Em meio ao Caos escrita por Val Rodrigues


Capítulo 16
Capitulo Dezesseis


Notas iniciais do capítulo

Bom dia.
Sem querer dar spoilers, mas curtam muito este capitulo, em breve teremos mudanças...



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— Qual a situação? Edward perguntou em seu tom formal, sério, compenetrado. 
Ao entrar para atender na Emergência do Hospital, ele não era mais homem, marido, pai ou filho. Ele era apenas Médico lutando para salvar os pacientes. 
— Grávida. Diagnosticada com o novo Coronavirus. Situação crítica. Precisou de respirador na ambulância.O paramédico respondeu de maneira prática entregando a maca. 
— Vamos. Não podemos perder tempo. Ele disse já empurrando a maca corredor a dentro, a equipe médica se mobilizando.
Por sua visão periférica ele pode ver um enfermeiro acalmando o familiar, provavelmente o marido da paciente que parecia agitado.


Um longo tempo depois, Edward descansava na sala dos médicos. O bebê nascera bem e saudável. A mãe, no entanto, precisou ser entubada e o quadro era preocupante.
Após conversar com o marido que também foi submetido ao teste, Edward por um momento pode se ver no lugar dele, quando teve que lidar com Theo internado.
Sendo médico, ele não deveria se deixar abalar pelas situações corriqueiras do hospital. Era necessário prezar pela saúde psicológica ou sucumbiriam aos desafios da profissão.
Sempre que chegava em casa, tentava deixar todos os problemas e dificuldades relacionados ao trabalho no Hospital, mas, sentia que estava ficando cada vez mais difícil suportar.
— Pensei que já tivesse encerrado seu plantão. Laura falou saindo da Unidade de terapia intensiva pediátrica.
— Eu já estou indo. Quis dar uma ultima olhada nele.
— Ele esta bem Dr. Cullen, pode ir para casa descansar. Por baixo da mascara, Laura sorriu complacente, ao notar a preocupação nos olhos de Edward. _ Como está a mãe?
— Eu espero que ela seja forte e reaja. Pelo bem deste bebê.
— Vamos fazer tudo o que pudermos. Ele acenou concordando.
— Vai dobrar o plantão? Questionou e ela confirmou com um aceno positivo. _ Então boa noite.
— Boa noite Edward. Laura falou preocupando-se com o amigo. Muitos anos de trabalho juntos, traziam o beneficio de conhecer seus colegas de trabalho.
E Edward lhe parecia exausto.
Ela balançou a cabeça, fazendo uma anotação mental de ficar de olho nele, sempre que pudesse. Era um ótimo medico e um colega querido.
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— Você está tão calado. No que está pensando? Bella murmurou após vários momentos em silencio. Ambos deitados na cama. Os filhos já adormecidos, cada um seu quarto.
Edward suspirou, circundando sua esposa pela cintura e encontrando seu olhar atento e preocupado. Deu-lhe um pequeno sorriso que não alcançou seus olhos, em uma falha tentativa de despista-la, antes de beijar a ponta do seu nariz e sua testa, carinhosamente.
— Eu só estou pensando em algumas coisas. Ele começou, sentindo-a vasculhar com olhar.
— Como o que? Perguntou, lhe dando espaço para continuar.
— As vezes, eu tenho a sensação de que o mundo esta desabando. Em contra partida, penso também no quão abençoado eu sou, por ter vocês, por estarem bem. Bella deu um sorriso pequeno retribuindo o beijo em sua testa e pousou dedos em em carinho suave atrás da nuca dele.
— Aconteceu alguma coisa hoje no trabalho? Questionou com a voz branda. Edward escondeu o rosto na curvatura do pescoço dela enquanto a envolvia em abraço apertado. Bella apertou seus braços em volta do pescoço dele, sentindo os olhos marejarem. _ O que foi amor? Perguntou após  um tempo abraçados, se surpreendendo, ao notar algo molhar o seu ombro.
Edward chorava , agora sem conseguir manter as lagrimas. Tomada por impulso, ela abriu a boca, para questionar-lhe mais uma vez, desistindo no ultimo segundo, apertando seu abraço em volta dele, notando o quanto ele precisava disso.
Longos minutos se passaram, enquanto as lagrimas dele, se misturavam as dela, no silencio do quarto. Um beijo em suas têmporas que dizia , tudo bem. A mão suave que passava em suas costas traduzindo. Estou aqui.

