Cullen sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 4
Capítulo 4: Noite de pavor em Stonehenge




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Capítulo 4

Janeiro de 1680 - Carole PDV

Nunca acreditei que meu irmão mais velho estivesse morto, mesmo que os meus pais e os vizinhos dissessem isso. Não encontraram o corpo dele para enterrarmos, ele desapareceu sem deixar rastro algum.

Dizem que o monstro que o atacou, o vampiro – nosso pai nunca escondeu isso de nós para fazer medo com certeza – deve tê-lo levado para longe, para outro país. E se ele estivesse vivo ainda, saberia voltar para casa mesmo se estivesse do outro lado do mundo. Carlisle nunca voltou, então isso provava que ele estava mesmo morto. Mas algo me diz que isso não é verdade, sei que meu irmão está vivo em algum lugar e nunca perdi a esperança de revê-lo.

Eu me lembro vagamente porque era muito nova quando ele nos deixou. Carlisle brincava comigo como nosso pai jamais fez.  Mais do que um irmão mais velho, ele foi como um pai para mim. Eu quero encontrá-lo mais uma vez para lhe dizer que lembro de como ele me tratava carinhosamente. Eu sinto que ele gostava de mim e não desistiria facilmente se eu tivesse desaparecido.

Viajei para o sul, para Stonehenge na esperança de ter algum vislumbre, alguma intuição para onde deveria ir. O mundo é tão grande! Ainda mais depois que Cristóvão Colombo descobriu um novo continente em 1492. É como procurar uma agulha num palheiro!

Acabei de iniciar minha busca agora que completei 18 anos e posso viajar sozinha. Não é nada fácil, mas meu padrasto concorda comigo e me apóia. Decidi conhecer o monumento na luz da Lua porque não gosto muito de me expor ao sol por ser muito clara minha pele arde e queima com facilidade.

De repente ouvi um sibilo de vento -as árvores estavam paradas então não era natural- e percebi uma sombra se movendo, senti que não estava mais sozinha e um arrepio percorreu minha coluna de cima abaixo e gelou meu peito.

Fiquei apavorada. O que eu estava fazendo ali? Como fui idiota! Mereço mesmo morrer por conta de tamanha imprudência. Onde já se viu vir sozinha de noite a lugar desses que foi provavelmente um templo pagão ou algo assim? Tento me acalmar pensando que pode ser apenas um gato ou outro animal qualquer. E se for um lobo ou um urso e me atacar? Vou tentar correr para salvar minha vida. É só o que posso fazer. Não quero morrer assim tão jovem.

Grito para a escuridão noturna, que agora parece ainda mais apavorante:

— Quem está aí? – me sinto uma imbecil.

Se for um animal mesmo não vai responder e se tiver resposta é uma pessoa e quem pode ser? Um bandido, assassino ou pior. Vai me possuir depois matar e ninguém vai saber e só encontrarão meu corpo amanhã.

Onde eu estava com a cabeça quando resolvi vir para cá? Agora não adianta chorar o leite derramado. Só aguentar.

Eu podia ouvir meu coração disparar preparando-me para lutar ou correr. Eu sabia que não teria nenhuma chance de enfrentar o que quer que seja então o melhor a fazer seria correr para talvez escapar e pedir socorro para a primeira habitação que eu encontrar no caminho.

Sou duplamente idiota de vir sozinha de noite aqui. Onde eu estava com a cabeça? Eu só queria encontrar meu irmão e acho que vou mesmo encontrá-lo depois que estiver morta se ele estiver morto como diziam. Não, eu não acredito que ele tenha morrido. Oh meu Deus por favor me ajude! Eu sei que fui tola, mas por favor não me abandone agora quando eu mais preciso. Não me deixe morrer, eu imploro! Socorro, acuda-me.

Se me acontecer alguma coisa é bem feito para mim, quem manda ser assim ‘desprecavida’? Meu irmão não iria gostar nada disso, Carlisle não iria querer que eu corresse perigo e me arriscasse desse jeito. 'Ai, me perdoe, meu irmão, você sabe que eu não fiz por mal. Eu te amo.'

Agora sinto todo o medo que não senti antes. ‘Seja mulher e não covarde’, digo a mim mesma. Deus me proteja. Eu sei que não deveria deixar tudo nas Suas mãos e deveria ter feito a minha parte também, mas prometo que se eu sobreviver vou me cuidar mais. Se o Senhor quiser mesmo que eu morra... Uma voz pessimista no fundo da minha mente me diz ‘Aceite que chegou seu fim’.

...XXX...


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