Libertinamente Marotos - HIATUS escrita por Lady Anna


Capítulo 18
Capítulo XVII


Notas iniciais do capítulo

Hey *limpando as teias de aranha*
Me desculpem pela demora, mas esse cap vale a pena!
Bem vindos novos leitores e muito obrigada pelos comentários, logo respondo!
E vamos lá



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Coração acelerado e garganta seca eram apenas duas das diversas coisas que James sentia naquele momento. Em sua cabeça, ele imaginara diversas vezes o momento que encontraria Lily e como agiria ao vê-la, tendo quase certeza que a culpa o consumiria. Ela estava chorando, desmoronando e isso tudo era culpa dele. Só dele. 

O Sr. Evans desceu em um pulo do cavalo, deixando-o de lado. Ele pegou a filha nos braços, escondendo o rosto dela em seu pescoço e falando algo no seu ouvido, o que a fez chorar um pouco mais alto. Enquanto isso, Sirius também descera do cavalo e fora até Marlene, acariciando o dela com os nós dos dedos, o que a fez abrir um sorriso de lado. 

Ele sentia-se deslocado. Em geral, sua educação lhe preparara para qualquer tipo de situação, porém nada o preparara para aquilo. Ele queria abraçar Lily, perguntar como ela estava ⁷e se alguém a havia machucado, mas sentia que não seria bem recebido pela ruiva, afinal o olhar magoado que ela lhe lançara por sobre o ombro deixava isso claro. 

Por fim, James pôs-se a analisar os outros cavalheiros que já estavam ali, os quais ele conhecia. O homem que, aparentemente, sequestrara Lily e Marlene era o Sr. Snape, o qual todos sabiam que procurava um título de nobreza a qualquer custo. Sua expressão de raiva e malícia para com Lily fazia com que James quisesse socá-lo. Os senhores que ajudavam as senhoritas antes deles chegarem eram lordes Perwet, o pai e os dois filhos gêmeos, senhores de um condado respeitadíssimo daquela região. Um dos gêmeos Perwet olhava para Lily com um sorriso feliz, o que o deixou mais irritado do que deveria. 

—Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? –Perguntou, sua voz saindo alguns tons mais alta e estridente. 

Entre lufadas de ar e olhos desviados dos dele, Lily explicou com a voz trêmula tudo que acontecera. Em determinado momento ele fechou as mãos em punho, a raiva remoendo seu corpo e fazendo as unhas entrarem na palma das mãos. James não aguentaria ouvir mais nada daquilo enquanto Lily permanecia ali, trêmula e encolhida nos braços do pai. Nem ele mesmo previra o impulso que seu corpo dera, sua mão chocando-se com o queixo proeminente do Sr. Snape, fazendo-o cair de costas no chão. 

—Você está louco... –Snape começou, mas James não o deu tempo de concluir. 

—Nunca mais. –Disse, em tom ameaçador, o olhar cortante. –Nunca mais chegue a menos de dois metros da Srta. Evans ou da Srta. McKinnon. Se eu o vir ou qualquer um relacionado a você perto delas não duvide do que eu sou capaz de fazer, Snape, porque eu não pouparem esforços para acabar com vocês. 

—Já chega, Potter. –Disse o Sr. Evans, sério. Seu rosto, entretanto, mostrava a sombra de um sorriso. Aparentemente, James subirá alguns milímetros em seu conceito. 

—Quem orquestrou essa situação? –Perguntou Sirius, direto. Diante do silêncio de Snape, seu tom aumentou algumas oitavas. –Eu lhe fiz uma pergunta. Responda-me! Agora! 

—Eu não respondo a você, Sua Graça. —Cuspiu, em tom debochado. 

—Eu não sou tão passional quanto o James para acreditar que um soco e um aviso resolvem essa situação. Eu quero nomes, Snape. –Ele colocou a expressão mais prepotente que possuía. –E o Duque de Secorfly não tem o costume se esperar. 

—Sua Graça não é idiota. –Respondeu Snape, enquanto se levantava cambaleando. –É óbvio que a mandante de tudo isso é Bellatrix. Ela sempre quis ser duquesa e eu não ficaria no caminho entre ela e esse objetivo se fosse vocês. 

