Um amor de contrato escrita por Andye


Capítulo 26
Incontrolavelmente


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, gente! Estou por aqui.
Peço desculpas pelo enorme hiato, mas os dias não têm sido fáceis.
Eu e meu esposo tivemos contato com pessoas com covid e, por eu ser grupo de risco, fiquei muito nervosa e não conseguia me concentrar em nada...
Felizmente, não tivemos nada demais. Embora eu tenha passado alguns maus dias com uma gripe muito ruim. Se foi, Deus nos livrou de algo pior.
Durante minha recuperação e após ela, infelizmente, tive perdas de amigos e familiares para essa doença terrível. A sensação de impotência, de injustiça, é o pior que podemos sentir. Não desejo o que temos passado a ninguém.
Porém, vendo alguns filmes e séries, senti inspiração e vim escrever. Lembro sempre de vocês e me sinto em falta.
Não posso garantir assiduidade como era antes, como disse, não tem sido muito fácil, mas tenho escrito aos poucos, um pouco de cada vez e sempre que terminar um novo capítulo, virei aqui, até porque já estamos na reta final.
Novamente, me desculpem a ausência e, por favor, se cuidem ao máximo.



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Aquele deveria ser um dia de reunião comum como todos os quais Harry participava com o seu cliente, Rony. A parceria dos dois, que vinha desde a época na qual o pai de Harry fazia este mesmo trabalho para o jovem Arthur, seguia conforme o que sempre fora, até aquele dia.

Estavam falando sobre o trabalho que, novamente, desenvolveriam com Chloe Wright, dali a quatro meses. Estranhou que Rony ficou receoso com aquela oportunidade. 

A mulher lançaria sua nova coleção e, como sempre, aceitou a oferta oferecida por ele independentemente das outras, a oferta lançada pelo representante legal de Ronald Weasley.

Puxou pela memória e recordou de como Hermione havia ficado na última vez em que a senhorita Wright esteve na cidade. Lembrou-se de como Rony ficou tenso e ansioso por dias e, principalmente, de como parecia pisar em ovos sempre que se direcionava a esposa.

Duvidou que aquela pudesse ser a real motivação de tantas dúvidas. Dúvidas que nunca existiram até o ano passado. Lembrava-se que os acordos entre Rony e a senhorita sempre eram promissores. Lembrava-se que os dois, sempre que se encontravam, passavam mais tempo juntos do que o necessário. As coisas haviam mudado agora que ele estava “casado”. “Ele não pode estar preocupado com a reação da Hermione, pode?”

— Precisamos definir o local onde poderemos expor a nova coleção dela — Rony falou e interrompeu os pensamentos do outro — Acho que poderíamos usar o museu nacional, o que acha?

— Parece uma boa opção — Harry concordou vistoriando o amigo e organizando os rabiscos que se tornariam contratos futuros — Posso entrar em contato com eles e reservar para a data.

— Faça isso — Rony continuou. Olhava atentamente o designer da nova exposição — Aproveite e procure alguns hotéis na cidade. Acredito que a Chloe deva ficar por uns quinze dias, como sempre...

— Ano passado ela ficou apenas seis dias...

— É verdade... — Rony pareceu pensativo.

— Talvez ela não tenha tido motivos para permanecer mais tempo na cidade... Acho que o que a motivava não estava tão disponível — alfinetou e Rony o olhou com mágoa.

— O que está querendo dizer?

— Não se faça de inocente, Rony. Você sabe muito bem que ela só estendia sua estada porque vocês tinham um caso...

— Nós não tínhamos um caso...

— Tudo bem — Harry sorriu com deboche e voltou para as anotações — Onde você quer hospedá-la?

— Tanto faz — o outro pareceu irritado.

— E os patrocínios?

— Já entrei em contato com três e estou esperando o retorno. Assim que confirmarem algo, eu te aviso.

— Certo! Precisamos definir a empresa de propagandas, a questão da venda de ingressos, o processo de venda de artes...

— Eu falei com uma empresa de propagandas hoje de manhã...

— Oi...

Harry tomou um susto ao reconhecer a voz que os cumprimentava e olhar para trás. Na porta de entrada da sala de Rony, Hermione havia aberto uma fresta da porta e aparecido através dela. Em seguida, Rose surgiu correndo pela sala gritando “pai” e saltou nos braços de um Rony irreconhecível.

O ruivo sorria abertamente, como há muito Harry não via. Recebeu vários beijos da menina e, fazendo certa força pelo tamanho e peso da pequena, já não tão pequena quanto antes, lhe rodou antes de colocá-la no chão.

