Empurrãozinho escrita por Nymeria


Capítulo 1
Capítulo Único - Empurrãozinho


Notas iniciais do capítulo

Estamos passando por um momento difícil agora, então eu quis escrever uma história colegial, clichê, romântica e fofinha para alegrar o dia de vocês. Tudo o que eu tinha para dizer sobre a fic já está na sinopse, então a única coisa que vou dizer agora é: fiquem em casa, lavem bem as mãos e boa leitura! =)



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Apesar de todos de Hogwarts a julgarem como uma garota lerda, avoada e desatenta, Luna Lovegood não havia sido escolhida à toa para a Corvinal. Uma das principais características da sua casa era a inteligência e isso a loira tinha de sobra, tanto para assuntos relacionados às matérias que estudava na escola, quanto outros tópicos que muitas vezes acabavam interessando apenas a ela. Talvez esse fosse um deles, mas Luna não se importava. Já estava mais do que acostumada em ser a diferentona do grupo.

O que ela não estava acostumada ainda, entretanto, era ver seus dois melhores amigos dançando, metaforicamente, ao redor um do outro, no que parecia um verdadeiro ritual do acasalamento - caso eles fossem animais, logicamente - porém sem chegar às vias de fato porque aparentemente ambos eram muito tapados para perceberem que gostavam um do outro ou tinham receio de dar o primeiro passo por qualquer motivo que fosse. Luna observou pela enésima vez Harry olhando para Gina enquanto ela não estava olhando e viu a ruiva fazendo exatamente a mesma coisa com o moreno.

“Vocês precisam parar com isso.” comentou ela, sem conseguir mais guardar seus pensamentos para si.

“Isso o que?” perguntou Gina. Ambas estavam à mesa da Corvinal, enquanto que o apanhador estava à mesa da Grifinória.

“Ah, qual é, Gina! Não finja que não sabe do que eu to falando.”

“Mas eu não sei do que você tá falando.” retrucou a artilheira.

“Não?” perguntou a loira, estupefata. “Gina, até eu que sou ‘Di Lua’ consigo perceber que você e o Harry se gostam, mas nenhum dos dois faz nada a respeito e eu não aguento mais ver vocês olhando um pro outro e suspirando pelos cantos.”

“Que? Eu não gosto do Harry. Ele é meu amigo.” defendeu-se a caçula dos Weasley.

“Aham, e eu sou Rita Skeeter. Tá bom.” respondeu Luna, com tom de ironia na voz.

 

“Tá parecendo mesmo. Ela é quem fica especulando sobre a vida amorosa do Harry.”

“Achei ofensivo, só pra constar.” respondeu Luna. “E eu não to especulando. Você e eu sabemos muito bem quantas lágrimas você derramou pelo Harry.”

“Ok. Eu tinha uma quedinha por ele na minha infância, confesso, mas eu cresci.” defendeu-se a ruiva.

“E a quedinha também.” replicou a corvinal. “Gina, eu sei que grifinórios são mais conhecidos pela coragem do que pela inteligência, mas você tá querendo enganar a quem com essa conversa? Do que você tem tanto medo? Do Harry não te querer?”

“É complicado…” disse Gina, suspirando. “No início, era apenas uma quedinha, mas Harry era o garoto mais famoso do mundo bruxo e ele era bem bonito, então acho que muitas meninas sentiam a mesma coisa. Só que a gente não se conhecia direito, nem nada, então era mais aquela atração que a gente sente por algum cantor, ator ou sei lá o que, sabe? Daí depois ele virou o melhor amigo do Rony e, com o passar do tempo, virou meu amigo também. Por que eu iria largar uma bomba dessas na mão dele? O que a gente tem já é maravilhoso do jeito que está.”

“Vocês gostam um do outro, mas tem medo de estragarem a sua amizade.” Luna não perguntou, ela sabia que era esse o problema. “É compreensível, mas vocês não podem ficar nessa pra sempre.”

“Eu só posso responder por mim. Harry sempre me viu apenas como a irmãzinha do melhor amigo dele.” disse Gina. Luna revirou os olhos. “Mas admito que ainda gosto dele sim e tenho medo de estragar nossa amizade porque se eu dissesse que gosto dele, ele poderia querer se afastar de mim, para evitar que eu me magoe com um sentimento não correspondido.”

