Entre Fogo e Gelo escrita por Nc Earnshaw


Capítulo 31
Super-hímen




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/790553/chapter/31

 

Capítulo 30

por N.C Earnshaw

 

O SOM DO UIVO o acordou bruscamente. Impulsionado pelo chamado desesperado de algum dos seus companheiros de bando, Paul saltou da cama e pulou a janela do quarto sem ponderar. A adrenalina da batalha percorreu suas veias de imediato, e ele nem ao menos tirou suas calças antes de se transformar. Os pedaços de tecido se espalharam para todo lado, e um lobo gigante deu lugar ao garoto musculoso. Por sorte, sua casa não tinha vizinhos próximos, e a chance era mínima de um humano acabar vendo alguma de suas transformações. 

Seu corpo congelou ao ver a imagem do rosto de Wendy através dos olhos de outra pessoa. A vampira exalava um tipo de fragilidade que ele nunca havia visto nela antes, e doeu seu coração vê-la daquela forma. Os pensamentos dos seus companheiros de matilha o atacavam de todos os lados e ele, angustiado para chegar até seu imprinting, não conseguiu se focar em algum para entender o que tinha acontecido. 

O Lahote impulsionou seu corpo ao limite, entregando-se aos instintos do lobo ao perceber que tinha algo errado com sua companheira. Sua mente buscava em alguma daquelas imagens apressadas o porquê de Wendy se encontrar naquele estado letárgico. 

Suas dúvidas foram sanadas assim que as memórias recentes de Embry o atingiram. 

Ele observou pela visão de Jacob seu amor ser destruído com algumas palavras. Ele teve que ver, sem poder fazer nada, alguém tentar machucar a mulher que ele amava com tudo que tinha. Teve que vislumbrar o brilho nos olhos da garota que ele daria a vida para fazer feliz, desvanecer.

Até ali, Paul achava ter sentido o ápice da raiva, pensava não conseguir se sentir mais irado, no entanto, ao contrário do que pensava, Jacob o fez vivenciar uma fúria insana que tomou conta de cada fibra do seu corpo. Era a coisa mais intensa que havia experimentado, perdendo apenas para o amor profundo que sentia por Wendy. E essa raiva, diferente das outras, queimava. 

O quileute nunca havia odiado alguém, nem mesmo seu velho pai. Mas o Black havia conseguido atingi-lo de um jeito que ninguém mais tinha. E ele precisava fazer algo sobre isso. 

“Paul”, gritou Sam ao perceber que ele estava desviando o caminho para seguir Jacob. “Não o siga!”

A voz de alfa foi usada como último recurso. Entretanto, as palavras não sujeitaram nenhum poder sobre Paul. Ele estava determinado a estraçalhar qualquer pedaço que conseguisse agarrar, queria cometer exatamente o que aquele canalha estava pensando em fazer com Wendy. Arrancaria seus membros e jogaria os pedaços no mar. 

“Ele está muito longe, cara. Não vai alcançá-lo”, pronunciou-se Embry, soando exausto. “Seu imprinting precisa de você.” 

Paul balançou a cabeça, espantando a imagem de uma Wendy ainda extremamente fragilizada. Seu corpo o puxava para duas direções diferentes. Queria consolar sua vampira, niná-la e senti-la segura em seus braços, mas também desejava com todo o seu ser, vingar-se.  

O Lahote viu através de Sam, Embry tentando arrancar alguma resposta de Wendy. Perceber que ele não conseguiria, foi o bastante para que ele tomasse uma decisão. Lidaria com Jacob depois. Sua menina precisava dele. 

Ele parou próximo à saída das terras de La Push, sentindo a presença do Black em sua mente, e destinou um único pensamento ao garoto. Um aviso de que se um dia ele voltasse para casa, acertariam suas contas. 

Logo que Paul se aproximou de onde Wendy estava, voltou a forma humana sem se importar com sua nudez. Ignorou os olhares constrangidos que Sam e Embry o lançavam e andou os últimos passos na direção dela, com rapidez.

Assim que se prendeu ao redor do corpo delicado, teve vontade de chorar. Por muito pouco, não a tinha perdido. Por um triz, o amor de sua vida não se encontrava machucada. Ou até mesmo pior. Se ela tivesse sequer quebrado alguma de suas unhas, não se perdoaria. 

