Novo Amanhecer escrita por Fábia


Capítulo 10
Capitulo 09


Notas iniciais do capítulo

Bella e Jane  

Uma amizade que começa... 

Capitulo narrado por Bella (contando ao Edward tudo que aconteceu em Voltera)



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POV Bella  

 

A frieza dos lábios de Aro, as presas pontiagudas perfurando minha pele, acelerando minha pulsação, deixando minha jugular mais evidente... 

Senti o veneno penetrando meu corpo, então tentei anular qualquer dor, sentimento, e até mesmo pensamentos, afundei-me em mim, esvaziando minha mente, enquanto sentia minha alma dando lugar a eternidade. 

Depois disso senti uma dor muito forte, um vazio súbito e mais nada. 

 

Devo ter ficado alguns dias em “coma”, ou coisa assim, pois me lembro de poucas coisas, como vozes, algo queimando em meu corpo como se eu tivesse sido mergulhada num tanque de óleo fervente; uma dor agonizante depois o frio e silencio, alternadamente. 

Quando acordei estava num quarto estranho, fedido, frio, com paredes úmidas cheias de arranhões, com dor no corpo e muita sede, mas não sede de sangue, mas de água, e fome de comida. Comida de verdade, o que me deixou confusa, porque sentia minha natureza vampírica evidente. 

As cores mais vivas, os movimentos mais rápidos, os sons mais altos, mesmo o mísero rastejar de uma lesma. Tudo estava fascinantemente aparente, meus sentidos estavam milhares de vezes mais aguçados e eu sentia uma força descomunal em minhas entranhas. 

Porém, além da sede e da fome, meu corpo não estava tão frio como o dos vampiros, nem tão quente como os humanos, embora na réstia de luz que penetrava o ambiente eu podia perceber o brilho da minha pele. 

Aproximei-me de um espelho num canto do quarto, me sentia cansada, mas minha aparência era jovial, forte e pela primeira vez eu me vi linda!  

Jane estava num canto, sentada, me olhando curiosa e melindrosamente esperando minha reação!   

Ela não se moveu, não falou e por certo não respirou, durante o breve momento em que me descobria como uma recém criada diferente.  

Depois do tempo de silêncio Jane me perguntou: 

— Como você se sente?  

 Bem, eu acho! Se é que isso seja “bem”... O que houve? Quanto tempo estou assim? E por que não estou no quarto de quando eu cheguei? 

— Aqui é o quarto dos recém criados. Você ficou pouco tempo assim nesse transe, mas Aro vai te dar detalhes do que aconteceu com você, mas antes de encontrá-lo acho que deve estar com sede? Vou pegar um aperitivo para você! Aro mandou que Alec e alguns guardas fossem as montanhas caçar alguns leões para você, já que não deseja ter humanos no seu cardápio. Há não ser que tenha mudado de opinião?! – disse Jane com ar esperançoso e sarcático. 

— Obrigada! Mas estou com fome também! E gostaria de beber água também... 

— Fome?! Água?! Banho?!— disse Jane assustada. 

— É! Fome de comida: hambúrguer, salada, qualquer coisa! Preciso de um banho também. 

 Aro me disse que algo de diferente havia acontecido com você, mas não sabia que era tão diferente. Tudo bem vou providenciar tudo que precisa, tente não fazer nenhuma bobeira, há guardas por toda parte.  

Minutos depois de Jane sair, ela já estava de volta acompanhada de Aro, Marcus e Caius. 

— Olá, Srta Bella! Vejo que está muito bem para uma recém criada! Não atacou ninguém, sabia que seu autocontrole era especial. Tenho notícias interessantes para você, minha querida! Parece que você não é uma vampira! - Mesmo a notícia parecendo ruim, Aro estava entusiasmado. Ele sorria com aquele brilho pscicopata nos olhos.  

— Não!? – Disseram todos. 

 De alguma forma seus poderes latentes bloquearam o efeito total do veneno... 

— Eu te disse que não valia à pena!  - Disse Caius, triunfante! 

— Eu não terminei... – retrucou Aro— Como eu dizia, você não é totalmente vampira, apenas uma parte.  Você é uma Híbrida Criada, vamos dizer assim! 

— Como assim, Aro! Não estou entendendo? – Perguntei confusa. 

Na verdade todos estavam esperando mais explicações. E eu estava assustada com tudo aquilo. Hibrida Criada! Como assim? 

— Bem, como eu dizia, seus dons bloquearam parte do veneno, impedindo que a transformação fosse completa.  -Aro se aproximou, tocou nos meus cabelos, inspirou o meu cheiro e continuou, enquanto eu me continha para não sair dali correndo, ou vomitar .- Então você tem a força e as habilidades naturais dos vampiros, seus dons foram radicalmente amplificados, porém você tem necessidades humanas, como fome, sede, desejo, calor, frio, sensações naturalmente humanas. E o que me deixou ainda mais radiante: você Isabella pode ser mãe!—  Aro me abraçou por trás e colocou as mãos sobre a minha barriga como se ali á existisse um bebê. Eu prendi a respiração, tentei me esquivar, mas estava com tanto medo que não consegui me mover mais do que um ou dois passos à frente. 

— Ela pode ser o que???? – perguntou Jane. 

— Mãe?! Eu não quero ser mãe! — Gritei. Eu nunca quis ser mãe, não eram meus planos. Num súbito lembrei de Rosalie. 

 Mas será! – Sussurrou Aro se retirando — Com certeza será, Srta Isabella! - Sem olhar para trás, ordenou - Jane, acompanhe Isabella aos novos aposentos... 

Jane apenas assentiu. 

Quando Aro me encontrou, naquela vez que fui a Voltera, pressentiu que eu poderia ser a matriarca de uma nova “raça” de vampiros. Ele também sabia que nenhum dos Cullens conseguiria me transformar, a não ser que ele forçasse isso. Como a transformação ainda não havia acontecido e Aro estava tendo problemas com seus liderados, ele resolveu intervir. Por isso ele concordou com todas as minhas exigências. 

A intenção dele de ser pai ainda não tinha ficado clara para mim, mas a maternidade me assustou, além de poder envelhecer, ainda que mais lentamente que um ser humano normal, eu ainda podia ser mãe. Era muito para minha cabeça naquele momento. Sentei no chão com a cabeça entre as pernas, por alguns minutos. 

Jane apenas esperou.  

Respirei fundo e resolvi deixar o assunto para mais tarde, estava com fome e sede. Precisava me alimentar e depois pensaria melhor no assunto. 

Me levantei e Jane me acompanhou até meu novo aposento, no trajeto, entre escadas e corredores, parou, fez sinal para que eu esperasse. 

 Isabella, quero que saiba que quero ser sua amiga, de verdade.  - Ela sussurrava cuidando para que ninguém nos visse ali parada - Me sinto responsável por você, vi o quanto sofreu ao deixar as pessoas que ama, e o quanto tem se mantido íntegra a sua promessa a Aro. — ela pegou em minha mão e me olhou fundo nos olhos. - Tome cuidado, aqui nem tudo é o que parece.  

— Obrigada!! – respondi sem entender, minha cabeça latejava, muitas coisas acontecendo juntas, precisava ficar só, para entender melhor o que estava acontecendo. 

Seguimos em silêncio até meus novos aposentos. 

Os dias seriam longos e eu só queria que tudo aquilo acabasse. 


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Notas finais do capítulo

Prestem atenção aos detalhes queridos! Muita coisa doida vai acontecer nesse novo amanhecer!



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