É só uma coisa implícita escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 19
Capítulo 19 – Tiro no escuro


Notas iniciais do capítulo

Créditos da imagem para a artista Larissa Versolato. A cor dos olhos tá diferente dos de Meredith, mas achei essa bebê uma graça e imaginei Meredith na hora. ♥



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Capítulo 19 – Tiro no escuro

                Pensar na proposta de Alia e Adam vinha a deixando com dor de cabeça. Seu cérebro tentava encontrar a todo custo alguma armadilha escondida por trás disso. Como Ayesha poderia usar isso contra ela e Meredith, ou para tirar Meredith dela, ou em algum plano maligno contra os outros Guardiões, se realmente a sacerdotisa tivesse mentido sobre suas mortes.

                Não havia o que Gamora quisesse mais além de uma forma de tirar as duas desse maldito planeta e encontrar uma rota para Xandar ou para a Terra. Mas agora estava com medo. Um combate ou qualquer perigo seria um risco imensurável para Meredith. Ela tinha apenas três meses e meio de vida. De vez em quando Adam ou Alia a questionavam sobre sua decisão, mas diziam que ainda havia tempo, desde que ela respondesse até sua filha completar a idade para viajar. Caso negasse, ela continuaria como estava agora, até sabe-se lá quando, ou até Meredith crescer e os soberanos perceberem que já podia se cuidar sozinha e que Gamora não era mais necessária. Pensar nisso também a estava consumindo por dentro. E quando esses pensamentos chegavam enquanto ela segurava Meredith no colo para que dormisse, como agora, Gamora travava, e não conseguia mais soltá-la e deixá-la no berço, como se as duas pudessem ser atacadas por algo invisível.

                Mais uma de tantas vezes, desistiu de fazê-lo e sentou-se na cama com a filha adormecida no colo, acariciando seu cabelo louro e tentando descansar um pouco sua mente. Tudo que ela queria é que Peter estivesse aqui agora.

                - Ela não seria tão descuidada... – pensou alto – Não deixaria nenhuma brecha pra que eu possa pedir ajuda aonde quer que nos levem. Como isso funcionaria eu não sei. Mas tenho certeza que até fazer um sinal ou entregar um bilhete a alguém seria ariscado. Talvez...

                Gamora se lembrou de como a grande nave mãe de Thanos era modificada de forma a não ser detectada por radares, mesmo os mais avançados, de forma que quaisquer pessoas só perceberiam sua presença quando a nave estivesse a sua frente ou bem acima de suas cabeças. Certamente algumas naves soberanas tinham a mesma programação, e quem sabe até planetas aliados, mesmo se fosse apenas em alguns pontos.

                Entregar Meredith para que fosse levada a Xandar estava fora de cogitação. Não a entregaria nem mesmo a agentes da Tropa Nova que não fossem Dey ou a própria Nova Prime. E certamente seria morta se o fizesse, o que não teria importância para ela se sua filha estivesse segura. Mas essa opção simplesmente não existia. Estavam muito longe de Xandar, nenhum dos dois apareceria aleatoriamente perto do sistema dos soberanos.

                Se aceitasse a proposta qualquer coisa podia acontecer, e sabia que ainda que se segurasse, o tempo todo estaria inconscientemente procurando brechas para fugir, para fazer qualquer coisa, para que o universo soubesse que está viva. Os Guardiões tinham fama depois de todos os seus feitos. Alguém levaria a informação para Xandar em algum momento. Mas sem certeza sobre qualquer coisa, parecia tão arriscado...

                - Mas se eu disser não, nada ou uma tragédia podem acontecer...

                Olhou para o rosto adormecido da filha por um longo momento. Seu cabelo louro começara a mudar nas últimas semanas, adquirindo pouco a pouco a mesma tonalidade de ruivo dos cabelos de Peter, e Gamora já tinha se certificado de tirar boas fotos disso. A zehoberi sorriu, depois de horas, conseguindo se sentir feliz com alguma coisa.