Passou os braços ao redor das pernas dela e a ergueu carinhosamente, aninhando-a em seu corpo. Sentiu os músculos dela relaxarem aos poucos e sua respiração retornando, então depositou um beijo cálido em sua testa e aspirou um pouco do seu cheiro gostoso, tentando se acalmar. 

Ele avistou uma cesta próxima onde estavam os pés dela e apontou com a cabeça para que Embry a pegasse para entregá-lo. O garoto acatou o pedido prontamente e depositou o objeto nas mãos de Wendy com cautela, temendo que se agisse de supetão, irritaria o Lahote de alguma maneira. 

— Obrigado — agradeceu Paul. “Não apenas pela cesta, mas por defender meu imprinting e protegê-la”, pensou para si mesmo. 

Embry assentiu, embasbacado, sem acreditar que Paul Lahote o tinha agradecido por alguma coisa. Ele gaguejou um “não foi nada, cara”, que deveria ter saído descolado, mas foi extremamente constrangedor como a maioria das coisas que ele falava quando estava nervoso. 

O lobo passou por Sam estranhando o silêncio do seu alfa. Entretanto, ao encarar seus olhos, viu uma compreensão devastadora. 

O Uley entendia o seu desespero e não julgava seus atos, inclusive o admirava por ter controlado sua raiva e voltado, quando nem mesmo ele teria essa força. 

Paul correu até sua casa carregando Wendy. Ambos se mantiveram em silêncio durante todo o percurso, perdidos em seus próprios pensamentos e revivendo a última meia hora por motivos diferentes. O Lahote tinha resolvido dar um tempo à vampira, temendo sobrecarregá-la ainda mais com as suas perguntas. Ele não havia prestado tanta atenção nas palavras de Jacob para ela, estava muito focado na ameaça contra sua vida e na necessidade de protegê-la, mas percebeu pelo olhar vazio no rosto do seu imprinting que o que acontecera na floresta tinha mexido com seus sentimentos.  

Ele parou em frente a porta e tentou abri-la girando a maçaneta velha. Quando não obteve êxito, pensou que aquela droga havia emperrado novamente e chutou com um pouco de força. A madeira velha apenas tremeu e não saiu do lugar. 

Irritado, lembrou que havia saído pela janela do quarto e tinha deixado a porta da frente trancada na noite anterior, então, ou ele descia Wendy dos seus braços e entrava pela janela, ou chutava a porcaria para arrancar as dobradiças ainda com sua garota “machucada” amparada contra seu peito.

Não era muito difícil adivinhar qual foi a alternativa escolhida. 

O lobo deu uns passos para trás para pegar impulso, levantou a perna no ar e…

— O que está fazendo? — A voz suave da Cullen o surpreendeu e o fez perder o equilíbrio. Ao invés de chutar a porta, afundou o pé na parede ao lado do trinco e deixou que ela escorregasse para o chão com ele por cima. O som do impacto dos dois corpos na entrada retumbou por toda a área, e Paul ficou preocupado que ele a tivesse machucado com seu peso. A cesta que estava nas mãos da garota voou para longe, espalhando toda a comida na terra. E os cabelos espessos de Wendy cobriram o rosto dele como uma cortina, atrapalhando sua visão da face dela. Ele tentou afastá-los, mas somente piorou a situação e, por muito pouco, não engoliu cabelo. 

Para aumentar seu desespero, um barulho muito parecido com um chiado saiu de Wendy, assustando-o e o deixando aflito. 

— Linda, você está bem? — inquiriu o Lahote, afastando os fios que estavam em seu caminho com mais afinco. 

O ruído continuou, porém, mais alto e mais aterrorizante para o lobo, e ele se impulsionou para o lado para avaliá-la melhor, enfim conseguindo se livrar dos cachos selvagens que tanto amava. 

Paul analisou o rosto dela por alguns segundos e arregalou os olhos. 

— Você… está rindo? — conferiu. 

Ela negou rapidamente, e colocou a mão sobre a boca, tentando encobrir o riso que queria escapar por seus lábios. 

— Está sim! — afirmou. 

Wendy não pôde se conter mais e começou a gargalhar livremente, com direito a mão na barriga e movimentos aleatórios com os pés. 

Ele, encantado com a imagem, lançou um sorriso largo para a garota bagunçada ao seu lado e franziu as sobrancelhas. 

— Do que está rindo? — O lobo a cutucou nas costelas, tentando chamar a atenção da vampira para si. 

