Cinderella escrita por Alina Black


Capítulo 7
Emboscada


Notas iniciais do capítulo

Pov Jacob.



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O som dos papéis sendo jogados sobre minha mesa tirou a minha atenção do monitor do notebook, ainda com os dedos no teclado virei o olhar para mesa e em seguida para Embry que me olhava com uma cara de poucos amigos.

— Depois eu assino! Murmurei voltando a olhar o monitor.

Um novo ruído ecoou pela sala, o metal da cadeira sendo arrastada ao cessar Embry sentava-se na mesma – Vou acabar desistindo! Insistiu ele.

Respirei fundo pausando o que estava fazendo e girei a cadeira virando meu corpo na direção de Embry que tinha os braços cruzados sobre o peito – O que foi dessa vez?

— Olhe os papéis! Ele murmurou.

Franzi o cenho e peguei os papéis curvando meu corpo sobre a mesa, após ler pausadamente as dez primeiras linhas abri um sorriso largo – Toda essa encenação para me dar essa notícia? Os Black  agora são membros majoritários da Holding.

— Jacob! Embry falava ainda com um semblante sério – Você tirou a oferta das mãos do Cullen, ele me ligou furioso.

— Sério? Olhei para ele surpreso -Não fazia a menor ideia que Edward tinha interesse em ser maior acionista, muito menos que havia dado uma oferta.

— Você quer que eu acredite nisso? Embry perguntou irritado.

— Não! Torci os lábios e levantei com os papéis nas mãos – Eu apenas estou dizendo a verdade, eu realmente não sabia que Edward havia dado uma oferta, recebi um email e dei minha oferta.

Embry respirou fundo e levantou enquanto eu voltava a ler os papéis – Você ainda se meter em confusão por causa dessa rixa com o Cullen.

— Não tenho culpa se ele é apaixonado por mim...

—Jacob eu falo sério, ocorrerá uma reunião em duas semanas e essas ações tornam você o candidato a novo presidente, tem ideia do quanto Edward está furioso?

— Mande um buque de rosas e diga que eu lamento tê-lo magoado!

Embry baixou a cabeça e sorriu – O que pretende fazer agora?

— Me tornar presidente! Sorri – Então avise o Sam que teremos mais trabalho no final de semana, eu ainda pretendo viajar para os distritos industriais, como sempre você me substitui na minha ausência.

— Camy? Ele perguntou voltando a se sentar.

— Sim, ainda estou com algumas ideias para as fabricas, agora sendo sócio majoritário da Holding posso colocar os planos de estender nossas produções e criar fabricas em diversas partes do mundo.

— E assim quebrar o Cullen! Embry sorriu.

— Qual é? Reclamei voltando a me sentar – Eu não disputo com Edward, ele é quem pega no meu pé, não aceita que um homem um pouco mais novo que ele tenha mais visão empreendedora do que ele.

— Visão empreendedora ou porque anda pegando a filha dele? Ele perguntou sorrindo.

— Deixe de falar bobagem, nunca tive, não tenho e nunca terei nada com Emma Cullen, ela só tem 16 anos, no mínimo isso me renderia um belo processo por pedofilia.

Embry gargalhou enquanto eu rolava os olhos voltando a sentar diante do notebook, minutos depois ele se retirou indo preparar o que era necessário para minha viagem a Camy.

O sol ainda não havia surgido quando sai de casa, Camy ficava a três horas de viagem do centro de Brusque, em uma região montanhosa e a única forma de entrar no distrito era pelo meio terrestre ou aquário, como se situava em uma região coberta de vegetação e vinhedos não haviam pistas de pouso naquela região.

A estrada era estreita e tinha uma largura para apenas dois carros, peguei o celular tentando responder algumas mensagens, mas como tínhamos subido a colina que era cercada pela floresta o sinal havia caído.

—Sem sinal! Murmurei enquanto jogava o celular no banco carona.

Pelo horário eu estava próximo da cidade, olhei para a janela observando as grandes casas que mais pareciam pequenos castelos medievais, lembrei das vezes que vinha a Camy quando criança com meus pais e brincava de matador de dragões nessas casas.

Porém um grande som me tirava de meu devaneio.

Imediatamente diminui a velocidade o carro o estacionando, ao sair olhei para um dos pneus dianteiros e havia furado – Só me faltava essa! Murmurei caminhando na direção do porta malas, mas o som vindo da floresta me fazia parar.

Olhei pelo canto dos olhos e três homens encapuzados apareciam diante de mim.

— Olá! Falei de forma gentil tentando disfarçar minha desconfiança – Por acaso são moradores da região, tive um pequeno problema com meu carro.

Um dos homens retirou um canivete do bolso o mostrando, olhei para o outro lado e só havia floresta, impulsivamente eu corri entrando na mesma.

Os homens me perseguiram.

Parei por uns minutos me escondendo atrás de uma grande arvore, enfiei a mão no bolso, mas então lembrei que havia jogado o celular no banco carona, então senti um soco caindo um pouco mais a frente, um dos homens havia me encontrado.

— Eu não sei quem mandou você, mas tenho certeza que isso não é somente um assalto.

O homem nada falou apenas avançou para cima de mim tentando me golpear, mas eu desviava do golpe o acertando no estomago com o joelho, ele caia a minha frente mas era segurado por trás por um deles, em seguida mais dois apareceram.

—O que vocês querem? Perguntei tentando me soltar.

O homem o qual eu havia golpeado me acertava um soco no estomago me tirando o ar e o outro em meu rosto, e assim outros golpes eram dados, eu estava totalmente tonto quando senti algo cravar em meu peito me fazendo cair no chão.

Fechei os olhos fingindo estar desacordado.

— Ele já era! Um dos homens falou ao outro.

— Avise o chefe que o serviço foi feito.

Abri os olhos e pude ver os homens de costas se afastarem até finalmente desaparecerem.

Me movi lentamente e senti a dor em meu peito, havia um pequeno punhal cravado, do segurei sentindo uma imensa dor e o tirei da minha carne dando um grito, lentamente levantei e comecei a andar sem rumo em meio as arvores parando a beira de uma pequena nascente onde bebi água.

Acabei apagando.

Quando meus olhos se abriram o sol já havia sido substituído pela lua, estava escuro e voltei a caminhar sem rumo até em meio a escuridão uma pequena luz surgir, já quase sem forças a segui, era um grande celeiro.

—Mas um pouco Jacob, só mais um pouco! Murmurei caminhando até a porta do mesmo, ouvi o som do latir de um cachorro e uma garota aparecia diante de mim.

— Eu...preciso...de...ajuda.

Foram as únicas palavras que conseguir dizer, depois disso eu novamente apaguei.


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