—Não precisamos de seus conselhos. –Rebateu o Sr. Evans, a paciência totalmente acabada. –Diga a essa Srta. Black que... 

—Por que o senhor mesmo não diz? –Perguntou Snape, petulante. Enquanto montava no cavalo, o qual já se encontrava há alguns passos deles, ele abriu um sorriso vitorioso. –Eu posso não ser um lorde, mas eu conheço essas terras como a palma da minha mão. Não sou idiota o bastante para voltar até Bellatrix e lhe dizer que perdi as duas senhoritas de vistas. Dito isso, espero que meu navio até as Américas seja confortável e que eu nunca mais precise vê-los na vida.  

E assim, Snape galopou na direção dos campos de vegetação rasteira, tão rápido que somente se via um vulto dele. 

—Podemos ir atrás dele. –Ofereceu um dos gêmeos Perwet, olhando para Sirius. Era óbvio que ele queria agradar ao Duque de Secorfly, publicamente um dos homens mais poderosos da Inglaterra.  

—Seria ótimo, obrigado senhores. –Sirius fez um breve aceno com a cabeça enquanto os jovens gêmeos montavam em seus cavalos, prontos para seguir Snape. 

—Maldito bastardo. –Xingou James, corando em seguida e corrigindo seu olhar até Lily e Marlene. –Perdoem-me senhoritas. 

—Claro, eu já estou acostumada com a sua falta de tato mesmo. –Ironizou Lily, fazendo com que James corasse ainda mais. Em seguida, ela dirigiu-se ao pai, o tom mais brando e calmo. –Pai, uma amiga nos ajudou a fugir, porém ela foi pega antes que conseguisse se sair também. Nós poderíamos voltar por ela? 

—Claro, meu bem. Qualquer coisa pelas pessoas que te ajudaram a sair dessa situação horrível. –Dizendo isso, o Sr. Evans foi até Marlene e pegou a mão dela entra as suas, o que surpreendeu a todos. –Srta. McKinnon, eu, em nome de toda a minha família, queria me desculpar publicamente por tudo que a fizemos passar e dizer que é bem-vinda em nossa casa como convidada. Perdoe-nos por todo mal que lhe causamos e receba nossos mais profundos agradecimentos por trazer a nossa Lily em segurança de volta.  

Marlene parecia verdadeiramente surpresa, soltando algumas palavras desconexas enquanto assentia. 

Ao ouvirem o trote de um cavalo na estrada, todos fixaram seus olhares naquela direção, esperançosos que os gêmeos tivessem pegado Snape. Entretanto, somente um cavaleiro vinha até eles. Sobre um ágil corcel negro, o cavalheiro possuía cabelos negros bagunçados rígidos traços aristocráticos, os quais transformaram-se em um sorriso ao reconhecer James e Sirius.  

—Lorde Potter; Sua Graça. –Ele fez uma pomposa reverência após descer do cavalo. –Eu realmente precisava falar com vocês. 

—Quem é você? 

—Sobre o que é? 

Ambos perguntaram ao mesmo tempo, o que deixou o lorde satisfeito de toda a atenção que recebia. 

—Lorde Finnigan ao seu dispor. –Mais uma vez ele fez uma reverência, o que fez Lily bufar pela demora, atraindo todos os olhares para ela. Rapidamente ele pigarreou. –Tenho uma excelente notícia para vocês: o Sr. Lupin, amigos próximos de vocês, está na minha fazenda são e salvo. 

Alguns segundos de silêncio se seguiram antes que James finalmente estourasse: 

—Você, com certeza, escolheu o pior dia possível para fazer essa brincadeira de mau gosto, lorde não sei das quantas. –O olhar furioso dele nem se comparava a expressão totalmente transtornada de Sirius. –Por respeito as damas presentes eu não lhe desafio a um duelo. 

—Calma, Lorde Potter. Eu...eu, realmente, não posso provar que o que estou dizendo é verdade. –Ela refletiu por um segundo. –Entretanto, eu lhe asseguro que eu não teria motivos para inventar algo assim e que lhe digo a verdade. Minha propriedade fica há poucos minutos daqui e, se vocês se dignarem a ir até lá, verão que digo a verdade. 