Ela o encarou de lado e ele admirou as covinhas profundas em seu rosto por alguns segundos. Assim que Wendy pôs os olhos nele, as risadas se intensificaram. 

— Está rindo de mim? — indagou, surpreso. A ideia de alguém rindo dele mesmo, algumas semanas antes, teria o deixado furioso. Mas para seu total espanto, saber que tinha colocado um sorriso no rosto da garota que ele estava apaixonado, depois do que ela havia passado, era incrível. E não se importaria de se fazer de bobo, milhares de vezes, se pudesse fazer sua vampira rir novamente. 

— Eu te amo. — Amava Wendy. Amava com tudo que tinha em si. Amava os cachos do seu cabelo, as covinhas profundas, sua doçura, sua personalidade abnegada e, principalmente, sua força de espírito. A única certeza que tinha naquele momento era que amava aquela mulher e queria passar o resto da sua vida ao lado dela vivendo esse amor. 

— Eu te amo. — Ele repetiu sem se conter. A frase saindo com uma facilidade assustadora, e uma sensação inebriante de alívio o tomou por completo. 

Paul observou a expressão alegre de Wendy se fechar e quase tremeu ao perceber que o olhar vazio de antes, havia retornado. 

A garota levantou abruptamente, deixando-o largado e com o coração destruído. Ela não havia dito que o amava também. 

— Acho melhor terminarmos. — A voz dela o despertou dos pensamentos de pena por si mesmo e o fez se erguer, num pulo. 

— O quê? — inquiriu ele, desnorteado. Seu estômago se revirando ao processar o que ela estava dizendo. O quileute, inclusive, teve que se apoiar na parede para não voltar ao chão. 

— Não combinamos, Paul — afirmou a Cullen com um semblante vago. — Insistir nisso só nos trará dor. 

— Está terminando comigo por que falei que te amava? — O lobo deixou os ombros caírem, sem acreditar no que estava ouvindo. 

— Não! — negou ela veemente. — Não estou terminando porque você me… Não estou terminando por causa disso. Apenas percebi que não vamos dar certo como casal. 

Paul bufou alto, inconformado com a explicação. 

— Você sabe muito bem que somos um casal incrível, essa desculpa não cola comigo — rosnou. Ele se aproximou dela para fitar seus olhos, mas Wendy desviou o olhar rapidamente. — Fale a verdade. 

— Mas que droga, Paul! Não tem verdade nenhuma! — revoltou-se ela cerrando os punhos. — Já disse, acho que não funcionamos bem como casal, então é melhor que voltemos a ser…

— Amigos? — desdenhou o Lahote. Ele passou uma das mãos pelo cabelo, pedindo aos ancestrais que o enviassem paciência. — Não quero ser a porcaria do seu amigo!

— Mas é o que vamos ser a partir de agora — determinou a Cullen ferozmente. — Não tenho espaço na minha vida pra um… — Ela se interrompeu ao perceber sua voz mais fina que o comum, e tentou controlar o veneno das lágrimas que queimavam seus olhos. — amor. Mas tenho lugar para um amigo. 

— Não quero ser seu amigo — grunhiu o lobo. — Quero você!

— Não importa o que você quer, Paul! E sim o que você precisa. 

— Ah, é? O que eu preciso? — caçoou ele, invadindo o espaço pessoal dela. — Então me diga, Cullen, já que você sabe tão melhor que eu, o que eu preciso? 

Wendy engoliu em seco, intimidada com a proximidade. Os corpos estavam tão juntos que se ela desse mais um passo, somente um passo, podia cair nos braços dele e esquecer aquela bobagem. No entanto, ela nunca poderia ser tão egoísta. Não com o homem que ela amava. 

— Você precisa de alguém normal. — As palavras a feriram, mas ela continuou. — Alguém que você possa levar em restaurantes, alguém que possa fincar raízes em algum lugar sem atrair a atenção por não envelhecer, alguém que possa te dar filhos… Qualquer garota humana seria uma opção melhor que eu. 

— Só pode ser brincadeira — sussurrou Paul para si mesmo, relaxando. — Você é uma bobona, Wendy Cullen. 

— O quê? — Ela ergueu a cabeça para fitar os olhos dele, abismada. “Será que ele não entendeu o que falei?”, pensou. 

— Idiota — sussurrou o lobo, acariciando o braço dela. 

