Entre Extremos escrita por Bella P


Capítulo 18
Capítulo 17




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— Me explica novamente por que eu tenho que estar aqui? — Dallas gritou para fazer-se ouvir sobre o som ensurdecedor do vento, dos trovões e da chuva. O jogo da Grifinória contra a Lufa-Lufa estava sendo sob uma tempestade de congelar os ossos, os feitiços repelentes de água já não surtiam tanto efeito e ela desistiu há vinte minutos de tentar manter-se seca. 

— Você precisa melhorar esse seu espírito esportivo. — Patrick respondeu, tão molhado quanto Dallas e também gritando para fazer-se ouvir, ainda mais que naquele momento a Lufa-Lufa tinha acabado de fazer um gol e a torcida da casa explodiu em gritos de comemoração.  — Além do mais, Potter está jogando. 

— E? — Patrick a olhou como se não pudesse acreditar no que ouvia, assim como não podia acreditar que Dallas pensasse por um momento que ele era idiota. 

— Por favor, não insulte a minha inteligência. — pediu e a expressão de Dallas permaneceu confusa. 

— Não sei do que você está falando. — Patrick olhou dentro dos olhos de Dallas e ficou chocado ao ver que ela realmente não fazia ideia do que ele falava. 

— Merlin dê-me paciência. — pediu aos céus no instante em que outro trovão ressoou, a torcida da Grifinória vibrou junto com o estrondo devido a um gol marcado, e Dallas sentiu como se tivesse levado um soco no peito, lhe tirando todo o ar. A sua pressão caiu e ela sentiu-se tonta, um zumbido começou a soar em suas orelhas e ela tremia. — Dallas? Dallas! — o toque de Patrick em sua mão gelada foi como brasa queimando a sua pele e o grito que saiu de sua garganta assustou todos a sua volta. Era alto, agudo, como um agouro e outros gritos seguiram-se aos dela. Patrick desviou os olhos um minuto de Dallas para onde os outros alunos apontavam. Dementadores sobrevoavam o campo e Potter estava em queda livre, como fruta podre quando caía do pé. 

Dallas gritou mais uma vez, e outra vez, e Patrick pulou de susto ao ver o professor Snape surgir ao seu lado e erguer a garota no colo da mesma maneira que um cavalheiro erguia uma donzela ferida. Dallas cobria as orelhas, como se estivesse tentando bloquear algum som totalmente desagradável e os seus olhos estavam cerrados com força. 

Severo abriu caminho pelos alunos da Corvinal e alcançou a saída no mesmo instante em que Papoula passava correndo com Potter desmaiado em uma padiola. Ele seguiu a enfermeira da escola e notou que passos ecoavam às suas costas, pelo corredor, e presumiu que fosse o menino da Corvinal com quem Dallas sempre andava. O grupo entrou na enfermaria e enquanto Potter era levitado para uma cama, Severo colocou a sua aluna em outra cama vazia. 

— O que aconteceu com ela? — Papoula perguntou ao aproximar-se da menina após atender Potter. Dallas ainda tapava os ouvidos e tinha os olhos fechados bem apertados. Ela correu a varinha por sobre o corpo da garota e franziu os lábios em desagrado diante do diagnóstico que esta estava apresentando. — Eu vou precisar desacordá-la. — Papoula girou a varinha e murmurou um estupefaça sob a respiração, mas nada aconteceu, exceto que no instante seguinte Dallas ofegou, abriu os olhos e destapou os ouvidos. 

— Dallas? — Patrick chamou ao aproximar-se do pé da cama. A menina tinha ganhado cor subitamente, não mais tremia ou gritava e parecia genuinamente confusa com o ambiente à sua volta. 

— Onde eu estou? — perguntou com a voz rouca. 

— Enfermaria, senhorita Winford. Você se recorda do que aconteceu? — Snape perguntou com uma voz grave. 

— Dementadores. — Dallas esclareceu e isto pareceu não satisfazer o professor.

— Professor Lupin… — Snape disse o nome com claro esforço e uma pitada de desprezo. — me informou que no último ataque de Dementadores a senhorita levou alguns minutos para recuperar-se, o que não foi o caso hoje. — instintivamente Dallas fechou o punho da mão esquerda e tentou deslizar o seu pulso mais para dentro da manga do casaco que usava, mas Severo Snape não era diretor da Sonserina por ser um idiota e o movimento não passou-lhe despercebido. 

Dallas deu um pulo de susto sobre a cama quando sentiu as pontas dos dedos do professor tocarem o seu braço. Curiosamente Snape tinha dedos mornos e macios e foi com toques suaves que ele deslizou a manga do casaco por sobre a sua pele molhada e expôs a pulseira prata com o berloque em forma de cavalo empinado nas patas traseiras. Snape sacou a varinha de dentro das vestes e tocou com a ponta desta a pulseira e franziu os lábios quando esta pulsou com um brilho ametista, o mesmo brilho que percorreu o braço dela no dia em que colocou a joia. 

