Click! et Brille escrita por Biax, EsterNW


Capítulo 28
O Caos


Notas iniciais do capítulo

Bia
Olá, pessoas! Desculpe pelo atraso, eu esqueci de postar -.-'
Mas antes tarde do que nunca kkk
Vamos sofrer um pouquinho com a Ju

Boa leitura!



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Era algo inacreditável ver como eram necessários tantos funcionários para um shooting com crianças. Era eu, Viktor e Nina, fora a Chani e algumas mães que tentavam controlar seus filhos. Algumas eram mais agressivas que outras, e isso acabava resultando em choros, então tínhamos que parar muitas vezes para a criança se acalmar para que pudéssemos distraí-la com os brinquedos.

Aliás, era um shooting para a SmileKid, uma marca grande de brinquedos para crianças de 1 a 10 anos. Ou seja, tínhamos pelo menos duas crianças de cada faixa etária ali no estúdio e no jardim.

Dois bebês começaram a chorar desesperadamente por causa de duas crianças, uma de cinco e uma de seis, que estavam brigando atrás de mim por causa de um chocalho. 

Naquele momento eu tentava mentalizar alguns mantras e pensar que não valia a pena gastar meu réu primário ali. Era capaz da Marimar lidar melhor com aquelas crianças do que eu ou a Chani.

Eu bati a última foto possível no meio do caos.

— Vamos dar uma pausa, tudo bem? Dez minutos — anunciei.

As mães pegaram os bebês e saíram de lá, enquanto as outras ou conversavam entre si, vendo seus filhos brincando, ou ficavam com seus filhos e faziam alguma coisa que eu não prestei atenção.

Fui até o camarim para buscar água e encontrei Alexy largado no pequeno sofá, mexendo no celular, e Lysandre organizando as bancadas.

— Eu acho que estou pirando — comentei, sentando em uma das cadeiras e passando as mãos no rosto.

— Quê? A rainha da paciência está pirando? — Alexy riu, deixando o celular de lado, abrindo um riso.

— É que você não viu o que aconteceu nos últimos dez minutos. É muita criança de uma vez. Eu não estava psicologicamente preparada pra isso.

— Nenhum de nós.

Resmunguei mentalmente quando deu a hora e eu precisei voltar ao meu ponto. Continuamos lutando bravamente contra as crianças e passamos para o jardim. Pelo menos lá era mais fácil, pois todo o ambiente era planejado para que fosse como um estúdio 360 graus. Era como um playground, com os brinquedos maiores, como escorregadores coloridos e pula-pulas. Pelo menos conseguimos muitas fotos depois de ficar correndo de um lado para o outro, impedindo algumas crianças de puxar as flores, escalar as poucas árvores dali ou entrar na fonte de água no centro do pátio.

Eu não era religiosa, mas quase soltei um “glória” quando todo mundo foi embora.

Suspirei, exausta, e agradeci a equipe pela paciência. Ou quase isso.

Peguei os cartões de memória e guardei as câmeras.

— Pode deixar que a gente guarda. — Nina tocou meu ombro quando eu desliguei as luzes da tomada. — Vai descansar.

— Vocês trabalharam tanto quanto eu.

— Não mesmo. — Viktor riu. — Anda logo.

Sorri e mesmo contrariada, deixei aquela tarefa para eles. Subi para o escritório e fui para a minha mesa, afundando na cadeira.

Armin segurou um riso.

— Foi difícil?

— Difícil não descreve nada do que aconteceu ali. Era o caos.

Ele fez uma careta. — Ainda bem que eu só cuido da imagem deles.

— Sorte a sua. Agora acho que vou ter que ficar até mais tarde pra escolher essas fotos. Com certeza tem muitas tremidas. Ainda bem que eu só vou receber elas semana que vem.

— Poxa, então você não vai me fazer companhia hoje?

— Não, neném. Hoje vou sair com a Kim.

— É hoje o cinema? — Abri um sorriso animado.

— Sim. Tô ficando nervoso já.

— Vocês já saíram, não tem motivo pra ficar nervoso.

— Ah, mas é sempre diferente...

Continuamos conversando sobre o nervosismo do Armin enquanto deu. Ele foi embora às seis da tarde, e eu continuei ali até às sete e meia, sozinha na sala.

Arrumando minhas coisas, percebi alguém entrando, e quando olhei, vi que era Bonnet.

— Ainda aqui? — Ele perguntou, um pouco confuso.

— É, eu estava separando as fotografias de hoje.

— E como foi com as crianças? — Riu.

— Um furacão. Espero que não precisemos mais pegar tantas crianças de uma vez.

— Encontrei a Chani lá em baixo e ela disse que você estava respirando fundo para não brigar com ninguém. Achei que era exagero dela.

— É, não era exagero.

— Uau, se você não surtou, não sei como os outros não surtaram também.

— Também fiquei surpresa. Eles merecem um aumento. — Levantei, puxando a mochila para os ombros.

— E você também, ué.

