La Lumière Au Bout Du Tunnel escrita por Mercenária


Capítulo 28
Capítulo 28 - Verdades e brigas...


Notas iniciais do capítulo

Na minha opinião esse é o capitulo mais tenso de toda a fic, pois é aqui que acaba todo o misterio

Boa leitura!



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28 – Verdades e brigas...

PDV ANNIE

Ele não aparecia no quarto a dois dias.

Eu agradeci, mesmo não verbalizando meus pensamentos. O meu seqüestrador, ou o subordinado de Klaus, como queira escolher, me alimentava a cada três horas. E eu me senti inteiramente vitalizada, também não estava servindo de alimento para alguém.

E pela montagem da bandeja, esse era o café da manha. Eu não andava ate a grande janela fechada com uma pesada cortina escura de veludo. O café era bem reforçado: wafles com calda de chocolate, suco de uvas e as frutas ¬¬ Eu não disse que ele era neorotico?

Eu percebia que os olhos do homem sempre tinham algum sentimento ao me fitar. E a velha sensação de conhecê-lo. Será que eu já o tinha visto na rua, ou algo do tipo? Em Portugal talvez? Na America?

-Eu ti conheço? – perguntei em voz baixa, sem tocar a bandeja posta sobre minhas pernas. – Sinto que ti conheço, mas não sei da onde...

-Me conhece desde...

-Ei garoto, pode sair! – Klaus apareceu do nada, sobressaltando-nos. Ele assentiu e saiu, todo submisso. Ignorei a presença má de vampiro que se sentou ao meu lado observando-me e de repente, meu apetite aumentou.

Comecei a comer como se ele não estivesse ali. Os wafles estavam deliciosos com a calda de chocolate. Após terminá-lo de comer, beberiquei o suco de uva. Aparentemente, parecia amargo, mas ignorei também. Sentia seus olhos queimar minha pele.

-Não adianta fingir, sei que esta doida para saber o nome dele. – comentou divertido.

-Não sei do que esta falando! – rebati fria e concentrada no meu copo. Novamente comi morangos e tomei cuidado com meus atos. Não queria que parecesse uma ação sensual, como da ultima vez.

-Você se surpreenderia com a verdade... – tentei não cair em sua armadilha. Podia sentir a isca pairando no ar. Mas fiquei intrigada demais para não perguntar. Me bati mentalmente, por estar caindo na dele!

-Que verdade? – perguntei olhando-o. Seu sorriso era presunçoso e os olhos, maliciosos.

-Ele ti conhece mais do que qualquer pessoa. – ele disse roubando um pêssego da minha bandeja. – Na verdade, você o conhece intimamente...

-Conheço? – sussurei confusa.

-Claro. – afirmou solene e muito lentamente disse. – Não consegue pensar em ninguém?!

E então eu pensei.

Não me vinha uma pessoa sequer a minha mente que se parecia com ele. Acho que o senhor sou-mais-poderoso-que-voce do Klaus se enganou feio! Balancei a cabeça negativamente e encarando seu rosto de pura expectativa.

-Que decepção, querida! – comentou. De repente, toda a sua expressão mudou, tornando-se sarcástica e num humor negro perguntou. – Quer saber o nome? – murmurei um “uhum” e com um sorriso duro respondeu. – Luigui.

Senti meu queixo se abrir minimamente. As mãos flácidas sobre as coxas. Eu mal me recostava nos travesseiros. Tinha dificuldade para respirar e piscar. O que!? Eu entendi bem? Estou ficando surda/louca/débil mental?

Meu lábio inferior tremeu quando a onda de choque foi substituída pela da... traição! Eu me sentia tao traída! Tao traída quanto Jesus se sentiu com Judas. Era como se o próprio Luigui tivesse cravado impiedosamente uma adaga em minhas costas!