A vampira assistiu ele afagá-la, subir a mão por seu braço e a puxar para perto. Estava enfeitiçada pelo homem e não resistiu em dar uma olhada nele todo. Quando desceu os olhos para as partes baixas de Paul, soltou um guincho. Ele estava completamente pelado. 0 roupas. Do jeitinho que veio ao mundo. 

— Paul, você está… 

— Nu? — Ele deu de ombros, sem se preocupar com a exposição do seu corpo ou com o olhar interessado de Wendy em seu amiguinho. — Rasguei as calças quando me transformei. 

— Paul… — A Cullen sentiu seu rosto ser levantado com um dedo e ela passou a mirar os olhos mais lindos que ela já tinha visto na vida. Negros e profundos, brilhando com uma intensidade que a fez tremer. 

— Eu te amo, linda — declarou ele, afagando sua bochecha. — Te amo tanto que chega a doer. 

— É o imprinting — contrariou Wendy, fechando os olhos. 

Paul a lançou um sorriso triste. 

— Não vou mentir para você, Wen. O imprinting com certeza me impulsionou a te amar. — Ela tentou se afastar dele, ferida demais para continuar com aquela conversa, porém ele a segurou. — Mas ele não me deixou sem opção, poderíamos viver como amigos ou conhecidos, desde que eu ficasse perto de você. Temos essa opção se ainda desejar, porque eu nunca, nunca mesmo, forçaria você a algo. 

— Por favor — implorou a vampira, mesmo que não soubesse pelo quê. O coração apertava em seu peito e ela queria somente abraçá-lo para nunca mais soltar. 

— Você lembra, não é? Sobre o lobo ser o que o imprinting quisesse que ele fosse? 

Ela assentiu. 

— Você nunca me pediu para te amar, Wendy. Você nunca exigiu nada de mim. — Lágrimas desconcertantes caíam por seu rosto, mas ele não deixou a vergonha de chorar na frente de alguém o constranger. Porque a pessoa ali parada em frente à sua porta, enquanto abria seu coração, era sua Wendy. E ela nunca iria julgá-lo por demonstrar suas emoções. — Tudo que fiz, tudo que senti, sempre foi real. O imprinting não me forçou que me apaixonasse, não forçou nossos beijos ou abraços. Eu, Paul Lahote, escolhi te amar como mulher. Escolhi te desejar, te adorar e te fazer minha para sempre. E apenas espero que você me aceite e…

Ela não conseguiu deixá-lo terminar, limpou suas lágrimas e o beijou. 

— Ah, Paul! Eu te amo tanto — declarou a garota o abraçando com força. — Desculpa.

Ele acariciou os cabelos dela e a apertou contra si. 

— Shhh, tudo bem, amor. Eu também te amo. 

O lobo atacou os lábios de Wendy, explorando sua boca de todas as maneiras possíveis, mordendo, chupando e acariciando a língua dela com a sua. Agarrou-a pelos cabelos, tentando sentir mais do seu corpo e, quando sentiu sua ereção em contato com o tecido de suas calças, tentou afastá-la. 

— Linda, não acho uma boa ideia fazermos isso agora. Não vou conseguir parar se começarmos. 

— Não quero parar — afirmou com determinação. — Quero você. Agora. 

Paul não pensou duas vezes, virou-se para a porta e a chutou, derrubando-a. Ele tomou Wendy pela mão e a levantou em seus braços, caminhando em direção ao seu quarto em passos largos, sem se importar que sua casa estava exposta a ladrões, pois, quem seria o louco de entrar numa casa com uma vampira e um lobisomem de péssimo temperamento!?

— Você tem certeza? — indagou o Lahote, assim que se aproximaram da cama. — Posso esperar o tempo que for se ainda não estiver preparada. 

— Esperei 80 anos para te encontrar — murmurou Wendy, encarando-o apaixonada. — Não quero esperar mais. 

O lobo puxou o ar com força, na tentativa de se acalmar. Suas mãos começaram a tremer quando ele voltou a acariciar o corpo dela com a ponta dos dedos. Ele levantou a barra da blusa dela lentamente, sem tirar os olhos e admirando cada pedaço de pele exposta. Subiu o tecido até a parte do sutiã. Era preto e simples, mas apertava os seios de maneira firme, que os fez invejá-los por alguns segundos. 

