Dinastia 1: O Sonho Real escrita por Isabelle Soares


Capítulo 18
Decepções.


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de começar agradecendo a Mila Conders, Talita Martins, lelinhacullen, TamyLever,
Jo G Cullen e Aika por me deixarem acessa pra escrever com suas teorias fantásticas! Amei!

Queria combinar um calendário de postagem com vocês. Vou tentar postar capítulos sempre as segundas e as quintas ou sextas, ok? O que acham?

Agora, sem mais, espero que gostem desse capítulo. Ele está eletrizante!



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O Padre estendeu a mão direita sobre nós e fez sua prece:

— Oh Deus abençoa esse homem e essa mulher com suas graças e os iluminem para que eles tenham uma vida abençoada e feliz por todos os anos em que viverem.

— Amém! – todos responderam.

Formos até as cadeiras ao lado e nos sentamos para ouvir o depoimento de Ângela. Sorrimos um para o outro e demos as mãos. Ela foi até o púlpito meio nervosa e começou o seu discurso.

— Dizem que hoje se concretiza um conto de fadas moderno, onde um príncipe encantado se casa como uma bela plebeia. Posso afirmar realmente que estamos presenciando uma bela história de amor, Mas apesar deles estarem vivendo um conto de fadas, este não é o final feliz deles, é apenas o começo da sua felicidade. Eu fico muito alegre por eles e me sinto privilegiada por ter visto de perto a história deles começar, e ter acompanhado o "era uma vez" tornar-se "é desta vez". E mais honrada ainda por ver o quanto amor desses dois é grande, mas não imaculado como nos contos de fadas, e sim repleto de sentimento real, que teve que ser construído aos poucos e com muitos desafios para se tornar firme como é hoje. Com a bênção de Deus, esse será apenas o primeiro dia de um caminho de cumplicidade e felicidade. Eles sonharam, traçaram planos em conjunto, quiseram fazer dos dois uma só carne, e tudo começa agora se concretizando, certamente com a beleza e o simbolismo que esperavam deste dia maravilhoso. Por isso, em nome de todos aqui presente, estendemos as nossas mãos aos céus e pedimos ao santíssimo que derrame em vocês muitas bênçãos para que nunca falte o respeito mútuo, o companheirismo, a amizade, a paciência e muito amor. 

Agradeci com um olhar caloroso a Ângela por essas palavras tão lindas e ele me voltou com um sorriso sem jeito. Quando estávamos no processo de organização do casamento, eu disse a Alice que queria algumas coisas pessoais e a presença de pessoas importantes para mim e para Edward durante aquela longa e protocolada cerimônia. Eu queria que Ângela tivesse uma participação especial durante o casamento e a forma que encontrei foi através do discurso. Ela merecia estar ali, pois Ângela sempre foi uma amiga leal para nós dois.

— Por que você está olhando tanto para esse calendário, Bella? – disse ela ao me pegar em frente ao calendário da geladeira pela milésima vez.

— Quero ter certeza que será amanhã mesmo o aniversário de Edward.

Ela sorriu e fez carinho nos meus ombros.

— É uma data duplamente especial, pois será o primeiro aniversário dele que vocês passam juntos.

— Eu sei... Estou tão nervosa! Acredita que nem comprei o presente dele ainda?

Ângela me olhou surpresa e soltei um suspiro nervoso. Eu queria que o dia de amanhã fosse bastante especial. Mas eu simplesmente não sabia como, pois tudo que eu pensava parecia mínimo demais. Minha cabeça já tinha dado um nó de tanto pensar.

— O que eu posso dar a alguém que já tem tudo Ângela?

— É complicado mesmo. Mas eu acho que você poderia dar alguma coisa que fosse mais pessoal e que o fizesse lembrar de vocês dois.

— É uma boa ideia, mas o que?

Ângela coçou a cabeça pensativa e depois pegou o meu braço me arrastando para fora do nosso quarto.

— O que é isso Ângela? Enlouqueceu?

— Vamos ao shopping e lá você vai poder pensar em alguma coisa.

— Vamos então. Espere eu pegar a minha bolsa primeiro.

Saímos para a nossa aventura no Shopping em busca do presente perfeito, o que parecia difícil o suficiente. Ficamos cerca de uma hora e meia subindo e descendo escadas rolantes, entrando e saindo de lojas e nada. Ângela de boa vontade me mostrava muitas coisas e me dava algumas opções, mas nada parecia bom o suficiente e é por que vimos muita coisa! Já cansadas, sentamos num banco que ficava em frente a uma loja de bijuterias e de repente eu avistei algo que seria legal. Corri até a peça e fiquei vendo-a de perto. Era uma pulseira. Não era nada luxuoso, mas poderia ser algo bem especial se passasse por algumas transformações.

