Um amor de contrato escrita por Andye


Capítulo 24
Luzes de Natal


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Como promessa é dívida, cheguei aqui! Desde já, muito obrigada por todos os comentários, é incrível receber cada um deles. Vocês todos são maravilhosos e me esforço ao máximo para sempre trazer o melhor de mim. Obrigada por me ajudarem sempre!



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Faltavam cinco dias para o Natal e Hermione decidiu que aquele seria o dia em que montariam a árvore da casa. Rony não parecia ter esse tipo de tradição, nem mesmo havia comentado sobre o tema nas últimas semanas, embora ficasse pensando se a falta de comentários se dava por ele não celebrar ou por estar evitando-a depois daquele dia.

Nunca, em seus vãos pensamentos, pensou que algo daquele tipo pudesse acontecer entre eles. Ainda mastigava e remoía o caso sem conseguir encontrar ou distinguir uma resposta plausível para a atitude do ruivo.

Faltavam cinco dias para o Natal e Hermione decidiu que aquele seria o dia em que montariam a árvore da casa. Rony não parecia ter esse tipo de tradição, nem mesmo havia comentado sobre o tema nas últimas semanas, embora ficasse pensando se a falta de comentários se dava por ele não celebrar ou por estar evitando-a depois daquele dia.

Nunca, em seus vãos pensamentos, pensou que algo daquele tipo pudesse acontecer entre eles. Ainda mastigava e remoía o caso sem conseguir encontrar ou distinguir uma resposta plausível para a atitude do ruivo.

~/~

Hermione estava mergulhada naquele momento. Esperou por muito tempo para poder sentir os lábios de Rony contra os seus. Sonhou com aquilo várias noites seguidas e pensou que nunca fosse acontecer.

A música ainda tocava, estava terminando, e ela desejava que demorasse mais tempo. Imaginava que, assim que ela terminasse, todo aquele momento terminaria também.

Os ombros estavam relaxados, mas a espinha continuava gelada e o estômago parecia ter aquelas tão conhecidas, mas esquecidas, borboletas.

Os lábios de Rony eram os melhores que ela já tinha sentido, mesmo que sua lista de experiências não fosse das maiores.

Ele beijava com maestria e ela fixava cada movimento em seus pensamentos. Nunca iria esquecer aquele momento. Jamais poderia esquecer aquele sentimento tão forte e estranho que a envolvia.

Quando os lábios se separaram, ela desejou que voltassem a se colar. Permaneceu alguns poucos instantes com os olhos fechados até que o focou.

Os olhos de Rony estavam ainda mais azuis, intensos, e olhavam para ela como se esquadrinhassem seus pensamentos, sentimentos e desejos. Sentiu-se tímida.

— Hermione... Me desculpe — "me desculpe"? Foram as primeiras palavras que ela ouviu da boca do ruivo — Eu não queria ser desrespeitoso com você. Eu...

— Tudo bem, Rony. Não tem problema — se ouviu falando também. "Me desculpe"? — Acho que o tempo, as emoções, a música... Não sei como está a sua vida particular, mas acaba que o corpo fala mais alto algumas vezes... Não dá pra controlar sempre que queremos.

— Pode ser isso mesmo — ele concordou. "Não tem problema"?

— Vamos deixar isso pra lá, tudo bem? — ela continuou e ele não teve outra opção se não aceitar — Vamos fazer de conta que nada aconteceu.

— Tudo bem...

— Então... Boa noite. — "Tudo bem?" Aparentemente foi só o momento mesmo.

~/~

Desde aquele dia, as coisas entre os dois estavam tensas. Parecia que a conversa após o beijo jamais existiu e tudo o que eles não conseguiam fazer era seguir a vida como se nada tivesse acontecido.

Agora, duas semanas depois daquele momento, ela seguia distribuindo todas as decorações que havia comprado naquela manhã e organizava a árvore com a ajuda de Rose e sob os olhares curiosos de Hugo e sua cabeleira vermelha.

— Depois que você chegou nessa casa, tudo mudou — Julie comentou quando foi deixar alguns biscoitos e suco de laranja para as duas montadoras — Essa casa ganhou mais luz, mais alegria.