Quando as lagrimas dele pareciam se acalmar, ela beijou todo o seu rosto secando com os dedos.
— Desculpa.
— Não há o que desculpar. Ela declarou olhando em seus olhos. _ Eu estou aqui Edward. Sempre estarei. Mais que sua esposa e mãe dos seus filhos, sua amiga, sua companheira.
Ele sorriu de maneira sincera e voltou a abraça-la, o silencio os abrigando mais uma vez, fazendo-a pensar que ele estivesse adormecido.
A voz dele, quebrando a quietude, lhe sobressaltou de leve.
— É tão difícil Bella. É muito difícil ver as pessoas chegando e a gente lutar, fazer de tudo o medicina já ensinou, para no fim ter que dar a notícia de que o Ente querido não resistiu. De que ele não vai voltar para casa.
— Ah Edward... Bella murmurou. _ Eu sei que vocês fazem tudo o que podem para salvar estas pessoas. 
— Não parece ser o suficiente. Ele confessou alguns minutos depois. 
— Amor, você está fazendo o melhor que pode. Não duvide disso. Eu não consigo nem imaginar como é lidar no dia a dia do hospital, mas você também deve lembrar de quantas vidas vocês salvaram. Quantas pessoas puderam voltar para casa, graças o trabalho e a dedicação de profissionais como você Edward?  
Edward nada respondeu, mas ficou a ruminar as palavras da esposa, sabendo que ela tinha razão, porém sem deixar de sentir pelos os que se perderam. 
Sentia-se esgotado, física e emocionalmente e Bella percebia isso. Era por esta razão que evitava jornais nos momentos em que estavam juntos. Ela pensou fazendo um cafuné em seus cabelos curtos. 
— Podemos ficar assim mais um pouquinho? Pediu aconchegado nela.
— A noite toda, se você quiser. Garantiu, lhe arrancando um sorriso curto.