Eu sabia que Edward gostava de usar acessórios nos braços. Além de vários relógios, ele também usava muito um bracelete com o brasão da dinastia Cullen que havia sido um presente do pai dele. Então um acessório para o braço mais algo significativo seria a mistura perfeita para um presente de aniversário.

— Nós vimos tanta coisa Bella, eu não entendo como uma pulseira tão simples pode ser algo especial aos seus olhos.

— Edward está acostumado a muita riqueza Ângela, então eu pensei em algo mais simples e que pudesse se tornar algo memorável, pois ele é muito ligado a tradições e coisas com significados.

— E o que pensa em fazer?

— Vou gravar uma frase em latim que ele gosta bastante nela.

— Acho que isso está ficando interessante.

Comprei a pulseira folheada em prata e levei para um lugar especializado para a gravação da frase “Amor Vincit Omnia”, o amor supera tudo. Ela era perfeita para o que estamos vivendo e tinha sido ele mesmo que havia me dito certa vez quando estávamos em um desses momentos de agonia que passamos nos últimos dias.

Mais inspirada resolvi fazer uma comidinha gostosa para podermos esperar juntos a meia noite chegar. Fui ao quarto dele e o encontrei vazio, já que Edward estava em um compromisso oficial. Achei ótimo, pois assim eu poderia surpreendê-lo. Enquanto, cozinhava fiquei pensando em todos os momentos em que passamos juntos. Parecia ainda mais louca a nossa trajetória vendo na perspectiva de agora. Às vezes, eu ainda me perguntava se tudo ainda não passava de um sonho e que em algum momento eu acabaria acordando.

Edward chegou ao quarto quando eu acendia a última das várias velas que tinha colocado ali. Ele sorriu surpreso com o que via e veio me abraçar.

— Achou que eu não faria algo especial para esperarmos juntos o seu aniversário?

— Você é demais Bella!

Após jantarmos, ficamos os dois abraçados no chão, tomando um bom vinho e conversando amenidades. De repente veio a minha cabeça umas lembranças de quando eu era mais jovem. Eu sempre cresci com a ideia de que eu não precisaria de homem nenhum e no meu futuro eu estaria sozinha, bem empregada e tomando vinho em Paris. Sorri com aquele pensamento e Edward olhou para mim.

— O que?

— Não é nada. Eu só estava me lembrando de quando eu era mais jovem e boba.

— Por que se considerava boba?

— Por que eu via o meu futuro totalmente diferente desse que estamos vivendo agora. Eu me via solteirona e completamente independente. É engraçado por que no fundo eu via algumas colegas de classe com seus namorados e isso me dava uma dor lá no fundo, era como se faltasse alguma coisa e agora eu sei o que é.

— Então você não teve muitos relacionamentos.

— Eu só tive um caso sério quando eu era bem jovem e depois eu apenas fiquei com alguns rapazes, mas nada que fosse muito promissor. Eu queria ignorar a ideia de romances. Eu me achava além disso até eu conhecer você.

— Eu me sinto honrado por ter quebrado essa regra, mas eu quero entender uma coisa... O que te fazia tão aversa a ideia de se relacionar com alguém?

— Eu tinha medo de me machucar. Eu nunca confiei muito nas pessoas além de mim mesma, meus pais e Jake. Na verdade, eu ainda espero a hora que todo esse sonho que eu estou vivendo com você, por mais que eu esteja tentada a lutar, se acabe em algum momento.

Edward me segurou e me colocou por cima dele e pôs a mão no meu queixo para que eu olhasse diretamente para os seus olhos.

— Quero que saiba que isso nunca vai acontecer, pelo menos de minha parte. Eu te amo de verdade Bella e eu vou te mostrar que essa sua concepção de romance é uma bobagem.

Ri e beijei o pescoço dele fazendo-o arrepiar com o meu toque. Ele puxou a minha perna pra cima de repente, passando ela pelo quadril dele. Parei de respirar já sentindo um prazer antecipado. A mão dele se curvou no meu cotovelo, descendo lentamente pelo meu braço, através das minhas costelas e pela minha cintura, traçando o meu quadril e descendo pela minha perna, ao redor do meu joelho.

