Click! et Brille escrita por Biax, EsterNW


Capítulo 14
Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Bia:
Oie!
Preparados para as reações? xD
Boa leitura!



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Deviam existir mais de cem “Nathanieis” na França, e ainda assim a Marimar vem me dizer que justo esse Nathaniel é o amigo-barra-flerte dela.

— Como assim o nosso chefe?! — Marimar perguntou sussurrando, desesperada.

— Que tipo de pergunta é essa? — indaguei, cochichando, vendo que Bonnet estava chegando perto. — Você nunca viu o seu chefe?

— Não...! Oi, Nath. — Ela se recompôs, dando um sorriso amarelo.

Bonnet sorriu, parecendo confuso, e parou atrás da cadeira a nossa frente, nos observando.

— Vocês... se conhecem? — Ele se sentou.

Eu encarava Bonnet sem acreditar naquilo. Mas como...

— É... acho que não precisamos de apresentações... — comentou Mari.

— Como você não sabia que ele é o seu chefe? O nosso chefe? — Olhei para a minha amiga, mais perdida que cego em tiroteio.

— Nunca nos encontramos na agência — explicou ela com tom de dúvida, desviando o olhar para Bonnet.

Bonnet abriu a boca como se tivesse lembrado de algo. — Eu sou um idiota. Como não lembrei...?

— Lembrou do quê? — Marimar perguntou.

— Eu suspeitava de que tinha te visto em outro lugar, mas nunca imaginei que você era uma das modelos.

— Isso porque eu que te enviei as informações dela — falei, e vi suas bochechas corando.

— Eu sinto muito por isso. Você sabe que são diversas pessoas que mandam seus portfólios...

— Eu sei. — Suspirei, sentindo uma pontada de chateação.

Ele é o amigo da Mari. A pessoa interessante que ele encontrou é a minha amiga. E ninguém imaginava que nós três teríamos alguma relação um com o outro.

Mari parecia ser a única que estava normal, sem entender o que estava acontecendo. Até porque ela não sabia de nada, assim como eu não sabia de nada sobre a vida amorosa e pessoal dela.

Se fossemos mais abertas uma com a outra, talvez aquilo não tivesse acontecido.

— Que coisa louca, né? — Mari riu, tentando extravasar aquele clima pesado.

Tentei forçar um sorriso, que pareceu completamente falso. Eu não conseguiria ficar ali e interagir com eles sabendo que eles estavam se envolvendo. Não que alguém tivesse culpa.

— Mari, eu falei que não queria atrapalhar vocês. É melhor eu voltar pra casa — anunciei, já levantando.

— Mas Jú, eu não quero que você volte para aquela bad... — Ela segurou minha mão, me impedindo de sair da mesa. — Fica, eu falei que você não vai segurar vela — acrescentou em português.

Meu coração estava acelerando, e senti as lágrimas querendo aparecer.

— Mais tarde a gente conversa. — Dei uma leve apertada em sua mão e me soltei, saindo rapidamente do restaurante. Antes que eu chegasse à porta, uma lágrima escorreu, e eu passei a mão no rosto para secá-la.

Um leve vento soprou em mim assim que pisei na rua. Meus pés me levaram automaticamente para o portão do prédio, mas parando em sua frente, percebi que eu não queria ficar em casa. Continuei a andar pela rua, sem rumo. Pelo menos não estava mais com vontade de chorar.

Bonnet não tinha culpa. Nem a Mari. Tudo bem que eles foram cabeça de vento, mas não imaginavam... A Mari deve ter ficado bem confusa com a minha reação... Bom, no final das contas, eu sinto algo por ele, senão não teria ficado daquele jeito. Acho que é nessas horas que eu devia ouvir aqueles pagodes depressivos tipo “Aí foi que o barraco desabou”.

E pensar que eu estava lembrando dele esses dias. Das coisas que fizemos, dos momentos de quase flagra pelo pessoal da agência. Sempre tivemos sorte de ninguém ver ou suspeitar... Se esses dois começarem a se pegar, vão ter que ficar na surdina também, mas eu vou saber, e provavelmente ficarei com medo de flagrar os dois nos catos.

Ai, Deus.