                - Se você for tão parecida com ele em furtividade e conversa como é na aparência... Tenho certeza que pensará numa forma de sairmos daqui quando crescer.

                De repente Gamora se lembrou da God Slayer. O que os soberanos teriam feito com sua espada? A Gamora do passado tinha chegado até aqui com a espada pra começar? Teria a trazido do passado quando chegou à guerra na Terra?

                Com ou sem God Slayer, por mais que gostasse de sua espada, ela escaparia com Meredith se tivesse chance. Isso deveria se manter como o centro de seus objetivos a qualquer custo. Mais uma de tantas vezes, Gamora mordeu o lábio inferior para se manter em silêncio quando as lágrimas rolaram por seu rosto, não encontrando outra forma para aliviar a pressão de tantos pensamentos embaralhados ao mesmo tempo. Meredith continuou dormindo, completamente alheia à dor de sua mãe. Se Peter estivesse vivo, se Ayesha tivesse mentido, se o encontrasse lá fora, nunca mais Gamora aceitaria se distanciar dele em qualquer batalha. Ao menos é isso que queria, embora tivesse consciência de que seu trabalho tornava impossível agir assim para sempre.

                Sua mente vagou para seu último momento sozinhos. Ela também tinha chorado em silêncio, e ele secou seu rosto com o imenso amor e cuidado que sempre tivera com ela. Quando o encarou, Gamora viu os olhos verdes cheios de lágrimas, embora Peter as segurasse, não querendo que as posições precisassem se inverter e ela ignorasse a própria dor para cuidar dele. Talvez não merecesse isso, ainda que tivesse se entregado ao amor que ele lhe ofereceu naquele momento... Como poderia se permitir ser consolada depois de praticamente cravar uma estaca no coração dele? Ela não queria ter pedido aquilo a ele. Nunca quis. Fizera apenas por desespero. Naquela época Gamora pensou que poderia desmaiar com o esforço de procurar alternativas que fugissem daquele caminho, mas não encontrou. Em todos os cenários que ela imaginou havia Thanos no final, ou Peter morto, fosse ou não tentando protege-la do titã, ou toda sua família morta, ou os gritos desesperados de Peter ao ver Thanos tirá-la dele, o que provavelmente fora o que aconteceu, ou Nebulosa morta, o que não aconteceu por muito pouco, ou todo o universo em ruínas, que era o que ela mais temia naquele dia terrível.

                Beijou a testa de Meredith e a colocou delicadamente no berço para não acordá-la quando seu choro se tornou mais intenso. Fazia tempo que Gamora não chorava. Por semanas tinha se enganado achando que podia controlar suas emoções, ou que nem as tinha mais, a não ser para a filha. A zehoberi deitou e se encolheu ao lado de Meredith, nunca sentindo tanta falta do abraço de Peter quanto agora. Sentindo que podia se sufocar de frustração caso não parasse de chorar, inspirou fundo até conseguir respirar normalmente, e secou o rosto com as mãos.

                - Peter... – murmurou antes de adormecer.

******

                Peter respirou fundo quando se sentou de repente, arregalando os olhos e olhando em volta, lembrando-se que hoje estavam no quadrante. Ele estava dormindo sozinho, no quarto que ele e Gamora tinham escolhido na grande nave dos saqueadores. Pouco a pouco voltando a realidade, Peter fechou os olhos por um momento, a familiaridade desse quarto ainda o machucava tanto quanto o da Benatar. Havia coisas dela aqui também, roupas, botas, armas, itens que usava para cuidar do cabelo e outras coisas. Havia escondido algumas delas dentro de gavetas ou do armário, não querendo sentir vontade de chorar a cada objeto que via.

                Isso estava ficando fora de controle, esses sonhos continuavam... E não sabia o que fazer com eles. Falar a respeito com o restante da equipe também não adiantaria, sabiam tanto quanto ele sobre isso. Mesmo Mantis não fora capaz de ajudar. Ela era empata, não telepata, e aparentemente telepatas eram tão raros e difíceis de encontrar quanto empatas nessa galáxia. E mesmo se encontrassem um, nada garantiria que estaria disposto a ajudar ou que seria uma pessoa boa.

