O Departamento de Mistérios estava uma loucura desde a invasão de cinco adolescentes de outros universos.

O ministro Fudge, apesar de aborrecido com Amelia pelo modo como conduziu o caso, mostrou-se muito agradecido aos inomináveis por terem resolvido tudo sem envolver ao Profeta Diário e sem chegar ao conhecimento do público.

— Imagine só as consequências que isso poderia nos trazer — ele resmungou — Francamente, universos paralelos.

Era uma surpresa até mesmo para os inomináveis como eles conseguiram ativar manualmente um arco que estava adormecido havia mais de 1000 anos. Uma relíquia bruxa incompreendida. Diziam as lendas que havia sido criado pela própria bruxa das trevas Morgaine Le Fay, apesar de sua estrutura remetê-los à Grécia Antiga.

Tinham tentado estudar o fenômeno após a partida das garotas, mas o arco não colaborava. Ele tinha encerrado-se da mesma forma que o cálice de fogo após cuspir os nomes de seus participantes.

E então houve outra invasão ao Ministério da Magia meses depois. Comensais da Morte.

O segredo de seu trabalho estava em risco como nunca esteve antes, diante da volta d'Aquele que não devia ser nomeado. Profecias foram destruídas, vira tempos... Perdas irrecuperáveis.

— Senhora — um dos inomináveis dirigiu-se à sua superior —, o arco está intacto.

Precisaram trabalhar muito nos dias seguintes para avaliar os danos às suas pesquisas. A maior preocupação era a segurança do mundo bruxo. O caos que seria causado se tivessem roubado o véu da morte ou...

— Destrua-o — ordenou a mulher sem hesitar.

— Senhora? — o homem mostrou-se abismado.

— Ele é muito perigoso. E inútil. Não vale a pena os riscos.

O inominável acatou às suas ordens.

E o mármore caiu pesado sobre o chão.

Pelo menos naquele universo, não teriam mais visitantes indesejados.