Carlisle's sister escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 1
Capítulo 1: Na França




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Era um dia nublado, mas mesmo assim algumas pessoas estão circulando pelo parque conhecido como Bois de Boulogne (Bosque de Bolonha) em Paris. Um casal entre todos dali chamava a atenção principalmente por ser claramente perceptível que se tratava de turistas que olhavam tudo com aquele olhar de quem vê pela primeira vez algo. Os dois eram Esme e Carlisle Cullen e foram logo identificados por uma jovem que também estava no local.

De repente a moça para em frente aos dois:

Pardon, excuse-moi... Don’t be afraid. – ela sabe que eles percebem que ela é uma vampira também e complementa olhando para Carlisle. - Are you Dr. Cullen, right?

— Yes I am. And this is my wife, Esme – ele apresenta a esposa para a desconhecida.

— Oh! Yes for sure, I’ve supposed. Nice to met you two!

— Prazer é meu em conhecê-la também – diz Esme. – Como você se chama, querida?

— Desculpe não me apresentei, sou desajeitada. Meu nome é Ana Carla
Colette Jolie Tramonti.

— Vamos sentar para conversar melhor? – Carlisle conduz as duas mulheres para o banco próximo dali. Eles poderiam ficar em pé sem problema nenhum, mas as pessoas certamente perceberiam e ninguém quer ficar no meio do caminho e atrapalhar alguém.

O banco fica em um lugar reservado entre duas árvores que fazem uma cobertura sobre o local e eles podem falar sem medo de serem ouvidos pelos que estão no parque. Os estrangeiros sabem que a europeia é uma vampira como eles por causa da textura da pele mesmo pela visão é evidente, a cor mais clara e o fato de ela estar usando óculos escuros mesmo num dia de céu encoberto.

Ana percebe o olhar fugaz  da vampira americana e tira os óculos agora que estão a sós e diz:

— Sinto muito por não ter ido ajudá-los com os Volturi. Não sei como seria recebida e pensei que era melhor ficar afastada. Fico feliz que tudo se resolveu, eu sabia que vocês eram inocentes.

— Como você sabia?

— Eu tive um pressentimento e geralmente sei que minha intuição não falha - ela diz ainda cabisbaixa.

— Tudo bem, querida. Não se sinta mal por isso. Foi um mal-entendido que foi esclarecido – explica Esme.

— Ouvi comentários de outros nômades e sei que foi por pouco.

— Sim, mas passou. Ainda bem – diz Carlisle.

— Seu nome é francês, você nasceu aqui? – pergunta Ana curiosa olhando para Esme.

— Não, eu nasci nos Estados Unidos, mas a minha família saiu da França para lá.

— Ah entendo – ela parece meio desapontada. – Desculpem me intrometer, não é da minha conta, mas o que aconteceu para eles irem para lá?

Esme sabe que Ana não está falando da família dela e sim dos Volturi.

— Eles pensavam que nossa neta era uma Criança Imortal...

— Sim, eu soube dessa história que é proibido criar vampiros a partir de bebês humanos.

— É verdade, eu mesmo vi duas dessas crianças e sei do que são capazes e como são cativantes – diz Carlisle.

— ...porém Renesmee é uma híbrida: meio humana e meio vampira. Ela foi concebida enquanto nossa nora Bella, ainda era humana. Eu sei que a princípio é difícil de acreditar porque não existem muitos filhos de vampiros com humanas e ainda menos as mães que sobrevivem, mas nós ajudamos durante a gravidez e ela sobreviveu ao parto, pois demos o suporte que precisava.

— Era?

— Sim ela se tornou uma vampira e vive conosco – explica Carlisle.

— E você, querida? Conte um pouco sua história para nós – incentiva Esme. - Não quero ser enxerida, só diga o que quiser.

Ela não precisa falar mais, Ana estava esperando por essa oportunidade:

— Claro! Não tem problema nenhum. Meu pai era italiano se chamava Carlo Tramonti e minha mãe francesa se chamava Marie-Sophie Jolie. Ele nasceu em Gênova e ela em Nice. Eu nasci lá também em 1780 e vim ainda criança para Paris.

— Quando você foi transformada, minha jovem? – pede Carlisle.

