O Conde que me seduziu escrita por Mari


Capítulo 2
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

Não recebi tanto feedback o quanto gostaria, mas aí está outro capítulo novinho pra vocês!



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— Edward, aqui estão algumas torradinhas com geleia de morango. Temos chá verde e bolinhos. – Renee Swan informava com um sorriso largo o que tinha para o café da manhã.

— Mamãe, ele é um conde... – Beau retrucava envergonhado.

— Ah, tenho certeza que ele não se importa, não é, Edward? – indagou ela, amorosa. Assim era a matriarca dos Swan. Amável, carinhosa e imponente. Típica mãe que amava puxar as orelhas de seus filhos.

— De modo algum. – Edward respondeu-a e Bella que observava mais quieta que uma porta viu o homem sorrir pela primeira vez. Um sorriso quase que inexistente, todavia ainda era um sorriso. E era verdade, com outras pessoas não teria lhe agradado essa intimidade repentina, porém a mãe de seu empregado tinha um jeito que lembrava sua e não o constrangia de modo algum. Fazia-o sentir apenas um aperto no peito, que alguns diriam que tal sensação era saudade, mas que por ele era ignorada.

— Mamãe, gostaria de ter permissão pra deixar a mesa mais cedo, quero cuidar das flores. – pediu Isabella, a fim de sair dali. Não que estivesse se sentindo mal, todavia estava se sentindo desconfortável na presença do conde, visto que nunca convivera por tanto tempo – uma dúzia de horas – com outro homem que não fosse seu irmão, seu pai, ou o criado Leon, um senhor que – Deus a perdoe – já estava com um pé na cova.

— Temos o Leon para fazer isso, Isabella... – repreendeu sua mãe, sem perder o tom amoroso.

— Não me sentirei ofendido. – Edward assentiu com o rosto, como quem estivesse dando permissão. E disso ela não gostou nada. Ele também se sentiu um pouco incomodado, visto que, modéstia parte, rara era a mulher que não desejasse desfrutar de sua presença. Riu internamente por se importar com aquela menininha.

...

Bella ficou até escurecer no jardim da casa. Ora dando os devidos cuidados ao seu jardim, ora lendo seu livro favorito – Orgulho e Preconceito de Jane Austen – ora caminhando, pensando no seu futuro. Para a sociedade londrina, vinte e quatro anos era o máximo para se relacionar com alguém e adquirir matrimônio. Àquela altura, já era considerada uma solteirona. Suspirou. Não desejava que o objetivo da sua vida fosse casar e parir filhos. Queria algo mais. Queria estudar astronomia, arte, matemática, ciência... Balançou a cabeça, afastando aquele sonho de si. Só homens iam para a faculdade de Eton e estudavam o que bem entendessem.

Leon trouxe mais um lanche para ela – caso contrário estaria passando mal visto que já era hora do crepúsculo -, que agradeceu de coração. Era um senil muito bondoso e certamente só estava ali pelo apego que a família tinha a ele, pois já não tinha idade para fazer esforços. Ela fez sua refeição e decidiu que passaria apenas alguns minutos no banquinho do jardim, contemplando a lua. Até ela achava rude evitar tanto assim o conde. Foi quando ouviu uma carruagem e achou no mínimo incomum. Quem seria a esta hora e sem convite?

Alguns minutos depois, um pesadelo se concretizava. Escutou a voz mais estridente da pessoa mais irritante que conhecia desde que nascera e não conseguiu fazer outra coisa senão bufar de raiva. Se ela fosse um desenho, estaria liberando fumaça pelas narinas.

— Renèe! Charles! Abram a porta para mim, seus ingratos! – tia Miranda bradava pela entrada da casa até que Leon abrira a porta principal. – Oh Leon, o que ainda faz aqui quando não és apto para abrir uma porta a tempo do convidado alcançá-la?

— Desculpe, Miranda, os Swan não costumam receber quem não foi solicitado. – devolveu Leon, que não engolia desaforos. A mulher inspirou fundo e apertou os olhos. Em seguida, ignorou o faz-tudo e adentrou pela casa.

— Onde está minha sobrinha? Suponho que não está na casa do marido. – provocou ela e gargalhou como se fosse a coisa mais engraçada que alguém poderia dizer. Ninguém riu.

— Tia Miranda. – cumprimentou Bella sem emoção parada à porta principal. Havia só uma razão para a tia ali estar e sabia que era porque Londres inteira fazia fofocas sobre quem estava hospedado na casa dos Swan. Como uma exímia interesseira, Miranda Swan não perdeu tempo e decidiu visitar o irmão querido.

— Isabella! Estava colocando o feno do estábulo nas madeixas? Parecem palha de tão secos... Suponho que não tenha conseguido fisgar um marido desde a última vez que a vi. Pudera, está sempre sem sal e não passa uma maquiagem... – Isabella estava a ponto de saltar no pescoço da velha quando sua mãe a interrompeu.

— Beau, querido! – exclamou Renèe, um tanto desesperada.