— Há cinco poderosos feitiços de proteção nesta pulseira, embora todos tenham sido performados de forma rude. — Snape largou o braço dela sobre a cama e guardou novamente a varinha dentro das vestes. — Quem te deu esta joia? — Dallas não respondeu, mas o relance que deu para o grifinório inconsciente na cama ao lado foi resposta o suficiente para Severo. 

Potter e Dallas tinham uma relação curiosa que ele não estava conseguindo decifrar, e não importa quanto tempo passasse observando o casal, Severo não conseguia chegar a nenhuma conclusão concreta porque, primeiramente, raras eram as vezes em que Dallas e Potter eram vistos juntos e quando isto acontecia era em algum momento em que a menina estava defendendo a honra do grifinório para Malfoy. Potter não precisava de ninguém defendendo a honra dele, mas ficava claramente envaidecido quando a menina vinha salvá-lo das palavras ácidas de Draco quê, com o orgulho ferido, estava fazendo de sua missão pessoal tornar a vida da colega de casa um inferno.

Severo tinha plena ciência do que Draco aprontava, das provocações, ofensas cruéis e brincadeiras que estavam à um passo de causar danos físicos, mas Dallas aguentava o tranco. Se ela fosse a sonserina que mostrava ser a cada ano que passava, ela aguentava o tranco. 

— A joia precisa ser retirada. — Papoula declarou. — Ela não me deixa tratá-la. 

— Eu estou bem. — Dallas disse e deslizou sobre o colchão, colocando-se na ponta deste, pronta para descer, mas Pomfrey a segurou por um ombro e a manteve no lugar. 

— Senhorita Winford, eu decido se você está bem ou não. Por favor, deite-se novamente e retire a joia.

— Não será necessário. — Dallas protestou.

— Senhorita Winford. — Papoula soltou em um tom de puro desagrado diante da teimosia da garota. — Por favor retire a joia…

— Eu já disse que NÃO! — o não ecoou pela enfermaria, ampliado como em um alto falante, e todos recuaram um passo diante da poderosa recusa dela. Patrick tinha os olhos largos, Pomfrey uma expressão desgostosa que era imitada em menor intensidade por Snape.

— Papoula. — o professor começou em um tom calmo. — Acredito que uma noite em observação será o suficiente, correto?

— Eu não preciso… — Dallas ainda tentou protestar, mas o olhar endurecido do Mestre de Poções a calou e a menina deslizou sobre o colchão e voltou a deitar na cama. Para Papoula, esta não era a melhor opção mas, diante do cenário que se apresentava e da teimosia da jovem sonserina, era a opção mais viável. 

— Eu vou providenciar roupas secas para você. — a enfermeira declarou e afastou-se para fazer o que foi falado. Snape ainda lançou um último olhar de descontentamento para a pulseira no braço de Dallas, mas nada comentou. Quando ele deixou a enfermaria, Patrick sentou na beirada da cama, ainda surpreso com todos os recentes acontecimentos. 

— Harry Potter te deu um amuleto de proteção? — era a única coisa que ele conseguia pensar e falar. Patrick foi testemunha de uma das poucas interações públicas entre Harry e Dallas e a mesma não tinha nada demais, se a pessoa não soubesse para onde estava olhando, e ele não tinha entrado na Corvinal porque gostava se engolir livros em um pouco espaço de tempo como Hermione. Não, ele era observador, percebia os olhares que Harry lançava à Dallas todas as vezes em que ela surgia em algum ambiente em que eles frequentavam, ficou sabendo pelo rádio-corredor da escola sobre como ela humilhou Malfoy ao defender Harry, e o grifinório costumava entrar sorrateiro nas conversas deles. Uma hora eles estavam falando sobre o tempo, outra Dallas comentava sobre uma carta que recebeu no verão passado de Harry, que tinha algum assunto relacionado ao tempo. 

— E? — Dallas respondeu com o mesmo tom de incompreensão que usou mais cedo no campo de Quadribol.

— Harry Potter te deu um amuleto com cinco poderosos feitiços de proteção. — Dallas rolou os olhos. Aonde Patrick queria chegar?

— E eu repito: e?

