Entre Extremos escrita por Bella P


Capítulo 26
Capítulo 25




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Dallas detestava aparatar, fato. E a pressa com que eles fizeram isto era garantia de um estômago revirado e o jantar vomitado aos seus pés, mas a raiva que brotou na boca deste mesmo estômago foi maior que o enjôo e assim que os seus pés tocaram o chão novamente, ela soltou-se de Draco e Narcissa com tanta força que os assustou e os desequilibrou por um segundo, mas, infelizmente ,eles não foram de cara no chão. Ah, e como ela adoraria vê-los com a cara no chão. 

— O que vocês pensam que estão fazendo? — por um segundo a sua voz saiu tão aguda de indignação que assemelhou-se ao grasnar de uma águia prestes a dar o bote. Draco não respondeu, aparentemente ainda atordoado pela aparatação brusca, mas Narcissa recuperou o equilíbrio rapidamente e com gestos metódicos ajeitou as suas vestes e lançou um olhar de repreensão para Dallas. Obviamente que o seu tom não havia agradado a mulher, mas não era como se Dallas se importasse, não é mesmo? Algumas horas na companhia uma da outra e o fato de ter aceitado novamente o pingente com a foto não fazia de Narcissa a sua mãe. 

— O que você acha, exatamente, que estávamos fazendo? — havia arrogância e desafio no tom de voz de Narcissa, um tom que para Dallas era familiar, pois já o ouviu sair da boca de Draco, já o ouviu sair de sua própria boca e saber que muitas de suas facetas eram herança materna não era algo que ela estava gostando de descobrir. 

Dallas sabia chegar a conclusões lógicas diante de meias palavras e a contrariedade de Narcissa era clara, somada ao histórico de desamores de Draco em relação a Potter, era óbvio que, assim como Amélia, Narcissa não se agradava da proximidade que Dallas tinha com o grifinório. Mas opiniões alheias nunca moveram o mundo de Dallas e não seria agora que começariam, não é mesmo? 

Dallas não respondeu, apenas limitou-se a recuar mais um passo e afastar-se da dupla na sua frente. Ao olhar ao seu redor, notou que Narcissa tinha os aparatado diretamente na entrada do acampamento. O trouxa que servia de porteiro não estava mais ali, e quando deu um relance por cima do ombro, viu ao longe barracas ainda queimando e gritos ainda ecoando na escuridão e a macabra Marca Negra iluminando em tom esverdeado as nuvens que agora cobriam completamente a lua. 

— Dallas! — Narcissa a chamou e estendeu a mão na direção da garota. A voz dela tinha um tom de ordem, as feições mostravam que ela não queria ser contrariada, mas os seus olhos claros tinham um brilho de pânico neles. — Vamos! Eu vou levá-la para casa. — Dallas recuou mais um passo, para o completo desagrado de Narcissa que franziu os lábios rosados de forma desgostosa. — Dallas. — desta vez o nome saiu em um sibilo contrariado e foi ecoado por outra voz. 

— Dallas! — o chamado fez a jovem virar-se para Annabeth Gordon que vinha correndo na direção do grupo e somente parou quando estava à poucos centímetros de distância da garota. Os olhos castanhos de Annabeth miraram com curiosidade os Malfoy e uma das mãos dela pousou no ombro de Dallas, que sentiu dedos longos e tensos apertarem a carne de seu ombro levemente. Annabeth não confiava nos Malfoy, era isto que este gesto discreto indicava, e estava pronta para desaparatar com a garota dali ao menor sinal de perigo. — Narcissa. — Annabeth pronunciou o nome da outra mulher com um suave tom de familiaridade e desdém, o que mostrava que havia uma história por detrás disto tudo, que ambas conheciam-se mais do que de passagem.

— Annabeth. — Narcissa respondeu em igual tom. 

— Você está bem? — Annabeth perguntou e Dallas levou um segundo para perceber que a pergunta foi direcionada à ela. 