—É bom que você esteja dizendo a verdade. –Sirius o avaliou por alguns segundos, o que fez a expressão do nobre ficar ainda mais pálida. –Porém, estranhamente, eu não acho que você esteja mentindo. Portanto, nos guie até a sua propriedade. 

—Não podemos levar o Sr. Evans e as senhoritas conosco. –Observou James prontamente. –Isso pode ser uma armadilha. 

—Felizmente, Lorde Potter, não é você quem decide o que eu posso ou não fazer. –Retrucou Lily. –E nós ainda temos que ir atrás de Emmeline antes disso. 

—A Srta. Vance? –Perguntou Sirius, com o cenho franzido. –O que ela fazia por lá? 

As garotas se encararam por alguns instantes, antes que Marlene, por fim, respondesse: 

—Ela também foi sequestrada. 

—Exatamente. –Concordou Lily. Elas não queriam manchar a reputação da Vence por causa daquilo, afinal ela mesma as ajudara a fugir. Emmeline merecia esse voto de confiança. 

—Você, quer dizer, vocês não podem voltar para o covil daquelas cobras de jeito nenhum. –Exaltou-se James, visando para o Sr. Evans. –O senhor não vai permitir isso, vai? 

—Eu não queria que Lily voltasse lá, mas eu realmente prometi que ajudaríamos a amiga delas. –Disse ele, em tom cauteloso. Lily percebera que, desde o sequestro, todos a estavam tratando como uma porcelana prestes a quebrar e ela não gostava nada disso. –Acho que podemos encontrar um meio termo. 

—Eu posso procurar essa senhorita para vocês. –Ofereceu Lorde Finnigan. –Minha fazenda é muito fácil de encontrar e basta vocês me explicarem onde ela está que eu irei. 

—Não podemos confiar nele. –Apontou Marlene, de braços cruzados. –Nem o conhecemos. 

—A Srta. McKinnon tem razão. –O Sr. Evans concordou, massageando as têmporas como se resolvesse uma equação difícil. Ao encontrar uma solução que o satisfez, ele sorriu minimamente. –Eu posso ir procurar a Srta. Vence junto com o Finnigan enquanto Potter e Sua Graça levam Lily e a Srta. McKinnon em segurança até a propriedade dele. 

Crispando os lábios e olhando relutante na direção de James, Lily assentiu. Rapidamente, após explicar em detalhes o caminho até a propriedade, os dois homens já estavam distantes deles, galopando através da estrada. 

—Vamos? –Indagou Sirius, abrindo um sorriso malicioso para Marlene em seguida. –Posso te ajudar a subir no cavalo, se quiser. 

—Na verdade, eu não sei andar direito, só consegui devido à adrenalina. –Ela mordeu o lábio inferior, os olhos brilhando. –Talvez fosse melhor se você me levasse na sua cela. Para minha segurança. 

—Claro. –Concordou prontamente, o sorriso canino aparecendo no rosto. –Seria um grande descuido meu deixá-la tão insegura assim. 

Piscando um olho para Lily, a Srta. McKinnon foi até o cavalo de Sirius, subindo na garupa dele com um sorriso no rosto. Rapidamente, o Black tocou o animal, deixando Lily e James sozinhos. Agora, James se encontrava receoso e desconfortável, sem saber ao certo o que dizer. 

—Vamos ou você vai ficar parado aí? –Perguntou Lily, já pronta para montar em seu cavalo. 

—Espere. –James foi até ela, segurando seu braço para impedi-la de montar. –Eu preciso falar com você, me explicar. 

—Me solta. –Lily puxou o braço, com raiva, e deu dois passos para trás. Ela nunca admitiria que aquele mero contar o lhe causará calafrios. Nunca. 

—Então me deixe pelo menos me explicar, por favor. –Diante do silêncio dela, James continuou: –Eu tinha acabado de saber que Remus tinha sofrido um acidente e por isso não estava totalmente lúcido quando lhe disse aquelas palavras. –Ele a olhou suplicante. –Eu nem consigo me desculpar direito pelo que disse já que não me lembro das palavras exatas. 

