O Legado escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 41
Benjamin


Notas iniciais do capítulo

Sejam bem vindos a uma edição especial de O Legado.
Em comemoração aos 100 comentários da fic, resolvi adiantar o capitulo de segunda para vocês.
Quero dedicar esses capitulo de hoje a todos vocês, meu leitores amados, por me acompanharem durante esses 40 capítulos e obrigada por todo amor e carinho que sempre demonstram em seus comentários.
E espero contar com a presença de todos até o final dessa jornada.
Sem mais delongas, fiquem com o capitulo de hoje.
E lembrem-se: Fiquem em casa, lavem as mãos frequentemente, bebam água e mantenham pensamentos positivos.
Beijos e boa leitura.



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Ouvir que Melissa estava terminando comigo me destruiu por dentro.

Era como se meu coração se partisse em milhares de pedaços enquanto minha garganta se apertava, começando a me faltar o ar.

Tentei implorar para que não me deixasse mas nada adiantou Mel estava irredutível, podia ver em seus olhos o quanto a havia magoado e isso acabava comigo, porque achei que estava fazendo o que era certo...Que a estava protegendo, mas não era o que ela pensava.

E ver em seus olhos a magoa e a falta de confiança, me deixou desesperado, como medo de que a minha atitude, que só teve as melhores das intenções, acabasse com tudo que construímos durante essas cinco semanas.

—Por favor, se você me ama de verdade precisa me deixar ir. -Melissa implorou entre lágrimas enquanto olhava em meus olhos e parei de respirar.

Não podia deixa-la ir.

Em tão pouco tempo, Mel havia se tornado o meu mundo e vê-la partir, era como decretar a minha sentença de morte.

Ela era o meu amor, a minha vida e havia demorado tanto tempo para acha-la que não podia permitir que algo nos separasse. Mas assim que percebi a ideia que começava a se formar em minha mente fiquei assustado, afinal jamais obrigaria Melissa a ficar do meu lado contra a sua vontade, então fiz a coisa mais difícil que já fiz em toda a minha vida.

A qual pensei que nunca seria obrigado a fazer.

Entre lágrimas deixei Melissa ir embora levando consigo a minha vida, me deixando imerso em dor. Mas esse sentimento ficou em segundo plano, quando ouvi o som de uma buzina de um carro e percebi que ele estava prestes a machucá-la.

—Melissa...- gritei desesperado da calçada chamando sua atenção.

Sem perder um minuto corri em sua direção, sem pensar no que as pessoas iriam achar, da minha velocidade ou força fora do normal, tudo que me importava nesse momento era salvar a vida do meu imprinting. Em um movimento ágil, segurei o braço de Melissa antes de puxá-la para o lado tirando-a da frente do carro, mas na pressa em salvá-la acabei calculando mal onde pararíamos e acabamos caindo de mal jeito entre a pista e a calçada.

Tentei ao máximo proteger minha namorada de ir de encontro com a calçada, preferindo que meu ombro esquerdo fosse de encontro a ela, mas como consequência Mel acabou batendo a cabeça com força em meu peito, o que me deixou apavorado, afinal meu corpo era mais forte e resistente que o dela.

Ignorado a dor que estava sentindo no meu ombro esquerdo, me sentei no asfalto enquanto ajeitava Melissa em meus braços notando que ela estava de olhos fechados.

—Mel...- Chamei a espera de que ela abrisse os olhos e me respondesse, mas não obtive êxito o que me deixou apavorado.

Não podia acreditar que tinha machucado Mel enquanto tentava salvá-la...

Preferia que algo mais grave tivesse acontecido comigo do que com ela...Porque não ia suportar perdê-la.

 - Por favor, abra os olhos pra mim, meu amor...Me deixe ver seus lindos olhos cor de mel, meu anjo...- implorei entre lágrimas enquanto tentava acordá-la em vão.

