Os Filhos dos Deuses escrita por TamyLever


Capítulo 2
Capítulo 2 (ou aquele que eu me arrependo de não ter um tênis)


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, mesmo os fantasmas, e tenham um bom proveito.



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Peguei o celular. Tecnicamente, semideuses não deveriam ter esses aparelhos e, mesmo tendo uma folga nos últimos anos, eu os evitava veemente. Mas esse modelo antigo, para o espanto daqueles com câmeras que mais parecem um fogão, era mitologicamente (assim conhecido por ter sido atualizado com programas de filhos de Hefesto) muito bem apropriado para um semideus. Faria ligações, independentemente da onde estivesse; o pacote de internet era ilimitado; tinha um joguinho de "Mate o Minotauro"; uma conexão pirata com a TV Hefesto e um app de GPS que encontrava seres mágicos próximos.

Era exatamente esse que eu queria.

Durante meus anos de líder, sempre pensei como era injusto que monstros tivessem um senso de direção perfeito em relação a nós, enquanto a gente, que estava no meio de uma aula de história, fosse surpreendidos com o monstro que o professor acabara de falar. Então, esse app meio que capta a onda que cada ser vivo emite, sendo os seres mágicos, monstros, deuses, semideuses e afins as cores mais fortes. Acho que funciona como aquele trocinho que o Exército usa para identificar calor corporal. Sempre deu certo. E era bem assim que encontrávamos os meios-sangues perdidos pela América do Sul. Alguém precisava protegê-los, né?

Com um supetão e quase quebrando a tela do aparelho em desespero, cliquei sobre o ícone de um emogi feliz. O que? É bonito, tá? Automaticamente, uma pequena luz roxa com um contorno dourado passou pela tela. Era eu mesma. Suspirei fundo, tranquilizada. Nada de outras luzes, aparentemente. O que não me deixava em perigo imediato. Decidi afastar um pouco o mapa, afinal, não sabia se as fronteiras estavam funcionando ou não. Suspirei, novamente, mas dessa vez de terror. Como eu imaginei, nada passava na terra maldita do antigo campo de batalha, mas, fora dele, dezenas de luzes bordôs piscavam. Ou seja, monstros. Papai, não brincou quando disse que queria algum divertimento as minhas custas. Droga.

Caminhei para perto da fogueira que começava a morrer e deixar o lugar mais frio. A homenagem tão bem calculada deveria ser cancelada. Eu odiava batalhas noturnas! Nunca estávamos prontos realmente e tínhamos a desvantagem de não enxergar no escuro como metade dessas bestas. Caceta!

Além disso, junte o fato de que eu era uma em meio a uns trinta monstros. Se considerarmos que alguns poderiam ter várias cabeças ou mais corpos, isso poderia ficar feio. Estremeci levemente. Olhei para minha mochila e a abri rapidamente. Como eu suspeitava, dentro, todas as minhas armas divinas estavam muito bem guardadas e prontas para serem invocadas em mais uma batalha, mesmo que muitas estivessem guardadas há anos. Sempre tenha uma arma mágica que não precisa de muitos reparos - Dica da Tia Dani para você caso seja um semideus.

Retirei uma espada curta e de fio duplo mais o meu arco e a aljava cheia de flechas. Não eram as minhas melhores armas, mas eu sabia como manuseá-las. Manipulei a bolsa para que voltasse ao tamanho camuflado de uma mandala/tatuagem e a pendurei em minhas costas. Mal sentindo a dor enquanto a adrenalina corria por minhas veias.

Sorri. Era melhor levar aquilo com a cabeça erguida. Mas... para aonde eu iria? Como meu excelentíssimo pai tão bem disse em quanto tempo eu deveria estar lá, (Semideuses novatos, sempre há o limite de tempo, NUNCA se esqueça disso) em uma semana como eu sairia do meio do nada do pantanal brasileiro e iria para Long Island? Sem surtos! Respirei fundo. Claramente eu teria que entrar ilegalmente. Oi, Rede Globo, caso queiram fazer um reboot de América, terei experiência em uma semana. Eu acho...

Começaria indo até La Paz, ainda tinha alguns contatos por lá, eu acho. Sem falar que sempre poderia usar a influência de vovô. Não gostava de ostentar o que não fosse o meu próprio dinheiro, mas situações desesperadoras, pediam medidas desesperadas.

Amarrando desjeitosamente a espada no cordão do vestido, mais essa agora, atravessei meu peito com a alça da aljava e me armei com uma flecha no arco. Respirei fundo e caminhei, o mais silenciosamente que meus saltos atolados deixavam, caso você já tenha tentado essa proeza, sabe que falhei miseravelmente.

