Um amor de contrato escrita por Andye


Capítulo 2
Uma ideia maluca


Notas iniciais do capítulo

Tarde boa!! Chegamos em mais um domingo e, como combinado, já estou por aqui para postar o segundo capítulo dessa nossa história maluca.
De antemão, agradeço a todos os que estão acompanhando e, também, aos que reservaram um tempinho para deixar seus comentários e percepções para o futuro!!! Espero que gostem do que vem por aí!
Xeru no coração, uma excelente semana para vocês! ♥



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— Eu juro que estou tentando entender o seu ponto de vista, Rony, compreender o que você pretende, mas perceba que é bem complicado e que isso parece ser uma loucura — Harry falou para o amigo e cliente, Ronald Weasley.

— O que é loucura, Potter? — o outro falou agitado — Ou isso ou vou ter que ver tudo isso aqui — abriu os braços demonstrando a magnitude da empresa — ir para os acionistas. Meu pai está implacável. Nem a minha mãe foi capaz de convencê-lo do contrário.

— Rony, as coisas seriam mais fáceis se você simplesmente se casasse…

— Não vou fazer isso e você sabe muito bem o motivo, então não insista com essa conversa.

— Você já parou para pensar que nenhuma mulher em sã consciência vai aceitar algo do tipo?

— Já, mas certamente existe alguma mulher por aí precisando de dinheiro.

— E onde está o documento que seu pai escreveu?

— Com o advogado dele. Estão finalizando…

— Isso é uma loucura. Ele não vai até o fim com isso.

— Você é quem pensa, Potter. Parece que não conhece o senhor Arthur Weasley.

Ronald Weasley vivia a sua maior provação desde que se conhecia por gente. Estava prestes a assumir o controle da empresa do pai, na qual ele depositou muito de seu suor nos últimos 8 anos, mas o senhor o pegara de surpresa e minara todos os seus planos quando se reuniu com ele três dias antes.

— O senhor só pode estar brincando comigo, papai — Rony respondeu desacreditado ao pai, muito bem sentado no confortável sofá da sala de estar de sua mansão — Mamãe, que loucura é essa que o papai está falando?

— Não é loucura, Ronald — o senhor respondeu com um tom debochado — E sua mãe deve estar igualmente surpresa. Ela não sabia de nada até então.

— Isso é uma loucura, já falei. Não posso concordar com isso, Arthur — a mulher se colocou, não defendendo o filho, mas tentando trazer à tona a sanidade do marido — Não é possível que você tenha tido esse tipo de ideia louca. Como pode pensar em obrigar o seu único filho a tomar uma decisão dessas?

— Isso mesmo, papai — Rony se apegou na fala da mãe — Como o senhor espera que eu tome esse tipo de decisão? Isso é um absurdo. Não é possível que o senhor esteja falando sério.

— Pois estou — o homem continuou — Por mais que achem absurdo, eu já decidi e já informei a Josh — advogado da empresa — a minha decisão. Ele está fazendo um documento com valor real para fazer valer o meu desejo.

— Mamãe...

— Arthur, como pode pensar em obrigar o seu filho a ter um filho?

— Ele é meu único filho e vai fazer trinta anos daqui a um ano. Ele tem bastante tempo para planejar isso.

— Isso é uma loucura — Rony verbalizou incrédulo, as mãos passando freneticamente pelos cabelos avermelhados — Isso é uma loucura, papai. O senhor sabe que eu não quero me casar, muito menos ter filhos.

— Mas esse não era o seu pensamento de oito anos atrás. Eu conheci um Ronald bem romântico que sonhava com uma casa ampla cheia de crianças para que os filhos não fossem solitários como você foi.

— Mas esse daí já não existe — o rapaz rebateu tentando esconder a irritação.

— Existe, sim. E eu não vou deixar que você mate os seus sonhos e nos prive de termos os nossos netos por causa de um relacionamento que não deu certo...

— Não quero falar sobre isso...

— Você precisa superar o que aconteceu...

— Não quero falar sobre isso...

— A Lavander não era para você, meu filho...

— Não quero falar sobre isso, papai...

— E as mulheres do mundo não são ela. Nem todas são como ela, nem todas farão o que ela fez.

— Já chega, papai!

— Já chega digo eu, Ronald! — o homem se levantou e encarou o filho — Saia desse bloco de gelo no qual você se enfiou e supere suas decepções. Acho que criamos você de maneira errada. Sou orgulhoso do homem que se tornou, mas não me orgulho de ver você minando seus sonhos por uma mulher que não merece...

