Começou a escrever depois do quarto ano em Hogwarts, havia mandado seus primeiros capítulos a sua mãe que a encorajou a continuar escrevendo, pois tinha achado sua história fascinante, era isso que estava escrito na carta de resposta que ela havia lhe mandado, dizendo que estava muito orgulhosa dela e que poderia ser uma profissão no futuro, já que livros jamais sairiam de moda. E de fato virou sua profissão. Tinha vendido milhares de exemplares entre o mundo dos bruxos e dos trouxas. Viajava fazendo palestras sobre suas histórias, recebia cartas de fãs de outros países. Era um sonho que havia virado realidade.

...não sei se serei feliz em minha profissão, mas acima de tudo quero fazer algo certo e levar palavras encorajadoras as pessoas, da melhor maneira que conseguir...

E ela conseguiu, seus fãs amavam seus livros, a maioria das cartas diziam que aprenderam muitas lições com ela. Lições que jamais esqueceriam.

...Terceiro: Onde devo estar daqui vinte e cinco anos? Bom serei audaciosa nesta pergunta, por que não viajando o mundo? Aposto que há lugares maravilhosos para se conhecer e apesar de que provavelmente estarei trabalhando agora enquanto lê isso me permito sonhar que estarei visitando vários lugares, quem sabe as pirâmides do Egito?...

Então ela começou a rir. Óbvio que não estava viajando, nunca tinha conhecido as pirâmides do Egito (apesar de seu pai falar que não havia nada de mais em ver um monte de pedra formando uma pirâmide no meio do deserto), gostava mesmo era de viajar pelos lugares de suas histórias, ou das histórias que amava ler. Aquilo sim era viagem, ela podia ir para todos os cantos do planeta e até explorar o espaço, viajar por outros planetas, conhecer outras criaturas e seus costumes. Aliás, estava viajando, na verdade aquela Rose de quatorze anos havia acertado, estava viajando de volta para o passado, relembrando tudo o que tinha vivido.

...Quarto: se pretendo ter uma família, marido e filhos. Bom na verdade nunca parei para pensar nisso. Não sou a pessoa mais romântica do mundo em relação a relacionamento, nunca beijei e na verdade acho que vou demorar mais ainda a beijar por causa desse vírus. De certa forma espero escolher alguém inteligente, não precisa ser o mais bonito, mas que saiba olhar as minhas qualidades, ignorar meus defeitos e me amar acima de me tudo. Imagine se me caso, por exemplo, com Scorpius Malfoy (talvez Rose de vinte e cinco anos do futuro, não se lembre dele, era um amigo seu da escola que você teve a infelicidade de conhecer). Imagine me casar com o cara mais insensível do mundo, que se acha só porque é bom em Feitiços e Poções e que adora se gabar no quadribol, onde tem várias fãs que suspiram por ele, além de ser um interesseiro e pegar as minhas lições para copiar. Sinceramente, quero estar casada, se assim achar necessário, com alguém que repare em mim, que me valorize, cuide de mim. Não alguém interesseiro e grosseiro como ele...

Agora ela dava gargalhadas, aquela Rose permitia ser tão cega aos quatorze anos.

— Qual é a piada? Quero ler.

— Scorpius. - assustou-se colocando a mão no coração pela aparição do marido repentina na cozinha.

— Meu Merlim! Ainda tomando café? – ele pegou a enorme xícara das mãos dela. – Isso está te deixando doente já te disse.

— Não exagere, cafeína nem faz mais efeito em mim. – ela abanou a mão.

— Está preocupada com o próximo livro. – ele constatou levantando o queixo da esposa. – Posso ver que esta. Rose meu amor, já te disse que não precisa se cobrar tanto, deixe sua editora para lá e pense em si mesma. Meu amor está tão magra.

— Mas... – ele colocou os dedos sob os lábios dela.

— Não retruque. Eu mesmo farei o almoço hoje, acaba não comendo o dia todo pensando nesses livros e só toma café. Vai ficar doente.

Então ele começou a procurar os ingredientes na cozinha para começar o almoço. E Rose colocou seus olhos sobre ele o admirando. Havia acabado de voltar do trabalho, devia estar cansado e estressado de ter ido trabalhar em pleno sábado. Scorpius amava sua família e prezava os momentos que tinha com os filhos e ela.

Voltou sua atenção para a carta que ainda estava em mãos voltando a ler.

