— Quem é Olívio? - Sirius perguntou.
— É o seu... Genro. - Falei e ele me encarou.
— Genro? Katherine esta namorando?
—  Faz pouco tempo, mas sim.
— Esta brincando com isso não é?
— Não.
— Eu... Não estava esperando por isso. Não pelo menos nos próximos 15 anos.
— Você esperava que sua filha só fosse namorar com 29 anos? - Steph perguntou incrédula.
— As três na verdade.
— Faça me rir. Kate já pegou metade de Beauxbatons tem sorte dela querer um relacionamento serio. E eu namorei outra metade eu acho. A única que vai responder suas expectativas é Charlotte.
Olhei feio para ela que sorriu.
— Serena sabe disso? - Sirius perguntou.
— Sim. - Respondi. - Ela sempre sabe de tudo.
— E ela não faz nada?
— O que ela poderia fazer Sirius? Prende-las em casa?
— Seria uma boa opção. Vou sugerir aulas particulares ou por correio...
— Isso é muito idiota sabia? - Ele ficou ofendido empinando o nariz como Kate fazia.
— Voltando ao assunto. - Rony falou. - Claro que faz sentido que Crouch esteja investigando Snape. - Sirius balançou a cabeça negando.
— Escute aqui se Crouch quisesse investigar Snape por que não tem ido julgar o torneio? Seria a desculpa ideal para fazer visitas regulares a escola e ficar de olho em Snape.
— Então você acha que Snape pode estar aprontando alguma coisa? - Harry perguntou.
— Olha eu não acredito que vocês estão dizendo isso. - Hermione falou. - Dumbledore confia em Snape.
— Ah corta essa Hermione. - Rony resmungou. - Eu sei que Dumbledore é genial e tudo mais, mas isto não significa que um bruxo das trevas realmente inteligente não possa enganar Dumbledore...
— Por que foi estão que Snape salvou a vida de Harry no primeiro ano? Por que simplesmente não o deixou morrer?
— Não sei, vai ver pensou que Dumbledoe lhe daria um chute...
— Que é que você acha Sirius? - Harry perguntou.
— Acho que os dois tem uma certa razão. - Sirius respondeu. - Desde que descobri que Snape estava ensinado na escola tenho pensado por que Dumbledore o contratou. Snape sempre foi fascinado pelas artes das trevas, era famoso com isso na escola. Um garoto esquivo, seboso, os cabelos gordurosos. - Steph, Rony e Harry se entreolharam rindo. - Snape sabia mais feitiços quando chegou a escola que metade dos garotos do sétimo ano e fazia parte de uma turma da Sonserina que na maioria acabou virando comensal da morte. - Ele ergueu as mãos para contar nos dedos.
"Rosier e Wilkes, os dois foram mortos por aurores um ano antes da queda de Voldemort. Os Lestrange se casaram, estão em Azkaban. Avery pelo que ouvi dizer livrou a cara dizendo que tinha agido sob o efeito da maldição imperius, continua solto. Mas ate onde eu sei Snape nunca foi acusado de ser comensal da morte, não que isso signifique grande coisa. Muitos deles jamais foram presos. E Snape certamente é muito inteligente e astuto para conseguir ficar de fora.
— Snape conhece Karkarrof muito bem, mas não quer divulgar isso. - Rony falou.
— É você devia ver a cara de Snape quando Karkarrof apareceu na aula de poções ontem. - Harry falou. - Karkarrof queria falar com Snape, disse que  professor andava evitando ele. Kakarrof parecia realmente preocupado. Mostro a Snape alguma coisa no braço, mas não pude ver o que era.
— Ele mostrou a Snape alguma coisa no braço? - Sirius passou mão pelos cabelos. - Bem não faço ideia do que possa ser... Mas se Karkarrof esta genuinamente preocupado, procurou Snape para obter respostas. - Ele observou a parede da caverna depois fez uma careta. - Mas ainda temos o fato que Dumbledore confia em Snape, sei que Dumbledore confia no que muita gente não confiaria, mas não consigo vê-lo deixando Snape ensinar em Hogwarts se algum dia tivesse trabalhado para Voldemort.
— Então por que Moody e Crouch estão tão interessados em entrar na sala de Snape? - Rony perguntou.
— Bem eu não duvidaria que Olho-tonto tivesse revistado as salas de todos os professores quando chegou em Hogwarts. Ele leva a serio  Defesa Contra as Artes das Trevas, o Moody. Não tenho certeza que ele confie em alguém e depois das coisas que tem visto isso não é surpresa. Mas vou dizer uma coisa a favor do Moody, ele nunca matou alguém se pudesse evitar. Sempre capturou as pessoas vivas, quando era possível. Ele é durão, mas nunca desceu o nível dos Comensais da morte. Já Crouch é outra conversa... Ele esta mesmo doente? Se esta por que fez o esforço de se arrastar ate o escritório de Snape? E se não esta? O que anda tramando? O que é que ele estava fazendo de tão importante durante a Copa Mundial que não apareceu no camarote honra? Que é que ele esta fazendo enquanto devia estar julgando o torneio? - Ele encarou Rony. - Você disse que seu irmão é assistente pessoal de Crouch? Você tem jeito de perguntar se ele tem visto Crouch pessoalmente?
— Posso tentar. Mas é melhor não parecer que desconfio que Crouch esteja fazendo alguma coisa escondido. Percy adora ele.
— E poderia ao menos tentar descobrir se encontraram alguma pista sobre Berta Jorkins.
— Bagman me disse que não tinham. - Harry falou.