— Com certeza nenhum de nós reclamaria — brinquei, e ele sorriu, com ambos indo para o corredor. — Vai ficar aqui ainda?

— Sim, tenho alguns documentos para acertar.

— Ah... Então até segunda.

— Até.

Assim que desci a escada, o cansaço bateu de novo. Credo.

Atravessei a recepção vazia e saí para a rua. Caminhei preguiçosamente para o ponto de ônibus e esperei.

Passaram cinco minutos e nada dele vir. Tateei meus bolsos para pegar o celular, mas ele não estava ali. Tirei uma alça da mochila para abri-la e procurar lá dentro. Nada.

Tentei lembrar o que tinha feito com ele, quando me toquei de que estava prestes a sair quando Nathaniel entrou na sala, e eu coloquei a mochila sem olhar para trás. Provavelmente ele estava em cima da mesa.

Suspirei, pensando que aquele dia estava adorando me deixar cansada, e andei de volta para a agência e para a sala, encontrando o celular no meio do tampo branco. O peguei, guardei e fiz o mesmo caminho de antes. Não demorou nem dois minutos para que o ônibus chegasse, e eu pude escolher um lugar tranquilamente.

Quando cheguei, encontrei a Marimar olhando o catálogo de filmes.

— Eu queria fazer uma coisa hoje, Ju.

— O quê? — perguntei, já suspeitando. Tirei os tênis, deixei a mochila no chão e fui lavar as mãos.

— Quero assistir Sharknado! Vamos maratonar os filmes?

— Mas esse não é o filme que chove tubarão ou algo assim? — Voltei à sala e fui para o quarto, afim de trocar de roupa.

— É. Parece ser hilário. Assiste comigo, vai. É pra comemorar o que eu descobri — exclamou, toda animadinha.

— Lá vem...

— Eu queria contar ontem, mas você chegou tarde e hoje saiu cedo, me fez esperar até agora. Sua malvada.

— Não tenho culpa se sou requisitada sempre — brinquei, indo para o sofá ao lado dela. — O que você descobriu?

— O Castiel e o Lysandre são melhores amigos! Desde o ensino médio!

Fiz uma cara de “E?” — A gente já sabia disso. Você que era neurótica.

— É, mas ontem eu perguntei de uma vez por todas. Ele me contou sobre a amizade deles. É bem fofo que eles sejam amigos há tantos anos... Bom, ele não é gay e nem bi! Nossas dúvidas foram sanadas.

— Suas dúvidas.

— Minhas dúvidas. — Abriu um sorrisão. — E também...

Marimar continuou falando do dia anterior, e no meio da história, resolvemos pedir comida, então ela continuava falando enquanto escolhíamos o que pedir pelo aplicativo. A nosso jantar chegou pouco depois que ela terminou de falar, e ela foi buscar. Eu fiquei encarregada de deixar o primeiro filme do Sharknado para assistirmos, e assim seguiu a noite, com gordices e risadas do filme ridículo.

No meio do segundo filme, meu celular vibrou e, ao olhar a tela, vi que Pietro mandou uma mensagem no Messenger. Fiquei pensando se respondia logo ou deixava para o outro dia.

Decidi responder, aproveitando que Marimar estava bem entretida nos tubarões voando em cima dos figurantes, e acabou que a conversa se estendeu até a hora de eu ir dormir, e se bobeasse, continuaria no dia seguinte. Eram muitos assuntos aleatórios que surgiam.

Ele era um cara legal, mas...

Eu só conseguia lembrar do Rayan. Tudo o que me passava pela cabeça era ele, aquele jantar meio improvisado, o chocolate, a despedida.

Por que ele fez aquilo? Era pra gente comprar alguns bombons, e quando vi, ele já tinha pedido o vinho. Qual era a intenção dele em fazer aquilo? Tudo bem que... Mas...

Ah, sei lá.

Será que ele já fez isso com outra aluna? Se sim, quão errado ele deve ser...

Mas ele não tem cara de quem faria algo assim. Mas então por que fez comigo?

— Ju? — Mari me chamou, e eu a olhei.

— Quê?

— Achei que você estava dormindo de olhos abertos, nem riu do tubarão caindo de boca aberta naquele cara.

— Ah, nossa. Acho que eu dormi mesmo de olhos abertos. Hoje foi muito cansativo.

— Quer ir dormir? Podemos continuar amanhã, não tem problema.

Olhei o horário no celular. Faltavam dez minutos para as onze.

— Acho que sim.

— Tudo bem, vou desligar aqui que eu também estou ficando com sono.

Tomei uma ducha e caí na cama, respondendo a última mensagem de Pietro antes de cair na inconsciência.


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Notas finais do capítulo

Bia
Foi o dia de cão da Ju. Temos muito o que aprender com ela sobre paciência kkk
Até mais o/

Ester
Você percebe que o nível da coisa quando nem a Júlia, a rainha da paciência, consegue aturar essas pestes *cof cof* crianças xD
Até mais, povo o/



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