“Não correspondido?!” perguntou Luna estupefata. “Em que mundo você vive? Há dois minutos atrás, Harry tava olhando pra você com um olhar de bobo apaixonado que até eu fiquei com vontade de pedir ele em namoro. Harry gosta de você SIM, Gina! Só precisa que um de vocês dois deixe de ser idiota e dê o primeiro passo.”

“Luna, já chega desse assunto. Vou voltar pra minha mesa.” disse a ruiva. Luna suspirou. Esses dois não tinham jeito mesmo…

Dias depois, a corvinal decidiu que talvez fosse uma boa ideia abordar Harry sobre o assunto. Quem sabe ele fosse menos teimoso que sua amiga. Esperou pela oportunidade pacientemente, até que um dia, ela apareceu. Lá estava Harry, olhando para Gina de novo, todo derretido.

“Você devia falar com ela, sabia?” comentou Luna casualmente. Harry nem escutou. “Gina.”

“Hm?” O nome da garota foi o que bastou para atrair a atenção do moreno. Ele encarou-a com aquelas orbes verdes.

“Gina. Você devia falar com ela.” repetiu Luna, com toda a paciência do mundo.

“Falar sobre o que?” perguntou ele.

“Não se faça de desentendido. Eu sei que você gosta dela.” respondeu a loira.

“Eu o que?” Se Harry tivesse comendo ou bebendo alguma coisa, certamente teria engasgado. Como se isso não bastasse, o rosto do moreno estava levemente corado, prova suficiente de que Luna estava certa.

“Não precisa ser muito inteligente pra perceber.” completou Luna, indiferente ao ataque de nervos do grifinório.

“Ela sabe disso?” Harry passou a mão nos cabelos nervosamente.

“Não e é esse o meu ponto. Ela deveria saber.”

“Não, não devia. Ela é irmã do Ron, pelas barbas de Merlin.” disse Harry, como se aquilo fosse justificativa o suficiente.

“Que é que tem ela ser irmã do Rony? Harry, Gina gosta de você também!”

“Ela gostava de mim, quando era criança. Mas claramente já superou isso.” disse Potter, em tom conformista.

“Claro que não superou!” retrucou Luna.

“Ela te disse isso?” O tom do moreno agora era esperançoso. Mas Luna não podia sair entregando a amiga assim também, Gina iria matá-la.

“Eu não sou cega. Eu vejo como ela olha pra você.” respondeu a loira. “Ela provavelmente acha que você só vê ela como a irmãzinha do seu melhor amigo e ela tem vergonha de dar o primeiro passo porque no passado você nunca deu indícios de que gostava dela também.”

“No começo, era assim mesmo que eu a via: como a irmãzinha do meu melhor amigo. Mas agora…” disse Harry. “Agora é diferente. Gina e eu nos aproximamos bastante nos últimos anos, viramos amigos e passamos a nos conhecer melhor. No início, eu não sabia quase nada da Gina, mas agora eu sei várias coisas sobre ela e todas essas coisas me fizeram admirá-la ainda mais e, quando me dei conta, já havia começado a vê-la com outros olhos.”

“Então porque você não diz isso pra ela?”

“Primeiro, Rony me mataria.” comentou Harry, Luna olhou para ele ceticamente, mas no fundo sabia que, dada a personalidade de Rony, ele podia mesmo não aceitar a notícia da mesma forma que um adolescente maduro faria. “Segundo, nós somos amigos, eu não quero estragar nossa amizade. Terceiro, eu vi os ex-namorados de Gina, nenhum deles é remotamente parecido comigo. Claramente, eu não faço o tipo dela.”

“Você tá de brincadeira comigo, né?” perguntou a loira, exasperada. “Tá. E daí que os ex-namorados de Gina não se parecem com você? Já parou pra pensar que ela pode ter escolhido namorados assim de propósito, apenas para tentar esquecer você?”

“Você anda lendo demais o Profeta Diário, Luna. As escolhas de Gina não giram em torno de mim.”