— Sim. — respondeu, sem oferecer mais detalhes. Fisicamente ela estava bem. Emocionalmente? Ainda estava abalada com tudo o que aconteceu e os seus nervos vibravam sob a sua pele, a incitando a se mover, a voltar para aquela floresta, a procurar por Potter, e só não tinha feito isto por uma razão, porque sabia que a sua busca seria inútil visto que a floresta era grande e o encontro entre Potter e ela foi fruto de puro acaso. Sem contar que, há esta altura, alguém já deveria ter encontrado o garoto e o escoltado para um lugar seguro. Afinal, estamos falando de Harry Potter aqui. 

— Vamos, então. — Annabeth usou a mão que repousava sobre o ombro de Dallas para guiar a garota para longe da entrada do acampamento destruído. De rabo de olho, Dallas viu Narcissa abrir a boca, na intenção de dizer alguma coisa, mas mudou de ideia no meio do caminho. 

Novamente a aparatação a pegou de surpresa, mas não foi realizada da forma brusca que Narcissa fez quando fugiram da floresta. Pelo que leu sobre o assunto, aparatar era um tipo de magia que variava de bruxo para bruxo e enquanto a aparatação de Narcissa foi violenta e resultou em um estalo que zumbiu nos ouvidos de Dallas, a de Annabeth foi suave e gerou apenas o som de uma suave brisa soprando entre folhas verdes. Quando os pés de Dallas tocaram novamente a terra firme, ela viu que Annabeth as tinha levado diretamente para e entrada da casa dos Gordon e girou a varinha de modo a conjurar um Patrono, um poodle prateado e brilhante, que sumiu rua abaixo como uma aparição some em filmes de terror, após ela ter sussurrado algumas palavras sob a respiração. 

— Aqui não tem Dementadores. — Dallas seria a primeira a saber se aquelas criaturas vis estivessem nas redondezas. 

— O feitiço do Patrono não serve somente para afastar Dementadores. — Annabeth respondeu ao destrancar a porta de entrada da casa. — Mas também pode ser usado como forma de enviar uma mensagem. Liam e Pietro estavam procurando por você também, eu dei a sorte de encontrá-la primeiro. — e, ao que parecia, o Patrono era rápido na entrega de mensagens, porque mal Dallas pisou dentro do hall de entrada da casa, e dois estalos de aparatação soaram as suas costas e as vozes de Liam e Pietro chegaram aos seus ouvidos. 

— Aurora ainda está no acampamento com os aurores. — Liam comentou, retirando o casaco assim que entrou na casa e o pendurando nos ganchos ao lado da porta. Pietro imitou o pai e fechou a porta de entrada às suas costas com um simples girar de varinha. — Você está bem? — os olhos claros do patriarca dos Gordon foram para Dallas, percorrendo a figura da menina de cima a baixo, procurando um arranhão que fosse e dando-se por satisfeito ao perceber que não havia nenhum. 

— Sim. — Dallas repetiu a resposta que tinha dado à Annabeth mais cedo. 

— Patrick está lá em cima. — Annabeth dirigiu-se à Dallas. — Com tudo o que aconteceu hoje, duvido que alguém vá dormir tão cedo nesta casa. Eu vou fazer um chocolate quente para nós, que tal? — Dallas não acreditava que chocolate quente fosse acalmar os nervos de ninguém naquela casa, mas mesmo assim assentiu para Annabeth, concordando com a sugestão dela, antes de tomar o caminho para o quarto de Patrick. 

— Ei. — Patrick a cumprimentou assim que Dallas passou pelo batente da porta e havia uma expressão de alívio no rosto dele ao vê-la intacta. — Eu quase morri do coração quando vi que você não estava comigo. — durante toda a confusão, ambos haviam saído da barraca juntos, sendo guiados por Liam e Pietro para longe, mas durante o corre-corre de, gente gritando, tropeçando, desaparatando e esbarrando uns nos outros, eles acabaram se separando. 