Desesperado inclinei minha cabeça em direção ao seu peito, para poder ouvir seu coração, já que não conseguia me concentrar em nada nervoso daquela forma.

E respirei aliviado quando ouvi seus batimentos cardíacos.

—Meus Deus, vocês estão bem? Me desculpe, ela surgiu do nada. - uma voz conhecida disse nervosa e me afastei de Melissa antes de olhar para cima.

Não podia acreditar que o motorista do carro que quase havia nos atropelados era a minha ex-namorada, que ficou igualmente surpresa por me ver ali. Afinal, já não nos víamos a quase dois anos, desde que terminamos.

—Sylvia, por favor, me ajude a salvar a vida do meu amor. -implorei desesperado olhando em seus olhos azuis e ela concordou nervosa antes de ir até o seu carro, pegando o celular e ligando para o hospital da minha família.

Foram segundos angustiantes enquanto esperávamos a ambulância, durante todo o momento segurava Melissa em meus braços, ignorando minha própria dor, enquanto conversa com ela tentando fazê-la abrir os olhos, mas não obtive êxito o que me deixava ainda mais apavorado.

—Senhor, precisa soltar a paciente para que possamos examiná-la. -alguém disse ao longe e neguei com a cabeça enquanto as lágrimas ainda desciam dos meus olhos.

—Benjamin, sei que está com medo de soltá-la, mas você precisa fazer isso. - Sylvia disse ajoelhada ao meu lado enquanto meus olhos ainda estavam em Melissa, que continuava desacordada em meu colo.

—Se eu soltá-la...Ela vai me deixar Sylvia. - sussurrei com dor me lembrando das últimas palavras de Melissa.

—Isso não é verdade. Quando amamos alguém, não importa a distância ou a magoa, sempre voltamos para quem amamos. Não sei o que aconteceu entre os dois, mas tenho certeza que se amam muito e que irão resolver tudo depois, mas agora você precisa deixar que os paramédicos a socorram. -Sylvia pediu com a voz suave e concordei com a cabeça antes dela sinalizar para os paramédicos que poderiam socorrer Melissa.

Assim que a tiraram dos meus braços, senti que havia perdido o meu eixo no mundo, ficando totalmente à deriva.

 -O que houve com seu braço? - Sylvia questionou preocupada assim que me levantei segurando meu braço esquerdo, que começou a doer novamente.

—Acho que desloquei quando cai na pista de mal jeito, mas isso não importa. - disse olhando o trabalho dos paramédico enquanto eles imobilizavam minha namorada, prevenindo-a de possíveis complicações.

—Claro que importa, você deve estar com dor Benjamin. - ela disse preocupada mas não prestei atenção em Sylvia, minha total atenção estava em Melissa que já estava acomodada corretamente na maca da ambulância.

—Já estamos prontos para irmos, precisamos que um dos senhores nos acompanhem para nos dar informações sobre a paciente.

—Eu vou, sou o namorado dela. - disse e os socorristas concordaram antes de seguir para a ambulância, sem ao menos agradecer a ajuda de Sylvia.

Assim que entrei na ambulância o socorrista que estava atrás com Melissa, me fez perguntas sobre ela e como havia acontecido o acidente, das quais respondi sinceramente.

—Passe a informação para o rádio de emergência do Hospital Adrian Thompson, Otávio. Temos uma mulher, de vinte e um anos, vítima de acidente de carro, bateu a cabeça com força e permanece desacordada desde o acontecido. -um dos socorristas disse ao outro assim que a ambulância começou a correr pelas ruas de Londres.

—Você vai ficar bem, meu anjo, prometo. - sussurrei olhando para Melissa, tentando de alguma forma tranquilizá-la, mas sabia que essas palavras também serviam para me acalmar.

Assim que colocamos os pés na emergência da sede do hospital Adrian Thompson, meus pais já estavam ali para nos receber, o que me deixou surpreso, afinal não havia lhes falado sobre o acidente.