... De certa forma quero me casar, se me casar, com alguém que cuide de mim, ame nossos filhos se assim desejarmos ter, que repare em mim, que não ligue para minha aparência se por uma acaso um dia eu acordar com a cara amassada e não pentear os cabelos, que tenha a sensibilidade maior que a de Scorpius, imagine se me casar com ele, com certeza será um folgado, como agora pegando minhas lições, um metido se gabando de seus feitos, como no quadribol, e nada romântico...

— Onde está Lyra e Leo? – perguntou o marido a ela pedindo que uma faca começasse a cortar uma cebola.

Rose olhava sonhadoramente para ele. Quase não ouvindo sua pergunta.

— Na casa de meus pais, óbvio. Sabe que Ronald Weasley é o avô mais babão do mundo, disse que ia ensinar Leo a jogar xadrez hoje.

Respondeu ainda com os olhos pregados nele, tinham um brilho apaixonado.

— Seu pai realmente me perdoou de ter te roubado dele quando lhe demos netos. Ainda bem, já pensou se aquela ameaça de morte que me fez quando pedi para namorar você tivesse sido cumprida? Ele quase me fez fazer um voto perpétuo de que nunca te magoaria e não a faria chorar.

Rose soltou um riso balançando a cabeça.

— Meu pai sempre foi exagerado, sabe disso. Mas sabia que não podia me prender para sempre e sei que hoje ele entende que sempre será a pessoa ideal para mim.

— Eu sou a pessoa ideal para você é? – ele levantou a sobrancelha sorrindo chegando perto da esposa.

— Digamos que sua sensibilidade é mais do que suficiente para mim.

— Minha sensibilidade?

Oras! Ele estava cuidando dela, nem reparava mais que não penteava os cabelos há dias, e amava os filhos mais do que ela se possível.

— Rose está estranha, nunca me elogia, só reclama que não faço nada direito, é está carta? – perguntou apontando o papel.

Ela não respondeu, deixou o papel em cima da mesa, lançou seus braços em volta do pescoço do marido e o beijou apaixonadamente. Ele se assustou pela atitude dela a princípio, mas logo a abraçou pela cintura e a beijou com o carinho e ternura que sentia por ela.

Rose se lembrou de seu primeiro beijo com ele. Haviam brigado por ele não entendê-la e estava com ciúmes de sua eterna demonstração de o cara maravilhoso que era para todas as garotas do castelo. Ela havia se refugiado na biblioteca num canto afastado em que ninguém a acharia, ninguém a não ser ele. No dia ele confessou que sentia ciúmes dela. E Rose ingenuamente não imaginou do que era já que não tinha garoto algum interessado nela, até que ele explicou que eram os livros seu motivo de ciúme. Eram eles que sabiam todos os seus segredos, eles que recebiam toda sua atenção, eles que arrancavam seus suspiros, eles que lhe completavam. Confessou que desejava ser um livro e ela o beijou.

— Obrigada por ser o meu livro preferido todos esses anos. – ela sorriu separando-se do marido de quarenta anos a sua frente.

— Realmente essa pressão de sua editora está te fazendo mal. – ele constatou estranhando o comportamento dela.

— Realmente sua sensibilidade precisa ser melhorada – confessou um pouco menos apaixonada.

— Já sei, precisa de doce – ele fez um floreio de varinha e apagou todos os fogos que havia ligado começando o almoço. – Doce e carboidrato! Já volto!

Ele então depositou um beijo breve em seus lábios e aparatou.

Rose sorriu de orelha a orelha, sentiu como se estivesse flutuando, ergueu seus braços no ar e começou a rodopiar na cozinha.

— Ah querida Rose de quatorze anos de idade, você não entende absolutamente nada sobre o amor.

Sentou-se suspirando na cadeira e voltou a ler sua carta, sentindo-se uma adolescente.

...Não sei se pretendo ter filhos, eu e meu com a sensibilidade superior a de Scorpius, mas se assim tivermos que sejam inteligentes, engajados em causas que achem certo e acima de tudo felizes. Acho que teria um filho, não mais que isso e talvez um gato. Quanto ao nome aposto que será um nome literário. Quem sabe Edgar, ou William se menino. Ou Agatha e Mary se menina...

Ela não conseguia parar de sorrir lendo o papel, gostava de nomes de autores desde nova, Edgar Allan Poe, William Shakespeare, Agatha Christie e Mary Shelley.  Mas amava muito mais a significância dos nomes que havia escolhido aos filhos. Lyra e Leo nome de duas constelações, Scorpius havia lhe contado a história de seu nome e o quanto havia sido significante para seu pai o salvando da depressão pós-guerra. Rose havia amado e então escolheram o nome para os filhos pensando nas constelações existentes. Sim, filhos no plural. Lyra a mais velha com dez anos, Leo com seis, tão espertos para a idade que tinham. Ela amava ir à escola trouxa e era a melhor aluna, já demonstrou ter magia algumas vezes. Leo era bem mais enérgico, gostava de esportes e amava assistir futebol trouxa na casa de seus avós. E nem comentaria o fato de não ter um gato. Lyra era alérgica.