Dallas sentou na beirada da cama e mirou por alguns segundos a parede oposta. 

— Foi só eu, ou o súbito ataque desta noite deixou uma sensação de mau presságio? — perguntou ao virar-se na direção de Patrick, que tinha uma expressão sombria no rosto diante das palavras dela. 

— Não, não foi só você. — ele declarou e Dallas inspirou profundamente para tentar acalmar o seu coração acelerado, sem muito sucesso.

 

oOo

 

O retorno para Hogwarts foi curiosamente tranquilo se comparado as férias e a Copa Mundial de Quadribol. O ataque ao acampamento ainda era a coisa mais comentada no Profeta e nos corredores do Expresso, mas o assunto morreu rapidamente quando no jantar de boas vindas, Dumbledore anunciou Olho-Tonto Moody como o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas e a vinda de Beauxbatons e Durmstrang para o Torneio Tribruxo. 

Os primeiros dias de aula foi regado a velhas rotinas e algumas novidades, e o retorno de antigas inimizades. Draco estava mais ácido do que nunca e alfinetando quem pudesse alfinetar, usando como o seu alvo preferido e constante o trio grifinório e o Sr. Weasley que, por alguma razão que sinceramente fugiu da atenção de Dallas, foi destacado em alguma matéria do Profeta Diário. 

Obviamente que as ofensas proferidas por Draco cutucaram feridas e os hormônios incandescentes da adolescência atiçaram o temperamento de todos a ponto da briga sair do espectro verbal e partir para o físico. Dallas recuou um passo, surpresa ao ver Potter e Draco engalfinhando-se como dois moleques qualquer. Ao menos de Draco ela não esperava tal atitude, visto que ele teve uma educação aristocrática semelhante à dela, uma educação que condenava tais tipos de atitude, embora Dallas vivia de quebrar esses paradigmas, mas ainda sim lá estava ele, brigando como grifinório, sob os gritos de incentivo de seus colegas de casa e o grito irritado e desesperado de Granger que exigia que eles parassem com aquilo.

Dallas rolou os olhos. Era como se Granger constantemente esquecesse de que era uma bruxa e que estava em Hogwarts e, portanto, permitida a usar magia. Dallas, felizmente, não esquecia-se disto e já apontava a sua varinha para os dois rapazes quando alguém foi mais rápido do que ela e em um estalo Draco desapareceu para dar lugar a uma doninha branca assustada e desesperada, que guinchava tentando fugir do feitiço que a prendeu no lugar e a fazia girar de forma enjoativa no ar. 

— Alastor! Alastor! — McGonagall surgiu no corredor como se tivesse aparatado, gritando com a ferocidade e repreensão que a tornava a professora mais respeitada da escola. — Alastor! — ela repetiu o nome em um tom mais baixo ao aproximar-se de Olho-Tonto. — Nós não usamos magia para punir alunos. — para o divertimento e surpresa de todos, Olho-Tonto abaixou os olhos como uma criança envergonhada e devidamente repreendida e soltou um pedido de desculpas que foi quase impossível de se ouvir, e em seguida transformou a doninha de volta no herdeiro dos Malfoy.

Dallas não sabia se sentia pena de Draco ou irritação pela clara imaturidade que ainda não o deixava. Caído no chão e descabelado, ele formava uma visão patética, mas o medo que ela viu nos olhos cinzentos dele foi o suficiente para fazê-la reagir e em dois passos aproximou-se do garoto e o ergueu do chão com um puxão pelo braço. Draco deixou-se manusear como uma boneca de pano, ainda assustado e desnorteado, e uma leve afeição fraterna que Dallas achou ser incapaz de sentir surgiu em seu peito ao ver a cena digna de comiseração. 

