As novas 12 casas escrita por Elias Franco de Souza


Capítulo 9
Anjos caídos


Notas iniciais do capítulo

A invasão ao Santuário já começou. Itsuki e seus amigos retornam à primeira casa, onde Kiki de Áries aguarda a chegada dos inimigos.



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Itsuki e seus companheiros corriam o mais rápido que conseguiam em direção à casa de Áries. Podiam sentir que as batalhas pelo Santuário já haviam começado, e chegariam atrasados. Em especial, o Coliseu parecia ser a área com mais problemas, pois era onde concentravam-se a maior parte de cosmos aliados se apagando. Mas não era somente o Santuário que estava sob fogo. Ao redor do mundo, milhões de vidas podiam ser sentidas silenciando. Isso ocorria em ao menos quatro dos pontos mais populosos do globo.

No entanto, o Santuário mal conseguia defender a si próprio, quanto mais dividir forças para proteger o resto da Terra. Obrigando os cavaleiros de Atena a escolher entre reagir nas inúmeras frentes de ataque ou deixar milhões de vidas inocentes serem perdidas, a tática de guerra do inimigo era cruel e implacável.

E em meio a tudo isso, Itsuki não conseguia tirar Ikki de Fênix da sua mente. Aconteceu tudo tão rápido, que a garota ainda não havia conseguido assimilar toda a informação. Perguntava-se o que exatamente havia acontecido há 9 anos, quando Ikki saiu de casa e não voltou mais. Por que tinha de ser ele a se sacrificar, ficando preso em uma dimensão selada junto de Prometeu? E o que exatamente esses dois Titãs planejavam fazer, no momento em que Ikki interveio? Eram perguntas que talvez Itsuki pudesse responder, se simplesmente desse meia-volta e... Não. A amazona não podia pensar numa ideia absurda dessas. Precisava cumprir o seu dever.

 — Estamos chegando — comemorou Itsuki aos seus companheiros, vendo a casa de Áries logo à frente.

Sem parar de correr, os cavaleiros rapidamente atravessaram a casa, encontrando Kiki do outro lado. O dourado estava na beirada da escada que dava para a saída das 12 casas. Dali, parecia estar observando algo atentamente.

 — Kiki — chamou Itsuki, alcançando o ariano — eles já estão aqui? — perguntou, olhando escada abaixo.

Kiki não respondeu. Continuava a fitar alguns homens, ainda distantes, que subiam, sem pressa, as escadas para a primeira casa. Os cavaleiros de bronze olharam atentamente e viram que havia armaduras conhecidas entre eles. Aquelas asas... Aqueles escudos... Aquele elmo em formato de vaso... E aquele peitoral em formato de asas de anjo... Sim, eram as armaduras de ouro dos quatro cavaleiros lendários. Itsuki e seus amigos abriram um sorriso. Seiya e os outros lendários haviam retornado para defender as 12 casas.

— Não acredito que eles voltaram! — exclamou Natassia, fazendo menção de correr em direção ao seu mestre — Hã? Kiki? — questionou, quando foi barrada pelo braço do dourado.

— Olhem direito.

Natassia e os demais observaram com mais atenção. A amazona de Cisne notou que quem trajava a armadura de Aquário era moreno, e não loiro. E, além disso, Hyoga não costumava deixar a barba crescer. Shoryu também teve a impressão, apesar de fazer muito tempo que não via seu pai, que aquele que carregava a armadura de Libra não era Shiryu, até por que seria improvável que Shiryu abrisse mão de seu longo cabelo, e aquele homem tinha o cabelo curto. E, não bastasse isso, contaram ao todo sete homens naquele grupo. Entre eles, pareciam estar presentes também as armaduras de Leão, de Escorpião e até mesmo a inconfundível armadura de Áries, com seus dois chifres no peitoral, sendo que Kiki estava com sua armadura bem ali, ao lado dos cavaleiros de bronze.

— Essas armaduras de ouro... — observou Kiki — Elas tem um brilho diferente. São foscas, como se tivessem apagado.