Luna estava realmente ficando estressada com toda aquela situação. Ela não sabia mais o que fazer para que seus amigos entendessem que o medo de falar um com o outro sobre o assunto era absolutamente a única coisa que os impedia de ficar juntos. Foi quando ela pensou num plano. Mas para isso, ela precisaria de ajuda. Mandou uma mensagem muito discreta para Hermione, a pessoa que julgou que seria ideal para auxiliá-la com o plano, pedindo para que ela encontrasse-a sozinha na biblioteca.

“Luna, o que houve?” perguntou Mione, ao avistá-la. “Sua mensagem pareceu urgente.”

“Desculpe se te assustei, não é nada calamitoso.” Luna acalmou-a. “Chamei você porque você também é amiga do Harry e da Gina e provavelmente já notou o que está acontecendo também.”

Hermione suspirou aliviada. “Nossa, eu pensei que apenas eu que não aguentava mais essa tensão entre eles. Não sei o que eles estão esperando, honestamente.”

“Me parece que eles têm medo de estragar a amizade deles.” Mione revirou os olhos. “Pelo que Harry me falou, acho que ele também teme pela reação de Rony.”

“Ron tem zero maturidade emocional,” concordou Granger. “mas Harry e Gina não podem deixar de viver a vida deles só por isso e Ron tem que entender que a irmã dele não é mais uma criança também.”

“Também acho.” disse Luna. “Mas cansei de ficar esperando esses dois se acertarem sozinhos. Acho que a gente devia dar um empurrãozinho.”

“O que você tem em mente?” perguntou a outra bruxa.

Mais tarde, naquele mesmo dia, quando Harry abriu seu livro de História da Magia para fazer a tarefa chata que precisava, encontrou lá um bilhete de Hermione, escrito num pedaço de pergaminho, com a letra dela:

“Harry, preciso muito da sua ajuda. Por favor, me encontre na sala da torre leste, que costumava ser usada nas aulas de Herbologia. Mione.”

Em outra sala, Gina recebeu a mesma mensagem endereçada à ela, só que a mensagem era de Luna.

A sala em questão fora interditada praticamente desde o início do ano, por conta de um acidente de laboratório. Um aluno novato misturou as ervas erradas num feitiço e acabou fazendo uma bomba de fedor. O mau cheiro perdurou por meses e, quando finalmente dissipou-se, a professora Sprout já havia conseguido deslocá-los confortavelmente para uma outra sala, motivo pelo qual a sala agora estava vazia, com exceção das carteiras e do quadro negro.

Harry foi o primeiro a chegar, com um semblante preocupado no rosto.

“Mione?” chamou ele ao entrar, mas claramente a sala estava vazia. Sentou-se na mesa do professor e decidiu esperar pela amiga. Ela devia chegar a qualquer momento, pois costumava ser pontual. Aproximadamente cinco minutos depois, contudo, foi outra pessoa que adentrou o recinto.

“Harry?” chamou Gina, surpresa por vê-lo ali.

“Gina? O que faz aqui?” Borboletas voavam no estômago de Harry. A ruiva aproximou-se da mesa dos professores, onde o menino que sobreviveu estava sentado, enquanto este levantava.

“Recebi um bilhete de Luna, me pedindo pra encontrar ela aqui.” respondeu Gina. “Ela disse que precisava muito da minha ajuda pra alguma coisa. E você?”

“Mesma coisa, só que o bilhete que recebi era da Mione.” respondeu. Harry se considerava lerdo, mas não tanto assim. Ele estava começando a desconfiar do que estava acontecendo ali. “Você acha que-”

Antes que ele pudesse terminar a pergunta, ambos ouviram o barulho da porta fechando-se e sendo trancada pelo lado de fora.

“Será que o Sr. Flich achou que não tinha ninguém aqui e nos trancou?” perguntou Gina, mais para si do que para Harry.

“Oi! Tem gente aqui!” disse Harry.

“Nós sabemos.” respondeu Luna. “Não foi o Sr. Flinch que trancou vocês aí.”

“Luna?” chamou Gina.

“E não adianta tentar usar o alohomora, eu usei um contra-feitiço na porta.” disse a voz de Mione.

“Mas o que-” Harry começou.

“Porque vocês trancaram a gente aqui?” perguntou Gina.

“Acho que vocês sabem muito bem o motivo.” respondeu Luna.