Refiz o meu caminho para a barca, com um olhar pregado em todas as árvores possíveis (uma missão quase impossível que me fez andar ao mesmo tempo que dava um giro de 360º) e o outro sobre a tela do celular que não mostrava nenhum sinal de monstros. Desconfiei, ele já falhara uma única vez. Com o arco tensionado, subi no meio de transporte feliz por nada ter pulado em mim, ainda. Olhei para o acampamento e para a fogueira que morria lentamente. Sentiria muita falta.

Amargurada voltei meus olhos para frente e segurei mais firme a corda do arco enquanto o motor mágico e silencioso refazia o caminho pelo rio. Olhava atentamente às margens que, por enquanto, não tentaram fazer algum ataque. Isso não é um bom sinal? Seria se as Náiades não estivessem tão estranhamente silenciosas, esse era um dos únicos lugares do mundo plenamente selvagem, seu silêncio nunca era um bom sinal. Geralmente, significaria que um ser humano estava fazendo coisas erradas ou monstros. Nunca quis tanto bater em homens que tentavam poluir esse regato. Mesmo.

Um barulho súbito ao lado esquerdo do barco mexeu as águas e fez com que uma pequena onda entrasse a bordo. Olhei assustada e pronta para soltar a flecha. Uma velha lição que eu costumava ensinar fez com que eu não a soltasse de primeira: “Olhem, sempre, atentamente. Você não vai querer desperdiçar uma única flecha”. Nunca desperdicem.

Respirei fundo, era apenas um jacaré (quase crocodilo) com seus 1 metro e 90 centímetros nadando rapidamente para outro lugar. Oposto ao meu caminho. Tudo estava bem... 'Pera! Para tudo. O jacaré é um dos animais mais ferozes dessa região, para fugir apressado só se fosse algum animal maior. Um predador. Droga!

Era óbvio que eu estava indo na direção exata que o perigo. Eu odeio ser uma semideusa. Já disse isso?

Novamente, tensionei o arco tentando, em vão, enxergar o perigo. Um vulto, vindo da direção totalmente oposta à que eu olhava (nota mental: eu preciso urgentemente de um óculos de visão noturna), surgiu como um raio do fundo do rio e caiu sobre suas patas traseiras na proa do barco. Uma cena cômica, se não fosse trágica.

— GRRRRRRRRRR! - Um uivo raivoso saiu apressado dos lábios enrugados do animal. Aprendi logo cedo que esse era o sinal internacional de um monstro que considerava você como a próxima refeição.

Olhei atônita para o animal que, claramente, ameaçava a minha vida. Em primeira vista, o animal era pequeno com pelo marrom cobrindo cada canto do corpo, o que contrastava com uma pelagem branca no pescoço e barriga; as orelhas em pé, captavam qualquer movimento no raio de um quilômetro; os olhos negros, como pedrinhas, não tinhas partes brancas visíveis e estavam fixos em mim. Uma fuinha. Fofa, deve estar pensando, né? SÓ QUE NÃO.

Meu querido, tudo o que é fofo, para um semideus é, proporcionalmente. mais mortal do que um guerreiro com armadura completa (Dica Dois da Tia Dani).

E eu não me referia às garras afiadas extremamente mortais que pareciam mais facas de bronze; ou à espuma branca altamente venenosa em seus dentes de marfim; ou ainda ao metro de músculos a mais do que teria em relação aos parentes fofos. Não, eu me referia justamente às imagens bem apelativas que minhas memórias trouxeram de quando invadi um ninho deles há alguns anos. Quem sabe, se eu sobreviver, um dia eu conte a história. Spoiler: não é uma morte legal.

Ichneumon. Um arrepio involuntário desceu pela minha espinha conforme lembrava o nome da espécie. Definitivamente, eu não sentia falta da vida de herói. Esse animal que deveria fazer parte da história grega, só surgiu em relatos na Idade Média como o único inimigo natural de um dragão. Sim, uma fuinha acabava com um dragão que tinha, pelo menos, dez vezes o seu tamanho. Então, se um dia se deparar com esses animais, corra.

O animal, para piorar, era extremamente rápido, o que fazia com que ou você previsse o futuro ou morresse bem rapidamente. Eu queria conhecer a pessoa que criou esses seres e dar um belo de um chute na bunda celestial dele. Pense rápido! Mirei em um ponto um pouco à frente e à direita, ao mesmo tempo que mexia o pé esquerdo armado com um salto sujo no arco de um chute que nunca o alcançaria, soltei a flecha. Bum. Pó dourado. Um tiro certeiro. Sempre tente confundir o seu adversário. Esse animalzinho, apesar de rápido e violento, não era um dos mais espertos o que o fazia suscetível à previsibilidade.

Respirei fundo e olhei para a tela do celular que tinha caído no chão da embarcação.

Dica número 3: nunca diga que algo não possa piorar, porque vai.