Em seguida, enquanto ele mesmo recebia um abraço apertado de Rose, sentado de tanto espanto pela cena, observou Hermione se aproximar de Rony, após lhe cumprimentar de forma animada, sorrindo, e lhe entregar Hugo, que praticamente se jogou nos braços do pai.

— Tá tudo bem com você, tio Harry? — Rose perguntou, esperta.

— Está tudo bem, sim. E com você?

— Eu estou ótima — ela enfatizou o “ótima” — Você não sabe pra onde eu vou agora...

— Não sei mesmo — ele levou a conversa com falsa animação. Estava perturbado com aquela situação estranha.

— Minha mãe vai me levar na praça de nossa antiga casa!

— Jura?

— Vou jogar futebol com meus amigos! Não é o máximo?

— Claro que sim! — Harry respondeu com empolgação — Faz um bom tempo que não vão por lá.

— Desde que a mamãe se casou com o papai — ela falou com convicção — E como estava muito frio, a mamãe estava com o Hugo na barriga antes, várias coisas me impediram de voltar... Mas agora tudo deu certo. A mamãe vai me levar!

— Isso é ótimo! — percebeu que os outros dois cochichavam enquanto ele conversava com Rose.

— E sabe o melhor de tudo?

— Ainda tem algo melhor?

— Claro! — ela respondeu com convicção — É a mamãe que está dirigindo...

— Você começou a dirigir, Hermione? — Harry perguntou, curioso, interrompendo os sussurros dos dois.

— Voltei... — ela pareceu constrangida, Hugo nos braços de Rony.

— Pensei que nunca usaria a habilitação. Sempre teve medo do volante...

— Pois é — ela respondeu sem graça.

— Mas o papai ensinou pra ela e ela aprendeu bem — Rose continuou e ele viu as bochechas da amiga corarem.

— Era preciso — ela tentou justificar, mesmo sem ele pedir qualquer explicação — Era isso ou precisava esperar o Rony pra me levar onde precisava ir ou chamar um motorista. Estava meio presa, dependente...

— Entendo...

— E o papai deu um carro pra ela quando ela aprendeu. Está lá embaixo. Você quer ver? Ele é bem grande! — Rose continuou em sua empolgação infantil.

— Não posso agora, meu bem. O tio está trabalhando.

— Por isso mesmo já estamos indo.

Hermione se direcionou até a porta e Harry, finalmente, observou que ela havia trazido uma bolsa grande. Pegou-a e se direcionou aos dois.

— Trouxe algumas frutas, sanduíches, suco natural e biscoitos...

— Foi a mamãe que fez os biscoitos — Rose comentou — Eu ajudei a fazer as bolinhas, papai!

— Sério? — ela confirmou com a cabeça — então tenho certeza que está delicioso! — ela sorriu, satisfeita.

— Por favor, não fiquem até tarde — Hermione disse aos dois, mas os olhos estavam direcionados a Rony — Precisam se alimentar e descansar. E não esqueçam de tomar água. Os dias estão quentes.

Harry seguia impressionado com aquela situação. Os olhos de Rony brilhavam furtivamente para a mulher e ele nunca imaginou que veria os amigos se tratando com tanto sentimento, com tanta emoção.

Lembrou-se de uma “conversa” que havia tido com Gina, algum tempo atrás. A moça não havia sido direta, mas parecia agitada após uma visita que havia feito a Hermione.

Entre as várias frases de maledicências à Hermione estavam “aquela idiota, não aprendeu nada”, “Como pode ser tão estúpida ao ponto de fazer isso?”, “Vai quebrar a cara, vai sofrer, vai chorar e eu vou dar um soco na cara dela”.

Lembrava-se de ter ouvido a mulher dizer que Hermione era burra e que não havia aprendido nada com o McLaggen e que estava buscando sarna para se coçar. Quando ele a questionou, ela falou que não podia comentar sobre. Desde então, Harry havia ficado pensativo sobre o assunto. A pulga que a namorada lhe colocou atrás da orelha naquele dia acabava de se transformar em uma infestação.

— Vamos?

— Tchau, tio Harry! — Rose deu um abraço no homem e correu para Rony, que já havia entregado Hugo à Hermione — Tchau, pai!

— Tchau, minha boneca — ele a beijou na bochecha — Até mais tarde.

— Até — ela foi caminhando para a porta, acompanhando a mãe.

— Manda um beijo pra Gina, Harry — Hermione falou à porta.

— Um meu também, tio — Rose completou — E de Hugo também!

— Pode deixar que eu mando — sorriu para a menina.

— Até mais tarde, Rony.

— Até mais, Mione.

— Tchau.