— É verdade — observou Shoryu — a cor delas é um pouco diferente. São mais pálidas.

— Esses homens não são desse mundo — avisou Kiki. — São os santos caídos do mundo maldito. São o inimigo que está atacando o Santuário.

— Santos... Caídos? — perguntou Itsuki.

— Esse é um conceito que até agora existia somente na teoria. Os cavaleiros, como vocês sabem, são como santos capazes de realizar milagres. Porém, se eles viessem a se corromper e a trair Atena e seus ideais... E não estou falando de somente uma parte dos cavaleiros trair Atena, mas de todos eles em seu conjunto, como organização... Eles se tornariam algo similar a anjos caídos. Perderiam a bênção de Atena, assim como os anjos perdem suas asas. E sem a proteção de Atena, as armaduras perdem o seu brilho, e se tornam essas peças foscas. Esse é um dos motivos pelos quais não basta eu fabricar uma armadura nova se ela não tiver a bênção de Atena. Uma armadura fabricada assim não passaria de uma armadura negra¹. No entanto, uma armadura que já teve a bênção de Atena uma vez e a perdeu depois, provavelmente ficaria com essa aparência fosca que estamos vendo.

— Então... Estes sete homens que estão subindo... — disse Shoryu, sentindo-se subitamente assustado.

— Sim. São os antigos cavaleiros de ouro do outro mundo. Eu sinto dizer, mas contra sete inimigos desse nível, eu não serei capaz de garantir a segurança de vocês. Provavelmente, nós quatro iremos morrer — advertiu, deixando o clima pesado entre os cavaleiros de Atena.

— Ainda assim — quebrou o silêncio Itsuki — Nós não vamos recuar.

— Isso mesmo, Kiki — concordou Natassia — Se eles são assim tão fortes, você vai precisar de toda a ajuda que conseguir.

— Se nós pudermos levar ao menos um deles junto de nossas vidas — comentou Shoryu — talvez o Santuário tenha uma chance.

— Tudo bem... — aceitou Kiki — Mas vocês vão seguir as minhas ordens. Precisaremos de um plano bem definido se quisermos ter alguma chance contra esses números.

Os sete cavaleiros caídos finalmente chegaram ao topo da escada. Na entrada de casa de Áries, somente Kiki esperava por eles.

— Vejam só o que temos aqui, rapazes — disse o cavaleiro que trajava a fosca armadura de Leão, adiantando-se. Era um homem loiro, de olhos azuis, e com barba rala e grisalha. Parecia ser mais velho que a maioria dos cavaleiros de ouro da Terra, estando próximo dos 40 anos de idade — Finalmente um oponente digno. Eu já estava cansado de estraçalhar cavaleiros de bronze e de prata no caminho até aqui... Me diga, qual o seu nome, moleque? — perguntou para Kiki.

— Eu sou Kiki de Áries. E o nome de vocês?

— Hm... Essas sobrancelhas raspadas... — disse, ignorando a pergunta de Kiki e prestando atenção em sua aparência. — Ei, rapazes, parece que os idiotas desse mundo ainda têm muvianos por aqui.

“O quê? Muvianos?” comentaram outros dourados rindo. “Já não faz uns 300 anos que extinguimos os nossos?” comentou outro. “Não acredito que ainda não afogaram todos por aqui” comentou um terceiro. Kiki, comumente sereno, ficou espantado com os comentários. Espanto esse que, aos poucos, foi sendo substituído por um sentimento de repulsa por aqueles homens.

— Ei, macaco! — gritou o cavaleiro vestindo a armadura de escorpião. — Se você é mesmo um muviano, por que não faz uns truques aí pra gente ver com a sua telecinese? — zombou, arrancando risadas dos demais.

— Parem, rapazes, parem... — pediu o leonino, conseguindo conter os risos dos companheiros — Não veem que estão deixando o garoto constrangido? Vamos ser mais educados... Escute, Kiki, já que somos os seus carrascos hoje, iremos nos apresentar. Eu sou o Richard de Leão.