Eu já estava a alguns quarteirões de casa e percebi que não havia nada para fazer. Eu estava sem minha bolsa ou carteira, já que a Mari ia pagar os comes e bebes, então não podia nem comprar algo para beliscar. Era melhor ir para casa mesmo.

Dei a volta e caminhei diretamente para o apartamento. Assim que abri a porta, vi Marimar levantar do sofá com uma expressão dolorosa.

— Onde você foi? — perguntou ela.

— Fui... andar por aí. — Deixei as chaves sobre a mesa e tirei os tênis.

— Por que você não quis ficar? Você acha que isso vai dar ruim? Ficou com raiva? Eu realmente não sabia que ele era o Bonnet, como você chama...

— Eu fiquei surpresa de você não ter o visto ainda, mas tudo bem. E também, nós sempre nos chamamos pelos sobrenomes, eu acostumei a chamá-lo de Bonnet. Não tinha como você saber.

— Mas por que você não ficou?

Suspirei, desanimada. — A gente... ficava.

— Ficava? Como assim? Vocês se pegavam? — interrompeu ela, arregalando os olhos.

— É.

— Desde quando?! — Mari tampou a boca com as mãos, chocada.

— Sei lá. Desde... Acho que há uns cinco meses, talvez.

— Desde que você era estagiária?!

— Pois é. Quem resiste àquele loiro bonitão, né? — Abri um sorriso, que logo sumiu. — Faz uns dias que ele me disse que tinha encontrado alguém interessante e que seria melhor se a gente parasse com os nossos... encontros às escondidas.

Marimar ficou alguns segundos me observando, ainda surpresa com aquela informação. Aos poucos, sua cara surpresa se transformou em culpada.

— Você gostava dele.

— Mari, não se sinta culpada. Não tinha como você saber, e eu também nunca falei nada. Se eu fosse mais aberta com você, nada disso teria acontecido.

Ela começou a andar de um lado para o outro da sala. — Mesmo assim, é muita sacanagem sair com o ex da minha amiga. Eu sei que eu não sabia de nada, ele não sabia de nada, mas... — Colocou as mãos na cabeça. — Isso foi tão errado.

Deixei a mão em meu pescoço, sem saber o que dizer para fazê-la parar de se sentir culpada.

— Tá tudo bem. De qualquer forma, acabou. Eu não me importo que vocês saiam.

— Mas você ficou chateada. Qualquer um teria percebido pelo jeito que você saiu de lá.

Eu não podia negar que fiquei, mas...

— Eu fiquei, foi uma surpresa, mas agora já foi.

Mari parou com a mão na cintura. — Eu nem consigo saber se você tá mentindo ou não. Essa calmaria toda aí não é normal, só pra você que é.

Dei risada. — Eu tô falando a verdade. Eu realmente não ligo.

Fazendo um bico, Marimar veio me abraçar. — Eu... não sei como vou encarar o Nathaniel agora.

— Talvez seja melhor conversar com ele, não acha? Nós não temos nada pra falar, ele e eu. Nós sempre fomos muito sinceros um com o outro. Ele é uma pessoa muito sincera e honesta. — Me afastei o suficiente para olhá-la. — E se vocês ficassem juntos, eu ficaria feliz porque os dois são maravilhosos.

Ela deu um sorriso emocionado e tristonho ao mesmo tempo. — É, eu vou conversar com ele amanhã na agência.

— Só cuidado para ninguém ver.

— Sim, vou tomar. — Nos afastamos. — Você tá bem mesmo?

— Estou.

— Hm. Sou obrigada a acreditar... Bom... Que tal a gente fazer uma pipoquinha e ver uns tutoriais no Youtube?

Sorri. — Feito. Eu escolho o primeiro vídeo.

— E eu faço a pipoca!


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Notas finais do capítulo

Bia:
Tadinha da Ju D:
Vamos torcer para que ela fique bem logo ♥
Até mais o/

Ester:
Tudo acaba bem... Ou quase bem, né? Vamos ver o que essa treta de ficar com o ex peguete da sua amiga, que na verdade é seu chefe também, vai render na vida de jovem Marimar xD Enquanto isso, vamos dar amor e carinho pra Ju ♥
Até quarta, povo o/



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