Ocean Motion escrita por Camí Sander


Capítulo 3
Capítulo 2 - Pirralho


Notas iniciais do capítulo

Espero que continuem gostando. Vou colocar um bônus ali que vai dar um pouquinho da perspectiva do nosso chatinho.



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Pirralho

O dia começou com a lembrança de um sonho nada promissor. Depois de fazer os testes naquela terça-feira, aceitei novamente a carona do patrão, mas ele deixou claro que não contratou ninguém para me ajudar. Tive vontade de mandá-lo ir à merda por fazer-me de trouxa. Questionei-o sobre isso e ele me respondeu com um sorriso de lado.

—Você pediu para trabalhar sozinha, Swan. - Sua voz era doce e seus olhos pareciam brilhar em diversão. - Que culpa tenho se nenhuma outra pessoa parece competente o suficiente para mim?

—Sinceramente, Edward, você deve ter algum tipo de obsessão em maltrato de funcionários!

—O que é isso, querida? As outras funcionárias nunca reclamaram dos meus serviços.

—Eu queria saber o que você faz com todas elas para deixá-las tão apaixonadas por você! - reclamei quase gritando. - É só o que escuto quando sou obrigada a sair do setor! Você, por acaso, contratou as últimas funcionárias só porque elas tinham atributos femininos que satisfaziam homens asquerosos como você?!

Edward riu jogando a cabeça para trás e fechando os olhos. Aquela risada era forçada, eu podia jurar. Até porque, depois que parou de rir, ele me fulminou com os olhos, colocou as mãos no volante e arrancou com o carro sem soltar mais um suspiro. Emburrada, cruzei os braços até o carro parar na entrada do condomínio e segui para dentro assim que deixei seu amado veículo.

Mas voltando ao sonho de hoje, sonhei com o Thony. Fazia alguns dias que não pensava mais nele e quando acordei, senti-me culpada.

Há quatro anos eu quis vir para essa cidade para procurá-lo. Eu consegui fazer isso nos primeiros meses da minha estadia aqui, mas as coisas se complicaram depois que fiz Edward demitir todo mundo e acabou que nunca mais tive tempo de me preocupar com isso. Eu sentia como se estivesse perdendo algum detalhe. Eu queria ir novamente na casa onde morávamos para falar com aquela senhora que sabia do paradeiro deles, mas naquela época não tive coragem e agora não tinha tempo. Eu precisava de férias para colocar esse assunto em dia. Precisava de umas férias longe das festividades natalinas para que não precisasse explicar meus sumiços à Alice.

Sonhei que estava na frente da minha casa de Forks.

Eu reconhecia os degraus da frente de casa, a cor creme e os jardins com pequenas flores, contudo ainda era Chicago, porque me encontrava de frente para a casa branca e bonita de meus amáveis tios. Então a porta da casa da frente se abriu e um garotinho loiro veio correndo ao meu encontro.

Levantei-me para abraçá-lo, como sempre fazíamos quando nos encontrávamos, mas ele se esquivou e cruzou os braços com a cara fechada.

—Você me esqueceu, Marie! Você não é mais minha amiga! - reclamou o menino.

—O que? - indignei-me. - Não! Isso não é verdade! Eu sinto sua falta, Thony. Eu quero te abraçar! Me deixa te abraçar!

Ele se esquivou novamente, virando as costas e correndo pela rua.

—Não quero mais ser seu amigo! - gritou. Sua voz de oito anos entrecortada pelo que parecia um choro contido. - Você passa mais tempo com o Edward do que comigo! Sai daqui, Marie! Você não é mais minha amiga! Você é amiga dele!

E apontou para um beco que reconheci ser perto do condomínio onde morava agora, em Chicago. Dali saiu Edward com um sorriso malicioso e uma mão estendida.

—Bem, Swan, você escutou o garoto. Vamos voltar para a Ocean, há trabalho para fazer.

—Não! - gritei me afastando de Edward e voltando a cabeça para procurar por Thony.

Mas não adiantava: ele já tinha sumido. Corri o máximo que pude, gritando e chamando por Thony, porém tudo o que escutei foi a risada forçada de Edward bem atrás de mim.

Acordei num pulo com alguém batendo na parede incessantemente.