—Sabia que tinha acontecido alguma coisa com vocês. - mamãe disse preocupada enquanto me olhava da cabeça aos pés, se demorando em meu braço. -Benjamin, o que houve com vocês?

— Ela bateu a cabeça com força no meu peito quando a salvei de ser atropelada, desde então está desacordada...Mãe, juro por Deus, que não queria machucá-la só estava tentando protegê-la...-sussurrei entre lágrimas, apavorado com a possibilidade de ter machucado o meu imprinting sem querer.  

—Sabemos disso, filho. Vou cuidar da Mel enquanto seu pai lhe examina. - mamãe disse antes de ir em direção ao paramédico que estavam com Mel.

—Vamos, filho, me deixe dar uma olhada nesse braço. - meu pai disse suave enquanto olhava minha mãe passar pela porta de emergência, acompanhando os paramédicos que levavam Melissa.

—Eu preciso ficar com ela, pai. - disse antes de caminhar em direção a porta da emergência, mas meu pai bloqueou o meu caminho, me fazendo rosnar furioso antes de sibilar. - Preciso ver a minha fêmea agora.

—Sei que precisa ficar com a sua fêmea e respeito isso, mas você não irá ajuda-la com o braço desse jeito. Como quer protegê-la estando machucado? - meu pai questionou olhando em meus olhos e pisquei confuso voltando a mim, depois da minha perda de controle.

—Me desculpe, papai, não devia ter rosnado para o senhor, mas é que tudo está tão confuso...- sussurrei entre lagrimas e ele concordou antes de se aproximar de mim.

—Está tudo bem filhote, eu entendo. Agora vamos olhar esse braço antes que o seu processo de regeneração comece. - ele disse e concordei antes de acompanha-lo até uma sala de exames que ficava na área da urgência.

Tive que esperar meu pai fazer um exame detalhado em mim, até concluir que só havia deslocado o ombro e que meu processo de regeneração ainda não havia começado, o que lhe deixou mais aliviado. Depois de me medicar com uma dose elevada de analgésicos, afinal a minha temperatura corporal queimava os medicamentos mais rápidos que o normal, meu pai colocou meu ombro no lugar e me obrigou a usar uma tipoia azul até a minha regeneração está concluída, em seguida saímos da sala de exames e encontramos Sylvia sentada em uma das cadeiras que havia no corredor da urgência.

—Sylvia? - eu e meu pai questionamos surpresos por vê-la ali.

Durante meu exame, contei ao meu pai como havia acontecido o quase atropelamento de Melissa, não deixando nenhum detalhe escondido e ele ficou surpreso em saber que a minha ex quase havia nos atropelados.

—Só queria saber se o Benjamin e a namorada estavam bem, afinal praticamente atropelei os dois. - ela disse nervosa e percebi que Sylvia estava a um passo de chorar.

—Estou bem Sylvia, foi apenas uma torção leve. - menti olhando em seus olhos e ela sorriu triste.

—Você sempre foi um péssimo mentiroso Benjamin...Por favor, não tente amenizar a minha culpa.

—Sylvia, não se preocupe, dou a minha palavra que meu filho está falando a verdade. Agora se me dão licença, vou atrás de notícias da minha nora.

—Obrigado pai. - disse agradecido não só por meu pai tentar mentir para acalmar Sylvia, mas também por ele ir atrás de notícias da minha namorada.

Em silêncio vimos meu pai seguir em direção a grande porta que dava para o setor de neurologia, uma das muitas especializações que minha mãe fez depois que assumiu a emergência do hospital no lugar do meu pai.

—Tem certeza que você está realmente bem? - Sylvia questionou preocupada apontando o meu braço na tipoia.

—Sim, a tipoia foi só uma precaução do meu pai. - disse sem desviar os olhos da porta por onde Melissa havia passado inconsciente com a minha mãe minutos atrás.