— Isso porque você é uma pessoa maravilhosa e vê coisa boa em tudo o que enxerga — Hermione comentou se aproximando da senhora, tomando a bandeja em suas mãos e a colocando sobre o criado mudo — Venha nos ajudar também!

— Claro que não! — a jovem senhora se exasperou com aquele convite — Eu sou apenas uma empregada, não faço parte da família e árvores de Natal devem ser montadas pela família.

— É aí onde você se engana, Julie — Hermione a olhou com um sorriso caloroso — Você faz parte dessa família tanto quanto Rose, Hugo e eu.

— Claro que não, querida...

— Claro que sim!

— Vem, vó Julie — Rose falou com empolgação — Vem logo!

— Está bem — a mulher se rendeu — Mas só vou colocar três enfeites, um por cada um de vocês.

— Vem... Coloca esse biscoito. É o meu — Rose falou indo até a senhora, lhe entregando um enfeite e a puxando pela mão.

Logo depois, a mulher voltou para a cozinha sob a desculpa de que precisava organizar o jantar e o almoço do dia seguinte. Hermione não protestou e deixou a organização por conta de Rose, enquanto amamentava o bebê.

Dali, sentada sobre o sofá, teve uma melhor visão da árvore com quase dois metros de altura, que Rose pediu desesperadamente para ter e ela acreditou não ser ruim mimar a filha com aquele presente.

Por trás da árvore, sobre o móvel ao lado do bar, três porta-retratos voltaram a lhe chamar a atenção. Eles tinham fotos escolhidas por Rony. Um deles apresentava Rose e Hermione abraçadas e, na outra, ela estava sozinha, olhando para a barriga. Ambas as fotos tiradas no dia do studio. Mas a foto que realmente lhe chamou a atenção foi a do terceiro porta-retratos, e ela imaginou que ele a havia colocado ali recentemente.

Na foto, Hermione estava ao seu lado, com o vestido do casamento, a barriga imperceptível, maquiagem e cabelos feitos por Gina. Rony, muito elegante, estava ao seu lado e, embora estivesse nervoso e parecesse tenso, tinha o braço em volta da sua cintura, os aproximando.

Na frente dos dois, Rose sorria abertamente, como se aquele fosse o melhor momento da sua vida. Segurava o buquê da mãe, que ela ficou responsável por guardar até o fim da cerimônia e o manteve consigo até que não houvesse qualquer pétala viva.

Estranhou aquela foto e se perguntou quando e por que ele a havia colocado lá, mas foi rapidamente desperta das caramiolas que vinha criando pela filha que queria saber onde colocar o Papai Noel.

Quando a noite começava a chegar, e o frio a intensificar, o trabalho dos três estava praticamente completo. Faltava apenas a estrela o topo da árvore, que Rose falou que seria colocada pelo seu pai, pois ele não estava em casa naquela tarde.

Já havia desistido de tentar entender o motivo que havia feito com que a filha e Rony se ligassem daquela forma. Na maioria das vezes, desde que aceitou que ele a registrasse como sua filha, esquecia que ela era filha de outro homem. Na maioria das vezes, sentia como se Rose fosse filha dos dois.

Olhou da filha para o relógio na estante e viu que Rony estava perto de chegar. Ele havia voltado a trabalhar no escritório dois dias depois daquele beijo e ela acreditava que o motivo era para evitar vê-la.

Não contestou ou comentou nada sobre o tema. Era estranho não tê-lo em casa vinte e quatro horas por dia, começava a se acostumar demais com a presença dele, mas não era necessário que ele mudasse a rotina da sua vida, ainda mais agora que Hugo já tinha um mês e estava bem mais independente, se assim poderia se dizer.

Havia aproveitado o horário do lanche dos três para avisar que havia decorado uma árvore, inclusive havia mandado uma foto de Rose toda sorrisos pendurando um duende para ele.

Ele nada disse, apenas elogiou a iniciativa e que gostava quando ela fazia as coisas da casa por conta própria. Ela sabia que ele gostava disso e ele lhe dava toda autonomia para isso.