E foi por isso que meu humor, já não tão legal, se estragou completamente com a incapacidade do meu chefe de contratar alguém para me ajudar.

Dias se passaram e meu trabalho apenas se acumulou na empresa. Edward várias vezes pediu para outras funcionárias ajudarem na separação das peças, mas isso só fez com que as mulheres reclamassem ainda mais. Uma dessas vezes, comentei com Alice sobre o comportamento das garotas, ela me inteirou de que Edward jogava charme para as meninas se prontificarem a ajudar, mas como ele não aparecia no setor, elas reclamavam.

Chegou a um ponto em que briguei novamente com Edward quando ele mandou uma garota sem experiência e sem vontade de fazer nada. Ela chegou a reclamar para mim porque teria que permanecer em pé por algumas horas. Ele retrucou, obviamente.

—Isabella, eu não entendo o seu problema! – Sua voz irritadiça ainda estava em um nível baixo. – Você mesma pede para que eu envie colegas para ajudar no setor, mas, quando elas chegam, você reclama ainda mais! Nada está bom para você! Quer ficar no meu lugar e ditar quem vem fazer hora extra e quem não vem?

—Se você continuar enviando incompetentes, não quero que me envie mais ninguém! Ela não quer trabalhar, Edward, eu estou cheia de coisas para fazer e essa garota só está me irritando! Leva essa coisinha de volta para o inferno de onde você tirou e devolva minha paz.

—Você não vai dar conta do setor inteiro dessa vez, Isabella, sabe disso! – rugiu ele, dessa vez, elevando a voz. – Eu preciso prezar pelo bem-estar dos meus funcionários e sei que o teu setor é calmo, mas tem muito serviço, portanto, deixe-me enviar algumas garotas dos outros setores antes que a fábrica inteira fique sem serviço e você sobrecarregada.

—Eu já estou sobrecarregada, Cullen! – gritei, serrando os punhos. – Manda essa garota sair do meu setor antes que eu mesma tire ela!

Imagino que ele tenha entendido o recado, porque chegou perto dela e falou algo em seu ouvido, logo a garota deixou o serviço de lado e saiu de cabeça baixa. Assim que Edward chegou perto novamente, virei o rosto. Todavia, ele segurou meu queixo e fez com que eu o encarasse. Seus olhos refletiam a fúria que ardia dentro dele.

—Nunca mais questione minha autoridade perto das outras funcionárias, Isabella. Você é melhor amiga da minha irmã, achegada aos meus pais, mas você não é maior que qualquer uma aqui dentro.

—Ainda não estou vendo minha demissão, Cullen – argumentei. – Você fala tanto em autoridade e obediência, mas ainda não me mandou embora.

—É por consideração à Alice e...

—Não é, Edward – interrompi sua desculpa esfarrapada. – Alice é minha amiga, tia Esme e tio Carlisle são as melhores pessoas do mundo. Rose é a própria Barbie encarnada. Mas você não me demite porque eu sei fazer tudo aqui dentro. Eu dou conta desse setor praticamente sozinha e você paga um salário pequeno perto do que eu deveria estar ganhando.

Ele ergueu uma sobrancelha. Aposto que falaria sobre a razão do meu salário ser “baixo”: eu que não deixei aumentarem, o que ainda acharia injusto de ser feito, mas eu não contava com o crescimento da Ocean, inclusão de marcas e coleções novas. Eu precisava de alguém para me ajudar. Ele sabia disso. Quer dizer, ele deveria saber disso. Alice sabia disso, portanto, ela tentava dar prioridade para a contratação de etiquetadores porque as novas marcas precisavam ser lançadas.

—Está contestando o salário, Swan? – sua voz era de deboche. – Não foi você mesma quem escolheu “não ganhar mais do que os outros funcionários” e quase colocou minha empresa em risco nas fiscalizações? Você quer saber o que aconteceu para que a empresa não fosse fechada automaticamente por sua causa? Quer saber qual foi a saída que meus pais escolheram?

—Já sei qual foi a saída! Agora, só o que estou pedindo é para contratar alguém que fique aqui comigo e me ajude a trabalhar! – apontei tirando sua mão de mim e andando para o local onde a garota deixou serviço parado.

