Libertinamente Marotos - HIATUS escrita por Lady Anna


Capítulo 2
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Hey guys!
Espero que aproveitem o capítulo e quero dedicá-lo a maravilhosa Madame K1945 que comentou no prólogo.
Enjoy, Anna



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“Remember in this game we call life that no one said it´s fair." Breakdown- Guns N´Roses (Use Your Illusion - Vol.2)

 

—Essa é a ideia mais ridícula que já ouvi! –Exclamou Lily exasperada.

—Srta. Evans não se deve diz... –Começou Marlene em tom calmo e conciliador. Os Evans estavam pagando bem para que ela fosse dama de companhia e ensinasse bons modos e regras sociais a Lily. Por isso, Marlene não queria perder seu emprego. De jeito nenhum.

—Pode parar por aí, Lene. –disse a ruiva não se importando com as regras de etiqueta quebradas ao interromper a garota. –Primeiramente, me chame de Lily. E segundo, eu sei que não devo me expressar com palavras fortes, mas como eu posso evidenciar minha indignação?

—Ah, a senhorita poderia dizer... –Era evidente que Marlene procurava uma palavra digna de uma lady, mas não estava encontrado. –Que tal dizer que é uma ideia um tanto quanto excêntrica?

Lily arqueou as sobrancelhas e olhou ironicamente para Marlene, depois se dirigiu a mãe:

—Mamãe, sua ideia é um tanto quanto excêntrica.

Judith bufou e cruzou os braços, Lily bufou e se jogou no sofá e Marlene suspirou cansada.

—Sra. Evans e Srta. Evans damas da alta classe não bufam como cavalos. Elas suspiram delicadamente. –Em resposta a Marlene, a Sra. Evans revirou os olhos. –Damas também não reviram os olhos.

Era evidente que essas mulheres não podiam ser mais diferentes entre si e ao mesmo tempo tão iguais, tanto em aparência quanto em personalidade.

Lily tinha penetrante olhos verdes, cabelos ruivos ondulados até a cintura que nesse momento estavam presos em uma trança que se desfazia, a pele pálida e sardenta, um sorriso animador e um corpo magro e esguio. Utilizando aquele vestido azul escuro de mangas rendadas, ela era bonita de uma maneira singular e sua personalidade é mais singular ainda: em alguns momentos ela era meiga, tímida e encantadora, em outros era grossa, extrovertida e engraçada.

Judith era a extravagância em pessoa. Diariamente seus cabelos ruivos lisos encontram-se presos em elegantes penteados, seus olhos marrons opacos bem delineados e sua boca grossa definida por um batom escuro. Suas vestimentas não ficam para trás: seus vestidos luxuosos com esvoaçantes saias rodadas e em tons escuros chamavam a atenção onde iam. Ela utilizava o maior número de joias possíveis, o que faz com que ela se pareça com um grande rubi. Um rubi muito mal humorado, com poucos modos sociais e ansioso para casar a filha com um nobre.

Marlene certamente era a mais refinada das três. Mesmo com seus olhos azuis elétricos cansados, seus cabelos pretos sempre presos em um coque no alto da cabeça, sem nenhuma joia e com os vestidos mais simples utilizados pelas acompanhantes em tons que não a favoreciam de maneira alguma, Marlene esbanjava elegância e beleza. Sua pele bronzeada naturalmente e seu corpo curvilíneo exuberante completam a visão perfeita. E isso certamente irritava Judith.

—Srta. McKinnon, –Começou a Sra. Evans em tom ameaçador: –Eu lhe contratei com o objetivo de ensinar bons modos a minha filha e não a mim. Limite seus conselhos a Lily ou não aconselhará mais ninguém nessa família.

Os olhos de Marlene faiscaram tanto que Lily realmente achou que a mãe sairia da sala chamuscada, mas por fim Marlene disse:

—Sim, Sra. Evans. Me perdoe a intromissão.

—Ótimo. –Disse a Sra. Evans enquanto Lily olhava perplexa todo o acontecimento. Sua mãe não podia tratar Lene assim, podia? – Lily, esse é o melhor plano que temos, então seguiremos com ele. No baile da Sra. Longbottom na sexta você será apresentada a Sirius Black e deverá dançar com ele, no final da dança você vai sugerir educadamente que precisa tomar um ar e vocês irão ao jardim. Em uma parte do passeio você desmaia no colo dele e ele não poderá deixá-la sozinha, então eu, Marlene e quem mais estiver conosco encontraremos vocês em, em... como se diz mesmo Marlene?

—In flagrante delicto, senhora.

—Isso mesmo, In flagrante delicrito. –Lily percebeu a pronúncia errada da mãe, assim como Marlene que abriu a boca para corrigi-la mas depois desistiu e revirou os olhos discretamente.

