Cinderella escrita por Alina Black


Capítulo 55
Encontro não marcado


Notas iniciais do capítulo

Pov Nessie



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Apesar de ter sido criada em Camy, eu não conhecia Panny por isso eu estava encantada por toda a beleza do lugar enquanto percorríamos pela estrada de terra cercados por mar e natureza.

— Está esfriando amor, não acha melhor por um casaco? Jake falou enquanto olhava para a estrada, apesar de eu ter achado imprudente viajarmos sem os seguranças ele insistiu que queria que o dia fosse somente nosso e isso inclua não ter segurança como plateia.

— Praia de casaco? Murmurei dando um sorriso, virei meu corpo sobre o banco do carro me ajoelhando no mesmo e me debrucei pegando um agasalho no banco de trás do carro.

— Wow! Jake riu.

— Você não está olhando para o meu...

— Seu bumbum é lindo!

—Jake! Virei meu corpo e me sentei no banco rindo totalmente constrangida – Não acredito que deixou de prestar atenção na estrada para olhar o meu traseiro.

Jake gargalhou e após virar em uma estrada mais estreita estacionou o carro diante de alguns quiosques – Eu olho para seu traseiro o tempo todo! Ele me provou piscando e em seguida selou meus lábios – O casaco meu anjo, a temperatura caiu.

Rolei os olhos colocando o bendito casaco, Jake puxou o zíper e selou meus lábios novamente me fazendo rir e então saímos do carro.

O tempo estava nublado, já passavam as 10 horas da manhã, mas parecia que era mais cedo, não havia sol, as nuvens haviam o escondido.

Os dedos de Jake entrelaçaram os meus e então caminhamos de mãos dadas em direção a praia conversando sobre nossos planos para o futuro a dois – Quantos filhos você deseja ter Jake? Perguntei enquanto caminhávamos.

Jake franziu as sobrancelhas e passou um dos braços em volta dos meus ombros me puxando contra seu corpo – Muitos! Respondeu ele – Mas...

— Mas... O interrompi.

Ele sorriu e parou virando meu corpo de frente para o dele tocando meu queixo – É claro que quero ter uma família enorme com você meu amor, mas temos tempo para isso, eu quero que você realize seus sonhos, seus planos, e no momento certo teremos nossos filhos, eu espero que eles sejam todos ruivinhos assim como a minha princesa!

Suas mãos desceram até minha cintura e então ele me ergueu tirando meus pés do chão, dei um gritinho segurando em seus ombros enquanto ele me fazia dar alguns giros no ar e me colocava no chão em seguida.

— Pois eu quero que eles sejam lindos igual o pai deles! Falei acariciando sua nuca, o rosto dele se aproximou novamente do meu roçando o nariz em minha bochecha em seguida seus lábios procuraram pelos meus me dando alguns selinhos iniciando um beijo, meus braços envolveram sua nuca enquanto meus lábios deslizavam entre os dele, Jake sorriu acalmando nosso beijo e então seus olhos e abriram olhando dentro dos meus.

— Eu preciso falar uma coisa! Ele sussurrou acariciando meu rosto.

— O que? Perguntei curiosa.

A expressão dele se tornou mais séria e ele respirou fundo - Eu preciso falar o verdadeiro motivo de estarmos aqui!

— Eu não estou entendendo!

Ele sorriu – Tem uma coisa que precisa saber, eu não falei antes porque você ficaria ansiosa, preocupada e eu queria poupá-la.

— Jake, está me preocupando.

— Nessie, quando o Seth foi para Camy ao meu pedido, ele descobriu muitas coisas, entre elas que a maioria dos passageiros do navio que sua mãe e seu avô estavam haviam sobrevivido, e que somente os funcionários no navio haviam morrido.

— Jake, o que está tentando me dizer? Perguntei totalmente confusa.

— Seth desenterrou os caixões da sua mãe e seu avô, tudo que havia dentro dos caixões eram troncos de árvores.

Por um breve instante eu perdi o ar, todas as lembranças do velório e do enterro passaram como um filme em minha mente, eu havia chorando diante de dois caixões vazios.

— Nessie...

— Anjo, amor fala comigo, olha para mim!

A voz aflita de Jake me trazia de volta a realidade, impulsivamente o abracei forte fechando os olhos enquanto ele passava as mãos em meus cabelos.

— Tia Maeve, ela, como ela pode ser tão cruel comigo?

— Calma! Jake murmurou beijando o alto da minha cabeça enquanto me apertava sem seus braços, ergui a cabeça olhando para ele tentando segurar as minhas lagrimas.

— Então a mamãe está perdida? Ela e meu avô?

Jake prendeu meu rosto entre suas mãos enxugando minha lagrima com os polegares e sorriu - Estavam!

Novamente me senti confusa – Como assim estavam?

O rosto dele se virou na direção do mar, imediatamente eu virei meu olhar na mesma direção do olhar dele observando um barco que se aproximava do porto próximo onde estávamos.

— Está vendo aquele barco?

— Estou! Respondi sentindo meu coração acelerar – Jake...eles estão?

— Sim meu amor, eles estão naquele barco!

Um sorriso largo se abriu em meus lábios, soltei a mão de Jake e corri em direção ao porto, minha mãe e meu avô estavam naquele barco, eles estavam vivos.

Quando finalmente cheguei a pequena ponte de madeira eu parei observando o barco que a cada segundo ficava mais próximo, sorri ao ouvir o som da buzina se misturar ao som do mar totalmente dividida entre sentimentos os quais eu não conseguia decifrar.

O barco atracou, alguns homens saíram e o último a sair parou próximo a proa segurando a mão de uma mulher.