Beau e Edward desciam as escadas e Bella conteve o impulso de gargalhar quando viu seu irmão congelar na escada, claramente desejando dar meia volta. – Tia Miranda, que prazer em vê-la. – mais prazerosa que essa visita, apenas uma bala na cabeça, quis completar.

— Olá, meu menino... Como está lindo... – disse a megera sem nem olhar para o sobrinho, pois seus olhos de serpente estavam no conde de Olympia. – Poderia não ser tão mal educado e apresentar seu amigo? – pediu ela com um sorriso desesperado. Edward conteve a vontade de deixar o cômodo. Para este tipo de gente, não tinha paciência.

— Conde de Olympia, Edward Cullen. – saudou-a sem interesse.

— Que honra... – suspirou ela admirada. Estar na presença de alguém tão poderoso e influente amaciava o ego daquela mulher como nunca. A viúva sempre amou se sentir parte da elite londrina; o que era irônico, pois a mesma não era.

Bella suspirou impaciente. Seria uma longa noite...

...

Seria um longo dia. Bella não saberia o que fazer se tivesse que aturar a tia por mais um maldito dia. Já completara dois dias de alfinetadas, piadas, deboche e muita falsidade direcionada ao conde, que também já não desejava permanecer ali por mais tempo. Havia gostado de conhecer Renèe, porém a estadia ali estava mais cansativa que a viagem de volta. Além do quanto, Beau e ele já tinham resolvido seus assuntos de interesse na cidade. Edward não quis ser rude, por achar que ele estava aproveitando o tempo em família, optando por apressá-lo. Não queria admitir que também não desejava partir, já que muitas vezes se pegava observando a moça irmã do seu empregado e amigo.

Ele teria que admitir que ela era muito diferente das mulheres que já cruzaram seu caminho. Se não fosse tão bela e polida, diria que era uma criada, pois a jovem passava boa parte do dia dedicando seu tempo ocioso – todo tempo de qualquer dama privilegiada era assim – em atividades de jardinagem e até mesmo arriscava fazer muitas receitas de doces finos na cozinha. Queria acreditar que era porque ele estava ali, mas Beau comentou que ela sempre fez. E, maldição, eram deliciosos e acabavam num passe de mágica. Ele não era guloso, porém eram irresistíveis. Além disso, tinha parte do tempo que ela simplesmente sumia. Sabe-se lá o que fazia, se não eram bordados ou coisas femininas triviais.

Beau também não suportava mais a tia, porém vira ali na sua frente a oportunidade perfeita. Tomara consciência a pouco tempo ao ler o testamento do patriarca dos Cullen deixado para Edward que, se o mesmo não contraísse matrimônio até fazer trinta e dois anos, seus bens seriam repassados ao próximo na linhagem para ser conde, no caso seu primo, uma escória, chamado Aro. Edward não demonstrava interesse em garantir suas terras e posses, nem em casar-se. Mas Beau, que Deus perdoasse sua ganância, se importava e muito. Além disso, para não afirmar que estava pensando apenas em si, Bella estava infeliz há algum tempo por não arranjar um marido, agora mais do que nunca, com a presença da tia, diminuindo-a o tempo inteiro.

            Procurou a irmã, exasperado, e a achou recostada numa árvore, lendo um livro. Ficou na frente dela em pé, mas ela nem pareceu notar que ele estava ali. – Bells, preciso falar com você. – Beau chamou a atenção dela, nervoso.

— O que houve, irmão? Parece-me estranho...

— Precisamos conversar. – afirmou ele, sério.

— Tudo bem, fale, irmão.

— Olha, Bells, aqui não tem homem que te sirva como marido. Você é muito para eles, que não passam de libertinos e acéfalos... Bem, o que quero dizer é que... não faz bem para ti ficar aqui com a mamãe e o papai por muito mais tempo... Você precisa sair de casa e conhecer o mundo... Conhecer outra realidade que não seja junto aos nossos pais...

— O que você está querendo dizer? Seja direto, Beaufort. – exigiu ela, com medo da resposta.

— Bem... ressaltado isso e à tia Miranda que não te deixa em paz achei que posso lhe ofertar algo que possa te dar a chance de ser mais feliz. Edward, meu empregador e conde de Olympia irá perder a fortuna em poucos dias, duas semanas para ser exato... No testamento de Carlisle Cullen, seu pai, disse que ele só seria dono definitivo das terras se estivesse casado, pelo menos, antes dos trinta e dois anos.  Edward não faz questão, porém eu sei que seria questão de tempo para que ele chegasse à ruína... E Deus, eu amo aquele lugar. Por favor Bells... Não será ruim para você, não te ofertaria se fosse... Estou de mãos atadas e-

— Eu aceito.


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Notas finais do capítulo

Gente, vcs podem ver o quanto de história eu já parei por falta de motivação... Eu realmente não tenho vontade de continuar postando quando não há uma interação, sinto que estou desperdiçando minha história, postando aqui, quando ninguém me dá um feedback... Por favor, quanto mais vocês opinarem, mais rápido postarei o próximo cap (já está escrito). Me digam o que acharam, sugestões e o que gostaram mais. Grata, até a próxima!!



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