Um pouco depois, envolvida na penumbra do quarto, ouvindo o ressonar do marido colado a ela, Bella não conseguiu evitar que mais lagrimas silenciosas voltassem aos seus olhos. Ela chorou, por ele e pelas pessoas que não teriam seus entes queridos de volta e ali, no silêncio da madrugada, ela fechou os olhos e fez uma prece em seu coração, pedindo a Deus o socorro e a proteção a todos que precisavam de forças para enfrentar aquele momento difícil, e pediu especialmente para que Edward, conseguisse se recuperar de tudo o que estava vivendo.
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— Bom dia amor. Edward começou com a voz rouca assim que ela acordou, ainda sonolenta. _ Amor... Chamou novamente e ela se moveu minimamente na cama, puxando o cobertor para si.
— Bom dia. Que horas são?
— Ainda é cedo. Ele revelou se abaixando para deixar um beijo em seu pescoço.  
— Você não está de folga hoje? 
— Sim. Respondeu simplesmente, e ela abriu os olhos para encara-lo.
— Então porque já está desperto? Questionou em meio a um bocejo e ele riu. _ Amor não são nem seis horas da manhã. Bella reclamou abraçando o travesseiro, sentindo as pálpebras pesadas, e ele voltou a rir.
— Ei dorminhoca.  Acorda. Tenho algo a dizer. Como uma chave na fechadura, o cérebro dela engatou despertando completamente. 
No relacionamento, geralmente era ela quem desejava conversar, e ele esperou, contente por nota-la finalmente despertar.
— Você esta muito sorridente para uma quarta feira de manhã. Reclamou, porem um sorriso bobo surgiu nos lábios dela se juntando ao dele. _ O que você quer me dizer?
— Eu tive uma ideia. Mas preciso de ajuda com a Lavínia. Revelou e ela franziu o cenho sem entender.
— O que quer dizer?
—Quero levar o Theo em um passeio. O coração dela se apertou no primeiro momento, surpresa e preocupada. _ Eu pesquisei Bella. Tem um pesqueiro a poucas horas daqui e está liberado para visitantes, desde que tomemos todas as precauções. Avisou lendo suas expressões, notando-a relaxar em seguida.
— Certo. Parece que Lavínia e eu teremos um dia de garotas. Concordou e Edward sorriu a puxando pelos braços.
— Então vamos levantar. Me ajuda a preparar uns lanches. Mesmo estando liberados, prefiro levar de casa.
— Já vou, já vou. Você acordou agitado hoje. Voltou a reclamar, mas se colocou de pé, indo escovar os dentes.
Em frente ao espelho, deixou um sorriso a vencer, Theo ia amar a ideia e isso era o que ela mais desejava. Aos poucos, Edward ia cumprindo o que se propora quando eles decidiram reatar, e ela não poderia estar mais contente com isso.
— Você é a melhor esposa do mundo. Bajulou, colocando os lanches no compartimento.
— Por causa de alguns sanduíches? Imagina quando eu cozinhar uma lasanha ou strognoff. Ele riu a olhando.
— É serio. Obrigado amor.
— De nada. Você também é. O melhor marido, e o melhor pai do mundo. O beijou de leve lhe arrancando um sorriso, contente por ver que todo aquele peso, de ontem a noite, não o seguiu ate a manha. _ Pegaram tudo? Bella perguntou após terem organizado de forma improvisada, mas eficiente para o passeio de última hora. 
— Tudo aqui. Temos suprimentos para uma semana. Ele brincou notando o tanto de coisas que estavam levando para apenas um dia e duas pessoas.
— Engraçadinho. Tomem cuidado, por favor. Pediu sem conseguir disfarçar a preocupação.
— É claro amor. Relaxa. Vamos estar de volta no fim do dia. Garantiu se despedindo.
— É mãe. Theo concordou.
— Tudo bem. Me da um abraço aqui. Pediu beijando o rosto de Theo, que fazia uma careta engraçada. _ Quero ver quando arrumar uma namorada, se vai ficar todo envergonhado quando ela te beijar. Brincou e Theo ficou vermelho. _ Onw. Ele esta com vergonha.
— Pai, podemos ir agora? Theo pediu e Edward acenou concordando.
— Vamos filho.
— Se cuidem e divirtam-se. Ela disse dando um ultimo beijo no marido e ficou olhando Edward dar a partida, ate o carro sumir de vista.
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— Pai. Theo chamou.
Eles gastaram cerca de duas horas te chegarem ao destino. E após um lanche rápido, se lançaram na tentativa de pescaria.
— O que? Edward respondeu dividindo a atenção entre o lago e o filho.
— Como é ser médico? Edward ponderou por um momento. _ Como o senhor se sente, sendo responsável por tantas vidas? Repetiu tomando o silencio de Edward como indicação de que ele não havia entendido a pergunta.
— Filho. Edward começou devagar e resolveu ser sincero em sua resposta. Theo o esperava em silencio, embora seus olhos demonstravam ansiedade pela resposta do pai. _ É uma mistura de sensações. Quando alguém esta precisando ser socorrido e você sabe o que fazer para ajudar esta pessoa é tão bom, por que você sabe que pode salva-la. E também, tem a família do paciente. É ótimo dar as boas noticias e ver o quão felizes eles ficam e saber que você fez parte disso. Não o trabalho todo, logico, por que se tem uma coisa que eu aprendi filho, é que apenas quem pode dar a vida ou tira-la é Deus. Por que Ele tem planos que não conhecemos. Mas isso, de forma alguma, nos exime da responsabilidade com os pacientes. Nunca. Devemos sempre fazer o melhor, fazer tudo o que pudermos para ajuda-los.
Theo ponderou um pouco a resposta do pai e Edward se perguntou se sua longa explicação o havia confundido.
— Pai, eu também quero ser medico. Como você e meu avô. Eu quero salvar vidas.
Edward não soube o que dizer. Mas sentiu seu peito expandir de orgulho. Seu filho, seu garoto, queria seguir os seus passos. Havia sensação melhor que esta?
— Você tem certeza? É uma decisão muito importante, e você deve pensar com calma. Alem do mais, você é novo. Tem muito tempo pela frente para decidir. Ainda pode mudar de ideia filho.
— Eu já decidi pai. Eu vou estudar muito e vou me tornar um medico tão bom como você. Vou deixa-lo orgulhoso de mim.
Edward negou com a cabeça, e sorriu puxando seu garoto para um abraço de lado.
— Eu já sou muito orgulhoso de você Theodoro. Não ha nada que me faça ama-lo mais ou ter mais orgulho de você, porque o simples fato de ser seu pai e ver o quanto você esta crescendo, ja me enche de orgulho. E, se você esta mesmo decidido, eu sei que você será um grande médico um dia.
Theo sorriu ao ouvir a declaração do pai.
Eles não costumavam ter este tipo de conversa, mas, uma parte dele precisava saber o quão era amado pelo amado pai.
De repente, um movimento inesperado fez Theo segurar a vara de pescar com mais firmeza e puxa-la para cima.
— Pai, eu acho que pesquei alguma coisa.
Surpresos, mas orgulhosos, eles se uniram na tarefa de trazer o peixe a superfície.
— Deixa eu te ajudar.
— Eu sei como fazer. Vô Charlie me ensinou.
— Eu tinha esquecido que seu avô gostava de pescaria. Edward comentou enquanto puxavam o anzol. _ Você pescou um peixão. Elogiou bagunçando os cabelos dele.
— Pai, um dia a gente pode convidar o Vô Charlie para virmos pescar aqui? Ele ia gostar muito.
— Claro. Mas eu acho que devíamos convidar seu outro avô também. Sabe, para ele não ficar enciumado.
— É uma boa ideia. Concordou feliz.
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Semanas depois...