Seguindo o leonino, os demais cavaleiros do outro mundo também se apresentaram. O primeiro deles foi Surtur² de Áries, um homem que, apesar de ruivo como Kiki, parecia ter traços mais europeus. O segundo foi Asura de Virgem, um homem cujas feições lembravam muito as de Shaka, mas que os longos cabelos eram completamente negros. A seguir apresentou-se Trasímaco³ de Libra, outro cavaleiro que, assim como Richard, parecia ser mais velho, mas sendo moreno ao invés de loiro. Depois, apresentou-se Vizir de Escorpião, um homem com a pele morena clara e olhos amendoados, além de também ter um longo cabelo negro. O penúltimo a se apresentar foi Minamoto de Sagitário, um oriental, provavelmente japonês, de cabelos curtos. E, finalmente, Grigori de Aquário, outro cavaleiro que parecia ser mais velho, mas tendo cabelo moreno e barba grisalha.

— Me respondam uma coisa... — começou Kiki, tentando esconder a antipatia que nutria por aqueles homens. — Vocês são cavaleiros que traíram Atena em seu mundo?

— Atena... — repetiu Richard, com escárnio — Fazia muito tempo que não ouvíamos esse nome, e agora, desde que chegamos aqui, só ouvimos isso... Sim, no nosso mundo, já há muitas gerações que nós mesmos matamos Atena — revelou, sem pudor algum — E se você experimentasse o caos daquele mundo amaldiçoado... — disse rangendo os dentes, e transparecendo ódio — Você faria o mesmo. No nosso mundo, a Terra sempre foi dividida em guerras sem fim entre os deuses. Atena, Hades, Poseidon, Zeus... Nenhum deles jamais foi capaz de prevalecer-se sobre os demais e estabelecer um mínimo de ordem e harmonia. Nunca houve sequer um breve período de paz para descansarmos. E, no final, tudo o que eles conseguiram foi destruírem uns aos outros, e nos deixar como legado um mundo em anarquia. Somente Atena sobrou no final... Mas a que custo? Com o mundo em caos, sem conhecermos mais nada além da dor, e até mesmo ela estando debilitada, cheia de sequelas... Era somente natural que nos livrássemos dela. Porém, chegou o dia, a nove anos atrás, em que o senhor Prometeu chegou ao nosso mundo e finalmente colocou ordem onde antes só havia guerra e anarquia.

— O novo mundo de Prometeu — continuou Asura de Virgem, que transmitia um ar surpreendentemente pacífico para estar junto daqueles homens — é o mundo perfeito. Ele recriou a raça humana a partir do zero, corrigindo suas imperfeições... E com a nossa ajuda, fará o mesmo aqui.

— Sem querer soar ofensivo... — observou Kiki. — Mas é difícil de acreditar que homens como vocês tenham ganhado a permissão de viver nessa suposta utopia.

— Huhuhu... Você não está errado. — respondeu Richard — Nós humanos somos como anjos caídos... Ou melhor, nós somos como demônios do inferno, se comparados à nova raça de Prometeu. Porém, o nosso deus ainda precisa de alguém para realizar o trabalho sujo por aqui. Você sabe como é... Anjos não devem sujar as suas asas de sangue.

— Entendo... — afirmou Kiki — Então mesmo após conseguir recriar a raça humana perfeita, Prometeu ainda não desistiu de se vingar contra a nossa humanidade que ele deixou para trás.