—Por que Sirius Black? Por que não pode ser qualquer outro nobre idiota? E o que significa exatamente in flagrante delicto? –Lily falou rapidamente tentando colocar os pensamentos em ordem. A mãe precisa esquecer essa ideia bizarra. Precisa.—Isso com certeza não vai dar certo, ele não vai acreditar ou pior vai se mostrar tão depravado quanto é e ignorar minha reputação manchada!

—Não seja boba Lily. Vai dar certo exatamente por você ser assim... –disse sua mãe apontando para ela de modo confuso. –excêntrica.

E saiu. Sua mãe simplesmente saiu depois de dizer que ela era excêntrica. Lily podia ouvir a risadinha presa de Marlene e a fuzilou com o olhar.

—Desculpe, senhorita. –Disse Marlene se recompondo. –Respondendo as suas perguntas: o alvo principal de sua mãe é Sirius Black porque ele é o duque de Secorfly, o homem com o sangue mais azul de toda a Inglaterra e há alguns anos eu realmente duvidaria da capacidade de Sua Graça de fazer a coisa certa, mas agora ele deve levar muito mais coisas em consideração do que somente sua reputação, como por exemplo, suas relações comerciais e sua influência política. Um escândalo poderia diminuir significativamente essas coisas.

—Ah, ótimo. Tranquilizador. Agora, além de enganar esse homem, ainda posso afetar sua vida em proporções catastróficas. –É evidente para Marlene o quanto Lily estava consternada com essa ideia.

—Senhorita, se me permite opinar...

—Lene, por favor, seja uma garota normal comigo, ok? Sei que você foi contratada para me corrigir e me ajudar a ser tão perfeitinha quanto você, mas não precisa ser assim o tempo todo. Quando estivermos sozinhas, você pode ser normal. –Lily abriu um sorriso feliz, mas logo olhou assustada para Marlene. –Você é normal, né? Pelo amor de Deus, me diga que é normal!

Marlene riu muito e mais alto do que uma dama deveria.

—Sim, senhorita. Eu sou normal. E não sou perfeitinha, tenho muitos defeitos. –Marlene continuou em tom de confidência. –E o segredo para ser uma perfeita dama, não é ser perfeita, mas parecer perfeita. Basta esconder seus defeitos.

—Até mesmo do meu futuro marido?

—Principalmente do seu futuro marido, senhorita.

—Me chame de Lily, Marlene. Você é uma amiga para mim e não uma criada. –Elas sorriram confidentes e Marlene assentiu em concordância. – Ah, isso não tem como dar certo. Nem o plano, nem o treinamento e muito menos o casamento.

—Calma, Lily. –Disse Marlene e abriu um sorriso malicioso. –Eu sei tudo sobre damas e treinarei você para que se torne a joia da temporada social e no final todos a chamaram de Sua Graça, duquesa de Secorfly!

Lily sorriu tristemente com a convicção de Marlene. Ela realmente acreditava que Lily podia ser uma dama.

—E tem mais! Você será apresentada nessa sexta, então temos muito trabalho a frente!

 

 

—Então é isso. Acabou. Me desculpe. –disse Sirius não demonstrando nenhum arrependimento.

—O quê? Como assim? Você não pode estar falando sério! –Sirius observou Mary McDonald enquanto ela protestava e tentava lhe explicar as vantagens de continuar com aquele caso.

Há mais ou menos dois anos, o marido de Mary morreu de causas naturais, afinal o velho tinha no mínimo 70 anos e desde então Mary esquentava a cama de Sirius regularmente. Fisicamente, Mary é deslumbrante. Os cabelos castanhos lisos descem perfeitamente até a cintura, os olhos são redondos e bem delineados, sua boca rosada é cheia e sensual, a pele é branca como porcelana e o corpo é voluptuoso e curvilíneo.

Ela é uma boa amante, não exige nenhum tipo de afeto de Sirius e é tão discreta quanto ele, mas como acontecia frequentemente, Sirius se cansou dela.

—...e...e...e eu sou a melhor amante que você pode ter! –Claramente Mary estava desesperada para convencê-lo a continuar com o arranjo.

—A melhor? –Sirius olhou sarcasticamente para ela. Ele decidiu não ser mais tão sutil, teria de ser cruel para que aquele mulher entendesse. –Sinceramente, eu sempre tive a mulher que eu quis e não acho que vou ter dificuldade em encontrar companhia agora.

—Mas...mas...mas, eu te amo! –Disse Mary com lágrimas nos olhos.

—Pois eu não te amo. –Disse Sirius casualmente. –E nunca te prometi amor, nosso caso era carnal meu bem.

Percebendo que não conseguiria convencê-lo a mudar de ideia, Mary se descontrolou.

—Suma daqui, seu canalha! Filho de uma puta! Cachorro!

Sirius simplesmente saiu aos risos, que mais pareciam latidos. Ele certamente iria ao baile da Sra. Longbottom na sexta e encontraria outra amante, uma mais bonita ainda. É, ele realmente era um cachorro.


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Notas finais do capítulo

o que acharam, meus consagrados?



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