Soulmath escrita por Bibelo


Capítulo 1
Algoritmo do Amor


Notas iniciais do capítulo

Opa! Tudo bom?

Ta tarde, eu sei, mas to com essa história pronta desde Novembro, mas achei ela tão bobinha que nem ia postar, mas decidi que história parada e completa no meu drive não me serve de nada, então vamos postar?

Uma Newtmas que nunca escrevi, mas amo de paixão o casal ♥ (louca pelo livro 5 com o ponto de vista do Newt)

Espero que gostem, ta bem levinho ;)

Boa leitura!



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Algoritmo do Amor

— 1 —

Thomas estava à poucos passos de pegar seu diploma e finalmente se formar no Ensino Médio. 

Faltava tão pouco. Mais duas semanas e seria um homem livre. Longe dos professores, das cobranças dos pais, dos colegas insuportáveis e em direção à Londres para cursar na Universidade Middlesex. 

Pretendia fazer Veterinária na cidade cinza, morar em um apartamento com sua alma gêmea e passar o resto dos dias na Capital conhecendo cada canto de Londres; descobrindo os segredos que faziam da cidade natal de Newt tão especial. 

Claro que duas semanas eram muito tempo, e por enquanto ele tinha que lidar com sua última prova antes do final do ano letivo. 

Talvez, só talvez, tenha negligenciado seus estudos nos últimos meses nas festas do Minho em comemoração à formatura deles naquele ano, ficando retido em Matemática enquanto Minho se formava sem exames; jogando na sua cara com mensagens de texto provocativas. 

Thomas suspirou aguardando a professora terminar de entregar as provas. Havia na sala ele e mais dez alunos reprovados. Seria uma tortura, mas quanto antes terminasse aquele teste, melhor. 

— Vocês tem uma hora para terminar a prova. Respostas finais à caneta, resolução à lápis. Qualquer tipo de cola é zerada e irão para conselho. — explicou a professora sentando na mesa, as pernas cruzadas e olhos afiados: — E não esperem que eu os passe por piedade, conheço cada um de vocês e as festas que foram ao invés de estudarem. Não vejo problemas em segurá-los aqui mais um ano se precisar. 

Thomas arqueou as sobrancelhas, nada surpreso. Terror psicológico fazia parte dos exames finais, e a fama da professora era de assustar qualquer calouro; mas Thomas já estava acostumado com as provas aplicadas por ela, afinal. 

O terror era seu amigo.

— Podem começar. 

Thomas respirou fundo virando a prova e começando a ler a primeira questão. Passou os olhos pelo enunciado, as alternativas e pulou para o próximo. E o próximo, e o próximo. 

Oh, e o próximo. 

Ele bufou, frustrado. 

Havia estudado um pouco para aquela prova, mas pelo visto não tanto quanto deveria. Apoiou o rosto em sua palma aberta encarando o teste com desgosto. Passar naquela prova seria um terror, principalmente por estar sentado tão longe de todos os outros alunos, marcado pela professora por colas anteriores. 

Não é porque foi pego colando cinco vezes naquele ano que precisavam de tanta cautela com ele assim. Não era  como se fosse matar o presidente, só um cola inofensiva. 

Em menos de dez minutos de prova já estava com a cabeça sobre a carteira, derrotado. Sentia o olhar reprovador da professora sobre ele, mas o que ela falaria? “Levante a cabeça e finja que está fazendo?”, aliás, se pudesse, ficaria daquele jeito até o final, mas o conselho o reprovaria na certa.

Respirou fundo batucando o lápis na mesa. Precisava achar uma solução rápida, talvez Newt pudesse ajudá-lo de alguma forma?

Soltou o lápis deixando que rolasse para o chão ao lembrar de algo, xingando-se por sua memória fraca. 

“Newt, você precisa me ajudar!” Thomas gritou em pensamento para sua alma gêmea. O ouviu arfar pelo susto antes de responder. 

“O que houve?!” 

“Estou fazendo meu exame final de Matemática e vou levar bomba, me ajuda!” implorou Thomas desesperado. 

Newt ficou em silêncio em sua mente por longos segundos. 

“É isso? Me chamou por causa da sua prova de escola?” comentou indignado.