— Acho que amanhã será o melhor aniversário da minha vida!

— Pode ter certeza que será.

Ele puxou o meu rosto de volta pra o dele, e os meus lábios se encaixaram nos dele. Lentamente dessa vez, ele rolou até estar em cima de mim. Ele se segurou cuidadosamente pra que eu não sentisse nada do peso dele. Meu corpo esquentava a cada toque dele. Sem esperar, desabotoei os botões da calça dele e ele tirou a minha. O meu coração bateu quase dolorosamente enquanto ele tirava as nossas últimas peças de roupas. O prazer em estarmos unidos era intenso. O relógio bateu meia noite na mesma hora que chegamos ao nosso clímax. Sorri e o abracei ainda entorpecida.

— Você é a minha maior loucura Isabella!

No dia seguinte, acordei cedo e comecei a me produzir. Ainda bem que a minha mãe tinha comprado mais um vestido por que eu realmente não saberia o que usar. Os pais de Edward resolveram que iam dar um almoço comemorativo ao aniversário dele e obviamente muitas pessoas da alta nobreza iriam estar presentes. Tremi só de pensar nisso. Essa seria a primeira vez que eu estaria num evento desse e sinceramente eu estava com medo de cometer alguma gafe e provocar uma onda de comentários alheios, que eu já sabia que teriam só pelo fato de eu não pertencer a mesma classe que eles.

Edward estava acordando e eu corri para a cozinha pegar o café da manhã dele. Se as primeiras horas do seu aniversário tinham sido prazerosas, eu queria que no início da manhã fosse ainda mais. Levei a bandeja de comida até a cama e ele me retribuiu com um sorriso caloroso.

— Feliz Aniversário, meu amor!

— Obrigado. – ele me agradeceu enquanto me dava um selinho gostoso. - Sabe, eu queria fazer aniversários todos os dias para ser trato assim como um lorde por você.

— Esse é o seu primeiro aniversário que passamos juntos e ele tem que ser especial.

Edward riu e a caixinha na bandeja chamou a atenção dele. Juntei as mãos ansiosa pela sua reação ao meu presente. Rezei para que ele gostasse.

— O que é isso Bella?

— Abra!

Ele balançou a caixinha e a observou com cuidado para tentar descobrir o que era. Sem saber o que tinha dentro abriu a caixinha de uma vez e de seus lábios saíram um sorriso bonito. Respirei aliviada ao ver que ele tinha gostado.

— É tão linda!

— Gostou mesmo?

— Claro! Eu nunca a tirarei.

Ele colocou no braço e observou como ficou. Tinha ficado perfeita! Sorri satisfeita e o beijei calorosamente, sem nem me importar em desajeitar o meu cabelo que eu já tinha começado a arrumar.

Mais tarde, Edward e eu seguimos para o palácio para a comemoração do aniversário dele. Esme já havia ligado para ele umas mil vezes perguntando que horas ele viria, pois os convidados já tinham começado a chegar. Estremeci mais uma vez com a possibilidade de estar diante de tantas pessoas desconhecidas. Edward viu o meu nervosismo e me deu algumas dicas para que eu pudesse agir com mais naturalidade diante de alguns dos convidados que estariam presentes. Me deu uma lista de pessoas pelo a qual eu deveria relaxar e outras que eu devia ter mais cuidado. Fiquei repetindo isso na minha cabeça várias vezes no caminho até o palácio.

Ao chegarmos formos recebidos pelo mordomo que nos conduziu até o jardim, onde tudo estava enfeitado com muitas flores e as mesas ornamentadas e organizadas com perfeição. Tinha um DJ que tocava umas músicas bacanas da década de 80 e vários garçons serviam inúmeros convidados que eu nem fazia ideia de quem fossem.

— Edward!

Uma mulher de cabelos castanhos curtos, com mais ou menos a minha altura veio saltitando até nós e eu pude reconhecê-la pelas fotos que eu tinha visto na internet quando eu estava pesquisando sobre a família Real. Ela era definitivamente a Princesa Alice.

— Alice! Não sabia que viria mais cedo. – falou Edward surpreso.

— Claro que eu viria! Achou que eu perderia o seu aniversário?

— Não. Eu devia imaginar que tudo isso foi obra sua.

— Não foi tudo obra minha, mas eu ajudei um pouco. Por quê? Não gostou?

— Está um pouco demais, não é Alice?