— Mamãe...sibilei voltando a sorrir e então corri ao seu encontro a abraçando forte, fechei os olhos pedindo para que aquele momento fosse real, que não fosse somente um sonho – Mamãe! Eu sussurrei enquanto olhava em seus olhos sentindo suas mãos tocarem meu rosto – Eu senti muito a sua falta! Falei voltando a abraçá-la.

— Eu também minha princesa, também senti sua falta! Ela falou me fazendo olhar novamente para ela, dei um sorriso largo sentindo seus carinhos – Você está tão linda, você cortou o cabelo!

Balancei a cabeça e fechei os olhos sentindo seus lábios tocarem minha testa em um beijo, sorri voltando a olhar para ela, mas ao perceber seu olhar mudar de direção virei meu corpo na direção de Jake que lentamente se aproximava sorrindo.

— Você deve ser Jacob Black! Mamãe falou de forma gentil.

— Seja bem vinda Bela! Ele respondeu.

— E seu velho avô não ganha nenhum abraço de boas-vindas?

— Vovô! Falei em um tom alto de voz correndo para seus braços, os braços dele apertaram forte meu corpo tirando meus pés do chão em um abraço apertado.

—- Você cresceu menina! Ele falou tocando meu cabelo enquanto me colocava no chão novamente – É uma mulher muito linda!

— É tão bom ver você vovô! Falei voltando a abraçá-lo.

— Também senti muito a sua falta querida! Ele respondeu passando uma das mãos em minha cabeça e beijou minha testa, nos afastamos e voltamos nossa atenção para mamãe a Jake.

— Então o filho de Billy é um homem, a última vez que vi você era um garoto de oito anos!

Jake sorriu com o canto dos lábios – Bem vindo de volta Chefe! Ele respondeu enquanto mamãe me puxava novamente para seus braços.

— Um chefe aposentado! Meu avô respondeu.

Sai dos braços da mamãe e me aproximei de Jake segurando sua mão – Mamãe, vô, o Jake é meu...

—Noivo? Mamãe perguntou me interrompendo.

— É, parece que você foi informada disso! Falei meio sem jeito.

— Depois conversamos sobre isso! Mamãe falou carinhosamente e sorriu olhando para o Jake que soltou minha mão.

— Leve sua mãe e seu avô para o carro, eu preciso conversar com o dono do barco! Ele falou me entregando a chave do carro.

— Está bem! Respondi.

Jake selou meus lábios e então seguiu na direção do barco, mamãe me puxou novamente para um abraço, vovô também me abraçou me deixando entre mamãe e ele e caminhamos para o carro.

— Que carro! Vovô murmurou enquanto eu abria a porta, dei um sorriso tímido.

— Noivo? Mamãe perguntou franzindo as sobrancelhas.

— Aconteceram muitas coisas mamãe.

— Conversamos sobre isso quando chegarmos em casa! Ela respondeu.

— Mãe, nós vamos para Bruges!

— Como assim Bruges? Ela me olhou surpresa.

— Jake e eu nos casamos domingo!

— O QUE? Ao perceber que havia aumentado o tom de voz mamãe respirou – Como assim se casam daqui a dois dias Renesmee?

— Você não gostou disso, não é?

— Nessie, você só tem 17 anos, casamento não é um conto de fadas!

— Minha vida não foi um conto de fadas nos primeiros meses sem você – Respondi – Ela passou a ser depois que o Jake entrou na minha vida, ele me devolveu tudo mamãe, nossa casa, meus sonhos, minha vida, por favor eu preciso que aceite.

Mamãe tocou meu rosto e me puxou novamente para um abraço – Você o ama tanto assim meu amor?

— Só não mais que você, que o papai...

Mamãe afastou novamente nossos corpos e me olhou surpresa – seu pai?

— Eu disse que aconteceram muitas coisas! Respondi – Eu já sei de tudo mamãe, do seu passado com meu pai, eu sei que meu pai é Edward Cullen.

Mamãe ficou em silêncio e voltou a me abraçar forte – Eu preciso ser atualizada de tudo que aconteceu nos últimos oito meses! Ela falou me apertando em seus braços.

— Vamos!

Nos afastamos ao ouvir a voz de Jake, mamãe e eu concordamos e entramos no carro, aproveitamos as quatro horas de estrada para contar a mamãe e meu avô resumidamente tudo que havia acontecido durante a ausência deles e como esperado eles ficaram bem furiosos com relação a Maeve.

Demos uma pausa no meio do caminho para almoçarmos e chegamos a Bruges no final da tarde.

— Eu elogiei o carro, porque não tinha visto a casa! Vovô falou ao sair do carro e olhar para a casa do Jake me fazendo rir, mas meu sorriso se desfez ao ver o carro de Edward estacionado.

Jake e eu trocamos olhares.

— Algum problema? Mamãe perguntou desconfiada.

— Não! Jake respondeu.

— Nenhum! Respondi.

— Sei! Mamãe murmurou e eu sorri tentando disfarçar meu nervosismo, vovô perguntou algo a ela e então aproveitei sua distração sussurrando no ouvido de Jake.

— Por que você fez isso?

— Amor eu não faço a menor ideia do que seu pai faz aqui! Ele respondeu.

— Não sabia?

— Claro que não!

— Não vamos entrar? Vovô perguntou – Estou louco por um banho!

— Claro! Falei puxando mamãe pela mão rezando para Edward não estar na sala, Jake abriu a porta e entramos.

Mas minhas preces não foram ouvidas.

Assim que mamãe e eu passamos pela porta Edward pulou do sofá onde estava sentando ao lado de Alice olhando em nossa direção.

— Bela! Ele sussurrou totalmente em reação.


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