Amava seus filhos do jeito que eram e não mudaria nada neles.

...Bom os itens que tinha que escrever na carta eram esses, espero que acima de um emprego que ame, de um marido com sensibilidade ou filhos saudáveis e inteligentes que eu seja feliz. Que tenha feito as decisões certas e que não me arrependa de nada do que vivi durante esses anos todos...

— E você é feliz, mais do que um dia imaginou, ama sua profissão, mesmo querendo esquecê-la de vez em quando, ama seu marido cheio de defeitos que cuida de você como ninguém e ama seus filhos acima de tudo.

Falava com o papel como se ele a ouvisse.

— Querida Rose de quatorze anos, tranquilize-se você é feliz, apesar de raros momentos infelizes, acredite as tempestades passam e só restam grandes recordações e momentos inesquecíveis.

...Espero que esteja feliz e que permaneça feliz querida Rose de trinta e nove anos. Foi um prazer conversar com você.”

— O prazer foi meu.

Ela apertou o papel contra seu peito sorrindo, achou que jamais pararia de sorrir novamente. Queria tanto que Scorpius tivesse feito Estudos dos Trouxas como ela no terceiro ano para receber uma carta como essa. Resolveu tomar um banho e se arrumar um pouco para almoçar com o marido que já devia estar voltando. Foi quando ouviu batidas de bico na janela. Reparou que era a coruja de seus pais.

Pegou o pergaminho em mãos e deu comida ao animal. Abriu o papel e reconheceu a letra de sua filha.

“Mamãe,

O Noah é ridículo. Vive se gabando para mim que a escola trouxa dele é muito melhor que a minha só porque começou a aprender frações. Quem liga pra frações? Aliás, ele é um idiota, vive o dia todo jogando futebol. Acredita que ele me viu sentada na frente da casa do vovô lendo e chutou a bola de propósito para atrapalhar minha leitura? Mal posso esperar para começar Hogwarts, queria tanto jogar na cara dele que sou uma bruxa. Só tenho a certeza que jamais me casarei com um trouxa. Imagine aguentar conversas sobre futebol e matemática o dia inteiro.

Queria tanto crescer rápido.

Beijos Lyra”

Rose sorriu mais se possível depois de ler todas as entrelinhas da carta da filha. Pegou um pedaço de pergaminho e escreveu uma resposta.

“Filha,

Preciso te dizer que a melhor parte de sua vida está nas lembranças do passado, então curta o momento e jamais pule etapas. Crescer é importante, mas aproveitar cada segundo de sua perfeita infância é essencial.

Quanto ao pequeno Noah, aposto que ele só está tentando se mostrar para você, garotos sempre fazem isso, tanto trouxas quanto bruxos. Ou talvez seja o ciúme. Posso sentir que ainda vou ouvir você falar muito dele durante vários anos. Hogwarts é maravilhosa, vai amar estudar lá. Só não desvalorize o seu presente. As melhores coisas acontecem na nossa frente num piscar de olhos. O eterno às vezes dura apenas segundos. Já pensou que talvez no futuro essa sua lembrança do Noah atrapalhando sua leitura será eterna?

Acho que sua mãe está precisando escrever.

Te amo meu amor

Dobrou a carta e entregou a coruja. Sabia que sua pequena filha não entenderia quase nada do que ela havia escrito. Certas coisas só o tempo e a maturidade ensinavam.

Subiu para seu quarto a fim de finalmente se arrumar.

— Já sei qual será o tema do meu próximo romance. – disse a si mesma se encarando no espelho.

Pela primeira vez em muito tempo não ficou reparando em todos os defeitos de seu rosto e seu cabelo desarrumado. Sorriu com a certeza que todas as rugas que estavam surgindo significava que sua história de vida estava sendo muito bem escrita e contada. Estava satisfeita com o seu protagonismo, com a escolha de seu par romântico e o quanto sua vida caminhava bem e extremamente feliz.

Ela sabia que o livro da sua própria vida era o mais difícil de ser escrito e ela estava fazendo isso com maestria. Estava feliz por seu passado, comemorando o seu presente e sem medo algum do que o futuro lhe reservava.


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Notas finais do capítulo

É uma fanfic diferente, não foca muito no romance, mas eu amei tê-la escrito, espero que tenham gostado de ler :*