-Ah não... não chore, querida! – e ele tentou limpar as lagrimas que escorreram dos meus olhos sem que eu percebesse. Isso me fez sentir uma revolta, grande e perigosa. Explodi contra ele. Klaus.

-NÃO TOQUE EM MIM! – atirei a bandeja para cima dele enquanto saia às pressas da cama. Eu sabia que não tinha muitas chances, mas custava tentar? Não, eu acho que não!

Bati o ombro com força contra a porta de carvalho envelhecida. Doeu, mas eu a abri do modo mais rápido. Deixei-a escancarada e sai correndo pelos corredores ainda desconhecidos por mim. Em um pequeno instante, cheguei às escadarias.

Desci rapidamente, olhando para meus pés, concentrando-me em não cair naquela altura do campeonato. Entretanto, não resisti e subi meus olhos quando estava na metade da escada. O susto de vê-lo parado tao perto me fez cambalear. Perdi o compasso e cai, descendo alguns dos degraus de bunda.

-Você! – acusei com os olhos em fendas.

-Não podia contar... – disse baixo e com o rosto retorcido em dor. “Vá à merda também com sua maldita dor!” pensei amargurada. – Pare de me acusar com seus olhos, Annie!

-Quer que eu faça o que? Ria? Lhe abrace por estar parcialmente vivo? Ti encha de beijos!? – perguntei exasperada sem conseguir conter as lagrimas. –Quer também que eu esqueça os meses de sofrimento após tua suposta morte!? Passe uma borracha e viva feliz? É isso!?

Ele não disse nada. E seu silencio piorou tudo! Levantei-me, avançando contra ele, mas alguém me segurou antes mesmo de eu dar um passo.

-É ISSO?! – gritei magoada.

-Calada, querida. Odeio gritos de mulher e a regra se aplica a você também. – Klaus disse amorosamente. Argh, porque estavam fazendo isso!?

-Me largue você também! – me debati, deixando-o bravo beirando o colérico.

-Não me desafie, garota! Sua vida esta em minhas mãos... – disse. Fechou os olhos e com um sorrido duro estampado nos lábios. – Melhor dizendo, em meus dentes!

-Senhor, não...

-Nem um piu, garoto! – replicou Klaus a Luigui. – Só faz o que eu mandar e no momento estou mandando calar a maldita boca!

-Sim, senhor! – e abaixou a cabeça.

-O que mais escondeu de mim? – perguntei um pouco mais calma. – Desde quando...?

-Acha mesmo que tudo foi obra do destino, meu bem? – Klaus perguntou e segurou meu braço com força, quase tirando meus pés do chão. – Acha? Não, não foi... depois que eu lhe descobri aqui, na Europa querida, tratei de bolar um plano.

Eu estava tao assustada! E boquiaberta também.

-A idéia de sair só vocês? Foi minha, mas você estragou tudo quando chamou mais gente. A culpa de todos estarem mortos é exclusivamente sua, Annie. – em encolhi segurando as lagrimas. – A briga? Ah essa também foi idéia minha...

Fechei os olhos, lamentando.

-Tudo foi idéia minha! Forjei o acidente. O que você viu? Aposto que foi um animal, não é? - não respondi. Ele riu com prazer. – Ah Annie... e então, você veio direto para meus braços! Entretanto, amaldiçoou todas as gerações dos Johnson! Bicho maldito aquele Luke...

-Não fale assim dele! – sibilei.

-CALADA! – e deu-me um tapa estalado no rosto. Solucei ruidosamente, entregando-me as lagrimas. –Sabe por que eu não ti mato!? – e balançou meu corpo tornando o aperto em meu braço insuportável. Ele estava quase quebrando meu braço!

Neguei.

-Por algum motivo estranho, meu pai conseguiu me gerar em uma Sunders de sangue puro. – sorriu para mim ao respirar fundo ainda de olhos fechados. – Com as outras eu simplesmente não consigo... – ele pensou em uma palavra. – me multiplicar, assim dizendo!