"Vocês gostam um do outro, mas tem medo de estragar a amizade de vocês.” disse Mione. “E medo da reação de Ron. Mas isso não tem a ver com ele, tem a ver com vocês. Então conversem sobre isso.”

“Mais tarde, a gente vem destrancar vocês.” completou Luna. “Boa sorte.”

“Espera!!” gritaram os dois, mas as meninas pareciam já estar distanciando-se.

“Eu não acredito que elas fizeram isso com a gente!” comentou Gina. “Dá pra acreditar?”

“Depois ainda dizem que são nossas amigas…” comentou Harry.

“Pois é…” Gina concordou.

Passaram alguns segundos em silêncio, com ambos sem saber bem o que dizer um para o outro. Então Gina resolveu aventurar.

“É verdade o que Luna disse?”

“Sobre o que?” o bruxo mais velho perguntou.

“Que você gosta de mim, mas tem medo da reação do Ron.” comentou a ruiva. Seu tom era casual, mas seu coração estava prestes a saltar pela boca.

“Bem… Rony não é exatamente a pessoa mais compreensiva do mundo, né?” Harry passou a mão nervosamente nos cabelos, deixando-os ainda mais desgrenhados do que já eram. Gina não pode deixar de pensar no quanto aquilo era sexy.

“Então é verdade?” a caçula dos Weasley estava explodindo de felicidade, não era possível que aquilo estivesse, de fato, acontecendo. “Você gosta mesmo de mim?”

“Sim.” disse timidamente o menino que sobreviveu. “Sim, eu gosto.” elaborou com a voz um pouco mais firme, como um bom grifinório que era. Por dentro, entretanto, estava morrendo de medo de que aquele fosse o momento em que Gina o rejeitaria dizendo que o que ela sentia por ele fora apenas uma quedinha de menina, mas que ela já não se sentia mais dessa forma sobre ele. Para a sua surpresa, entretanto, não fora isso que a ruiva dissera.

“Ótimo.” comentou Gina. “Porque eu também gosto de você.”

Olharam nos olhos um do outro e o sorriso de Harry alargou-se de orelha a orelha.

“Sério?” quis confirmar o moreno.

“Sério.” respondeu a bruxa. “Mas você já sabia disso. Gostava de você desde que era uma criança.”

“Eu sei, mas eu achei que você já tinha superado isso, quero dizer...  Você namorou outros caras, eu achei que já tinha me esquecido.”

“E esqueci.” respondeu ela. “Mas nunca totalmente, sabe? Mione me aconselhou a conhecer outras pessoas, na época que você tava afim da Cho. Ela achava que talvez você passasse a gostar mais de mim se eu fosse… Eu mesma.”

“Garota esperta, essa Hermione…” comentou Harry.

“Aí depois fomos nos aproximando e eu pude conhecer quem você era de verdade, além do famoso menino que sobreviveu das histórias que eu ouvia quando era criança…” continuou Gina. “Acho que isso me fez perceber que eu ainda gosto de você da mesma forma. Não… Na verdade, isso me fez passar a gostar ainda mais de você. Você é quem nunca me deu bola. Quando você começou a gostar de mim?”

“Não sei…” admitiu Harry. “Acho que foi quando eu comecei a perceber que sentia sua falta quando você ia embora. Percebi que gostava da sua companhia, do seu cheiro, da sua voz… E eu comecei a te admirar ainda mais do que já admirava. E, quando você começou a namorar Dino Thomas, eu ficava com ciúmes só de pensar em vocês dois juntos. Claro que eu não sabia que era ciúmes, na época, mas depois eu percebi que era. Eu não suportava vê-los juntos, sentia vontades de azarar Dino…”

Gina riu e Harry riu junto. Adorava o riso da garota.

“Se serve de consolo, eu também senti vontade de azarar Cho Chang.” comentou Gina.

“Sério?” perguntou Harry.

“Sim, nossa! Eu morria de ciúmes vendo você olhando todo apaixonadinho pra ela. Depois você chegou comentando com Rony e Mione que beijou ela, todo feliz, e eu perdi as esperanças de vez.” Gina suspirou. “Mas e o meu irmão, onde entra nessa história? Ele disse que não queria nos ver juntos?”