— Feliz Aniversário!!! Eles gritaram em uníssono entrando no quarto e Edward despertou por completo.
Segurando um bolo caseiro, em formato de coração, Bella entrou no quarto acompanhada de seus filhos.
— Oi gente. Respondeu surpreso sentando-se na cama.
— Pai, apaga as velas. Lavínia pediu empolgada e todos riram de sua agitação. Edward fez como pedido, ganhando palminhas de aprovação da filha. 
—Obrigado. Ele disse e Bella que sorriu, lhe dando um selinho de leve.
— Nós amamos você. Amamos muito.
— Eu sei. Amo vocês também. Ele disse dividindo o olhar entre a esposa e os filhos.
— Pai, chegou um presente para o senhor pelo correio.  Theo falou com uma caixa empacotada e Edward franziu o cenho vendo o nome dos pais no cartão assim que abriu.
— Parabéns filho. Ele abriu  colocando um sorriso no rosto ao ver uma jaqueta preta de couro bem dobrada e erguei a vista de todos.
— Legal. Theo comentou impressionado e Edward riu.
— Bonita não é? Perguntou e ele concordou. _ Seus avós tem bom gosto.
— Nós também compramos pela internet, então vamos ver como chegou. Bella comentou, acenando para Lavínia que o entregou que lhe entregou a embalagem.
— Obrigado filha. Ele disse recebendo o pacote. Um kit com perfume e vários cosméticos masculinos estavam perfeitamente embalados e Edward sorriu ao olhar cada um deles. _ Obrigado amor. Filho, obrigado. Disse olhando para cada um deles. 
— Este presente é só da mamãe. O nosso está lá na sala. Lavínia falou.
— Lavinia, era para ser surpresa. Theo repreendeu e ela levou a mão a boca.
— Bem, eu estou surpreso. O que tem na sala? Edward perguntou curioso e Lavínia colocou a mão nos lábios negando com a cabeça. 
— Não posso contar papai.
— É isso aí. Theo confirmou. _ O senhor vai descobrir quando descer pai. Edward encarou Bella com o olhar interrogativo, mas ela negou com a cabeça.
— Você ouviu seus filhos amor. Vai ter que ir até lá se quiser descobrir.
— Certo. Vocês venceram. Vou escovar os dentes e já desço.
— Ótimo. Nós vamos te esperar lá embaixo. Bella garantiu se levantando.
— Pai não demora, por favor. Eu quero provar logo o bolo.
— Não vou demorar minha pequena impaciente. Brincou apertando as bochechas de Lavínia que de careta para a brincadeira do pai.
Eles desceram conversando animadamente e Bella colocou o bolo na mesma da cozinha devidamente coberto, rindo da impaciência de Lavinia que praticamente quicava na ponta da escada esperando pelo pai.
Pelo canto do olho, deu uma olhada no seu filho que esperava contido, porém ansioso, para que Edward descesse. Observador e inteligente  como sempre, ele notou o cansaço e a apatia de Edward nos últimos dias, mesmo que seu marido tentasse encobrir, e a procurou para conversar.
Bella ficou surpresa, porém emocionada, ao notar o quão maduro seu filho estava se tornando e aquele gesto demonstrava o quanto ele amava e se importava com o pai, revelando que apesar dos percalços que a relação pai e filho enfrentara, nos últimos tempos, ela estava sendo reconstruída.
— Eu acho que ele vai gostar. Comentou e Theo a olhou, balançando a cabeça.
Edward desceu as escadas de bermuda, chinelo e camiseta e sorriu ao notar algumas bexigas penduradas na parede da sala e um cartaz lhe parabenizando.
— Nossa. Agora esta parecendo um aniversário de verdade, tem até bexigas. Comentou e Lavinia pulou batendo palminhas animada.
— Pai vem ver o nosso presente. Chamou.  
Edward gargalhou ao notar o tapete musical instalado em sua sala, conectado a Televisão.
— Isso me surpreendeu. Disse e Theo sorriu.
— É um modelo retrô pai. Tem muita música da sua época.
— Theodoro, você está me chamando de velho? Fez cara de sério e Theo negou. _ Estou brincando. Gargalhou o abraçando pelos ombros. _ Obrigado filho. Isso é muito legal.
— Quer testar? Já está montado e funcionando. Theo ofereceu em resposta.
— Está bem. Acho que estou meio enferrujado, mas consigo arriscar alguns passos.
Bella sorriu apreciando a interatividade dos dois que gastaram os minutos seguintes testando as danças no tapete, Lavínia e ela se juntando aos dois, logo em seguida.
O presente rendendo gargalhadas pela sala.  