Ele subiu o pano com a ajuda dela, até tirá-lo por completo do corpo, jogando-o para um canto do quarto que logo seria agraciado com mais peças de roupa. Paul apertou sua cintura, sentindo o quão macia e delicada era sua pele. Levou-a para mais perto e desceu as mãos para o botão em um ritmo lento e torturante. Queria que a primeira vez de Wendy fosse demorada, que ela ganhasse a atenção merecida e todo o carinho possível. 

Entretanto, a vampira não tinha os mesmos pensamentos. 

Sentia seu corpo queimar de um jeito que nunca havia sentido antes. Ela tinha necessidade de mais contato, de conhecer e explorar o corpo de Paul assim como ele estava fazendo com o dela. 

Antes que o quileute pudesse continuar com o martírio de tocá-la daquele modo preguiçoso, viu-se sendo jogado em cima da cama. Ele ficou sem ar por algum tempo, desnorteado demais para compreender o que tinha acontecido. Num instante, estava prestes a abrir o botão das calças de Wendy. No outro, havia sido jogado em cima da cama, de supetão. 

— Linda? — chamou, levantando a cabeça. A visão que teve fez seu membro se erguer completamente, sem qualquer sinal de acanhamento. Apenas querendo sentir o calor da mulher à sua frente. 

Engatinhando por cima de si, estava a Cullen, com um semblante frustrado no rosto. 

— Não vou quebrar se me tocar com mais força, Paul — reclamou ela, arranhando as coxas dele com as unhas. 

— Sei disso, Wen. — A voz do lobo soou rouca e necessitada. — Mas é a sua primeira vez. Precisamos ir com calma. 

Ela revirou os olhos e desceu a boca até o abdômen sarado, chupando lentamente um dos gominhos proeminentes e arrancando um gemido sofrido de Paul. 

— Posso até ser virgem, Paul Lahote, mas não sou tão leiga nesse assunto. Não me trate como se eu fosse uma boneca de porcelana. — As irises da vampira brilharam com ferocidade, e o lobo admitiu para si mesmo que estava de fato se segurando. — Quero você por inteiro. 

Paul assentiu e girou os corpos de ambos para que ele ficasse por cima. 

— Tudo que você quiser, amor.

Ele começou chupando seu pescoço, lambendo a pele fina e distribuindo mordidas por toda a área. A pele da vampira era muito macia, mas embora ele colocasse força nas mordidas, não conseguia, nem se quisesse, enfiar os dentes. 

Wendy se contorcia por baixo dele, erguendo o quadril e buscando mais contato. Ela adorava a fricção entre os dois corpos. Como se os músculos dela já soubessem o que fazer, começou a rebolar devagarinho de encontro a Paul, tremendo mais a cada vez que roçava sua intimidade na dele. 

O lobo mordeu uma de suas bochechas com vigor, levantou-a pela cabeça, e desceu uma das mãos até a suas costas. Com muita agilidade, abriu o fecho do sutiã e jogou a peça junto a blusa dela. Era uma vantagem imensa estar pelado, pois, não precisaria perder tempo tirando a própria roupa. 

Paul se afastou um pouco para admirar os seios. Eram pequenos e firmes, e ele mal podia ver a hora de colocá-los na boca. Olhou para o rosto de Wendy, sem querer perder sua reação. A garota tinha os olhos arregalados para ele, em expectativa. Ele soprou um dos bicos, fazendo-a arquear a coluna e soltar um gemido adorável. Continuou o suplício no outro seio, intumescendo-o, e a expressão no rosto dela se passou para uma mistura de prazer e aflição.

— Paul, por favor — implorou. 

Ele não a faz esperar muito mais. Chupou a pele com avidez, enquanto massageava o outro seio. Wendy achou que se continuasse daquela maneira, iria entrar em combustão. Estava sentindo sua alma quase sair do corpo tamanho era o prazer que estava experimentando. 

Passou para o seio negligenciado e o deu o mesmo tratamento. Chupou, mordeu e acariciou por vários minutos, até que a garota se cansou da espera e o puxou pelos cabelos, desejando beijá-lo mais que tudo. 

Enquanto se beijavam, ele apalpou todas as partes do corpo dela. Apertou seus peitos, agarrou sua bunda com firmeza, puxando-a até se ver enrolado em meio às coxas delgadas. 

Decidido a não prolongar mais, puxou o botão das calças dela e as baixou, arrancando-as do seu corpo e as deixando cair nos pés da cama, trazendo junto sua calcinha. 