— Sim. Vocês devem pagar pela ingratidão — lembrou Richard. — Prometeu foi o deus que criou a raça humana a imagem e semelhança dos deuses. E mais que isso, ele até mesmo desafiou Zeus por lhes conceder a semente dos cosmos. Mesmo assim, os humanos nada fizeram quando Prometeu foi punido por ajudá-los. Ele passou milhares de anos sendo torturado no Monte Cáucaso... E a troco de quê? Para vocês continuarem reduzidos a criaturas vis, com suas inúmeras guerras, conflitos, intrigas, traições... Não mais. — disse cerrando os olhos. — Vocês não foram merecedores das virtudes com as quais Prometeu os presenteou. Então agora é chegada a hora de expurgar todo o mal. E quando nós acabarmos o serviço por aqui, Prometeu expiará nossos pecados, permitindo-nos viver em seu novo mundo — concluiu, agora apertando também os punhos, dos quais começavam a escapar faíscas de eletricidade.

Elevando o cosmo de forma agressiva, Richard claramente preparava-se para atacar. Não só ele, como também seus companheiros que começavam a empunhar seus cosmos ao lado de Richard. Parecia que não havia mais como Kiki continuar a ganhar tempo. Qualquer tentativa de diálogo a partir daqui seria imprudência.

— Humpf... Parece que acabaram as nossas tratativas — disse Kiki, com expressão de quem também estava ansioso por uma boa luta.

— Foi bom te conhecer, garoto — despediu-se Richard, com os olhos preenchendo-se de relâmpagos. — Relâmpago de Plasma!

Richard desferiu um soco no ar, a partir do qual milhares de relâmpagos partiram retalhando o ar em seu caminho e de encontro a Kiki. Mas, no mesmo instante, Kiki abriu os braços, levantando, a partir do chão, uma película dourada que cobriu toda a entrada da casa de Áries. Os relâmpagos refletiram-se nessa película, e voltaram na direção contrária contra todos os cavaleiros do outro mundo. Todos protegeram-se com seus braços, como puderam, mas, ainda assim, caíram no chão, fustigados pelos milhares de relâmpagos. Já Kiki, continuou passivo atrás de sua Muralha de Cristal, que tremulava e reluzia de forma imponente.

— Com esta parede... — afirmou Kiki — Vocês não serão capazes de passar.

Os cavaleiros inimigos levantaram-se furiosos, por terem sigo surpreendidos daquela forma.

— Ora... — disse Richard. — Quem diria que as suas técnica realmente seriam similares às nossas? Mais uma prova histórica de que as nossas habilidades são virtualmente as mesmas desde as primeiras gerações de cavaleiros de Atena, quando as nossas dimensões se bifurcaram no espaço-tempo.

— Devo confessar que também estou surpreso por você ter me atacado com a mesma técnica dos cavaleiros de Leão do meu mundo — comentou Kiki.

— Deixem que eu me encarrego disso... — disse Sutur de Áries, caminhando à frente. — Eu como o cavaleiro de Áries conheço o ponto fraco da minha própria técnica — disse apontando um dedo na direção de um ponto específico da parede de Kiki. — Logo, um truque como esse não irá funcionar comigo.

Sutur disparou um pulso de energia contra a parede de cristal, esperando começar uma reação em cadeia que a desintegraria. Porém, no instante em que esse pulso a atingiu, a parede de cristal, antes elástica, se enrijeceu, espalhando a energia recebida como uma onda por toda a sua superfície. Em seguida, essa onda retornou ao mesmo ponto de onde se originou, refletindo um pulso duas vezes mais forte contra Sutur, e lançando-o de costas contra o chão.

— A Muralha Perfeita... — explicou Kiki, surpreendendo a todos os inimigos — Eu tive 20 anos para aperfeiçoar as técnicas de meu mestre Mu. A minha parede de cristal já não tem mais um ponto fraco como antes. Hoje ela é virtualmente indestrutível.

— O quê?! — revoltou-se Sutur, levantando-se irado por ter sido derrubado duas vezes. — Isso é impossível! Realmente, agora eu não consigo mais encontrar ponto fraco algum na estrutura dessa parede. Sem isso, não teremos como passar...

— Bobagem — retrucou Richard, adiantando-se. — Nenhuma defesa é grande demais que não possa ser derrubada por poder bruto — lembrou, cerrando os punhos e elevando um cosmo assustadoramente alto.