“Não. Na verdade, ele não sabe.” comentou Harry. “Mione sabe, ela é muito esperta, percebeu só de me olhar. Mas eu não tive coragem de contar pro Ron. Quero dizer, ele é meu melhor amigo e você é a irmãzinha dele. Você sabe como o Ron é esquentado… Tenho medo que ele nunca mais fale comigo, se souber. Ele pode achar que eu traí a confiança dele. Ele sempre foi tão super protetor com relação à você… Eu via como ele tratava seus namorados.”

“Meus namorados não eram o melhor amigo dele.” observou Gina. “Além disso, Rony não manda em mim. Ele é meu meu irmão, não meu pai.”

“Eu sei.” concordou Harry. “Mas a amizade dele é muito importante pra mim. Somos amigos há anos, ele foi o primeiro amigo que fiz aqui em Hogwarts.”

“Por isso mesmo, ele deveria querer vê-lo feliz.” disse Gina. ”E deveria querer que a irmã dele fosse feliz também.”

“Esse é o pensamento mais lógico.” Harry concedeu. “Mas Rony nunca é lógico quando se trata de você. O sangue sobe à cabeça dele e ele fica a ponto de amaldiçoar alguém.”

“Então o que você sugere?” perguntou a artilheira. “Que a gente ignore o que sentimos um pelo outro? Acho que isso foge completamente ao que Mione e Luna pretendiam, quando nos trancaram aqui.”

“Não sei…” disse Harry, sincero. “Mas ignorar o que sinto por você está fora de questão. Estou cansado de fingir que penso em você apenas como a irmã menor do meu melhor amigo, quando eu sei que estou completamente apaixonado por você.”

Gina foi pega de surpresa com a forma direta com a qual Harry expôs seus sentimentos. “Corajoso. Como um bom grifinório tem de ser.” ela pensou. Então decidiu que era sua vez de demonstrar bravura também.

“Então não finja.” disse a jovem. “Eu acho que-”

Mas Gina não pode dizer o que achava, pois naquele exato momento, Harry cobriu-lhe os lábios com os seus. Borboletas voaram loucamente no estômago de Weasley, ao passo que seu coração batia descompassado ante ao gesto inesperado. A surpresa, no entanto, não impediu-a de correspondê-lo fervorosamente e Gina nunca esteve tão certa de que tomara a decisão acertada ao fazê-lo. Harry tinha um gosto melhor do que qualquer cerveja amanteigada que pudesse tomar na vida e ela esqueceu-se completamente de tudo que achava ou deixava de achar sobre o assunto que discutiam anteriormente. 

O ruído da porta sendo destrancada fez-se ouvir bem naquele instante. Gina e Harry separaram-se, com as respirações levemente ofegantes.

“Viemos para destrancá-los, como prometido.” disse Mione, entrando.

“Vocês conseguiram se entender?” perguntou Luna.

Ambos ainda estavam bobos por causa do beijo e pela interrupção repentina.

“Pelo visto, sim.” comentou Mione, olhando-os com um ar perspicaz. O casal olhou um para o outro.

“Sim.” responderam. Mione e Luna comemoraram. “Só precisamos saber agora como contar pro Ron.”

Não fazia parte dos planos do casal fazer com que Rony soubesse do namoro deles durante a comemoração da vitória do time de quadribol da Grifinória, no salão comunal, muito menos que ele soubesse disso vendo o melhor amigo beijar sua irmã apaixonadamente na frente de pelo menos cinquenta pessoas que estavam ali naquele momento, contudo ambos estavam tão felizes que só perceberam o que fizeram quando já era tarde demais para desfazê-lo.

Ron, no entanto, apesar da expressão de choque inicial, simplesmente deu de ombros, como quem diz: “Já que não tem jeito mesmo…” Pelo visto, Gina tinha toda razão quando disse que o irmão levaria de forma muito mais tranquila a ideia dela estar namorando alguém, caso o alguém em questão fosse seu melhor amigo. Harry jamais queixaria disso, tampouco Gina. A única coisa da qual lamentavam foi o fato de não terem feito isso antes. Mas, graças aos céus, eles tinham amigas super dispostas a dar um empurrãozinho.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha curtido. Comentários são sempre bem vindos. Até a próxima! o/



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