Ao passar por Olho-Tonto, ainda trazendo Draco consigo, Dallas fez questão de lançar ao professor o seu melhor olhar de desprezo, o que fez o homem apenas sorrir divertido sob as suas feias cicatrizes. O sorriso não era nada bonito, somente distorceu as feições dele, as deixando ainda mais medonhas, e a expressão fez Draco retesar o corpo o suficiente para Dallas sentir os músculos do garoto enrijeceram sob os seus dedos que ainda seguravam o braço dele, e a situação não melhorou quando, antes de dobrar a esquina, eles ainda puderam ouvir Weasley dizer:

— Não falem comigo, porque eu quero gravar isto na memória para sempre. Draco Malfoy, a fantástica doninha quicante. 

— Você mereceu. — Dallas disse com aspereza assim que eles saíram do raio de visão e do alcance dos ouvidos do grupo de alunos. — Que prazer mórbido é este que você sente em humilhar os outros? Especialmente Potter e os amigos dele? — completou ao soltá-lo quando viu que estavam sozinhos no corredor. A palidez anormal de Draco havia sumido e dado lugar a um rubor de raiva e vergonha, ele não tinha mais ombros tensos e expressão assustada, pois a adrenalina provinda da humilhação que acabou de sofrer começava a tomar o seu corpo e espantou o desconforto e a confusão que sentia antes. 

— Porque eles merecem! — veio a resposta petulante de Draco e Dallas rolou os olhos. Por que ainda tentava compreender o garoto? Draco era um moleque arrogante e mimado por natureza, como Samantha e Nicholas, e ele não tinha razão concreta para ser como era, ele era simplesmente assim e ponto. 

Vendo que a sua resposta não a agradou, Draco resolveu elaborar. 

— Os Weasley são uma vergonha para a sociedade mágica. — Dallas abriu a boca para protestar. Não era fã dos Weasley, mal os conhecia, embora achasse o gêmeos particularmente divertidos, mas Draco ergueu a mão para impedi-la de continuar. — Pense na sociedade mágica como a exclusiva e fechada sociedade da elite londrina. Temos regras de conduta e uma cultura toda própria. Desviar destes padrões é pedir para ser alvo de chacota. Se você é um sangue-ruim — Dallas deu à ele um olhar venenoso. A palavra não a ofendia, mas ainda era um insulto que não deveria ser dito a altas vozes de forma tão displicente. Draco, como sempre, ignorou a sua repreensão silenciosa. — ou um mestiço, desviar deste padrão não é tão mal visto porque é até esperado. O sangue trouxa em suas veias e a sua própria criação no mundo trouxa o faz ser ignorante à certas regras, o faz desafiá-las porque não as compreende visto que você não foi criado dentro deste universo para aceitar que certas coisas simplesmente são como são há séculos e não serão mudadas só porque você não gosta delas. Mas os Weasley são sangue-puro há gerações. Eles podem ser simpatizantes o quanto forem de trouxas e sangue-ruim, mas não existe um dentro da árvore genealógica deles. Portanto, eles desviarem-se das regras silenciosas que são a base de nossa cultura é uma ofensa, é razão para serem alvos de ofensa. 

— Que regras são essas? O fato de serem pobres? — Dallas duvidava que todas as famílias bruxas fossem ricas como os Malfoy ou os Black. A sociedade mágica com certeza tinha classe média alta, baixa e pobre. Toda sociedade tinha. 

Draco rolou os olhos. 

— O fato deles terem mais filhos do que podem criar. Uma família sangue puro é no máximo aceito dois filhos, três já são vistos com suspeita, exceto se você tiver dinheiro o suficiente e status social o suficiente para calar as bocas mais maldosas. Os Weasley não têm nada disto. Eles não têm também nenhuma ambição, nenhuma educação. Observe a prole Weasley como ela se comporta e faça um comparativo ao comportamento de outros bruxos sangue-puro nesta escola. Você verá que há uma gritante diferença, independente do dinheiro ou não. — isto Dallas já tinha reparado. Havia uma certa rudeza nos Weasley que outras crianças sangue-puro não tinham. Com certeza isto os destacava e os fazia serem considerados os esquisitos da sociedade, os que não mereciam lugar dentro daquele círculo tão estimável que eram os sangue-puros. 