— Em 1798, quando eu tinha 18 anos, e a Revolução Francesa estava terminando. Eu não me lembro muito, mas meus pais dizem que foi uma época muito conturbada, muitas pessoas foram executadas na guilhotina. até os próprios revolucionários.

— Como aconteceu?

— Eu não me lembro muito bem, naquela manhã eu fui fazer comprar e mais tarde, talvez dias depois, acordei no meio de um bosque e por causa da sede nem pensei quando ataquei uma capivara e tomei seu sangue completamente.

— Assim como eu quando avancei sobre os cervos – diz Carlisle.

— E o que aconteceu com seus pais? – indaga Esme.

— Eles morreram alguns anos antes, felizmente não passaram pelo desgosto de perder a filha. Eu estava sozinha no mundo e vivia por minha conta.

— Você não teve irmãos?

— Não, minha mãe não podia mais ter filhos depois que meu irmão mais novo nasceu morto.

— Oh! – Esme reconhece a dor de ter perdido um filho, poderia ter acontecido o mesmo com ela. – Você fazia o que para se sustentar? Você era prostituta?

Carlisle fica estupefato ao ouvir a esposa dizer isso. Ele poderia pensar o mesmo dela porque era mãe solteira.

— Não – Ana sorri compreensiva, pois Esme não é a primeira a interpretar mal sua história. – Eram tempos difíceis, mas eu jamais chegaria a esse ponto. Minha mãe me ensinou a costurar e eu às vezes conseguia alguns trabalhos para fazer. Foi assim que eu tinha dinheiro para comprar algumas coisa, eu acabara de ir ao mercado quando fui atacada naquele dia de outubro. Eu estava voltando para casa e pensei por isso que quem me feriu queria me roubar, mas quando acordei nada foi levado. Ele ou ela pensou que eu tivesse morrido e foi embora.

— Você não teve medo de ser violada? – Esme volta atrás em como imagina a outra vampira.

— Sim, mas eu nada poderia fazer se isso tivesse ocorrido. Poderia gritar, mas dificilmente alguém ouviria pois aquela era uma estrada deserta. Infelizmente eu escolhi o caminho errado.

— A culpa não foi sua, você não fez nada que não deveria – diz Esme reconfortando a moça.

— No entanto quando despertei eu percebi que minhas roupas não estavam rasgadas e eu ainda estava com a mesma roupa de dois dias atrás, apenas algumas manchas de sangue no colarinho do vestido perto do pescoço.

— Quando você entendeu no que havia se transformado?

— Quase imediatamente ao apalpar meu pescoço. Eu corri para ver meu reflexo num lago próximo e percebi que estava com os olhos vermelhos e uma marca em formato de lua crescente sobre minha veia jugular.

— Você não sabe quem a transformou?

— Não sei, nem ele ou ela veio me procurar depois. Eu esperei por alguns meses e ainda espero encontrar um dia, mas não apareceu. Talvez ele nem saiba que eu sobrevivi. O Dr. também não sabe quem lhe fez isso, não é? - a jovem vira a cabeça na direção de Carlisle.

— É verdade, mas não precisa me chamar de doutor...

— Como você consegue ser médico? – Ana parece deslumbrada e realmente está curiosa para saber. – Eu demorei anos para poder ficar no meio das pessoas sem me sentir incomodada.

— Eu também precisei praticar muito, não é nada fácil. Mas hoje sou imune ao cheiro de sangue humano.

— Por que você se esforça?

— Não penso que é apenas por um motivo, mas vários. Eu sabia quem eu queria ser, não queria machucar ninguém, desde que eu percebi no que tinha me tornado foi assim. Eu não quero ser mau, mesmo que fui mordido não tenho obrigação de ser um monstro. Também é pela minha mãe que morreu ao me dar à luz e, por que eu fui criado dentro de uma igreja e quase me tornei pastor.

— Oh, sinto muito! – a vampira francesa diz realmente compadecida. – Em toda minha vida jamais conheci outro vampiro vegetariano.

— Quando eu renasci também não existia, por isso eu tive que criar uma família.

— Nossa família somos em nove – diz Esme. – E nossos primos de Denali, no Alasca, mais cinco.

...XXX...


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