Todos ficaram em silencio, mas eu estava encarando Stephanie. Ela estava branca. Um olhar aterrorizado. Charlotte a cutucou por baixo da mesa. Um movimento discreto, mas eu notei. Conhecia as duas demais para saber.
Eu entendia ela. Ate eu estava com o  coração apertado.
— Eu não inscrevi meu nome. - Harry falou. - Vocês sabem que não.
— Harry Potter! - Dumbledore falou de novo. - Harry! Aqui se me faz o favor.
— Anda! - Hermione falou o empurrando.
Harry caminhou ate Dumbledore.
— Bom pela porta. - Dumbledore falou e Harry seguiu para a porta e Dumbledore nos encarou. - Estão dispensados. Boa noite.
Charlotte levantou e eu fiz o mesmo, agarrei Stephanie pelo braço a e encarei com um olhar significativo. Ela se forçou a levantar e nós seguimos para o Salão comunal. Todo mundo estava falando ao mesmo tempo.
Minha cabeça parecia que ia dar um nó. Notei que muitos não estavam satisfeitos com isso e Stephanie estava se segurando para não sair socando todo mundo.
Chegamos ao salão comunal e Charlotte puxou Stephanie para o quarto, eu as segui em silencio.
— Não pode ser! - Stephanie falou. - Armaram contra ele.
— Você acha mesmo que ele não colocou o nome no cálice? - Charlotte perguntou.
— Não. Eu acho que não. Mas alguém colocou. E isso não é uma boa coisa. Francamente a Marca Negra na Copa Mundial de Quadribol. Agora isso. É um sinal. Como ninguém percebe?
— Não vão deixa-lo participar. Tem as regras.
— Não importa. - Falei. - O cálice escolheu ele. Ele terá que participar. É um contrato magico lembra que Dumbledore falou?
— Ele vai morrer. - Stephanie murmurou indo sentar na cama.
— Vamos dar um credito a ele. - Falei. - Pelo que contam Harry já enfrentou muitas coisas nesses três anos por aqui. Ele já matou um basilisco pode enfrentar isso.
— Não. - Balançou a cabeça. - Querem mata-lo! Charlotte temos que escrever para Serena. Ate para Sirius. Eles precisam ficar sabendo.
— Acho que Harry e meu pai estão se comunicando. Então vamos escrever só para Serena. Ate por que isso não vai adiantar muito. Ninguém pode salvar a pele de Harry agora. Só ele mesmo.
Ouvimos gritos embaixo. Era o pessoal comemorando por Harry. Lancei um olhar para Stephanie.
—  Tente se controlar ou todos vão desconfiar! Não somos tão próximas a Harry para ter essa reação. E todos sabem que você é meio coração de gelo.
Stephanie levantou e foi para o banheiro se trancando.
No outro dia Charlotte nos acordou.
— Já escrevi a carta. - Ela falou. - Levanta!
Me arrastei para fora da cama e observei as duas. Charlotte estava com blusa cinza, candigan vermelho, calça jeans e bota flat cano longo.
Stephanie estava com uma blusa roxa que tinha botões na gola, jaqueta de couro, calça jeans e coturno.
Levantei e fui para o banheiro. Fiz minha higiene depois vesti uma calça jeans, um cropped preto de mangas compridas e decote canoa e calcei minha bota de montaria.
Descemos as escadas e fomos tomar café. Encontramos só Rony. Depois do café seguimos para o corujal e encontramos Harry e Hermione.
— Oi. - Hermione falou.
Harry estava olhando para o chão. E Stephanie foi ate ele colocando a mão no seu ombro o fazendo encara-la.
— Nós acreditamos em você, Harry. - Stephanie falou e ele sorriu.
— Acreditam?
— É claro que sim. - Falei sorrindo. - Você gosta de quebrar as regras, mas não é louco ao bastante para isso. Não se preocupe. Estaremos lá te apoiando. - Ele sorriu mais.
— Obrigado.
— Sempre as ordens. Se quiser dicas. Stephanie é ótima em dar socos e chutes, Charlotte é inteligente e sabe uma azaração muito bem. E eu... Bom sou rápida e debochada. Podemos ajudar em algo se precisar.
— Rápida e debochada? - Perguntou e eu sorri.