Rose se avolumou sobre o tapete da sala assim que ouviu o barulho da chave na porta de entrada. Hugo, curioso com os sons, fez o mesmo.

Rose levantou-se e observou o movimento de abertura do móvel e correu para os braços do pai assim que ele entrou, mal dando tempo para que ele fechasse a porta.

— Pai! — gritou se jogando sobre ele, que a pegou nos braços e a abraçou calorosamente — Que saudade!

— Também estava com saudade, boneca!

— Você não sabe o que a mamãe fez hoje!

— Eu sei, sim... Esqueceu que vi sua foto? — respondeu enquanto fechava a porta com a mão livre.

— É verdade — ela respondeu animada, apontando para a árvore — Olha, não ficou bonita?

— Nossa... Realmente, está linda! — ele respondeu após olhar a árvore e depositou um beijo na bochecha da pequena, colocando-a no chão em seguida — Está tudo bem por aqui, Hermione? — perguntou com aquele tom estranho e a mulher apenas confirmou enquanto ele se dirigia ao filho na cadeirinha de descanso, pegando-o em seus braços e brincando com ele.

— Essa é a maior árvore do mundo, não é, papai? — Rose perguntou animada, correndo até o objeto, olhando para ele de baixo até acima.

— É sim... — ele olhou mais atentamente e comentou — Mas não está faltando nada?

— Está sim! — Rose falou alto e animada — Falta a estrela de cima, papai. Eu não coloquei.

— E por que não? — ele falou enquanto se dividia entre os dois filhos.

— Deixei pra que você colocasse, porque você é o meu pai — o tom da menina diminuiu algumas notas ao falar sobre aquilo — É a primeira vez que tenho um pai no Natal.

Rony olhou para Hermione. Não sabia o que dizer ou como agir em relação àquela fala. Então, a mulher se levantou, foi até Rony, pegou Hugo nos braços e olhou carinhosamente para a filha.

— Então, já que é a primeira vez, por que não aproveitam e colocam a estrela da árvore juntos?

— Como? — a menina parecia confusa. A árvore era alta e ela também não alcançaria lá.

— Acho que tenho uma ideia — Rony falou e se aproximou dela e da árvore.

Pegando a estrela nas mãos, a entregou para Rose. Quando ela a pegou nas mãos, olhou do objeto para o pai sem entender nada.

De repente, sentiu as mãos do pai envolverem sua cintura e se viu flutuando e, em seguida, voando pela sala. Não suportou a animação e alegria daquele momento, a risada infantil tomando conta do ambiente.

— Eu tô voando, mamãe!

— Eu estou vendo, minha pequena super-heroína.

O coração de Hermione transbordava de emoção ao ver aquele amor crescente entre sua filha e Rony. O corpo gelou e as pernas tremeram quando ele a olhou, o sorriso estampado no rosto, no mesmo som intenso da risada da filha.

— Eu tô voando — a risada da filha era como música aos ouvidos de Hermione. Nada seria capaz de dar tanta alegria à filha.

— Agora, nossa super-heroína vai colocar a estrela no topo da árvore — Rony comentou instantes depois de iniciar a brincadeira.

— Tá bom, papai!

Rose se viu voar ainda mais. Nem em seus sonhos infantis imaginou algo assim. Estava sobre os ombros de Rony, sentada, indo com ele em direção à árvore. As mãos seguravam a estrela com firmeza e, com tal firmeza, apoiou o objeto no topo da árvore.

O pai era tão alto que a mãe e o irmão pareciam formiguinhas dali de cima. Ela se sentia realizada e o coração transbordava de alegria genuína, que ela nunca, nem mesmo em sua velhice, seria capaz de esquecer.

*Naquela noite*

Rony seguia incomodado. Fazia duas semanas que eles haviam se beijado. Fazia duas semanas que Hermione disse que "tudo bem".

Queria esquecer aquele momento, mas cada vez que a via, que ouvia a sua voz ou sentia a sua presença, tinha o desejo de tê-la em seus braços de novo.