Ouço ele bufar e bater a porta do setor. Sem muita opção, terminei o que a incompetente anterior começou, terminei as minhas coisas e as passei para frente antes de começar mais alguma ordem. Nesse meio tempo, apenas coloquei mais alguma música para tocar e tentei me distrair.

Edward não me enviou mais ninguém nesse dia, mas Rose se prontificou quando percebeu que o primo não estava muito feliz.

—Insuportável! – a loira reclamou quando chegou batendo a porta. – Quem o Edward acha que é para me ignorar? Aquele imbecil!

Rosalie era a prima/secretária de Edward. Tinha belos cabelos ondulados e loiros, o rosto angular e pálido. Bochechas rosadas e boca carnuda. Ela tinha um corpo normal. Cheia de curvas e de dar inveja à muitas modelos anoréxicas por aí. Já foi modelo da Ocean, quando mais nova, mas agora nem ligava muito para o que pensavam dela. Ela era uma boa pessoa, ficou minha amiga quando eu comecei a odiar o Cullen. Não que a mulher também o odiasse, mas ela gostava de ter algo para rir dele. Contudo, acredito que ele conseguiu irritá-la além da conta.

—Olha lá, se não é a assistente do Christian Gray, a própria! – brinquei assim que ela chegou perto de mim. – O que seu priminho fez dessa vez?

—Ele foi embora! – jogou as mãos para cima. – Simples assim. Tive que remarcar reunião e provas de produto porque o Edward simplesmente saiu dizendo que estava “estressado demais para trabalhar”! Por que tio Carlisle não deu uns cascudos nesse pirralho quando ele era mais novo? Irresponsável! O que você está aprontando aí?

Rosalie mudou de assunto rapidamente antes de eu dar corda para seu surto. Ensinei o que era para fazer rapidamente, escolhi umas ordens de produção mais fáceis e deixei a loira me ajudando. Conversamos bastante, mas nenhuma das duas se impediu de trabalhar enquanto isso. Quando Alice se juntou a nós, Rose explicou que trabalhávamos com as mãos e não com a boca, portanto, dava para trabalhar e conversar ao mesmo tempo.

Era esse tipo de eficiência que eu estava falando, Cullen! Foi o pensamento que me rodou a cabeça assim que a loira soltou as palavras.

Alice chamou a nós duas para comer e, depois de terminar a ordem, lanchamos no refeitório. Rosalie precisou voltar ao seu posto porque, afinal, ela era secretária do chefe e quando o chefe não está, ela precisa resolver alguns pepinos. Alice mandou uma garota na experiência do setor de embalagem para ajudar e terminamos o dia com a meta cumprida.

Enfim a semana mudou e era dia de ficar mais um tempo, para tentar a contratação de alguém. Eu não sei por que Edward me submetia a isso. Toda terça-feira eu ficava até mais tarde aplicando teste em algum candidato, me esforçava a ser paciente com todo mundo. Arranjava calma não sei de onde para não berrar com os outros para serem mais rápidos. E, bem no fim, Edward desistia de contratar a pessoa, ou trocava ela de setor assim que acabava o teste.

Separei umas quatro ordens fáceis para o teste – mostruários, apenas - e continuei com meu trabalho. Para me distrair, comecei a cantar baixinho uma música qualquer.

Meu expediente estava prestes a acabar quando minha amiga veio para perto de mim carregando um homenzarrão moreno e forte, com cara de menino levado e – não me julguem, mas parecia – nariz de cachorro. Ele era bonito, até. Tinha uns traços indígenas quase impossíveis de não reconhecer.

—Bella, esse aqui é o Jacob – ela disse sorrindo. – Ele vai fazer um teste para trabalhar com você.

Estendi-lhe a mão e coloquei um sorriso no rosto com esforço.

—Muito prazer, Jacob. Sou Isabella, mas pode me chamar de Bella.

—O prazer é meu, Bella— ele arrastou meu apelido, fazendo-me corar de seu galanteio.

—Vou deixá-los trabalhar – Alice sorriu para mim de um modo malicioso. – Venho buscá-lo em alguns minutos.