Choraminguei pela dor que sentia no braço. Será que estava deslocado?! Ele me ignorou.

-Meus subordinados mataram Lilith e transformaram a pessoa errada. – um rosnado escapou por seus lábios cerrados. – E você, Annie... – sua voz acariciou meu nome. Fiz uma careta. – Você foi à escolhida! Será você quem carregara meu filho em seu ventre!

-NUNCA! – gritei. – Nunca vou me deitar com você! Pode me matar, mas isso você não terá! – falei firme.

-Veremos, querida. Veremos!

PDV LUKE

-Onde fica o maldito castelo!? – perguntei a Greg ao dirigir sua Ferrari em alta velocidade pelas ruas de Amsterdã.

-Eu não sei. – disse exasperado. O metralhei com os olhos. – Quer dizer, um instante...

-Me dê isso aqui, americano! – Sandy tomou o GPS das mãos dele. Ela estava espremida na parte detrás do carro. – Fica nos limites do país, quase chegando na Alemanha!

-Deixe-me ver... – pedi e ela me estendeu o aparelho. Analisei bem. – Tudo bem, apertem os cintos!

[...]

O pequeno castelo era elegantemente burguês! A estrada que o levava ate ele era feita de cascalhos e dos dois lados era coberto de arvores.

-Lá esta ela. – falei ansioso.

-Estamos juntos nessa. – Sandy disse amuada. – Não faça besteira, Sunders!

-Tudo bem.

Parei a Ferrari branca próxima a porta de entrada. Saímos rapidamente do carro, fechando as portas em batidas suaves. Em milésimos estávamos na porta. Com a ansiedade crescendo no peito, abri a porta e quase me mutilaram depois dessa ação!

E parei, chocado pelo o que via.

ANNIE

Rugi para o homem que me segurava. Debati-me e não percebi que girávamos. Na verdade, eu não notei porque meus pés mal tocavam o chão. A adrenalina do momento era dolorosa ao passear por minhas veias e artérias.

-Para! – gritei dolorosamente ao ouvir o “creck” vindo do meu braço esquerdo, o qual ele segurava.

Klaus abriu os olhos lentamente, exibindo seus olhos azulados risonhos. Bela enganação! E me soltou com um empurrãozinho. O ar sibilou por meus ouvidos enquanto eu caia para trás e o mesmo ficava preso nos meus pulmões.

Um segundo.

Um breve momento de câmera lenta. E tudo voltou à velocidade normal. Dor. Foi tudo o que senti ao rolar escada abaixo. Gemi quando parei de girar e bati a cabeça no chão. Pontos pretos encheram minha visão. Arfei antes de fechar os olhos, mas antes, eu vi alguém parado na porta.

Com um ultimo suspiro, me entreguei à escuridão. Pois agora eu sabia, eu estaria segura!

LUKE

Arfei.

Não me importando com mais nada, corri ate ela, preocupado. Seus olhos cor de mel se fecharam lentamente, como se ela fosse dormir. Uma angustia conhecida acordou em meu peito, sufocando-me.

Uma fina linha de sangue escorria de sua boca pelo canto direito. Agachei-me ao seu lado, pegando gentilmente sua cabeça e acariciei seu rosto. Seu coração batia fraco e descompassado no peito. Pelo menos não estava morta!

-Annie... – sussurei. Ela não respondeu, continuou da mesma maneira. Estava ate com a expressão suave, quase feliz. – Não me deixe! – pedi em seu ouvido e com isso, seus batimentos tornaram-se regulares.

Eu te amo...” o sussuro fraco de seus pensamentos expandiu minha sede de sangue.

Mas não o sangue dela. Eu queria vingança. Eu queria matar o bastardo que havia feito aquilo com ela. Eu o queria morto! Pelas minhas próprias mãos...

Só então eu percebi que Sandy estava protetoramente em minha frente. Como se quisesse me esconder do “perigo” acima, nas escadas. Mal sabiam eles que o perigo ali agora era eu!