— Para de falar da Lilá, papai, por favor! — Rony esbravejou.

— Saia desse iglu e procure uma moça que seja digna do seu amor, do seu carinho e da sua atenção. Sei o filho que tenho, sei o quão generoso você é... Tenha a sua família e seja feliz.

— É isso o que o senhor quer? Me forçar a ter um filho?

— Quero que tenha uma família feliz!

— À força?

— Se é assim que você prefere, sim.

— Pois então eu vou ter um filho.

— Ronald, não faça isso — Molly interferiu tentando evitar que os dois homens fizessem mais bobagens.

— Tudo bem, mamãe. Eu já decidi. Não vou abrir mão da empresa por causa dos caprichos do papai. Se ele quer tanto um neto, ele vai ter um neto.

— O que está pensando em fazer, meu filho? — a mulher se aproximou do mais jovem claramente aflita.

— Ainda não sei, mas vou pensar em algo — falou em tom de ameaça.

— Que loucura é essa que estou ouvindo, meu Deus? — a mulher se virou para o marido — Arthur, pare com isso.

— Não. Você tem um ano, Ronald. Se até o dia do seu aniversário você não me apresentar o seu filho, toda a empresa será entregue nas mãos dos acionistas. Eu já vivi e desfrutei muito de tudo isso. Sua mãe e eu não ficaremos desamparados de forma alguma. E você, sei que com todo o talento que tem, será bem aproveitado pelos investidores em algum cargo de confiança.

— Não sei de vocês dois quem é o pior... — Harry afundou os dedos dentro dos cabelos e massageou o couro cabeludo, cansado.

— Com certeza, é o meu pai — Ronald revidou se protegendo — Você já viu algo do tipo? Tem como ele estar falando sério?

— Sim... ele está falando sério. A equipe de advogados não comenta sobre outra coisa.

— Isso é um absurdo. O papai só pode estar louco. Como pode querer me obrigar a me relacionar com alguém? A ter um filho?

—  Rony, meu amigo — Harry falou com cuidado — Sei que a situação é estranha, mas seu pai não está errado...

— Como é, Potter? — parecia sair fogo dos olhos azuis.

— Deixe eu terminar meu pensamento — o outro tomou a fala novamente — Seu pai só quer que você se desprenda. O que aconteceu com a...

— Não fale o nome dela!

— Com ela — Harry suspirou — Não pode te privar de viver pra sempre. Não concordo com a imposição do seu pai, mas ele está certo ao tentar te fazer viver. Nem todas as mulheres do mundo são como ela, meu amigo...

— Então encontre uma para gerar meu filho.

— Você precisa pensar melhor sobre isso, Rony. Como seu advogado pessoal e amigo de infância, eu preciso te alertar que essa condição não é simples. Você pode estar procurando por um problema muito grande.

— Por isso mesmo que coloquei você como responsável — havia um sorriso sarcástico no ruivo — Encontre uma mulher que aceite ser barriga de aluguel e que não me traga problemas futuros.

— Isso não é apenas barriga de aluguel, criatura — Harry se exasperou — Essa mulher vai ter uma responsabilidade imensa. Carregar o futuro herdeiro de tudo isso aqui. Ser responsável pela gestação e criação da criança que será neta de Arthur Weasley e filha de Ronald Weasley. Não é fácil. É muita responsabilidade.

— E muito dinheiro. Faça o contrato e procure uma mulher responsável e resistente o suficiente para isso.

— Isso é uma loucura sem tamanho, Ronald.

— E você é a melhor pessoa para me ajudar com ela.

— Rony...

— Não adianta, Potter. O que vai fazer? Vai me ajudar com essa mulher ou vou precisar procurar um dos advogados da empresa?

— Eu não consigo acreditar nisso. É muita loucura para um único dia.

— Vai me ajudar ou não, Potter?

— Vou ver o que posso fazer.

— Ótimo! Então vamos começar a redigir o contrato. Preciso ser rápido. Contando com os nove meses, tenho exatamente um ano para resolver isso.

— Mas quero deixar uma coisa clara...

— O que é agora?

— Se algo der errado, nunca abra a sua boca para me culpar. É tudo sua culpa. É você que está planejando essa loucura.

— Tudo bem, Harry, tudo bem — Rony falou com desdém — Não vou culpá-lo de nada, até porque não vai dar errado.

— Assim espero.

— Agora abra esse notebook. Vamos ao contrato gestacional...

— Tudo bem, seu louco. Vamos ao contrato...


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só, pessoal!!! Espero que tenham gostado e que possam deixar seus comentários.

Xerus!



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