Durante os minutos que Alice ficou fora, pude perceber que era um homem bem eficiente. Se não fosse as inúmeras indiretas direcionadas a mim, eu poderia conviver com ele durante metade do meu dia. Bem, geralmente eu precisava de ajuda para carregar as caixas mais pesadas e ele era forte. Resolvi que poderia contratá-lo, pois, depois de muitos cortes, aposto que me veria apenas como amiga. E era o que eu queria dele. Ser, no máximo, uma amiga. Se não, apenas colega de trabalho.

Quando Alice voltou, Jacob deixou escapar um muxoxo e despediu-se com um beijinho no meu rosto. Como eu tinha alguns minutos antes de Edward aparecer por aqui – ele estava me dando carona e vinha me buscar na porta do setor – resolvi deixar uma ordem em andamento para o outro dia.

Mas passaram-se mais do que alguns minutos. Edward não viria mais? Então lembrei que o Cullen tinha saído mais cedo. Bufando de raiva, marchei até a porta, bati meu ponto – que já estava além do extra de horas feitas – e fui para a saída.

Eu tinha sorte do meu apartamento ser relativamente perto. Alguns poucos quilômetros, apenas. Meu azar era justamente estar exposta ao sol das 3 horas sem protetor solar, sequer uma sombrinha. Eu chegaria morrendo de cansaço, com dores nas pernas de tanto ficar em pé e toda vermelha do sol! MUITO OBRIGADA, CULLEN! Idiota, idiota, idiota! É isso que dá confiar no comprometimento dos outros. Nunca mais, Isabella!

Estava há 5 minutos arrastando meu corpo debaixo daquele sol quente, quando uma moto, até bem conhecida, parou logo à frente. O rapaz um pouco mais novo que eu, ergueu o capacete e sorriu para mim.

—Carona, gata? – ele balançou o outro capacete em um dos braços.

Saí correndo em direção ao motoqueiro, subi na garupa e ele me passou o capacete, que eu logo coloquei. Segundos antes de dar uma acelerada, ele virou a cabeça um pouco para o lado.

—Estou correndo o risco de ter a cabeça arrancada?

Apenas ri, segurando-me firme em sua cintura e meus joelhos apertando suas coxas, assegurando-me de estar presa à motocicleta.

Fizemos o trajeto em poucos minutos. Eu o faria andando cerca de meia hora. Convidei-o para entrar, mas ele deu uma desculpa qualquer e foi-se. Estranhei, mas não me deixei levar pelos motivos que Seth teria para apenas me deixar em casa. Talvez ele estivesse atrasado, como ele falou, ou estivesse com um rolo qualquer. Subi e fui tomar meu banho para depois me espreguiçar no sofá com as pernas para cima. Doze horas em pé acaba com a pessoa!

O que posso dizer de Seth? Era um garoto mais novo, que tinha um porte físico invejável aos homens. Ele era membro de uma tribo indígena, perto do buraco onde cresci, mas também pensou em tentar a sorte na “cidade grande”. E se deu muito bem. Seth era moreno, de pele um pouco mais escura que a branca, todavia, mais clara que a parda. Seus olhos, em forma de amêndoas, tinham um belo tom de castanho escuro, quase negro. Os cabelos eram lisos e da cor dos olhos. E o garoto era muito inteligente. Para falar a verdade, uma das únicas pessoas que Edward e eu compartilhamos afeto. Digo, somos ambos amigos do garoto. E o Edward para ter amigos, é um poço de exigências. Ao que parece, Seth se enquadra nas boas relações do Cullen. Além do mais, o menino é um cavalheiro nato! Se eu não estivesse tão bem estabelecida emocionalmente, até que tentava namorar com ele.

Eu tinha acabado de deitar quando a campainha começa a tocar ininterruptamente. De início, fiquei apavorada, pois o porteiro não me dissera que alguém estava subindo; mas depois da quinta vez, bufei alto. Claro, só poderia ser uma pessoa! Abri a porta já de cara fechada.

—Como você veio tão rápido? – Edward rosnou para mim da porta mesmo.

—Ganhei carona de outra pessoa – dei de ombros. – Por quê? Não posso? Ou só você pode dar carona para mim?

Ele rosnou e segurou meu braço com força.

—Não me desafie, Swan! Meus nervos já estão no limite!