— Espere! — disse Grigori de Aquário, adiantando-se antes que Richard ferisse a todos novamente — Deixe que eu cuido disso — pediu, caminhando até a parede de cristal. — Poder bruto pode resolver, mas não vamos usá-lo antes do necessário.

De frente para a Muralha Perfeita de Kiki, Grigori aproximou a palma da mão sobre a sua superfície. Daquele ponto, cristais de gelo começaram a solidificar-se sobre a sua superfície, e espelharam-se por toda a muralha, que foi ficando cada vez mais rígida. Kiki, que até agora estava confiante, começou a transparecer hesitação.

— Um material sólido demais — explicou Grigori — torna-se quebradiço! — exclamou, dando um soco contra a muralha, e estilhaçando-a em mil pedaços.

Ao ver a parede se despedaçando, Kiki tentou recuar, mas Grigori foi mais rápido e atacou-lhe com um rajada de cristais de gelo, derrubando-o no chão.

— Agora... — disse Grigori, caminhando na direção de Kiki. — Você vai descansar eternamente na minha Esquife de Gelo.

Grigori elevou a mão ao alto, evocando um círculo de gelo no chão, abaixo de Kiki. Porém, antes que as estacas de gelo brotassem do chão, Kiki teletransportou-se para o centro da casa de Áries, fazendo com que a esquife de gelo cercasse somente o ar.

— Oh... O teletransporte dos muvianos — admirou-se, avançando casa adentro, no que foi seguido por seus demais companheiros.

Kiki recuou a passos lentos, olhando atentamente para a posição de cada um dos inimigos que movimentavam-se para cercá-lo.

— Desista cavaleiro de Atena. Você não pode contra nós sete!

— Isso é o que veremos... Agora! — exclamou Kiki, abrindo os braços mais uma vez.

Dessa vez, duas Muralhas Perfeitas, interseccionando-se em um formato de xis, elevaram-se entre os cavaleiros inimigos, dividindo-os em quatro grupos. No setor da entrada da casa de Áries, onde estavam os últimos cavaleiro a adentrar a casa, ficaram presos Sutur, Asura, Visir e Minamoto. No setor à esquerda de Kiki, ficou somente Richard de Leão. E no setor à direita, Trasímaco de Libra. Já no setor em que estava Kiki e a saída da casa de Áries às suas costas, ficou Grigori de Aquário.

E, ao mesmo tempo em que os cavaleiros inimigos foram surpreendidos pelas paredes levantadas por Kiki, surgiram também os cavaleiros de bronze, que se escondiam nas sombras da casa de Áries. Itsuki de Fênix ficou presa no mesmo setor que Richard. Natassia de Cisne ficou frente a frente com Trasímaco. E Shoryu de Dragão havia se colocado entre Kiki e Grigori. Ainda desorientados pela armadilha em que haviam caído, os cavaleiros do outro mundo se viam forçados a iniciar combates um-contra-um contra adversários que eles não haviam escolhido.

— Obrigado por igualar os números para a gente Kiki — agradeceu Shoryu — Agora teremos uma chance de lutar... — disse cerrando os punhos.

— Shoryu, não dê espaço para o cavaleiro de Aquário à sua frente. Ele é o único que pode destruir facilmente as minhas muralhas.

— Pode deixar comigo, Kiki... — afirmou Shoryu, elevando a sua aura de Dragão e caminhando em direção ao adversário — As informações que você coletou para a gente até aqui... Nos serão muito úteis — concluiu, com a determinação do cosmo queimando em seus olhos.


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Notas finais do capítulo

1. Estes conceitos não existem no universo de Saint Seiya, tenso sido uma interpretação minha para esta história.

2. Surtur é o gigante de fogo que incendeia os nove mundos no Ragnarok.

3. Trasímaco é o principal interlocutor de Sócrates em "A República", sendo responsável pela apresentação da definição de que a justiça não é nada mais do que a "conveniência do mais forte" ou "fazer o que é do interesse do mais forte".