Ela fez uma cara de pouco interesse e desviou o olhar para mim. Me observou atentamente e em seguida bateu palmas animada. Alice era totalmente diferente do que eu imaginara na minha cabeça. Parecia ter mais vida e uma energia positiva fora do comum.

— O que você fez com o seu cabelo? – perguntou Edward com espanto.

— Não gostou? – perguntou ela pegando no curto cabelo. – Eu estava cansada e resolvi cortar.

— Está horrível! – me admirei pela sinceridade dele, mas entendi que era uma brincadeira entre irmãos.

— A sua opinião não me interessa nem um pouco maninho. Agora não seja mal educado e me apresente à garota que está ao seu lado.

Edward revirou os olhos e Alice me olhou com uma expressão de interesse.

— Bella essa é a minha irmã mais nova, Alice.

— Muito prazer. – falei estendendo a mão, mas ela me puxou para me abraçar. Ela parecia ser tão afoita e surpreendente quando Emmett.

— Prazer Bella! – disse Alice afoita.

— Alice, eu não terminei de apresentá-la.

— Ah não precisa Edward! Eu sei que essa é a sua namorada.

— Você é maluca!

Alice deu a língua para ele de leve e Edward bufou. Os dois pareciam duas crianças brigando no jardim da infância. Tentei imaginar como eram eles quando eram menores. Devia ser engraçado!

— É tão bom finalmente poder conhecê-la Bella! – disse Alice com uma voz amigável.

Ela pegou o meu braço e saiu me arrastando para longe dali. Olhei para Edward com uma cara de desespero e ele balançou os braços com raiva. Alice era completamente imprevisível! Mas já que eu estava ali, aproveitei para conhecê-la melhor. Já que ela era a única do clã que eu ainda não tinha conhecido de perto.

— Parabéns pela ornamentação Alice! Está muito bonito!

— Ah obrigada! Apesar de eu não ser a total responsável hoje, quero dizer que essa é uma das minhas especialidades.

Olhei para ela com interesse. Ela parecia o completo oposto dos dois irmãos. Alice era mais energética e sonhadora. Seu caminhar era tão fluido, tão suntuoso que eu senti uma leve pontada de inveja. Parecia que era completamente deslocada do mundo. Agindo sempre por impulso e aos mandos do coração e nunca da mente. Sentamos em uma mesa ali próxima e ela desatou a falar.

— Você não sabe o quanto eu fiquei feliz quando eu soube que finalmente Edward tinha encontrado alguém. Ele está um tempo sozinho e pelo jeito que ele fala de você, acho que é a escolhida.

— É mesmo? – perguntei um pouco surpresa. - Eu também estou muito feliz ao lado dele.

— E como foi que vocês se conheceram?

— Nos conhecemos no meu primeiro dia de aula na faculdade. Nós temos uma disciplina em comum e acabamos virando uma dupla num trabalho no mesmo dia e daí nos tornamos amigos. Depois uma coisa levou a outra.

— Então foi amor à primeira vista?

— Bom, acho que sim.

— Ah eu adoro romances! Eu mesma estou vivendo um grande amor lá nos Estados Unidos. Eu nunca pensei que os americanos tivessem tanto fervor! Ai Bella eu estou tão apaixonada! – suspirou ela e em seguida falou baixinho. – não conte para os meus pais. Eles ainda não sabem.

— Eu não contarei. Boa sorte no seu romance.

— Obrigada! Saiba que eu já te aprovei como minha cunhada!

— Obrigada!

— Alice, minha querida, preciso lhe apresentar a uns amigos. – falou Carlisle enquanto se aproximava de nós. – Olá Bella! Espero que esteja gostando da festa.

— Estou sim, senhor.

— Que bom. Vamos Alice.

— Me desculpe por deixá-la Bella. Depois a gente conversa mais.

Alice deu o braço ao pai e os dois saíram juntos. Me levantei e resolvi circular um pouco. Por todos os lados do jardim havia muitas pessoas. Todas elas cercadas de joias caras, roupas exuberantes e gestos singulares. Cada riso e cada movimento delas exalavam superficialidade para mim. Eram pessoas tão preocupadas em se mostrar, em se conter e serem refinadas que eu pensava em que tipo de universo essas pessoas viviam. O que elas almejavam conquistar na vida a não ser títulos e mais títulos de nobreza? Qual o significado de tudo isso? Acho que jamais seria capaz de entender. Por que não era isso que eu desejava para a minha vida.