— E Potter? — Draco hesitou, antes de respondê-la.

— Dele eu simplesmente não gosto. 

— Como é?

— Eu não gosto do Potter. Acontece. Não somos obrigados a gostar de todo mundo. 

— Sim, eu também não gosto de muita gente mas não fico deliberadamente procurando briga com essas pessoas. — Draco soltou uma risada desdenhosa. 

— Eu só puxo briga com Potter porque é divertido. — Dallas estreitou os olhos na direção dele. 

— Sabe, existe um tipo de comportamento entre crianças trouxas chamado “puxar as marias-chiquinhas”. 

— Trouxas são estranhos. 

— Um menino gosta de uma menina, eles são novos, imaturos emocionalmente, então o menino não sabe como expressar o seu gostar para a menina, ou como chamar a atenção dela sem parecer um idiota. Então, com vergonha e sem saber como agir, ele puxa as marias-chiquinhas dela, porque mesmo que o que ele esteja obtendo seja uma atenção negativa, ele ao menos está tendo a atenção da garota, na esperança de que em algum momento ela compreenda que ele não é um idiota que só sabe encher o saco dela e perceba que, na verdade, ele gosta dela e quer que a garota seja a sua namorada. — Draco ficou branco como uma folha de papel ofício. 

— Eu não estou a fim do Potter. — sibilou entre dentes.

— Mas a sua atitude beira a este tipo de comportamento. — Dallas rebateu, contrariada, e algo no tom dela fez a palidez de Draco sumir tão rápido quanto surgiu e um sorriso desagradável apareceu em seu rosto. 

— Com ciúmes, Dallas? — o coração de Dallas falhou uma batida diante dessa acusação. 

— Não… Não! — gaguejou e sentiu-se estúpida porque a sua hesitação somente cimentou as desconfianças de Draco, mesmo que essas fossem erradas. 

— Não se preocupe, eu não vou roubar o seu namorado, e eu não estou a fim do Potter. Eu o provoco porque acho divertido, porque é assim que eu sou, cretino, e porque Potter é um adversário a altura e que aguenta o tranco. 

— Essa atitude é tão infantil… E ridícula. 

— Dallas, às vezes você parece uma velha falando. Relaxa, curta a vida, e pare de me encher o saco com os seus sermões. Você está começando a soar como a nossa mãe! — silêncio, com ambos se olhando intensamente diante das últimas palavras de Draco. A familiaridade com que ele começava a reconhecer Narcissa como a mãe de ambos era implicar que ele aceitava a conexão que eles tinham, e o fato de Dallas não ter negado a afirmativa dele era dizer que ela também estava aceitando Narcissa nesta posição, o que gerava uma situação estranha. Sem contar que ele disse isto em público, em um corredor de Hogwarts, que estava vazio e não tinha quadros, mas que poderia ser preenchido por pessoas a qualquer momento, ser alvo de ouvidos curiosos a qualquer momento. 

— Concordamos que você não vai repetir a palavra com “m” em minha presença, a associando a mim? — Dallas disse, seca. Poderia estar lentamente aceitando Narcissa em sua vida, mas ainda não estava preparada para admitir a existência da mulher em público. Sem contar que era Dallas que era a vergonha da família, não o contrário, portanto duvidava que Lucius Malfoy fosse ficar feliz se este segredinho chegasse aos ouvidos de terceiros. 

— Desculpe-me. — Draco pediu e recuou passo. Ele parecia sinceramente arrependido, o que era uma grande novidade. — E… — ele hesitou quando virou-se para seguir o seu caminho. — Obrigado. — isto sim era um marco que Dallas guardaria na memória para a posteridade enquanto via o irmão (e como era estranho chamá-lo assim, mesmo que em pensamento) descer corredor abaixo.


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