—Benjamin? - ela me chamou e virei para vê-la com lágrimas nos olhos.

—Me desculpe. - ela sussurrou chorando e fiquei sem saber como agir.

Afinal, nunca soube como me comportar perto de uma mulher que estava chorando.

—Sylvia, você não teve culpa de nada, foi um acidente. - disse suave tentando fazê-la se sentir melhor, mas ela balançou a cabeça negando antes de se sentar novamente na cadeira em que estava e me sentei ao seu lado.

—Não é só pelo acidente, mas principalmente pelo que houve no passado, não devia ter agido daquela forma com você. - ela sussurrou entre lágrimas e suspirei, pois tudo que não queria agora era falar sobre o passado.

—Sylvia, por favor, esse não é o momento. - pedi cansado e ela concordou enquanto enxugava as suas lágrimas. Afinal, só conseguia me preocupar com Melissa naquele momento.

—Eu sei e me desculpe, mas depois do que houve você nunca mais quis me ver ou falar com o David...-ela começou a dizer e a interrompi.

—Isso foi há muito tempo atrás Sylvia, não há nada a ser perdoado. Nós dois seguimos em frente...Você parece estar feliz com o David e eu estou muito feliz com a Mel, então vamos deixar o passado no passado. - disse suave e ela concordou entre lágrimas antes de olhar novamente para o corredor e ver meu pai voltando com o semblante sério, o que fez meu coração se apertar de preocupação.

Sem paciência para esperar meu pai se aproximar de nós, caminhei rápido em sua direção, já que não poderia correr por causa do meu braço.

—Como a Mel está pai? -questionei preocupado assim que me aproximei dele que parou no meio do corredor à minha espera.

—Fizemos todos os exames padrões para o tipo de acidente e queda que ela teve e todos deram normais. E ela já está acordada e consciente. - meu pai disse sorrindo e respirei aliviado por ouvir aquela notícia.

—Graças a Deus, então porque ela ficou desacordada por tanto tempo, pai?

—Melissa bateu com a cabeça com muita força o que resultou em um leve inchaço na caixa craniana, uma reação natural a pancada que levou, mas já começamos a administração dos remédios específicos para essa reação. - meu pai explicou e não consegui ficar calmo com as suas palavras, só conseguia pensar que havia machucado a minha namorada seriamente o que me deixou apavorado.

—Mel corre...Algum risco de vida, pai? -questionei com a voz tremula por pensar na remota possibilidade de algo lhe acontecer.

—Por enquanto não, mas vamos deixa-la em observação por vinte quatro horas apenas por precaução.

—Posso vê-la, pai? - questionei aflito para vê-la com meus próprios olhos e meu pai sorriu concordando.

—Pode. Ela pediu para chamá-lo.- meu pai disse e sorri feliz por ouvir que Melissa queria me ver, apesar de termos brigado horas atrás.

—Ela pediu para me ver, pai?

—Pediu filho. Assim que acordou ela questionou a sua mãe onde você estava, depois que Leah lhe contou sobre o acidente. E então, vamos? - papai questionou e concordei, mas sabia que antes de ir ver a minha namorada precisava agradecer a outra pessoa antes.

—Só preciso falar com a Sylvia antes, afinal se não fosse por ela nem sei se teria condições de socorrer a Mel. - disse ao meu pai que concordou.

—Tudo bem, vou esperá-lo aqui. - ele prometeu e concordei antes de voltar para o lado de Sylvia que estava aflita por notícias.

—A sua namorada está bem? - ela questionou preocupada assim que parei em sua frente.

—Está. Mel saiu do acidente sem qualquer problema grave. Ela já está acordada e consciente. -disse e ela respirou aliviada com a notícia.

—Graças a Deus, não iria suportar saber que fui responsável por sua infelicidade novamente. - ela disse entre lágrimas e sorri agradecido enquanto segurava a sua mão direita com cuidado.