— É ele é citado no artigo do profeta. Alardeando que a memoria de Berta é bem ruinzinha. Bem talvez ela tenha mudado desde que a conheci, mas a Berta que conheci não era nada desmemoriada muito ao contrario. Era um pouco obtusa, mas tinha uma excelente memoria para fofocas. Isto costumava mete-la em muita confusão, nunca sabia quando ficar de boca calada. Posso entender que representasse um certo risco ao Ministério da Magia... Talvez tenha sido por isso que Bagman não se importou de procurar por ela por muito tempo. - Ele suspirou depois esfregou os olhos. - Que horas são?
— São três e meia. - Hermione respondeu.
— É melhor vocês voltarem para a escola. Agora escutem aqui e mandem o recado a Kate. Não quero vocês saindo escondidos da escola para me ver certo? Me mandem bilhetes para cá. Continuo querendo saber de qual coisa estranha isso vale para as três. - Ele encarou Steph e eu. - Mas vocês não deviam sair de Hogwarts sem permissão, seria uma oportunidade perfeita para alguém ataca-los.
— Ate agora ninguém tentou me atacar. Exceto o dragão e um dos Grindylows. - Harry falou e Sirius o encarou serio.
— Não quero saber! Vou respirar outra vez em paz quando esse torneio terminar o que não vai acontecer ate junho. E não se esqueçam se estiverem falando de mim entre vocês me chamem de Almofadinhas ok? - Ele deu um tapinha em Biguço. - Acompanho vocês ate a entrada do povoado. Vou ver se acho outro jornal. - Ele se transformou em cachorro antes de sairmos.
Voltamos para Hogwarts e fomos em direção as escadas.
— Será que Percy conhece toda essa historia do Crouch? - Rony perguntou enquanto subíamos as escadas. - Mas vai ver ele não se importa. Provavelmente iria admirar o Crouch ainda mais. É, o Percy adora regulamentos. Ia dizer que o Crouch se recusou a infringir regulamentos em favor do próprio filho.
— Percy não atiraria nenhuma pessoa da família dele aos dementadores. - Hermione resmungou.
— Não sei não. Se achasse que estávamos atrapalhando a carreira dele... Percy é realmente ambicioso sabem?
— Ainda mais que deixa o poder subir a cabeça dele. - Falei. - As pessoas são cegas por poder facilmente. Principalmente as que trabalham no Ministério.
— E em todo a caso, ele fez o que tinha que fazer. - Steph falou. - Ele estava errado em não ter dado amor ao filho, mas é normal garotos que aprendem desde de novo que dinheiro compra a companhia de alguém. 90% de crianças que foram criadas assim se tornam mimadas e más. Mas Crouch esteve certo em entregar o filho. Se ele era Comensal da Morte deveria pagar pelos seus erros.
— Mas e se ele estava no lugar errado na hora errada? - Hermione perguntou e Steph bufou.
— Com Comensais da Morte? Ate parece. O garoto era mau. Posso garantir isso.
— Não! Você não pode! Não pode sair por ai acusando as pessoas.
— Estou fazendo o mesmo que você que tem nojo do Crouch só por que ele despediu o elfo domestico. Patético! - Hermione estava vermelha enquanto escutava Steph. - E outra coisa eu tenho o meu direito de odiá-los a não ser que esqueça que eles destruíram a minha vida! Então eu tenho o direito de por enquanto desejar que todos os Comensais da Morte ganhem o beijo do Dementador enquanto eu não me tornar uma auror para caça-los um por um.
— Você não poderia fazer isso. E desejar o mal deles não te torna melhor que eles.
— Tem razão não sou melhor. Mas pelo menos não preciso matar ou torturar alguém por preconceito ou divertimento. E outra coisa quem é você para falar algo? Skeetar estava certa você é só uma garota ridícula que quer ter seus minutos de fama.
— Do que esta falando?
— Do Krum! Ele é mais que um jogador de quadribol e você sabe disso. E mesmo assim esta iludindo ele. Vitor faz de tudo para chamar a sua atenção e você não esta nem ai para ele.
— E o que você quer? Que eu fique grudada nele?
— Que pelo menos tenha um pingo de sentimento!
Hermione ficou encarando Steph tentando decifra-la ate que ela pareceu entender.
— Você gosta dele. - Hermione falou e Steph perdeu sua expressão de raiva.
Ela recuou quase batendo em mim.
— Não gosto. - Steph não tinha firmeza alguma na voz.
— Esta na cara que você gosta!
— Não sei do que esta falando. - Ela fez a volta por Hermione e subiu os degraus rapidamente.
— Ela gosta dele não é? - Hermione me encarou. - É por isso que ela esta implicando comigo.
— Na verdade ela esta implicando com você por que vocês tem opiniões diferentes. E elas não te suportam por que te acham um sabe tudo irritante. - Falei e Rony riu baixinho.
Hermione ficou ainda mais vermelha.
— Mas elas sabem que você é inteligente e uma ótima bruxa. Só tem algumas divergências que as duas não deixam passar.
Voltei a subir os degraus e encontrei Steph consolando Kate.
— O que aconteceu? - Perguntei me aproximando delas.
— Olívio estava furioso por que o deixei esperando.
— Vou subir lá e agarra-lo pelo pescoço! - Steph falou.
— Não vai não! - Falei. - Deixe ele se acalmar e amanhã converse com ele. Explique que não pode ir...
— Explicar o que? - Kate resmungou. - Vou chegar e dizer: Não fui te encontrar por que tinha que encontrar meu...
— Shi.. - Falei. - Aqui não é o lugar. - Ela revirou os olhos. - Amanhã ele vai estar mais calmo.
— Mas eu não. - Steph falou.
E eu suspirei observando as duas. Eram duas garotas complicadas mesmo. Mas ambas tinham muita coragem e um coração enorme.