Eu não disse, mas eu tinha esperança. Bem lá no cantinho do coração. Positividade, né? Obviamente que o uivo chamou a atenção de outros monstros e às margens surgiram mais fuinhas do mal. Droga! O celular apontava cerca de cinco vindo em direção ao rio. Não tenho vergonhas em dizer que escolhi a opção mais interessante ao meu corpinho: Forcei o barco a ir mais rápido.

Na minha fuga estratégica, encontrei apenas mais um centauro selvagem que tentou seguir o meu rastro, mas encontrou a ponta de outra flecha que acertou o seu flanco. Apenas mais vinte e oito perseguidores. Que delícia (Moiras, isso foi sarcasmo, eu NÃO preciso de mais, obrigada).

Cheguei novamente à margem camuflada que dava para ver o meu santo Jeep. Que saudades daquela lata velha! Corri o restante do caminho quase torcendo o tornozelo conforme o salto grudava terra e sem me preocupar em atar as amarras adequadamente, provavelmente, o barco desceria pela corrente e se perderia em algum ponto do rio. Quando eu voltasse (se, meu cérebro hiperativo corrigiu), pediria para que uma Náiade o empurrasse para o lugar certo. Isso me daria uma dor de cabeça gigantesca, mas eu não tinha tempo agora.

Chequei o painel do carro. Tudo estava como eu deixara cerca de três horas antes. O relógio apontava que passava pouco da meia noite. Caio só esperaria meu retorno pela manhã.

— A HORA QUE EU DEVERIA VOLTAR, PAI! - Gritei exasperada socando o volante. Espero, realmente, que os índices da audiência estivessem bem baixos. Caralho!

Lembrei do que o meu professor de Ioga, o gostoso do Cadu teria dito: "respire profundamente, Danielle. Deixe que toda frustração se esvaia como um balão sem nó..." — pensar nele fez meu chi ficar menos frustrado, joguei o sapato destruído no banco traseiro e liguei o carro. Ou talvez tenha sido o barulho inconfundível de gigantes se aproximando.

Vai saber.

Dirigi a toda em meio à mata cerrada e uma trilha iluminada apenas pela lua e dois faróis que faziam diferença apenas nos dois quilômetros a frente, sendo rapidamente sugados pela escuridão que a floresta proporcionava. O trecho que, de forma segura e respeitando todas as leis de trânsito (o que eu claramente fazia agora), levaria uma hora, incrivelmente, demorou quarenta minutos. Sorri ao chegar na cidade de Santo Antônio de Leverger, mas, ao invés de dirigir diretamente ao aeroporto, segui pela estrada principal em direção a um posto de combustível.

Eu não sabia se tinha sido seguida ou não. Os charcos não eram o ambiente de muitos monstros, mas os que viviam ali nem nome tinham. Não queria ser devorada tão tarde. A digestão não seria boa para ser feita a noite. Preferencialmente, eu gostaria de não ser digerida hora alguma.

As técnicas de respiração que eu adquiri com Cadu, além de outras coisas, serviram como um pequeno relaxante enquanto deixava para trás a cidade satélite que ajudei, um pouco, a crescer. Novamente, não contrariando lei de trânsito alguma, mandei uma simples mensagem para o meu co-piloto.

Resolvi dirigir. Preciso que façam minha PID. Urgentemente. A gente se vê.

Me senti novamente otimista. Gostei.

As próximas quatro horas foram tensas. Aparentemente, todos os seres que me ignoraram por completo durante os últimos quatro anos, agora estavam sedentos pelo meu doce e alcoólico sangue. Na primeira meia hora após a saída da cidade, me deparei com uns espíritos de plantações (que não deveriam estar aqui) que, pararam de discutir quem era o mais nutritivo, para perseguirem o meu carro. Apertei um botão chamativo no painel (brinquedos!) e um tapete feito de bronze celestial cobriu momentaneamente a via fazendo com que os raivosos, porém nem um pouco ágeis, se desintegrassem. Outro botão brilhante e a teia foi atraída novamente para o carro.

Quinze minutos depois, uma nuvem negra começou a seguir. Como eu sabia que era negra a noite? Primeiro, já viu uma estrada a noite? É extremamente iluminada pelas estrelas. Segundo, os espíritos das tempestades só seguem semideuses quando estão putos, o que faz com que sejam nuvens tipo nimbus. Qualquer um sabe disso. Então, um pouco imprudentemente abri minha janela, engatei a quarta marcha, coloquei meu calçado sobre o pedal do acelerador e sentei na janela aberta. Uma ninja, ou quase isso. Claro que a parte imprudente vem agora: eu jogava a espada para cima e a aparava quando voltava à terra. Tentando espetar aquele espírito. PUF. Uma nuvem de poeira caiu sobre o capô do carro.

Dani 4, Monstros 0.