Repousei a cabeça de Annie gentilmente no chão e levantei-me. Com a força do pensamento, levitei seu corpo. Quando ele estava de pé, o apoiei no meu, segurando-a protetoramente contra meu peito. Toquei o braço de Sandy, para ela sair do meu caminho.

Ao olhar pra mim, reparei em seus olhos violetas e as ondas de poder emanar de seu pequeno corpo.  Ela não estava protegendo só a mim, como também a ela e a Greg. “Muito generoso para quem eu julgava ser egoísta!” pensei surpreso.

-Greg? – o chamei. Logo ele estava ao meu lado, deixando Ann entre nós. – Cuide dela! – pedi.

-Tudo bem. – ele a pegou nos braços. – E agora?!

-Posso não ver... – “merda, preciso de meus olhos para matá-los!” pensou o homem de olhos fechados flanqueado pelo nosso informante. – Mas eu ainda a sinto aqui. Cadê ela, Johnson?

-Então me conhece desde quando fui humano? – perguntei alto o bastante. Mesmo que eu sussurrasse, ele ouviria, mas... dane-se!

-Desde muito antes... – murmurou malicioso. – Eu conheci sua mãe e...

-Cala a boca! – falei friamente e comecei a enxergar tudo vermelho. Eu estava perdendo o controle. As expressões faciais dos dois mudaram para terror quando sentiu o que eu poderia fazer.

Novamente, as luzes foram ao máximo de potencia e voltando ao normal, freneticamente. Os vidros das janelas rangiam, quase se espatifando. Como não tinha ninguém no meu caminho, levantei o braço direito com a mão em garra.

-Espero que tenham curtido a vida o bastante... – falei sentindo o poder circular dentro de mim, assim como o alivio. Logo eu estaria livre deles! – Porque ela termina aqui!

O gosto amargo do veneno enchia minha boca, mas eu não perderia o controle desse jeito. Eu não queria enterrar meus dentes em algo macio, não eu não queria. Canalizei minha raiva e sede para a concentração de meu poder.

Em um segundo os dois estavam grudados na parede. Lentamente fui fechando a mão, sabendo que estaria quebrando todos os ossos deles. Uivos e gritos, assim como guinchos, ecoaram no ambiente. Um sorriso perverso cresceu em meus lábios.

Minha mão direita tremia com a força que eu a apertava. O mais fraco deles já tinha revirado os olhos e não gritava mais, apenas gemia de dor. Era isso que eu queria que eles sentissem: dor. Muita dor! Decidido a dar um fim em tudo isso, usei as duas mãos, como se estivesse rasgando um tecido invisível.

Não precisei olhar para cima para saber que os dois tinham sido desmembrados. Deixei os braços cair ao lado do corpo, exausto. Eu nunca tinha feito nada dessa magnitude. Fitei Sandy, que ainda tinha os olhos violetas intensos e assenti.

Ela sacou o celular e ditou para sua gangue vim fazer a limpeza do local. Suspirei novamente. E voltei-me para Greg, que tinha minha amada em seus braços desacordada.

-Vamos! – falei e seu frágil corpo estava comigo. Demos as costas para a cena horrenda acima das escadas e partimos para a Ferrari branca de Greg. Agora, ele estava no controle de novo!

FIM DO CAPITULO!

Luigui

Castelo



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Notas finais do capítulo

Cara, eu ja falei que eu tenho as melhores leitoras no mundo?! Voces advinharam direitinho hein...
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK estava implicito e ainda assim voces acerttaram. Foram quase todas que acertaram e eu digo: MEUS PARABENS!
Bom, a fic tem 30 capitulos e incluindo o epilogo, dá 31. O 29 e 30 será o desfecho. Não me abandonem nessa altura da copa, pel'amor do Luke! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

bj =*
E nos vemos na segunda se o capitulo tiver 4 reviews (:



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