— Um amuleto de proteção não é brincadeira, Dallas. O bruxo que o cria tem que ser extremamente poderoso, o que no caso de Harry não é uma impossibilidade, e a intenção dele de proteger a pessoa para quem vai dar o amuleto também tem que ser poderosa. — a expressão dela continuava confusa e Patrick engoliu a vontade de segurá-la pelos ombros e sacudi-la até que o cérebro dela pegasse no tranco. Dallas era uma menina brilhante, mas tão ignorante para as coisas mais óbvias da vida que chegava a ser frustrante.. — Eu pensei que Harry e você não fossem amigos. — comentou com um tom de acusação permeando a voz dele. Patrick lembrava-se claramente da amiga comentando sobre o incidente de Natal no primeiro ano deles, onde Harry sentou ao lado dela à mesa, durante a ceia, e tentou puxar conversa, somente para ser rejeitado em sua propensa intenção de amizade pelo jeito “doce” de Dallas de ser. 

— E não somos. 

— Dallas. — Patrick disse com um suspiro exasperado. — Você o defende das piadas de mau gosto do Malfoy, trocam cartas e presentes durante o verão e ele te deu um amuleto de proteção. E ele é imune ao seu Encanto Veela. — Dallas sobressaltou-se ao ouvir a última parte e Patrick rolou os olhos. — Eu não estou na Corvinal por causa dos meus lindos olhos castanhos, Dallas. Eu lembro exatamente o que aconteceu naquele Clube de Duelos, no ano passado. — ela abaixou a cabeça em um raro sinal de vergonha. 

— Desculpe, não foi a minha intenção usar o Encanto em você. — Patrick deu de ombros, nada ofendido. Quando descobriu o segredo de Dallas, pesquisou tudo o que pôde sobre o assunto e descobriu várias coisas interessantes, inclusive o fato de que Veelas adolescentes tinham um controle muito fraco sobre o Encanto. Este só vinha com a maturidade. — Potter não é imune ao Encanto. — Dallas protestou e Patrick riu. Ela era realmente inocente… e cega. Pelos antigos deuses, mas estes dois lhe dariam muita dor de cabeça daqui para frente. 

— Claro que não. — ele disse em um tom condescendente e deu tapinhas no joelho dele. — Claro que não. — repetiu, pensando em como eles lhe dariam dor de cabeça no futuro, mas também seriam a sua maior fonte de divertimento. 

 

oOo

 

Harry acordou para o cenário familiar da enfermaria de Hogwarts. Esta estava fracamente iluminada e além da janela ele pôde notar escuridão e ouvir o som de chuva batendo contra o vidro. Percebeu que não usava mais o seu uniforme de Quadribol e que estava seco, mas não conseguiu registrar mais nada do cenário ao seu redor porque a sua visão embaçada não permitia. Onde estava o seu óculos?

Harry sentiu algo bater suavemente em sua bochecha e quando ergueu a mão para sentir o que era, reconheceu a moldura familiar de seu óculos com as pontas dos dedos. O abriu e o colocou no rosto e girou a cabeça para a esquerda para ver que Dallas terminava de abaixar a varinha e a repousava na cama. Ela que havia levitado o óculos para ele. Harry sorriu em agradecimento e correu os olhos pela garota. Ela estava sentada sobre a cama com as pernas cruzadas e apoiava um livro nas coxas, estava descalça, usava calças de pijama e casaco moletom com a estampa do brasão da Sonserina na frente. As mangas do casaco estavam arregaçadas e ele sentiu um calor gostoso na boca do estômago ao ver a pulseira que deu para ela refletindo as luzes das lamparinas. 

— O que aconteceu? — Harry perguntou com a voz rouca. As suas recordações das últimas horas estavam tão embaçadas quanto a sua vista, mas lembrava-se vagamente de ter visto um enorme cão preto, um Agouro, e então os Dementadores surgiram do nada entre as nuvens de tempestade, esfriando ainda mais a atmosfera ao seu redor e fazendo os gritos familiares de sua mãe a beira da morte ecoarem por toda a sua cabeça. Depois disto, ele não lembrava de mais nada.

— Dementadores. — Dallas explicou o que ele já suspeitava ter acontecido, mas que até aquele momento considerou ser apenas um sonho distante e ruim. — Dumbledore está furioso, eles violaram o acordo de manterem-se fora das terras da escola. Ah! E você desmaiou em pleno vôo. 

— E o jogo? — Harry perguntou e ganhou um olhar estranho de Dallas.

— Você desmaiou em pleno vôo e se não fosse pelo diretor teria esborrachado-se no chão, mas a sua principal preocupação é o jogo? — ele deu de ombros. Sabia que as suas prioridades estavam invertidas, mas o Quadribol era o único momento em que ele permitia-se ser adulado por algo que ele realmente era bom em fazer e não por algo que ele não lembrava de ter feito, que foi derrotar Voldemort. — Lufa-Lufa venceu, Diggory pegou o pomo segundos antes de você cair. Ele até tentou remarcar o jogo diante do incidente, não considerou uma vitória justa, mas Madame Hooch disse que não houve violação de regras para precisar de um rematch, então ordenou que o campeonato prosseguisse normalmente. — Harry assentiu e escorregou sobre o colchão, para sentar-se na cama.