Sentia-se péssimo por pensar nessa situação enquanto velava o sono da filha. Era complicado continuar passando pelos dias como se nada tivesse acontecido. Como se não fosse importante para ele.

Mas o "tudo bem" o incomodava. O tom empregado, ou será que ele havia entendido errado?, o afligia profundamente.

Precisava conversar com ela e aproveitaria qualquer oportunidade que tivesse. Se, caso, não tivesse, teria de ser astuto o suficiente para criar qualquer que fosse.

Com esse pensamento certo, caminhou em direção a Hugo, onde sabia que ela estaria e, com sorte, poderia iniciar aquela conversa desejada.

Quando adentrou o quarto, encontrou Hermione sentada na poltrona, o encosto reclinado, quase deitada.

Hugo estava apoiado em seu braço e dormia sobre a almofada de apoio. A boca sugava o seio exposto, mas nenhum dos dois estava ciente do que faziam.

O corpo gelou e ficou tenso, o que geralmente acontecia quando se aproximava daquela mulher. O busto inchado, brilhante, também costumava chamar a atenção, bem mais do que antes.

Aproximou-se dos dois e, lentamente, pegou o bebê. Hermione se moveu. Parecia dormir profundamente, com certeza o cansaço a vencera.

O movimento deixou o seio ainda mais exposto. Ela não se dava conta do quanto mexia com ele, com seus pensamentos e com seus desejos mais íntimos.

Ansioso, pegou uma fralda e colocou sobre o busto da mulher que, novamente, se moveu. Assim, caminhou em direção ao berço e, com cuidado para não acordá-lo, deitou Hugo.

Voltou-se para Hermione e a olhou por breves instantes, pensando que ela havia escapado da conversa que teriam naquela noite por causa do sono.

Quando se aproximou para colocá-la em seus braços e levá-la ao quarto, situação que vinha se repetindo e ele não reclamava por isso, viu a mulher abrir os olhos, meio desfocados, e o encontrarem diante de si.

Ela olhou ao redor, talvez sentindo falta da sucção de instantes atrás, e avistou o filho sobre o berço, dormindo tranquilamente. Rony deu alguns passos para trás e se encostou na cômoda, a observando.

— Acho que cochilei — comentou erguendo o corpo. As mãos indo aos cabelos, os amarrando em um coque. A fralda caindo sobre as pernas, expondo novamente o seio. Rony sentiu o rosto esquentar e ela, rapidamente, percebendo a situação, puxou a camisola para cima — Desculpe.

— Tudo bem... Acho que faz parte.

— Sim... Faz sim — ela se levantou em seguida, envergonhada demais para olhá-lo nos olhos.

— Você está bem? — ele continuou. Ela parecia estranha.

— Estou... — mentiu. Estava nervosa.

— Será que podemos conversar um pouco?

— Claro! Sobre o quê?

— Vamos ao escritório, por favor.

Caminharam lado a lado, em silêncio, até o escritório. Lá, Rony fechou a porta atrás de si assim que passaram por ela e, sem conter-se, tomou Hermione em seus braços e a beijou profunda e demoradamente.

Ela não ofereceu qualquer resistência, mas, pelo contrário, parecia se deixar envolver no mesmo ritmo que ele estava, seguindo seus movimentos com maestria.

Num segundo, sentiu as mãos da mulher adentrarem a camisa que ele vestia, as unhas curtas, mas provocantes, arranhando levemente a pele de suas costas, próxima às suas nádegas.

Ele, tomado por esse momento, a aproximou ainda mais do seu corpo. As mãos grandes e astutas apertando a pele da mulher, desejando seu corpo mais do que havia desejado qualquer mulher em sua vida.

Sem se darem conta, Hermione já estava sentada sobre a escrivaninha do escritório. Algumas pastas haviam caído em resposta ao movimento dos dois.

Ele, posicionado entre as pernas dela, descia seus beijos com gula pelo pescoço e colo. Hermione tinha um aroma que o envolvia, que o enlouquecia.

Queria conversar com ela, talvez pudesse confessar os seus sentimentos, mas a única coisa na qual ele conseguia pensar naquele momento era no desejo que sentia por ela.