—Mas eu me lembro. –O tom magoado dela estilhaçou o coração de James em minúsculos pedaços. Repentinamente, ela se aproximou de novo, enterrando as mãos em punho no peitoral dele, esmurrando-o. –Eu fiquei desesperada, James. Não foi justo o que você fez comigo. Você é um idiota, um babaca, um perfeito imbecil... 

Enquanto dizia uma série de xingamentos, Lily continuava esmurrando-o, cada vez mais fraco, haja vista a torrente de lágrimas que a dominava. Quanto a James, ele nem tentava se defender, sabia que merecia cada palavra de Lily e, além disso, ela precisava explanar tudo o que estava sentindo. 

Ele não saberia explicar como terminou com o rosto de Lily afundado em seu pescoço e seus braços em volta da cintura dela. Provavelmente, aquele abraço significava muito mais do que ele podia compreender naquele momento. 

—Me perdoa? –Perguntou, baixinho. 

Repentinamente, ela segurou o rosto de James entre suas mãos e o beijou. Retribuindo o beijo como se sua vida dependesse disso, o Potter percebeu que aquele não era um beijo que estava iniciando algo; era o tipo de beijo que indicava a conclusão, o término de um relacionamento. Ele a abraçou mais forte, o que a fez suspirar e, nesse momento, James acreditou que realmente era possível. Era possível que Lily o perdoasse. Porém, tão repentino quanto começou, o beijo se encerrou e Lily se afastou dele. 

Com as mãos trêmulas, James subiu em seu cavalo e olhou na direção de Lily, a qual olhava fixamente para uma ponte distante no horizonte.  

 –Lily, tudo bem? –Ela o olhou por alguns segundos como se não entendesse a pergunta, mas logo assentia freneticamente. –Podemos ir? 

—Claro. Lorde Potter, eu gostaria que você me chamasse de Srta. Evans, por favor. 

E, naquele momento, James teve certeza que a tinha perdido. 

—×- 

—Mais devagar, Black. –Reclamou Marlene, abraçando mais apertado a cintura dele. 

—Sirius. –Ele a corrigiu. 

—Ok, Sirius. Podemos ir mais devagar? 

—Como a senhorita quiser. –Ele diminuiu a velocidade, deixando o cavalo em um trote tranquilo. 

Sirius aproveitou aquele momento para tirar uma das mãos dela de sua cintura e brincar com ela entre seus dedos, deixando leves beijos em sua palma vez ou outra. Como resposta, Marlene deitou a cabeça nas costas dele e, pela primeira vez desde que ela sumira, ele se sentia verdadeiramente bem. 

—James e Lily estão demorando. –Disse ela, de repente. –Você não acha que deveríamos... 

—Não. Eles precisam conversar e, além disso, James é responsável. –Sirius pensou por um instante e concluiu: –Na maior parte do tempo. 

—Isso me deixa bem mais tranquila. –Ironizou Marlene. Eles passaram mais algum tempo calados, somente aproveitando a companhia um do outro, antes dela continuar: –Ele gosta dela. 

—Sim. 

—E ele foi um completo babaca. 

—Obviamente. 

—E James vai tentar reconquistá-la?  

—Eu espero. –Disse Sirius. Ele parou o cavalo na sombra de uma árvore e desceu, ajudando-a a descer em seguida. –Mas agora nós precisamos falar sobre nós. 

—Ah. 

Mesmo não achando a resposta dela animadora, Sirius pensou em tudo que tinha ensaiado para lhe dizer assim que tivessem um momento a sós e, assim que abriu a boca, esqueceu tudo que havia decorado. 

—Droga. –Ele tinha certeza que sua expressão era, no mínimo, hilários e confirmou essa teoria ao olhar para Marlene, que segurava, falhamente, a risada. –Você já sabe o que eu quero lhe dizer, sua espertinha. Então por que não facilitar logo o meu trabalho e me dizer o porquê de não querer um relacionamento comigo. 

—Nós, definitivamente, não vamos ter essa conversa. –Garantiu Marlene.  