—Não precisa se sentir responsável por nada Sylvia, simplesmente não era para ficarmos juntos só depois que conheci a Melissa soube disso. - disse olhando em seus olhos azuis e ela concordou sorrindo.

—Soube disso quando você me apresentou o David. - ela segredou e seus olhos brilharam ao pensar no marido. -Saber que a sua namorada e está bem e que você está feliz com ela, me deixa mais feliz. Sempre nos preocupamos com o seu destino depois de tudo que houve.

—Não precisam mais se preocupar comigo, eu estou bem e feliz. - disse sincero olhando em seus olhos e ela sorriu feliz por mim. -Obrigado por tudo que fez por mim e pela Melissa hoje, Sylvia, jamais vou esquecer disso.

—Não precisa agradecer Benjamin, fico feliz que a sua namorada esteja bem e desejo que vocês sejam muito felizes. - Sylvia disse sincera e a abracei com carinho o que lhe deixou surpresa.

—Eu também espero que você e o David sejam muito felizes...E desejo do fundo do meu coração, que seu filho nasça com muita saúde e que traga muitas felicidades a vocês. - disse sincero antes de me separar dela que ficou surpresa por ter descoberto a sua grávida, afinal seu corpo ainda não demonstrava nenhum sinal de tal estado. Mas para mim era fácil notar, pois podia ouvir a zoada de dois corações vindo dela assim como outro cheiro, que não lhe pertencia. Saber que Sylvia havia conseguido realizar seu sonho me deixava extremamente feliz, porque nos permitiu dar um encerramento digno para os cinco anos que ficamos juntos.

Antes de me despedir de Sylvia, pedi a uma das enfermeiras que passavam para lhe levar até o obstetra de plantão, pois toda essa agitação não devia fazer bem para a gravidez dela. Depois disso, voltei para onde meu pai estava e fomos em direção ao quarto em que Melissa estava segundo meu pai.

—Senhorita Hastings, trouxe uma visita. - meu pai disse assim que abriu a porta, depois que ouvimos alguém autorizar a nossa entrada.

—Benjamin. -Melissa disse feliz por me ver entrar no quarto ao lado do meu pai e esqueci tudo ao meu redor enquanto ia em sua direção.

Precisava desesperadamente abraça-la, sentir seu calor e o seu coração batendo contra o meu peito, só assim conseguiria ficar tranquilo, depois de toda incerteza que sofri nessa meia hora. Abracei Melissa como se a minha vida dependesse disso, mesmo que só estivesse com um braço para fazer isso, senti o cheiro do seu pescoço antes de beijá-lo com carinho enquanto fechava os olhos e agradecia a Deus por ter protegido o meu anjo.

—Você está tremendo meu querido...Não precisa ficar preocupado, estou bem. - Mel disse suave abraçada ao meu pescoço enquanto sentia seu cheiro de canela e seu calor que tanto me fez falta horas atrás.

—Nunca mais vou te soltar, por mais que me peça. - sussurrei entre lágrimas enquanto a abraça mais.

—Nem eu quero que você me solte. Me perdoe, não devia ter saído correndo daquele jeito, muito menos ter falado todas aquelas coisas horríveis. - ela sussurrou com a voz embargada e senti suas lágrimas molharem o colarinho da camisa que usava. - Você não merecia ouvir tudo aquilo....Você jamais passaria por cima de uma decisão minha sem motivos, por isso sei o quanto deve ter lhe causado dor fazer isso...Me perdoe também por ter dado a entender que queria terminar com você...Jamais quis isso Benjamin, eu te amo demais pra tê-lo longe de mim, só falei tudo aquilo porque estava nervosa e insegura.

—Eu também te amo demais meu anjo e te perdoo, agora vamos esquecer tudo isso. Não quero mais lembrar de meia hora atrás. -sussurrei suave me afastando para olhá-la nós olhos. - Pode fazer isso por mim?