—Ou o quê? - sacudi o braço para soltar.

Acredito que o homem percebeu que estava apertando, pois soltou sozinho.

—Quem a trouxe?

—Não interessa a você! - fechei os olhos da forma mais impertinente possível.

—É claro que interessa! - ele gritou. - Eu estive procurando por você pela empresa inteira, sua idiota! Andei a 20 quilômetros por hora para ver se você estava andando nesse sol! Sabe o quão preocupado você me deixou? Tínhamos combinado que eu buscaria você assim que pudesse!

—Tínhamos combinado que eu ganharia carona na hora certa! - retruquei no mesmo tom. - Se você se atrasou, a culpa não foi minha. Meu horário já tinha ultrapassado os limites de padrão da empresa... da sua empresa! Queria que eu ficasse fazendo mais o quê lá em cima? Iria me buscar que horas? Quando acabasse o segundo turno? Perdoe-me, querido, não sou obrigada a ficar trabalhando como uma escrava enquanto tenho que esperar pela boa vontade do patrão para me dar uma carona! Ainda tenho pernas, obrigada!

—Que avisasse! - ele passou a mão pelos cabelos já desalinhados. - Você não passou pela minha sala, no caminho, pelo jeito!

—Oh, mas eu estava muito preocupada em saber onde o senhor estava, Cullen! Sorte sua que eu não passei lá! Eu teria te matado, seu filho da... - não completei a frase que o xingaria, e não foi porque ele arqueou uma sobrancelha. - A tia Esme não merece o filho que tem! - dei-lhe as costas.

Estava voltando ao meu sofá, esperando que ele entendesse que a conversa tinha acabado para mim e fosse para a porta à frente, quando ouvi passos adentrando meu apartamento simples.

—Você não sabe nada sobre mim, Isabella – ele ainda estava irritado. - E não sabe o que me fez atrasar tanto!

—E o que fez? - tentei mostrar toda a indiferença que eu sentia sobre o assunto.

—A contratação de Jacob Black – ele praticamente cuspiu o nome do homem.

Olhei-o atônita e esperançosa.

—Você o contratou?

—Não para o seu cargo – ele deu um leve sorriso diabólico, preso em pensamentos.

A raiva me subiu à cabeça. Era sempre assim. Sempre! Quando eu encontrava alguém capaz de me ajudar, de seguir meu ritmo, Edward colocava a pessoa em outra área! Marchei em direção ao meu chefe e fui empurrando-o para a saída aos berros:

—Saia daqui, Edward! Saia antes que eu quebre esse seu pescoço! Ou te arranque o coração de pedra! E não ouse vir falar comigo tão cedo! NÃO QUERO MAIS SUAS CARONAS! Nem nada que venha a ser gentileza sua. Entre nós dois, apenas assuntos profissionais dentro da empresa!

Eu sabia que, sem a ajuda dele, eu não o faria nem cambalear para a direção que eu queria, porém, ele deixou-se levar até a porta. Fiz questão de bater-lhe na cara. Aposto que quase acertou o nariz!

—Marque horário com Rosalie, quando for me exigir algo! - replicou ele e ouvi sua porta se escancarar e bater do outro lado do corredor.

Com muito mais raiva dele agora, fui para a cozinha, peguei um comprimido para a dor de cabeça, ingeri-o com um copo grande de água e voltei para o sofá. Deixei a televisão ligada em algum filme de gênero “água com açúcar” e acabei pegando no sono.

 

 

 

Pov Edward

“Eu odeio essa mulher!” reclamei murmurando e pegando o telefone. “Odeio! Odeio, odeio, odeio!”

Vi que tinha uma mensagem de Seth e abri-a apenas para ver o que aquele tarado estava querendo hoje. Provavelmente aquele vadio queria festa de novo. Ele não se tocava que hoje era terça-feira?

Trouxe a princesa de volta ao castelo, meu lorde!”

Demorou dois segundos para entender o que o palerma estava me falando e isso me fez rosnar mais alto. Argh, Isabella! Podia ter poupado meus nervos e simplesmente dito que Seth tinha te buscado?

Falando em Isabella... será que ela percebeu que tinha atendido a porta apenas de regata e calcinha?

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? E esse pequeno PoV do Edward?



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