Cullen sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 1
Capítulo 1: outubro de 1661




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Capítulo 1 : 12 de outubro de 1661

A segunda esposa do pastor Abraham Cullen, Emila Cullen, estava prestes a dar à luz o primeiro filho do casal e segundo filho dele:

— Força querida, está quase! – incentiva a parteira. – Já estou vendo a cabecinha.

— Ahhhhh, não consigo mais! – diz a Sra. Cullen. - Estou tão cansada!

— Tenha fé, você vai conseguir, está quase nascendo. Persista!

— Estou exausta!

— Continue minha querida, sua filha vai ajudar. Força!

— Ahhhhhhhh...

Ela continua a se esforçar. O primeiro trabalho de parto é sempre o mais demorado. Depois o corpo já estará acostumado e será mais fácil.

...XXX...

 

Do lado de fora do quarto Carlisle e o pai aguardam ansiosamente, o homem mais velho visivelmente muito mais nervoso do que o filho. Ele tenta tranquilizar o pai:

— Acalme-se pai, vai dar tudo certo – diz ao ver o homem andando agitado de um lado para o outro.

— Você diz isso porque não é sua esposa, mas um dia vai ser sua vez - diz ainda se movimentando.

Infelizmente ele nunca terá esse prazer, pois o futuro lhe reservou outro destino.

— A natureza sabe o que faz, ela está no controle. Deus está no comando tudo vai acabar bem, pai. Tenha fé e confiança.

— Se você tivesse passado o que eu passei, aposto que estaria tão preocupado quanto eu. Nem sempre Deus quer o mesmo que nós. Eu queria que tivesse poupado sua mãe, mas não foi assim que aconteceu.

Carlisle compreende o que o pai está pensando e na alusão ao tema.

— Sinto muito – ele abaixa a cabeça constrangido.

Esse é um assunto muito doloroso e o pai sabe bem onde dói para fazer o filho sofrer. Carlisle é muito grato pelo sacrifício da mãe, sabe que ela faria mesmo se soubesse que teria que morrer para o filho viver; lhe daria a oportunidade que ela já teve, pois agora era vez dele. Mas o  marido não pensa assim e não concorda com o que aconteceu, não aceita e transforma a vida do filho num inferno fazendo ele desejar não ter nascido, ou ter morrido ao nascer.

Se estivesse aqui a mãe de Carlisle jamais aprovaria tal atitude, não é culpa do menino, Abraham deveria deixar disso e aceitar.

Ao menos Deus permitiu que o filho de ambos vivesse. Uma lembrança da esposa, mas ele não entende dessa maneira. A presença de Carlisle é uma dura lembrança do que aconteceu. Abraham lamenta mais a perda do que ficou feliz que ao menos o filho ficou. Não tem que concordar apenas aceitar e aprender a conviver com o que aconteceu, mas ele não se conforma. Se casou de novo apenas para ter quem cuidasse da casa para ele agora que estava ficando velho.

Carlisle jamais poderá compensar o pai pela perda que mesmo indiretamente provocou. A dor dele é tão grande quanto a do pai, mas ele não percebe que o filho também sofre. Os dois deveriam se apoiar um ao outro, não se afastar. Dessa forma os dois sofrem, cada um fica sozinho com sua dor.

Nesse momento o som de um bebê chorando interrompe a conversa dos dois:

— Uéééé... uééééé... uééééé...

— Nasceu! Exclama Carlisle levantando o olhar e sorrindo.

O idoso fica aliviado, mas ainda não totalmente. Ao menos a criança está bem, mas nada sabe da esposa:

— Espero que minha mulher esteja bem.

— Tenho certeza de que sim – notícia ruim corre rápido e eles já saberiam se tivesse acontecido alguma coisa.

O pai olha para o filho:

— Como você sabe? Você não é medico.

Abraham sabe que é verdade, eles saberiam se tivesse ocorrido algum imprevisto. Ele se recorda do dia em que a primeira esposa morreu.

A ‘enfermeira’ sai do quarto e os homens viram na sua direção para vê-la, assim que ela abre a porta:

— Como ela está? – pergunta o pastor Cullen.

— As duas estão bem. O senhor é pai de uma linda garotinha! – rejubila a senhora. – Podem entrar. – Ela os convida e abre caminho, retendo a porta para lhes dar passagem.

O ancião fica em silêncio, mas dá para ver que ele não gosta muito da notícia. Ao menos sua primeira esposa lhe deu um filho homem. Mas a que preço! Custou sua vida.

Nem todas as mulheres que tem filhos homens morrem ao dar à luz. Por que isso foi acontecer justo com a sua esposa? Ele ainda não passou o luto e não consegue ver que isso talvez significava que Carlisle seria alguém muito importante. Um vampiro bom que mudará completamente o mundo.

Os dois homens entram no aposento e vêem a nova mamãe deitada na cama e amamentando a filha recém-nascida.

— Querido... – a mulher olha arrependida para o marido e seus olhares se encontram a expressão dele não é zangada, nem feliz.

Antigamente só sabiam o sexo do bebê na hora em que ele ou ela nascia. Algumas parteiras e outras mulheres mais velhas tentavam prever pelo formato da barriga da mãe se ela daria à luz um menino ou uma menina.

— Não tem problema, o próximo será um menino – ele diz como se fosse uma ordem.

E aí dela se viesse outra menina! O que o pastor iria fazer? Ele iria repudiar a esposa e não aceitaria a segunda filha? Ela é seu sangue, não é certo fazer isso. Ele despreza a primeira e seria ainda mais cruel com a segunda. Não sabe que as filhas são muito mais apegadas ao pai do que os meninos, que chegam até a 'competir' pela autoridade.

São os homens que definem o sexo do bebê não as mulheres, mas naquela época não sabiam disso e a culpada era a mulher se nascesse uma menina. Sequer cojitavam que era por causa deles: as mulheres são XX e os homens XY, portanto as mulheres só podem dar um cromossomo X para o bebê. se o outro será X ou Y é o pai quem definirá. E assim o sexo do ou da bebê.

— Tenho certeza que sim - concorda Emila, ela não poderia dizer outra coisa para acalmar o marido.

— Como vai chamá-la? – pergunta Carlisle para a madrasta educadamente.

Ela é só alguns anos mais velha do que o enteado. Eles poderiam até ser irmãos.

— Carole. Carole Cullen – diz a nova mamãe.

— É um lindo nome! - cumprimenta Carlisle.

Ele está sendo compassivo como será quando se tornar um vampiro dali a menos de dois anos.

...XXX...


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