Carlisle's sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 3
Capítulo 3: A história de Esme




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Capítulo 3

— Carlisle me transformou em 1921, logo depois de eu ter quase me suicidado.

— Por que você fez isso? – pergunta curiosa a jovem.

— Porque meu filho que tinha nascido a poucos dias morreu e eu não via mais motivos para continuar vivendo.

— Você tinha quantos anos?

— Eu tinha vinte e seis anos.

— Onde você nasceu?

— Nasci em Columbus, Ohio, um estado do meio oeste dos EUA. Mas Carlisle me encontrou quando eu fugi para o Oeste, em Wisconsin.

— Ah, vocês dois se conheceram antes?

— Sim, é verdade. É tão evidente assim?

— Eu posso sentir as emoções dos outros e percebi que o sentimento entre vocês é mais forte do que o de outros casais, humanos e vampiros.

— Obrigada. Nosso filho Jasper também pode influenciar os outros ao seu redor. Você também consegue?

— Não, eu apenas consigo perceber o que aqueles a minha volta sentem. Mas isso já é muito bom, eu não preciso perguntar para saber. Acho que fui uma humana muito sensível às necessidades dos outros. Sempre os colocava antes de mim e se os outros estavam bem eu ficava feliz.

— Eu também penso assim – diz Carlisle. – Penso que nossos dons provêm da vida humana. A transformação em vampiro apenas amplia nossas habilidades pré-existentes.

— Nós nos encontramos pela primeira vez em 1911, quando eu tinha apenas dezesseis anos  – revela Esme. – Carlisle trabalhava no hospital da cidade e eu fui sua paciente porque cai da árvore que havia escalado e quebrei uma perna. Admito que era uma adolescente fora do comum.

— Isso me atraiu em você querida. Você não aceitava simplesmente aquilo que diziam que você deveria ser.

— Ele cuidou de mim, mas desapareceu logo depois sem deixar vestígio. Eu nem pude agradecê-lo e lhe entregar o bolo que fiz para ele – agora sei que ele não poderia ter provado de qualquer forma. Eu percebi que fiquei muito triste com o seu desaparecimento e soube que estava apaixonada. Resolvi guardar para mim o que sentia. Ninguém mais entraria em meu coração e iria esperar por ele o tempo que precisasse.

‘Meu plano estava dando certo, eu recusava os pretendes, até que meus pais me obrigaram a casar em 1917 com um homem mais velho. Eu não amava Charles e ele nem fazia algo para que eu gostasse dele. Ele era violento e me batia e estuprava quase diariamente. As lembranças do gentil doutor me consolavam nos momentos difíceis.

— O que aconteceu?

— Quando ele foi convocado para lutar no exército dos EUA na Primeira Guerra Mundial foi um alívio para mim. Eu rezava para que ele não voltasse ou se retornasse não fosse tão rude comigo, mas as minhas preces não foram atendidas. A princípio ele parecia mesmo ter mudado, mas depois ficou ainda pior. Só mesmo por milagre que eu não engravidei antes, e foi em um dos abusou que eu engravidei do meu único filho.

‘Quando eu descobri que estava grávida fugi para salvar meu bebê, independente se fosse menino ou menina eu sabia que se ficasse teria poucas chances de sobreviver tempo suficiente para saber. Fui primeiro para a casa de meus primos procurar refúgio, mas meu ex-marido descobriu onde eu estava então eu fugi de lá para um lugar desconhecido onde nem ele nem ninguém jamais me encontraria.

— Para onde você foi?

— Me mudei para o Oeste e me tornei professora como era meu sonho desde criança enquanto eu esperava meu bebê. Tudo era tão lindo! Eu tinha imaginado um futuro maravilhoso para nós dois, por isso eu sofri tanto quando o destino foi tão cruel e levou ele de mim, interrompeu meus planos e me derrubou das nuvens sem piedade. Eu sofri tanto quando pensei que daria certo a vida apronta mais uma vez comigo. Eu não suportei e queria morrer.