“O graduado em matemática é você, Newt.” relembrou o namorado rindo baixo pelo bufar do britânico do outro lado de sua mente. 

“Estou no meio de uma aula, sabia? Quase tive um infarto aqui na mesa!” rebateu nada contente. 

“Aplicando prova também?” questionou curioso. 

“Sim. Para o fundamental.” respondeu de prontidão, suspirando. “Qual a matéria da sua prova?”

“Nem ideia.” Admitiu sem pejo algum. 

O bufar alto e sem paciência de Newt fez Thomas soltar uma risada em voz alta, chamando a atenção da professora e sua feição repreensiva. Pediu desculpas voltando a focar-se na prova. 

“Leia pra mim. acho que posso ajudar por aqui.”  sugeriu o amante. 

Thomas quis beijá-lo, mas a parte ruim de ter uma alma gêmea é que ela pode aparecer em qualquer lugar do mundo e, infelizmente, Newt morava em Londres do outro lado do Oceano Atlântico. 

Ao menos podia falar com ele telepaticamente, como ocorria com todas as almas gêmeas, e isso era uma vantagem em vários sentidos. 

“Certo, lá vai. Prepare um lápis e caneta.”  zombou virando a folha para a primeira questão.

Newt riu por fim. “Leia a porcaria do enunciado, Tommy.”



No final da prova, Thomas preencheu todas as questões com respostas longas, corretas, e que lhe garatiriam passe direto para a festa de formatura de Minho sem precisar prestar contas com o Conselho. 

“Você é um salvador de vidas, meu herói!”  clamou Thomas à toda voz em sua mente. 

“Tommy!” bradou Newt pego mais uma vez de surpresa pela voz em sua mente. Thomas riu alto, assustando seus colegas ao redor no corredor. 

“Foi mal, foi mal.” ralhou divertido, pegando o telefone encarando o visor e as mensagens no grupo incessantes. “Vai estar livre pra uma Call hoje?”

Ouviu uma risada no fundo de sua mente, doce e melodiosa, algo que Newt não expunha muito em suas conversas bobas diárias. Isso aquecia sem peito, deixando Thomas louco para poder ver sua expressão sempre que ria dessa forma — coisa que conseguia quando conversavam por call, mas não era a mesma coisa. 

Queria observá-lo ao vivo, presenciar a forma que seus olhos repuxavam nos cantos, o umedecer automático de seus lábios com a ponta da língua sempre que ria deste jeito involuntário; o brilho em seus olhos o qual a webcam não conseguia captar da forma que gostaria de presenciar. 

Mal podia esperar para finalmente vê-lo em Londres. 

“Para você, sempre. Mesmo com o fuso.”  admitiu Newt por fim, um tom de zombaria em sua voz no final da frase. “Preciso mesmo ir. Passei minha prova inteira com as crianças resolvendo seu exame. Não me assuste mais hoje, senão vão suspeitar de minha integridade mental.”

“Diga a eles que tem uma alma gêmea, o que custa?” comentou saindo da escola o mais rápido que suas pernas permitiam. 

“Meu emprego por me comunicar com pessoas no horário de aula, Tommy. Mesmo sendo você.” reforçou. “Até mais tarde.”

“Te amo.” Thomas reforçou, alto e claro. 

Newt ficou em silêncio do outro lado, mas logo amaciou o tom de voz. 

“Também te amo, Tommy.”

Se despediram e Thomas foi atrás de outra festa que Minho tinha programada para eles, esta sendo uma breve despedida para Thomas que estava de partida para Londres em poucas semanas. 

 

Ser avisado do seu dez no exame de Matemática e Newt exigir que a nota fosse dele pelo esforço que teve em fazer cada exercício e explicá-lo de forma clara mentalmente para Thomas, talvez o tenha feito gargalhar sem parar no ônibus de volta para casa no dia seguinte. 

Com sua alma gêmea rindo do outro lado, em conjunto. 

Como dois bobos apaixonados. 

 

 


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Notas finais do capítulo

Eeeeee foi isso!

Levinha, com um toque pequeno de comédia e um Thomas folgado ruehurehreu Enfim, foi isso!

Até a próxima!

Beijinhos~



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