Uma hora depois, fui perseguida por uma horda de mulheres-galinhas selvagens. Nunca antes eu havia presenciado harpias tão ao sul, mas lá estavam elas loucas atrás do Jeep piando um grito de guerra bem irritante sobre banquetes. Diferentemente com elas, um intento de solidariedade assolou meu coraçãozinho mole, e, ao invés de matá-las, coloquei um megafone que estava no carro começar a cantar uma horrível música sertaneja. Elas me deixaram em paz. Eu entendo elas.

Em dado momento, acho que umas duas horas e quase na divisa com a Bolívia, o meu pneu furou. Claro que isso aconteceria. Sem ironia. Já viu a situação das estradas brasileiras? Um terror! Consegui chegar ao acostamento que, acredite se quiser, ainda existia. Liguei o alerta e coloquei o triângulo há sessenta metros. O que? Eu sou uma ótima motorista consciente. Mesmo que fosse quase impossível alguém passar às três quase quatro da madrugada.

Respirei fundo e peguei o macaco e a chave de roda. Deixando no carro a minha mochila, não precisaria dela. Nota mental: próximo carro adaptado às necessidades de semideuses ter um botão de troca automática de pneus. Com a mísera lanterna e luz da lua, e usando salto alto (não pise em um chão descalça se não consegue enxergar) comecei a desparafusar o pneu. Enquanto eu assoviava baixinho uma música pop qualquer, fui interrompida por um rugido. Droga.

A minha frente, um híbrido me fitava maliciosamente. Sua cabeça tinha o formato de um leopardo dourado bem como o corpo todo pintado com manchas castanhas. Diretamente aonde deveria ser seu ombro direito, uma cabeça de um raro cavalo carnívoro totalmente albino relinchava nada amigável - uma expressão nem um pouco equina. Obviamente, em seu ombro esquerdo uma outra cabeça despontava, dessa vez, a de uma imensa e triangular anaconda verde com olhos laranjas. A calda de cavalo tinha um chocalho de cascavel. Para finalizar o desenho infantil, duas asas estranhamente draconianas brilhavam em sua cor acinzentada. Uma quimera. Uma bem diferente quimera. Sorte semideusa?

É claro que o sono fazia meu cérebro não pensar direito, o que fez com que eu não estivesse com um arco a postos muito menos com uma espada meio presa na cintura. Respirei.

— Oi, querida. - Me concentrei na cabeça do felino. - Sabia que meu pai é Dioniso? Teoricamente, isso a faz, ou um terço de você, seu animal sagrado. Não vai querer me comer, né? - Disse com um sorriso cativante.

Ela rugiu/relinchou/sibilou em um tom claramente maligno. Eu não posso dizer que não tentei. Olhei para o que eu tinha em mãos: uma chave de roda. Acho que não daria certo contra esse animal. Eu odiava matar qualquer felino. Sentia uma conexão natural entre a gente. Mas fazer o que. Sem pensar muito, apenas sentidos, corri na direção da quimera. Quando cheguei próxima, ela fez o favor de abrir a bocarra, ou as três, de forma nem um pouco natural e despejar fogo. Droga. Com uma cambalhota, me joguei para atrás. Olhei para os meus braceletes, apertei um botão quase imperceptível e, em um segundo, segurava duas adagas japonesas. Minhas armas. Fiz uma finta para a direita e o felino seguiu, pulei para frente o cavalo soltou uma rajada de fogo. Voltei. Tentei rodear o monstro, mas ele sempre me seguia. Decidi atacar a serpente. Mesmo tendo um pequeno pescoço de anaconda, ela seguiu o instinto e, ao invés de soltar fogo, abraçou meu braço em um aperto esmagador. Com a mão livre fiz um talho no pescoço. Diferentemente do que queria e voltar ao Tártaro, ela aparentou ser uma nova quimera, agora, de duas cabeças.

Um momento de pânico passou pelos olhos restantes enquanto eu me afastava com um pulo. Sem a outra cabeça, a agilidade felina foi prejudicada. Aproveitei e ataquei o cavalo carnívoro, um corte na crina resplandecente fez com que agora eu visse um leopardo totalmente perdido. Olhou. Parecia um gatinho. Com asas e duas caldas, mas um gatinho.

— Vá. - Disse como um comando final. Ele foi. Acho que sem os outros animais, ele sentia a onda dionisíaca em mim (não acredito que falei uma palavra dessas).

Já eu não queria mais ficar tão exposta e precisava de uma resposta de Caio. Assim, cheguei a um hotel de beira de estrada cerca de meia hora após trocar o pneu. Não podia dormir com o mesmo sentimento de despreocupação da última noite, mas eu dominara, um dia, a habilidade de cochilar e acordar desperta.

Caí na cama já sonhando com a vida tranquila que tinha no dia anterior.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu gosto de escrever bastante. O que acharam?



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