‘Eu não tinha a menor ideia de que Carlisle estaria trabalhando naquele hospital da vila, foi coincidência ou sorte você pode dizer, não foi planejado eu não sabia dele e ele nem esperava me encontrar ali tão longe de Ohio. De qualquer maneira foi um acaso feliz eu nunca pensei que fosse reencontrá-lo, claro que eu queria, mas imaginava que seria muito difícil. Talvez no outro mundo não nessa vida. Mas foi uma surpresa boa quando eu acordei depois da transformação e o vi ali ao meu lado.

— Felizmente o coração dela ainda estava batendo quando a encontrei. Os enfermeiros levaram direto para o necrotério, pois ela não teria mais salvação, não podia mais nada ser feito, humanamente. Naquele momento desesperador eu resolvi agir, não podia perdê-la para sempre. Eu fui egoísta, mas eu a amo. Agi por impulso. Sei que é uma desculpa péssima, mas é a verdade.

— Eu também te amava querido! Tudo bem ter feito o que fez eu iria pedir se soubesse ou autorizá-lo. Não fiquei muito zangada quando acordei e percebi que me tornei uma vampira. O importante é ficar com você para sempre meu amor.

— Dez anos atrás eu sabia que ela estava viva quando fui embora, eu não sabia o que aconteceu depois, eu pensei que ela ficaria melhor sem mim. Eu pensava que era um monstro e não deveria existir, deveria sair e deixá-la livre para viver sua vida. Pensava que estava fazendo bem. Se eu soubesse o que iria acontecer no futuro dela, não teria ido. Teria ficado para vigiá-la e não permitiria que sofresse nas mãos daquele homem.

— Agora está tudo bem, querido. Já passou. Você me resgatou e me trouxe de volta para a vida.

— Por que você teve que ir Carlisle? – indaga a vampira francesa.

— Eu precisava sair da cidade, pois tive medo de machucá-la porque minha esposa  era minha cantante.

— O que é isso?

— A sua cantante é o sangue mais apelativo para você. Isso só é um problema para nós vampiros vegetarianos – explica ele. - Os outros, os nômades, lidam com isso de forma menos complicada, pois não valorizam a vida humana.

Nem todo nômade é assim, Ana por exemplo não caça pessoas mesmo sem ter moradia fixa.

— Mas então como você conseguiu transformá-la?

— Porque ela estava quase morrendo e o sangue fica mais fraco quando a pessoa está agonizando. Penso que tem a ver com a oxigenação que fica menor.

— Vocês se casaram logo?

— Não exatamente, foi alguns meses depois que eu acordei nessa nova vida. A princípio eu pensei que eu era para Carlisle apenas uma filha assim como nosso filho Edward. Eu tinha receio em lhe revelar meus sentimentos, pois pensava que ele não fosse corresponder e não queria estragar o pouco que ele gostava de mim, a nossa amizade. Melhor um pouco do que nada.

— Nosso filho Edward foi nosso cupido graças ao seu dom peculiar de ler as mentes dos outros por perto ele sabia nossos pensamentos com relação ao outro e o medo da rejeição que paralisava a ambos – diz Carlisle. – Ele nos ajudou a nos aproximar mais do que pai e filha.  Eu não queria que Esme fosse minha filha para sempre, queria algo mais com ela, assim como ela não me via apenas como pai. Mas eu sentia que não devia forçá-la, mesmo antes de saber o que ela viveu, eu penso que ninguém tem que impor sua vontade ao outro. cada um tem que decidir por si. O mesmo com a dieta vegetariana. todos a seguem mas eu não obriguei ninguém eles veem cada um que é a melhor forma de viver sendo o que somos.

— Nos casamos no final de 1921.

— Uau! Vocês estão juntos a quase um século.

— Sim, e espero que fiquemos juntos para sempre.

— Nós vamos ficar juntos para sempre, mon amour – afirma Esme.

Carlisle se inclina para beijar a esposa.

Começou a chover, mas ninguém estava incomodado. Os três se levantaram apenas porque haviam terminado. Esme convida a nova amiga para ir visitá-los, pois eles já estão de partida:

— Venha nos visitar, ficaremos muito felizes em recebê-la.

— Você é muito bem-vinda – diz Carlisle.

— Obrigada pelo convite. Vou sim em breve.

— Até breve – diz Carlisle.

— Até logo - diz Esme.

Ana acena em despedida.

Os dois vão para um lado e a moça para outro.

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