Maravilhou-se com a imagem de Wendy em sua cama, totalmente entregue a ele e respondendo a cada toque seu. Os cachos estavam mais bagunçados que o normal, a boca rosada trazia um tom de vermelho mais profundo e olhos brilhavam de uma maneira que o deixou arrepiado. Ela o desejava tanto quanto ele a desejava. 

Gravou em sua memória aquela cena específica e guardou nas suas lembranças mais felizes, em meio a tantas outras pertencentes a mesma pessoa. A mesma mulher. Sua Wendy. Seu imprinting. 

— Wen, você é tão gostosa — elogiou ele assim que tocou sua intimidade e sentiu o quão molhada ela estava. — Está tão pronta pra mim. 

Paul a abriu com os dedos, explorando a carne macia com adoração. Deu um sorriso de canto ao perceber a inquietude de Wendy e os olhos dela revirarem a cada movimento dos seus dedos. Seu peito se enchia cada vez mais de orgulho ao ver sua garota se contorcendo com seus toques. 

Querendo enlouquecê-la mais ainda, penetrou o dedo indicador na sua entrada, ao mesmo tempo que estimulava o clítoris com o polegar, em um frenesi lento. Os olhos da vampira se arregalaram diante das sensações arrebatadoras, era uma mistura de prazer com agonia, que a fazia querer jogar Paul para longe do seu corpo em uma tentativa desesperada. Enquanto, simultaneamente, procurava mais do seu toque e buscava por algo incompreensível para ela naquele instante. Algo que ela nunca havia sentido antes. 

Os gemidos de Wendy se tornaram mais altos a cada adentrada, e seu corpo foi tomado pelos instintos. Ela rebolava sem pudor, mexia os quadris para cima e para baixo com a ajuda de Paul, sem tirar os olhos dele. 

Era extremamente excitante ver aquele sujeito de físico excelente a observando de uma forma que ninguém havia visto antes. Principalmente porque o homem sentado em meio a suas coxas, com um dedo enfiado em sua intimidade e a fazendo dar gritos de prazer, era o homem que ela amava. 

Paul vigiou cada segundo do ápice do seu imprinting. Sentiu as paredes da sua boceta apertarem seu dedo, e teve que se controlar para não se desmanchar antes da hora. Foi encantador o gritinho que a garota deu quando começou a sentir os espasmos do orgasmo, ele inclusive conseguiu ignorar a dor que sentiu em seus braços ao ser apertado por suas mãos de ferro. Era bonitinho demais ver seu neném se espalhando na cama com um semblante satisfeito. 

Ele riu baixinho e acariciou seu rosto, brincando com uma de suas covinhas. 

— Quero você — murmurou o lobo. 

— Também quero você. — Ela o puxou para perto em um abraço, desejando ardentemente beijá-lo. Os lábios se enroscaram em um beijo libidinoso, mas que se acalmou aos poucos e se transformou em um ato vagaroso que exigia carinho. 

Paul se afastou dela e retornou ao seu lugar em meio às suas pernas. Ele posicionou seu membro, ansioso para estar dentro dela, no entanto, antes que o fizesse, teve que perguntar. 

— Acha que vai doer? — inquiriu, preocupado. 

Wendy lhe lançou um sorriso ladino. 

— Não dói pra todas as virgens? 

— E-Eu não sei. — Ela semicerrou os olhos, duvidando da sua resposta e escondendo o quanto o estava achando fofo. O corpo de Paul tremia querendo buscar seu próprio alívio, mas ele resistiu porque estava angustiado por ela. Fofo. — Quer dizer, sei sim! Cada mulher é diferente. Algumas sentem dor na primeira vez e outras, não. Você é uma vampira e é virgem, então…

— Pergunta de uma vez, Lahote — ordenou Wendy. 

Ela o presenteou com 3 segundos. Se Paul demorasse mais que isso, jogaria-o na cama e faria tudo, ela mesma. 

— Você não tem um super-hímen ou alguma coisa do tipo, tem? — A voz dele soou temerosa, e a vampira levou um tempo maior do que o normal para registrar o que diabos ele havia perguntado. 

— O quê? Não! — afirmou a Cullen, rindo. — De onde você tirou isso, garoto? 

O rosto do quileute se contorceu numa careta sem graça e ele gesticulou com uma das mãos como se tentasse dizer: — Por Deus! Nem mesmo eu sei. 