                As buscas por Gamora seguiam sem resultados, tanto as dos radares da Benatar e do Quadrante quanto da Tropa Nova. E Peter se sentia incrivelmente grato por os agentes insistirem na busca, ainda que houvesse outros assuntos mais urgentes para lidar e que ainda não tivessem se recuperado completamente dos danos de Thanos.

                O sonho de hoje fora confuso. Não se lembrava do que tinha visto, só conseguia ouvir Gamora chorar. Baixo. Como se estivesse com medo, ou por algum motivo não pudesse se deixar ser ouvida. E não importou quantas vezes Peter chamou por ela e até gritou jurando por sua vida que ela estava segura e que ele cuidaria dela, Gamora simplesmente não parecia ouvi-lo. Então de repente ela chamou por ele, quando suas lágrimas pareciam já terem se esgotado pelo cansaço, mas ele nunca soube se ela finalmente o tinha escutado, porque acordou.

                - O que é tudo isso? – Perguntou para si mesmo passando as mãos pelo rosto, e olhando para o despertador na mesa de cabeceira.

Eram seis e meia da manhã. Apenas Nebulosa já devia ter acordado a essa hora, e talvez Groot. Mas provavelmente só dariam as caras bem depois, quando todos começassem a acordar e se reunissem para o café da manhã. Peter decidiu aproveitar a nave vazia e o silêncio da manhã para caminhar, e talvez dar algum repouso a sua mente.

Levantou-se e trocou de roupa, vestindo um de seus sobretudos dos saqueadores para se proteger do frio da manhã, e saindo silenciosamente pela porta. Caminhou para o convés, ficando aliviado por não encontrar ninguém ali, e sentou-se numa das cadeiras giratórias que poderia impedi-lo de ser visto caso virasse de costas para a entrada se alguém aparecesse. E foi exatamente o que fez, não querendo ser incomodado. Manteve a luz baixa, e observou as estrelas, identificando por experiência quais delas podiam ser planetas distantes. Gamora poderia estar em qualquer um deles, e a essa altura não sabia se um dia a encontraria, embora insistisse em acreditar que sim.

— Por que estava chorando, meu amor? – Sussurrou para si mesmo – Você sempre está chorando. Me diga onde está pra que eu possa te buscar. Me diga que não estou só ficando louco ou embaralhando lembranças no meu subconsciente, querida. Eu sei que você sabe que eu vou cruzar o universo por você se for preciso. Eu quero casar com você se você quiser, te ajudar a dormir todas as noites de novo, e te dizer todos os dias o quanto você é linda...

Peter desistiu, outra vez... Ele já tinha chorado tanto. Outras pessoas talvez já tivessem se conformado, e seguido em frente apesar da dor. Mas como ele poderia se conformar com a forma horrível como Gamora morreu? Antes ele apenas tinha imaginado isso, mas agora tinha visto, e não só uma vez. Por mais que fosse um sonho, era perfeitamente compatível com o que Nebulosa tinha contado sobre Vormir. E isso aumentou o buraco em seu peito e sua alma.

— Eu vou te buscar. Não importa onde, só me diga. Não podem ser somente sonhos, por favor, que não sejam...

******

Nebulosa só percebeu que havia alguém sentado no convés quando ouviu a respiração irregular de Peter, com sua audição aumentada tinha certeza que era ele. E já sabia o que deveria encontrar. Caminhou em silêncio até a cadeira do capitão, que estava virada para a porta, tornando difícil ver se havia alguém lá, e encontrou o terráqueo adormecido, sentado de lado na cadeira, provavelmente na tentativa de encontrar uma posição mais confortável. Seu cabelo estava um pouco assanhado pela forma como dormia, marcas de lágrimas ainda podiam ser vistas em seu rosto, e isso explicava a respiração incomum. Ele não devia ter caído no sono a menos de dez ou quinze minutos, e provavelmente voltara a ter pesadelos.