Hermione saiu pela porta com as crianças e Harry se virou para Rony. O ruivo havia afastado as anotações para o canto da mesa e começava a revirar a bolsa que Hermione havia deixado ao lado dele “Vamos ver o que veio hoje...” Rony comentou. “Hoje? A prática das visitas já é antiga?”

— Temos salada de frutas... — ele começou colocando os alimentos sobre um pano que ele havia estendido sobre a mesa — … suco de laranja, sanduíches de atum, biscoitos feitos por Rose...

— O que você está fazendo?

— Organizando o nosso lanche — a resposta foi simples, mas não havia respondido à pergunta de Harry. Ele usou o interfone em seguida — Grace, por favor, não mande ninguém por enquanto.

Sim, senhor Weasley.

— Vou colocar um pouco de salada pra você, Harry — Rony parecia tenso, evasivo. Estava estranho, como se tentasse ludibriar o amigo. Harry foi objetivo. Não havia motivos para rodeios entre os dois.

— Vocês estão dormindo juntos?

Rony parou o que estava fazendo, como se o cérebro tivesse sofrido uma pane de milésimos de segundo. Colocou a garrafa de suco sobre a mesa, respirou profundamente e encarou o amigo.

— Que tipo de pergunta é essa, Potter?

— Por favor, Weasley, não se faça de idiota — Harry parecia sem paciência — Vocês dois são meus amigos e eu conheço os dois muito bem. Faz anos que não vejo a Hermione com um sorriso tão amplo, bem parecido com o sorriso que ela mostrava antes de descobrir que foi traída.

“Não posso dizer que com você é diferente. Está animado, com os ombros relaxados. Parece ter dormido muito bem à noite passada. E essa comida? O que é isso?

“Quando foi que a Hermione se preocupou com você ao ponto de preparar lanches e te trazer aqui. E dirigindo? Isso tudo é muito estranho e vocês não são bons em esconder as coisas. O que tá rolando?”

— Não está acontecendo nada entre a gente, Harry... Apenas resolvemos viver da melhor forma esses meses que faltam.

— Assim, como estão? — Harry continuou, convicto — Eu não sou criança e, muito menos, não sou idiota. Eu sei que está acontecendo alguma coisa entre vocês. Fico triste que você não confie em mim ao ponto de me contar.

— Não tem o que contar… — o ruivo foi evasivo. Parecia constrangido.

— Rony, eu sou seu amigo desde que éramos crianças, então, por favor, não tente me convencer de algo que eu sei que é mentira.

— Harry...

— Eu não vou me meter na vida de vocês, não tenho esse direito, e o faria apenas se vocês me dessem liberdade, e ela não existe para tal...

— Harry...

— A única coisa que quero é que você entenda que a Hermione não é como as mulheres que você é acostumado a ter. Ela é como uma irmã pra mim e eu vou defendê-la sempre que for necessário, mesmo que seja de você.

— Não fiz nada de mal para Hermione...

— Eu sei que não, mas não sei até onde isto vai e o quanto pode afetá-la.

— Você subestima demais a sua amiga...

— Por que diz isso?

— Ela é bem mais forte e livre de sentimentos do que você imagina.

— Sim, ela é forte, mas em relação a sentimentos, ela não é tão livre assim...

— Não, ela não se apega.

— Rony, não seja idiota. A Hermione não é o tipo de mulher que dorme com um cara só porque tem desejo por ele... 

— A gente não dormiu junto — Rony afirmou mais uma vez, interrompendo a fala do amigo que não se importou e continuou o seu monólogo.

— A Hermione é bem mais profunda que isso. Ela jamais se envolveria com quem quer que fosse se não sentisse, no mínimo, paixão.

“Como disse, não vou julgá-los nem me meter no que quer que estejam fazendo, afinal de contas, vocês são adultos, mas fique muito consciente de uma coisa: A Hermione jamais teria qualquer tipo de relacionamento com você além daquele contrato se não sentisse nada.”

— Você acha? — Rony pareceu extremamente confuso.

— A Hermione é mais do que corpo e desejos. Ela é movida a sentimentos, a romance. Tenha cuidado para não ferir os sentimentos dela. Ela já sofreu demais...

*Quatro dias atrás*

Aquele dia havia sido mais cansativo que todos os outros ou, talvez, ela pensou, a idade estivesse começando a cobrar o excesso de atividades diárias.

Com seus cinco meses completos, Hugo se responsabilizava em lhe tirar todo o vigor da idade com suas peripécias de quem começa a descobrir o corpo e do que ele é capaz. 

Agradecia aos céus quando Rony chegava mais cedo e a ajudava no descanso. Descanso este que ela desfrutava naquele momento.