Wendy prendeu o riso ao perceber que ele estava constrangido. 

— Sim, acho que possa doer um pouco. — Ela fez um carinho nele enquanto explicava com uma voz calma e sem sinais de riso. — É normal para todas as mulheres, mas acho que para nós, vampiras, é um pouco diferente. 

Paul a encarou com expectativa. 

— Não temos um super-hímen! — reafirmou a Cullen ao ver sua expressão insinuante. — Somos apenas mais resistentes à dor que as humanas. O restante é completamente normal. 

Ele sorriu de canto e afagou sua coxa com a ponta dos dedos. 

— É estranho essa conversa ter me deixado mais excitado? 

Wendy olhou para baixo e se surpreendeu. 

— Talvez. — Ela voltou seu olhar para ele. — Mas, se isso te consola, somos dois estranhos então. 

Eles não esperaram mais tempo. Em segundos estavam se beijando, enrolando-se um no outro enquanto tentavam apalpar cada pedacinho do seu parceiro. Ambos gemiam baixo, enfeitiçados pelo momento e focados em dar e receber prazer. 

Ao tocar a intimidade de Wendy e constatar que ela estava encharcada, Paul encaixou seu membro na entrada dela com cuidado, colocando apenas a cabecinha e arrancando um rosnado ansioso da vampira.  

— Eu te amo — sussurrou o Lahote antes de penetrá-la lentamente com o máximo de cautela possível. No entanto, a garota não queria esperar. Puxou-o pelos quadris fazendo com que ele a possuísse de uma vez, rompendo o hímen. Surpreendeu-o sentir o quão fina era a película e Paul grunhiu ao sentir seu membro sendo esmagado pelas paredes molhadas e macias. Teve vontade de repreendê-la por ser tão apressada e tentou controlar os movimentos do seu quadril, mas estava quase uivando de deleite por estar dentro dela e Wendy não estava ajudando muito ao se impulsionar para ele. 

Os gemidos satisfeitos ecoaram por toda a casa, os gritinhos de Wendy contrastando com os grunhidos roucos de Paul e excitando os dois. O som do movimento dos quadris batendo um contra o outro e o cheiro de sexo tornou tudo muito mais estimulante. O quileute pensou em mudar de posição uma ou duas vezes, entretanto, a ideia de sair de dentro dela era torturante e, com mente nublada pelo júbilo, decidiu adiar as lições para o próximo round. 

Apenas desejava encontrar alívio. 

Ao notar que as paredes de Wendy o apertavam com mais força e as pernas dela tremiam pelo início dos espasmos, ele pegou uma das mãos da garota com delicadeza e levou até a intimidade dela. Segurou dois dos seus dedos e a instruindo, começou a acariciar seu clítoris em movimentos lentos e circulares. 

A cena de Wendy se masturbando com sua ajuda foi o ápice para ele. 

Paul se desmanchou dentro dela sentindo seu mundo rodar e girar, ficar de cabeça para baixo… Ele aproveitou os segundos de felicidade ao máximo, sem parar o movimento dos seus dedos junto dos da vampira. 

O lobo se inclinou sobre o corpo dela e mordeu com uma força calculada o bico do seu peito, fazendo-a também alcançar o ápice e o proporcionar novamente a imagem linda que era ter o seu imprinting desfrutando daquela sensação. 

Ele saiu de dentro dela e beijou a pontinha do seu nariz. 

— Também te amo — disse a Cullen, com um sorrisinho preguiçoso. 

Ele deitou com Wendy em seus braços, espreguiçando-se o quanto podia com as pernas dela, enroladas nas suas. Estava suado pelo esforço físico e cogitando seriamente tirar um cochilo. 

— Paul — chamou a garota, baixinho, levantando a cabeça para encarar seus olhos. 

O Lahote soltou um resmungo em resposta e começou a acariciar seus cabelos, iniciando um cafuné delicioso. 

— Acha que consegue? — A vampira soou incerta e quase envergonhada. 

O lobo franziu o cenho, confuso. 

— Consigo o quê?

Ela se revirou em seus braços e ergueu ainda mais a cabeça para fitá-lo melhor. 

— Acha que consegue… — A Cullen olhou para baixo, insinuante. — fazer amor de novo. 

Paul rosnou alto e riu, apertando seu traseiro e a beijando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!