Algumas delas desviavam os olhares para mim, cochichavam entre si e me observavam ao máximo. No mínimo estranhando o meu jeito de ser, de me portar, mas nenhuma delas me conhecia verdadeiramente. Porém, faziam muito juízo da minha pessoa. Tentei não me importar com isso e desviei o olhar. Rosalie e Tanya se dirigiam até Edward para acompanharem a conversa dele com alguém desconhecido. Não consegui desviar o olhar deles nem por um segundo, como se estivesse pressa aquela cena.

Tanya era muito bonita, bem mais do que era na foto que eu tinha visto sob o piano de Edward. Era alta e loira, seus modos eram elegantes e refinados. Ela parecia uma grande estrela brilhante e chamava atenção a qualquer gesto seu. Poderia ter qualquer um aos seus pés se quisesse. Suas mãos astutas seguravam o braço de Edward com possessão e o acariciava. Ela parecia perfeita para aquele ambiente como se tivesse sido moldada para tal. Era a companheira perfeita para Edward. Eu me sentia tão inferior diante da magnitude dela. Minha respiração de repente se tornou escassa e era difícil respirar ali. Eu estava sufocando e precisava sair dali a qualquer custo.

Adentrei o palácio e me instalei na primeira sala que vi pela frente. Minha respiração começou a voltar aos poucos e eu me sentia melhor longe de toda aquela gente. Porém, Minutos depois, comecei a ouvir passos e vozes alteradas cada vez mais perto da sala e resolvi me esconder. As portas se abriram e duas pessoas entraram. Eram Rosalie e Emmett.

— Rosalie, eu prometi a você que eu não ia mais fazer isso.

— Não ia mais está fazendo, não é?

— Rosalie foi só um copo!

— Um copo que pode virar 20.

Emmett respirou fundo sem querer revidar. Rosalie andava de um lado para o outro e parecia que iria explodir a qualquer minuto. De repente, ela segurou o colarinho dele e gritou:

— Escute aqui! Eu não vou passar a mão na sua cabeça. Eu não vou repetir o que fizeram com você no passado. Eu já estou cansando e se você não crescer de uma vez, eu juro como deixo você na sarjeta Emmett Cullen!

— Rosie...

— Não diga mais nada. Você acha que eu vou continuar aturando isso? Eu não aguento ficar encurralada nessas paredes, vivendo com esse montão de regras estúpidas e fingindo que está tudo bem. Nunca reclame e sorria sempre, não é? Estou cheia de tudo isso.

Emmett levantou-se e tentou abraçá-la, mas ela o impediu.

— Rosie, eu prometo que eu vou mudar. Dessa vez é pra valer.

Ela deu sorriso sarcástico e virou-se para a janela.

— Você poderia estar lá fora brilhando no seu lugar de direito. Desfrutando o que deveria ser seu, ao invés do seu irmão. Mas até isso você perdeu, não é?

— E você acha que eu queria aquela droga de trono. Foda-se! 

— Eu também não acho isso importante, mas mostra o quanto você é fraco e eu o odeio por você jogar fora tudo que é mais precioso pra você.

Aquelas palavras pareciam ter atingido Emmett como uma facada. Rosalie se dirigiu a porta e ele puxou o braço dela, fazendo-a parar.

— Eu te amo Rosie. Por favor acredite nisso.

— Me prove que isso é verdade. Eu te dou uma semana para você procurar ajuda e consertar essa bagunça, se não, querido, você não verá mais nem a minha sombra.

Ela saiu exasperada e Emmett a seguiu. Ainda atormentada pelo que eu tinha ouvido, sai dali logo quando eu vi que tudo estava vazio novamente. Meu Deus quantos segredos poderiam haver ocultos nessa família? Eu nem queria e nem podia pensar nisso no momento. Sai sorrateiramente para um lugar mais escondido e surpreendentemente acabei presenciando algo que eu não queria. Edward e Tanya se beijando apaixonadamente, pelo menos era o que eu conseguia enxergar. Meu coração se comprimiu até ficar pequenino. Um dor me assolou e eu senti um sufoco muito grande. Nessa hora eu queria sumir, não, eu queria morrer.

— Edward. – falei com uma voz muito fraca.

Edward me olhou assustado e sai correndo antes que ele pudesse me alcançar. As lágrimas escorriam pelo meu rosto e eu só queria desaparecer dali para longe dele e daquela família complicada.


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Notas finais do capítulo

Já quero comentários pra já! Estou roendo as unhas em antecipação, então me encham de felicidade com a opinião e teorias de vocês. Beijos e até segunda!