Nebulosa o olhou com tristeza, estendendo uma das mãos para secar o rosto do terráqueo com cuidado, não querendo acordá-lo, e aproveitando o cobertor que carregava para cobrir o meio celestial da melhor forma que pode. Ainda que superior a humanos comuns, Peter ainda era sensível ao frio. Ela se lembrava bem de Gamora ter lhe dito isso em algum momento.

Os outros só acordariam em uma hora ou mais, Peter teria tempo de descansar, se não tivesse mais pesadelos. Nebulosa se sentiu mal por ele, ela daria tudo que pudesse para reuni-lo com Gamora agora e ter o irritante e dançante Senhor das Estrelas de volta ao que era antes de perde-la, ainda que todos eles continuassem sofrendo por tudo isso, especialmente ela mesma.

Peter estremeceu e murmurou alguma coisa de repente. Nebulosa afagou seu cabelo. Já vira Gamora fazer isso numa vez que as duas o observaram dormir no sofá de uma das salas do quadrante, e ele também tivera algum sonho perturbador. As duas estavam conversando sobre assuntos aleatórios, e Nebulosa pensara seriamente em tirar uma foto do terráqueo dormindo para tirar sarro dele depois, Gamora até tinha rido disso, mas por mais que tivesse lhe custado admitir naquele dia, ver Gamora cuidando dele foi muito fofo, e ver o quanto a irmã estava feliz a fez sentir pela primeira vez a mesma empatia que todos os Guardiões tinham entre si, e acabou esquecendo de sua brincadeira. Isso tinha acontecido já muito depois da morte de Ego, quase dois anos, quando aos poucos, milagrosamente, ela tinha aceitado tentar reparar sua relação com a irmã.

— Está tudo bem. Nós estamos seguros, e vamos encontrar Gamora – sussurrou para Peter, mantendo o afago em sua cabeça até seu semblante se tranquilizar e ele respirar normalmente outra vez.

Ela decidiu analisar ali mesmo as novas propostas de emprego que tinham recebido, certificando-se de fechar a porta. Nem ela mesma estava com paciência para aturar alguma gracinha de Rocket ou Drax nesta manhã.

Olhou novamente para Peter antes de voltar sua atenção para a holo net quando se sentou à mesa. O mínimo que ela podia fazer agora era cuidar bem da pessoa mais amada que sua irmã deixara pra trás.

Olhou para a tela que exibia os anúncios de trabalhos disponíveis, mas seus olhos estavam distantes, e seus pensamentos nos sonhos e pesadelos que Peter vinha tendo. Nada podia provar que passassem simplesmente de pesadelos, mas ele estava sonhando constantemente com um bebê. Sabia que ele e Gamora tinham falado algumas vezes sobre ter filhos no futuro, mas não tinha ideia se isso o impactara tanto ao ponto de levar a pesadelos após a perda de Gamora. Por outro lado, nada tornava impossível que em qualquer lugar do universo que estivesse, ela pudesse se envolver com outra pessoa e ter um filho, possibilidade que Nebulosa descartava completamente, uma vez que conhecia suficiente sua irmã para saber que ela, a Gamora que viera com ela do passado, jamais se entregaria assim a qualquer pessoa.

Outra parte de sua mente não conseguia deixar de pensar... E se Peter estivesse certo? Se Gamora realmente tivesse morrido grávida sem que nenhum deles sequer desconfiasse? Ter essa certeza tornaria tudo muito pior, mais cruel, mas triste, pesado e monstruoso. Se fosse verdade... Thanos sabia? Nebulosa sentiu seu sangue ferver e seu ódio pelo titã queimar com força, só imaginando essa possibilidade. E como isso funcionaria no sistema de troca da joia da alma? Duas almas por uma? Ou Gamora e o bebê contariam como uma só uma vez que estavam literalmente funcionando como um único corpo? Caso não, Gamora ou o bebê poderia ter se salvado e estar em algum local aleatório da Galáxia?