Hermione soltou um gemido leve e abafado quando ele apertou sua cintura e deslizou as mãos até seus seios. Ele arfou junto.

Os lábios voltaram a se tocarem, freneticamente, as mãos trabalhando soltas em todo o corpo, cada uma explorando aquilo que estava a postos para ser explorado.

— Para — Hermione interrompeu o beijo quando sentiu que o corpo de Rony estava pronto e que o seu respondeu na mesma intensidade — Não posso ir além disso...

— Por que? — ele perguntou num sussurro, os dentes mordiscavam o lóbulo — Quero tanto isso...

— Eu também quero, mas não podemos...

— Por que não? — ele parou e a encarou, afastando-se um pouco.

— Rony, faz pouco mais de um mês que eu tive o Hugo. Não posso...

— Ah... É verdade — ele se afastou ainda mais.

— E... Não acho que temos um relacionamento apropriado para esse tipo de envolvimento.

— Hermione, eu... Não pense que estou me aproveitando de você, nunca.

— Nunca pensei sobre isso. Só acredito que não é algo que deveria acontecer.

— Você não me deseja? — ele pareceu confuso, pois o corpo dela parecia querer.

— Desejo, sim — ela foi franca — Você é um homem muito desejável — sorriu com certa vergonha.

— E então? Podemos evoluir o nosso relacionamento, o que acha?

— Hmm — ela pareceu pensativa — Será que devemos? Não iremos nos arrepender depois? — perguntou incerta.

— Do que a gente poderia se arrepender? Olha só por tudo o que estamos passando. Eu te admiro demais e... — queria dizer que gostava dela, mas as palavras se prendiam. Havia medo. Falaria na próxima frase.

— Pode ser que sim... — ela falou consigo mesma, concentrada. E se... — Podemos fazer um acordo.

— Acordo? — estranhou, curioso sobre o pensamento dela.

— Sim. Já que temos o contrato e, de toda a forma, estamos casados... Faz muito tempo que eu não me relaciono com alguém... — e poderia ter você comigo por um ano.

— Não estou te entendendo, Hermione...

— Podemos fazer um acordo de corpo — que bobagem é essa que eu estou falando?

— Acordo de corpo? — ele franziu as sobrancelhas estranhando a situação.

— Podemos aliviar as necessidades um do outro enquanto estivermos casados, o que acha? — ele não respondeu e ela continuou — Faríamos tudo mediante o contrato e você ainda poderia ter sua liberdade para estar com quem quiser, basta me dizer antes e paramos com tudo. O que acha?

— É isso o que você quer? — ele perguntou com incredulidade, mas sem discriminar a mulher.

— Acho que, na nossa situação, é o mais aceitável — era tudo o que menos ela queria, mas sabia que quando aquele contrato findasse, Rony jamais a procuraria.

Tinha consciência de que ele, de alguma forma, se mantinha fiel àquele casamento pela pessoa que ele era, mesmo que, diante dos dois, tivessem consciência que não havia qualquer compromisso que os mantivessem fiéis.

— Então faremos como naqueles filmes onde dois amigos ficam juntos só para não ficarem sós?

— Mais ou menos isso... — porque eu sei que quando tudo acabar, essa vai ser a única lembrança que terei de você.

— Hermione... Essa ideia não é das melhores.

— Mas acho que é o mais adequado para a gente — de que outra forma o nosso relacionamento poderia evoluir...?

Ela deslizou o corpo da mesa e desceu dela. As mãos foram até o peito de Rony e os olhos fixaram-se nos dele.

Marota, ela se colocou em ponta de pés, apoiando-se no peito dele, e levou os lábios até os dele, depositando um selinho em um Rony ainda em transe, confuso com aquelas palavras.

— Pensa no que te falei. Vai ser bom para nós dois. Ao menos acredito que sim — e saiu do escritório deixando Rony absorto em seus pensamentos, sem saber o que pensar.

Espero, no fim de tudo, não me magoar.


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Notas finais do capítulo

E ai, gente??? Capítulo mais quentinho. Acho que vou ter que mudar a indicação da fic KKKKK



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