— Vamos cantar parabéns? Sugeriu a Lavinia que concordou, acenando com a cabeça efusivamente, acompanhando-a ate a cozinha para buscar o bolo. _ Parabéns para você... começou a cantar, os filhos acompanhando e Edward sem conseguir conter o sorriso, abraçou e beijou cada um deles.
— Faz um pedido Pai. Lavinia pediu empolgada.
— Claro princesa. Ele levou alguns segundos, fechando os olhos como ela pedira. E assoprou as velas em seguida.
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— Ficou bom? Ela perguntou quando os dois estavam a sós na cozinha.
Theo e Lavínia, após comerem o bolo e repetirem, voltaram para o brinquedo na sala.
— Delicioso. Obrigado amor.
— Hum hum. Mas você não está aqui pelo terceiro pedaço de bolo. Confessa. Você está fugindo do tapete musical. Falou sentando-se sobre a pernas dele que a segurou pela cintura.
— Shiiii. Fala baixo. Ele pediu colocando o dedo em seus lábios, sem conseguir conter o riso. _ Eu já não tenho tanta energia assim. Já dançamos quantas músicas?
— Eu não sei. Mas foi legal a intenção do Theo. Ele queria te animar.
— Eu sei. E eu gostei muito disso. Confessou e ela sorriu orgulhosa. _ Só não sou mais tão jovem para acompanhar o ritmo deles. 
— Nisso eu concordo. Me cansei na terceira rodada. Confessou deixando um beijo nos lábios dele.
— Obrigado. Ele repetiu.
— Você já me agradeceu. Comentou distraída nele.
— Não só pelo aniversário. Por ficar comigo e por construirmos está família linda.
— Eu te amo. Comentou selando os lábios dele.
— E eu amo você Bella. Tanto, que nem sei explicar. Ela sorriu totalmente entregue, voltando a beija-lo.
— Pai, mãe, vem. Vai começar nossa música. Lavínia gritou.
— Nós já temos uma música? Ele perguntou fazendo uma careta engraçada e ela gargalhou.
— Parece que sim. Vamos?
— Vamos. Concordou enquanto a beijava mais uma vez.
Vendo seus filhos pularem, dançarem e cantarem na sala de casa, Edward agradeceu a Deus por esta dádiva. O sorriso que podia ver em seus rostos e refletia no seu, não tinha preço. Pensou enquanto se deixava ser levado para mais uma dança.
Os dias sombrios e cinzentos viriam. Isso não tinha como fugir. Mas sempre haveria dias em a alegria, a paz, a calmaria os envolvia.
E nestes dias, Edward podia declarar que ele era feliz.


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