— O que posso fazer? São qualidades ótimas acredite.  Falei sorrindo e ele riu.
— Obrigado mesmo.
Charlotte apertou seu ombro antes de passar e procurar pela coruja de Stephanie.
— Snow? - Ela chamou e a coruja pousou em seu ombro. - Mamãe. - A coruja piou antes de erguer voo.
Nós voltamos para o castelo.
— Bom vocês 4 são as únicas que acreditam em mim.
— E Rony? - Perguntei e ele balançou a cabeça negando.
— Não se preocupe. - Charlotte falou. - Ele vai cair na real.
— Ele esta se comportando como um babaca!
— De fato. - Stephanie falou.
— Já passamos por coisas piores e nossa amizade venceu. - Hermione falou. - Logo ele vai ver que esta errado.
Passamos pelo barco e subimos para a Torre da Grifinória. Enquanto eles conversavam vi Olívio mais afastado escrevendo um pergaminho. Me aproximei por trás dele e observei.
Eram táticas de jogo. Sorri me sentando ao seu lado o que fez ele levar um susto.
— Táticas de jogo hein? - Falei observando o pergaminho depois o encarei. - Você não esquece mesmo o quadribol?
— É o meu sonho. Quadribol é minha prioridade. - Eu sorri.
— Certinho demais. - Murmurei e ele ficou serio.
— Isso é problema?
— Depende. Para alguns sim. Eu acho muito legal que você já saiba o que quer da vida. Tem um sonho e quer segui-lo. Apoio. Mas namorar é bom também Olívio.
— Eu namoro.
— Certamente. Não vi você corresponder a nenhuma garota ate agora.
— Não há garotas para mim corresponder. - Sorri o encarando nos olhos.
— Viu esta cego demais para perceber.
— Não estou não. Consigo conciliar muito bem as coisas.
— Ótimo. - Falei me aproximando dele. - Acha que consegue beijar alguém sem pensar em quadribol?
— Acho. - Ele respondeu depois parou um pouco para me encarar. - Katherine... Olha você tem razão. Quadribol é minha prioridade. Tenho evitado qualquer relacionamento por que... Bom eu não sou bom fazendo duas coisas ao mesmo tempo...
— Se você jogasse comigo iria ver que pode ser muito bom fazer duas coisas ao mesmo tempo.
— Quantos anos você tem?
— Por que a pergunta?
— Só responda.
— 14 anos.
— Tem 14 anos e já sabe o que quer?
— De profissão ainda não. Mas sobre namorar... - Ele sorriu.
— Você é corajosa garota. Mas... Não posso fazer isso.
— Por que?
— Por que vou acabar te machucando. Acredite eu sou um viciado em quadribol. Minha cabeça funciona 24 horas por dia nisso. Pode perguntar para quem quiser.
— Não preciso por que Fred e Jorge já falaram isso.
— E eles tem razão.
— Eu acho que já sou grande ao bastante para tentar sabia?
— Você realmente não sabe do que esta falando...
— Para um pouco e pensa. - Me aproximei dele. - Só nós dois sozinhos nos beijando. Beijo no pescoço. Hum? Pode pensar nisso? - Perguntei pegado sua mão e colocando na minha cintura exposta pelo cropped. - Acho que pode não é?
Ele ficou me encarando. O vi engolir em seco. Seus olhos desceram para onde sua mão tocava e seu polegar fez um carinho na minha pele. Sorri, mas ele se afastou.
— Realmente não posso. - Ele respondeu e eu assenti.
— Ok. Eu sei reconhecer um fora.
— Me desculpe. Realmente queria, mas não posso.
— Me fala é só quadribol ou a minha idade?
— Os dois.
— Sabe que isso só me deixa mais louca por você? - Perguntei e ele riu virando para o pergaminho. - Pena eu poderia ajuda-lo nas estratégias em troca de alguns beijos, mas... - Cheguei perto do seu ouvido. - Se contenta só em imaginar. E eu sei que você vai imaginar ate mesmo eu nua. - Ele ficou vermelho e eu me afastei dele.
Me sentei com as meninas e peguei um livro qualquer para fazer a lição.
— Tudo bem? - Charlotte perguntou e eu revirei os olhos.
— Meu primeiro fora. Isso acaba com meu ego. - Ela riu e Stephanie sorriu.