—Não é muito difícil, Lene. –Com um sorriso malicioso, Sirius aproximou-se alguns passos. –Você me diz todos os seus motivos, eu encontro a solução. Você aceita se casar comigo e eu finalmente posso te beijar. Simples. 

—Casar? –Perguntou ela, escondendo as mãos nas dobras do vestido para não demonstrar o quanto elas tremiam. 

—Você não está seguindo o roteiro. –Lamentou-se ele. –Mas tudo bem, sempre achei a primeira parte desnecessária mesmo. O que quer dizer que agora é o momento que eu te beijo. 

Ele enlaçou a cintura dela, colando seus corpos. Porém, Marlene colocou ambas as mãos nos ombros dele, parando-o. 

—Meus argumentos não são idiotas. –O tom rígido dela fez Sirius assumir uma postura séria. –Você não pode se casar comigo porque eu simplesmente não posso me tornar uma das duquesas mais poderosas de toda Londres. 

—E por que não? 

—Eu sou uma filha bastarda, Sirius. –Exclamou Marlene, exasperada. –Imagine quando seus parceiros de negócios e amigos descobrirem que sua esposa era um bebê a margem da sociedade. Eles vão parar de relacionar com você e isso vai prejudicar a sua família. –Ele tentou interrompê-la, mas ela levantou um dedo, silenciando-o. –E não me diga que isso não vai acontecer ou que você não se importa com essas pessoas porque eu sei que não é verdade. Você, Sirius Órion Black, se importa com o legado da sua família e fez de tudo para conseguir reerguer o império Black. Não é justo que você perca tudo por minha causa. Além disso, se algum dia tivéssemos filhos, eles nunca seriam aceitos socialmente. 

Ele a olhou fixamente por alguns instantes e, por fim, segurou o rosto dela entre as mãos, obrigando Marlene a fitá-lo. 

—Primeiro: sim, eu me importo com o legado da minha família, mas é tão difícil entender que eu me importo mais com você? –Sirius acariciou levemente a bochecha dela. –Algumas pessoas podem não querer se relacionar conosco, é verdade. Entretanto, são poucos que podem social e economicamente romper todas as ligações com a família Black e a família Potter e continuar usufruindo do status social. –Diante dos olhos arregalados dela, Sirius abriu um sorriso de lado. –Ah sim, eu tenho certeza que a Sra. Potter não vai deixar a sociedade esnobar a nova protegida dela. Eu realmente gosto de você e percebi isso nesses dias enquanto imaginava onde você estava ou pelo que estava passando. Eu quero me casar com você, Marlene. Aliás, se algum dia tivermos filhos, eu não deixarei ninguém fazer qualquer mal a eles.  

—Eu aceito. 

Ambos abriram grandes sorrisos e se beijarem, afoitos. Marlene não precisava de um grande pedido, aquele era o jeito deles. E era perfeito.  

—×- 

—Rosas brancas ou amarelas? –Dorcas olhava seriamente para ele, o que o fez refletir um pouco antes de responder. 

—Qual você gosta mais? 

—Hum, amarelas, eu acho. –Ela molhou a pena no pequeno tinteiro ao lado da cama onde eles estavam e escreveu algo no bloco de notas em sua mão. –Mas não vai ser muito difícil encontrá-las? 

—Eu dou um jeito. –Garantiu Remus, depositando um beijo no auto da cabeça dela. 

Possivelmente, aquela era a manhã mais agradável de sua vida, na qual ele é Dorcas passaram abraçados decidindo os detalhes do casamento. Desde que ela acordara em sua cama, eles tinham decidido que adiantariam o casamento o máximo possível e que se casariam ali mesmo, na propriedade de Finnigan.  

Remus tinha certeza que gostava-e muito-de Dorcas, mas não tinha certeza dos sentimentos dela. Pelo menos tinha a vaga certeza de que ela sentia afeição por ele ou não passaria todos aqueles dias em sua companhia e viria, escondida, a noite para dormir com ele. Isso já era alguma coisa. Alguma coisa grande, ele esperava.  


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Notas finais do capítulo

Me mimem com comentários porque planejo postar 3 caps em dezembro-férias né mores
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