Havia tomado um banho quente e relaxante enquanto Rony, já trocado, brincava com os filhos na sala. Ouviu as gargalhadas de Rose quando foi até ao quarto do filho, organizar o berço para logo mais. Sentou-se na poltrona de amamentação e perdeu-se no sono.

— Hermione... 

Ouviu o seu nome sendo chamado ao longe, uma voz suave. Sorriu. Sentiu-se sorrir. 

— Está dormindo, Hermione?

Ouviu novamente o seu nome e reconheceu a voz de Rony. Sorriu mais uma vez, mas não tinha forças para abrir os olhos.

— Acho que sim — respondeu em um sussurro, o corpo amolecido dos momentos em que dormiu, aparentemente, profundamente.

Através dos olhos fechados, conseguiu visualizar um Rony sorridente, achando a situação engraçada.

— Vou te levar até seu quarto — ouviu a voz do ruivo e abriu os olhos ao tempo de vê-lo se aproximar dela.

— E as crianças?

— Dormindo, os dois. Não se preocupe.

Pararam a conversa e ela sentiu seu corpo ser suspenso pelos braços de Rony. Seus braços deslizaram pelas costas dele e o abraçaram. 

Com o rosto apoiado no ombro do marido, olhou o caminho que seguiram e, com uma das mãos, puxou a porta do quarto do filho. Fez o mesmo quando passaram pela porta do quarto principal, onde estava a cama de Rony.

Seguiram para o quarto dela, ambos convenientemente separados por aquela parede e porta erguidas pelo ruivo um ano atrás, quando ela mudou-se para a casa.

Ali, dobrou os joelhos e colocou Hermione deitada sobre a cama. Com carinho excessivo, puxou a coberta e a cobriu. 

— Está um pouco quente hoje, acho que vou dormir sem a coberta — ela comentou olhando-o nos olhos.

— Tudo bem — ele respondeu com carinho — Então descanse. Você parece exausta.

— E estou... Obrigada por me trazer até aqui.

— Eu gosto... — ele sorriu discretamente — Te sinto mais perto de mim...

— Sou muito feliz em estar aqui. Você é um pai incrível, um homem excelente, sem igual.

— Nossa... — ele coçou a nuca — Assim eu fico sem graça.

— Não fique. É a verdade.

— Obrigado, então... — ele se curvou e lhe deu um beijo na testa — Até amanhã.

— Até amanhã — Hermione respondeu após lhe roubar um selinho.

— Durma bem.

Hermione se aconchegou nos cobertores e observou o homem se encaminhar à porta e fechá-la atrás de si. 

Sentiu o corpo esquentar de forma desconfortável. Estava a cada momento mais difícil controlar os instintos e ela, finalmente, achou que não deveria mais controlá-los.

Levantou-se de sua cama, andou vacilante até a porta e duvidou se era realmente aquilo que deveria fazer. 

Girou a maçaneta da porta e atravessou-a. Rony, lendo um livro, a olhou com curiosidade.

— Está tudo bem?

— Sim, está, sim — ela respondeu sem graça.

— Precisa de algo? — perguntou com curiosidade.

— Eu... fiquei curiosa se poderia dormir aqui, com você — falou de uma vez e viu Rony olhá-la com surpresa.

O ruivo fechou o livro e o colocou sobre a mesa de cabeceira. Voltou a olhar Hermione com curiosidade, sem conseguir acreditar no que havia ouvido.

— O que você disse? — perguntou, ainda duvidoso.

— Posso dormir com você? — ela foi ainda mais objetiva, se aproximando dele — Já faz um tempo que estou com vontade de te perguntar sobre isso.

— Hermione... — ele observou a mulher caminhar até ele e sentar-se sobre a cama, diante dele — Nunca mais me peça permissão pra isso...

Hermione sorriu, entendendo a frase e a deixa. Colocou-se sobre a cama e aproximou o corpo do ruivo, os lábios se encontrando com desejo e ânsia.

Sentiu as mãos grandes e firmes espalmadas em suas costas e o aperto que elas lhe deram, aproximando seus corpos ainda mais. 

Beijou Rony com afinco e entrega e não se negou quando os dedos experientes do ruivo desceram as alças da camisola.

Hermione desejava Ronald Weasley como não se lembrava de ter desejado qualquer outro homem em vida. Não mais se importava com o sofrimento que viria, como Gina a alertara. Havia cansado de viver à sombra do medo e queria sentir, se haveria de sofrer.

Resolveu viver aquele momento e decidiu que o futuro não a incomodaria mais. Aproveitaria ao máximo o que pudesse aproveitar, dia a dia, e o amanhã, que ele lhe trouxesse o que fosse necessário. Ela o venceria, um dia de cada vez.


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Notas finais do capítulo

Beijos no coração e até breve!



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