Sem sequer perceber, Nebulosa se viu forçando sua memória a voltar às ultimas vezes que vira a irmã viva, se poderia ter deixado passar algum sinal que nem a própria Gamora ou Peter tivessem notado, um comportamento diferente, algum aroma, pois se lembrava de Peter já ter comentado que bebês terráqueos tinham um cheiro suave e agradável que era sentido antes mesmo do nascimento, alguma alteração da cor dos olhos, pele ou cabelo, embora ela não tivesse a menor ideia de quais sinais uma gravidez pudesse gerar em terráqueos ou zehoberis. O bebê seria metade terráqueo e celestial, então poderia causar em Gamora alguma coisa dessas duas espécies?

Nebulosa suspirou frustrada e largou o aparelho sobre a mesa, levando as duas mãos à testa numa tentativa de manter sua sanidade e não embaralhar as lembranças distantes e não muito precisas que tinha sobre isso. No final das contas, nada poderia provar que tal coisa tivesse realmente acontecido, ou que os sonhos de Peter significavam alguma coisa, ou que essa Gamora pudesse estar viva por aí, e o bebê sozinho muito menos. Sua cabeça doía só de tentar imaginar como a joia poderia escolher manter a vida de um ser que naquele momento mal era um feto, e se Thanos o teria levado embora de alguma forma. Mas ela duvidava, ele teria se vangloriado disso quando o encontraram em Titã, ela o conhecia, em algum momento ele teria deixado escapar, ou Mantis teria visto. Ou não... Antes do plano dar completamente errado, ela dissera que Thanos estava em agonia pela perda, certamente de Gamora, mas não tivera tempo de sentir muito mais. Se tivesse, todos agora saberiam que os sonhos de Peter tinham algum fundamento? E essa criança poderia estar morta também ou em qualquer lugar da galáxia? Ou com eles agora.

De repente seus pensamentos vagaram para possibilidades mais doces. Se a criança se pareceria com Gamora, se teria pele verde. Ela sempre tinha sonhado com isso, outra pessoa de sua espécie, ainda que mestiça, parecida com ela, numa esperança de ter de volta um pouco do que Thanos lhe tirou. Ou se pareceria com Peter, ou um pouco com cada um. Nebulosa se surpreendeu ao sentir lágrimas queimarem em seus olhos e uma dor atingir o peito, pensando em todos os momentos felizes que poderiam ter se isso acontecesse. Se Gamora estivesse aqui, se houvesse uma criança. Não era maternal como sua irmã, mas era impossível não se contagiar com a ideia quando Gamora falava no assunto.

Respirou fundo para conter o choro. Não pretendia revelar nada de seus pensamentos a Peter, ele surtaria no estado em que estava. O terráqueo já tinha passado por muito mais que um dia ela julgara que alguém da Terra poderia aguentar, e Nebulosa ou qualquer um dos Guardiões, e mesmo os Vingadores, ela sabia disso pelas conversas com Tony, o culparia pelo que aconteceu, assim como nenhum deles culpava Thor, além dele próprio, por não ter acertado a cabeça de Thanos na batalha na Terra, o que provavelmente também resultaria em nada. Conhecendo Thanos por tantos anos, ela não duvidava que ele ainda seria capaz de dar o estalo mesmo com um machado cravado em seu cérebro, ainda que morresse em seguida, ou que criaria uma ilusão para confundir Thor, como tinha criado para confundir Peter quando ele tentou atirar em sua irmã. E como um mestre de manipulação emocional e psicológica, ele devia saber como Thor se martirizaria por aquilo. No fim das contas, ele e Peter tinham cometido exatamente o mesmo erro, num impulso causado por dor, desespero, tristeza e sede de vingança. E se Estranho não o impedira, provavelmente isso estava naquele único final onde venceriam. E de repente Nebulosa teve vontade de reencontrá-lo e perguntar se um dia teriam Gamora de volta, mas não tinha a menor ideia de como contatá-lo, e nem se queria realmente saber da resposta.

— Talvez quando eu falar com Tony de novo... – falou para si mesma – Onde você está, irmã...? Se está viva, dê um jeito de mostrar.


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