Antonietta - Vermelha escrita por Fhany Malfoy


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi meus xuxu's.

Tudo bem com vocês??

Continuação de Antonietta, como sabem... Essa é mais uma loucura de minha mente.



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Até meus 12 anos passei por humilhação, exclusão e muitos testes. Dr. Alex foi o único que quis descobrir o que realmente havia comigo, ele me tratou bem, foi profissional e sua curiosidade sobre mim, despertou meu próprio interesse em descobertas.

Depois de muitos testes, ele começou a me chamar de ‘A Revolução’. Alguns médicos após isso começaram a me tratar bem, no entanto, outros demonstravam ainda mais medo.

Larguei a escola e mamãe começou a me ensinar em casa, mas ela não sabia tudo e tive que recorrer a outros meios, como: biblioteca municipal, sites, professores online, youtubers, entre outros.

Minha sede pelo saber ia crescendo conforme minha idade avançava. Passava pelo menos 8 horas diárias estudando, artes e a área de ciências biológicas eram minhas favoritas, tinha um bloco de canson A3 repleto dos mais diversos desenhos. Mamãe dizia que eu tinha um olho bom, sempre conseguia reproduzir os desenhos que via, era quase perfeito, só não era, pois eu tinha uma técnica diferente dos artistas, o que era normal.

Quando fiz 15 anos nasceu uma vontade de cursar a faculdade, mas não qualquer uma, eu queria medicina, medicina experimental, pois já sabia que era diferente. Queria fazer testes, descobrir se poderia ajudar outros, se existia outros como eu, comparar as diferenças, coincidências e igualdades, gostaria de fazer um diário de anotações e ter experiência para tal coisa.

Conversei com mamãe, já que ela estava apavorada, porém eu precisava dar aquele passo, apesar dos seus receios. Apesar do mundo não me compreender e tampouco me respeitar, não seria isso que brecaria meus sonhos.

Aceitou minhas escolhas e começou a me apoiar ainda mais.

Quando fiz 17 anos passei na federal de Santa Catarina. Não me aguentava de felicidade, moraria na universidade, tinha cadeiras na parte da manhã e da tarde. Foi na aula de anatomia que conheci Eduarda, ou como ela preferia: Vermelha. Tinha um bom motivo para esse apelido, ela tinha nascido com os olhos vermelhos.

Contou-me que tinha sofrido alguns preconceitos, que tinha sido obrigada a largar a escola e que nenhum médico nunca descobriu o porquê dos seus olhos serem daquele jeito. Ela tinha um mistério, passei o contato do Dr. Alex e contei-lhe minha história, se interessou, falei sobre minha paixão pela área e os outros motivos que me levaram a escolher medicina. Me conectei com Vermelha em um nível que só tinha com minha mãe. Nos unimos.

Nos tornamos inseparáveis e nos mantivemos forte durante todo o curso. Depois de 6 anos de faculdade e mais 2 de residência, conseguimos entrar no maior hospital do Brasil, o: Memorial Médico Experimental.

Vermelha e eu começamos uma pesquisa particular nos momentos vagos, estávamos atrás de outras pessoas que tinham nascido no mesmo ano que o nosso – essa era uma coisa que tínhamos em comum, o ano de nascimento – e que tinham algum tipo de anomalia.

Descobrimos que Vermelha tinha uma melhora significativa na visão, ela conseguia enxergar claramente em qualquer horário do dia e em qualquer ambiente. Sem dificuldades, sem obstáculos e sem precisar de nenhum tipo de ajuda.

Começamos a fazer testes em nós mesmas – nossa pesquisa em busca de outros não tinha dado em nada – éramos só nós e estava na hora de ver se era possível ajudar alguém.

Depois de muitos testes e misturas, decidimos ser cobaias, me usei para ser a primeira. Injetei a mistura com o DNA de Vermelha em mim. Depois de três dias, eis que surge uma diferença, minha visão que já achava perfeita ganhou melhorias, agora tinha um alcance maior e no meio dos meus olhos negros surgiu manchas vermelhas.

Passado o momento de comemoração estava na hora de usarmos Vermelha como cobaia.

Nela as diferenças demoraram a surgir, depois de uma semana pensamos que nada iria acontecer, mas dado exatamente duas semanas Vermelha se tornou resistente, não tanto quanto eu, óbvio. Não estávamos mexendo com clonagem, apenas melhoria. Eu tinha melhorado minha visão. Vermelha tinha ganhado uma imunidade melhor.

Tínhamos alcançado nossos objetivos, conseguiríamos ajudar o mundo.

Graças a mim: Antonietta, ou Revolução e graças a Eduarda, ou Vermelha, iríamos ganhar tudo.

Nós éramos o melhor do mundo. As melhores.


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Notas finais do capítulo

N.B.: UAU! Aquilo que achamos que não poderia ser melhor, conseguiu romper barreiras e... UAU! Adorei a narrativa, o crescimento da personagem, a mãe receosa, porém acolhendo a filha. Adorei mais uma vez. Always. Parabéns, amiga! Bjs bjs, Ártemis.

N.A.: Aaaaah, muito obrigada amiga. Adoro tu, obrigada pelo apoio. Por tudo.