— E você? O que faz aqui? — porque as roupas dela deixavam claro que ela estava internada na enfermaria, assim como ele. Dallas desviou o olhar de volta para o livro em seu colo.

— Eu tive uma crise… por causa dos Dementadores. — Harry ofegou, alarmado diante do que ouviu.

— O amuleto… — Hermione tinha lhe garantido que o amuleto era perfeito, que protegeria Dallas, e saber que o mesmo falhou o fez sentir-se miserável. 

Dallas deu um sorriso que foi escondido do olhar de Harry pela cortina de cabelos castanhos que lhe cobria parte do rosto.

— O amuleto funcionou perfeitamente, apenas não do modo como você imaginou. — ela lembrava de Madame Pomfrey informando que precisava desacordá-la, lembrava da mulher murmurando o feitiço de estuporar que bateu em seu corpo, fez um choque gostoso correr por este, o que a tirou da crise de pânico no mesmo instante, e então nada mais aconteceu. — Em um duelo, ele virá a ser útil. — completou, fechou o livro e desceu da cama ao recordar-se de algo que estava martelando em sua cabeça desde que teve aquela conversa com Patrick, mais cedo.

— O que foi? — Harry perguntou intrigado e ajeitou-se mais sobre o colchão, abrindo espaço para ela sentar-se na sua frente na mesma posição em que estava sentada na cama ao lado. — Dallas? — Harry perguntou com a voz trêmula quando ela segurou as suas mãos entre as dela e olhou-o bem dentro de seus olhos.

— Eu quero fazer uma experiência.

— Experiência?

— Sim. Presta atenção em mim, Potter. — não era um pedido difícil diante do olhar intenso que ela lhe dava e do toque morno contra os seus dedos gelados. — You had plenty money in 1922. — quando ela começou a cantar, Harry sentiu o coração parar de bater por um segundo no peito. Foi a mesma reação que teve quando a ouviu cantarolar para Bicuço, ao tentar acalmá-lo. — You let other women make a fool of you. — Dallas tinha uma voz suave ao cantar, não era um primor, digna de ser uma soprano, mas possuía uma cadência agradável e era afinada. — Why don’t you do right, like some other men do? Get out of here, get me some money too. 

Dallas? — Harry a chamou. Embora o show particular estivesse sendo agradável e mexendo com os seus nervos, queria entender por que estava sendo agraciado com este espetáculo particular. 

No momento em que disse o nome dela, Dallas encerrou a cantoria e franziu as sobrancelhas. Maldito Patrick Gordon por ter razão. Potter era imune ao seu Encanto. 

— O que você estava tentando fazer? — Harry continuou e sentiu-se subitamente vazio quando as mãos dela soltaram as suas. 

— Eu disse, um experimento. — ela declarou com um dar de ombros, desceu do cama e retornou para o leito do lado, assumindo a mesma posição em que Harry a encontrou quando acordou. Ela que não iria explicar para o Menino-Que-Sobreviveu que ele era mais especial do que pensava ser. Dallas sabia ler nas entrelinhas e o que mais reparou em Potter nesses últimos anos era como ele ficava incomodado com as pessoas que lhe diziam que ele era especial só porque deu sorte de levar um Avada Kedavra na testa e sair vivo para contar história. Ou melhor, para ter história contadas por ele. 

Harry Potter tinha uma fama que não o precedia, uma glória que não existia na realidade de sua vida, era taxado de herói e salvador do mundo mágico e carregava este fardo involuntário nas costas porque outras pessoas decidiram colocar o peso da segurança de toda uma comunidade em cima de um garoto de treze anos. Claro que Potter não ajudava muito a melhorar a situação. Ao invés de desfazer-se deste peso e renegar a sua posição de Atlas, ele aceitou a missão a contragosto e de forma involuntária. Os feitos de Potter do primeiro e segundo ano não foram amplamente divulgados, mas os quadros da escola falavam e fora as aulas e deveres de casa e jogos de Quadribol, não havia muito o que fazer em Hogwarts e fofoca era o passatempo de todos ali. 

Querendo ou não Potter era especial, era um herói, estava fadado a realizar grandes coisas nesta vida e, entre elas, derrotar Voldemort novamente. Porque Dallas não era tola e como a sua avó, ela acreditava piamente que era apenas uma questão de tempo para o bruxo das trevas retornar e o mundo mágico re-encenar a Segunda Guerra Mundial trouxa, e ser imune ao Encanto poderia ser uma vantagem para Potter. 

A maldição Imperius foi criada usando como base este poder das Veelas e se Potter era imune, esta era mais uma Imperdoável que não o afetava. Garoto de sorte… Ou não. 

 


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