—Posso. - ela sussurrou e acariciou meu rosto com carinho antes de me beijar.

E como aquele beijo havia sido maravilhoso, tão bom e especial quanto o nosso primeiro beijo.

—Esse foi diferente e muito bom. - Mel sussurrou sorrindo surpresa com a sua testa encostada na minha assim que nos separamos para respirar e sorri.

—Sempre dizem que beijos de reconciliação são os melhores. -brinquei acariciando meu nariz com o seu enquanto ela acariciava minha nunca sem pressa.

—Não dá pra saber, afinal só te dei um beijo...Posso te dar outro? - ela questionou levemente corada e sorri concordando antes de sentir seus lábios em contato com os meus novamente.

Nos beijamos até ficarmos sem fôlego e com os lábios vermelho, mas como resultado exibíamos um sorriso de orelha a orelha por termos feito as pazes.

—Para onde seus pais foram? -Mel questionou confusa olhando pelo quarto assim que nos separamos para respirar.

—Com certeza eles quiseram nos dar algum tipo de privacidade, o que se tratado da minha família é um luxo. -segredei e ela sorriu como se não acreditasse.

Sem dizer uma palavra, me deitei ao seu lado na cama e a convidei com o olhar para se juntar a mim, afinal sabia que precisávamos desse momento juntos para nos convencer de que tudo estava bem.

—Me desculpe pelo seu braço, você podia ter morrido por minha culpa...Não quero nem pensar nisso. -Mel sussurrou aconchegada em meu peito enquanto a abraçava com o meu braço bom.

—Você também podia...Quero que me prometa, que nunca mais vai correr nervosa em direção a uma rua movimenta ou para qualquer tipo de perigo que possa existir nesse mundo. Me promete? - questionei apoiando meu queixo no alto da sua cabeça.

—Prometo.

—E eu prometo nunca mais passar por cima de um desejo seu, essa foi a primeira e a última vez. -jurei e ela agradeceu antes beijar o meu queixo com carinho.

—Como está a sua cabeça? Está doendo? -questionei preocupado, afinal ela estava no hospital por minha causa.

—Não, estou bem e o seu braço? O que aconteceu com ele? Você o quebrou? - ela questionou preocupada comigo.

—Não, só cai de mal jeito na pista quando te tirei do caminho do carro, foi uma torção leve só estou usando a tipoia por precaução, mas amanhã já estarei sem ela.

—Você está sentindo dor? - ela questionou preocupada comigo e sorri suave.

Melissa jamais deixaria de se preocupar com os outros, mesmo quando era ela que precisava de mais atenção, como agora.

—Não amor, meu pai praticamente me drogou com tantos anti-inflamatório que me deu. - disse e ela sorriu achando que estava brincando, mas era verdade.

—Isso me deixa mais tranquila.

—Me desculpe Melissa, por tê-la machucado...Jamais quis isso, só queria salvar a sua vida e acabei lhe machucado no processo, se algo mais grave tivesse acontecido com você por minha causa nunca me perdoaria. - disse envergonhado e culpado por tê-la machucado, quando era meu dever protegê-la.

—Você não teve culpa de nada. Meu amor, se você não tivesse arriscado a sua vida por mim não estaríamos tendo essa conversa agora, então, obrigada por salvar a minha vida Benjamin Thompson. -ela sussurrou emocionada antes de me abraçar com mais força.

—Você é a minha vida Melissa, jamais conseguiria existir em um mundo em que você não estivesse nele. - sussurrei suave antes de beijar o alto da sua cabeça com carinho. - Eu te amo, meu anjo.

—Eu também te amo, meu amor. - Mel sussurrou suave enquanto aproveitávamos a companhia um do outro, ainda mais depois de tudo que passamos hoje.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Como o capitulo de segunda foi adiantado, amanhã não teremos capitulo, mas na quarta teremos capitulo novo.
Beijos, bom domingo e até quarta.



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