Just Mine escrita por Leonina NL


Capítulo 1
Ciúme


Notas iniciais do capítulo

Yo!!
Essa é minha primeira fic do universo Naruto, confesso que SasuSaku não é meu shipp preferido, mas senti muita vontade de escrever essa história e espero que apreciem tanto quanto eu.

Beijinhos ♥♥



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Just Mine...

Sasuke olhou ansioso para a entrada do hospital, esperando Sakura sair do seu plantão.

Desde que retornou, de sua viagem de redenção a três meses, não tinha tido coragem para falar com ela. Tinham se encontrado, é claro, na casa de Naruto duas vezes e se cumprimentaram formalmente, mas não passara disso.

Seu amigo e seu sensei tinham lhe cobrado uma atitude, sabia que Sakura estava esperando-o fazer algum movimento, ela sofrera demais por ele, tinha gritado o quanto o amava por anos e provavelmente estava cansada de mendigar por atenção. Não a culpava, mas o que ele podia fazer se não tinha experiência nenhuma com relacionamentos?

Era fácil ouvir os outros dizerem que bastava convidá-la para sair, porém para ele não era tão simples assim.

Gr... — Empertigou-se.

Estava no telhado de uma lanchonete ao lado do hospital, ela estava atrasada, pensou, ela nunca se atrasa. Esperar por ela havia se tornado uma rotina desde que voltara para a Konoha, era claro que a jovem não sabia de seu hábito obscuro de vigiá-la sem seu consentimento, mas de novo, o que ele podia fazer se não entendia de relacionamentos?

Era fácil se manter distante, cuidar dela enquanto caminhava para casa depois de mais um plantão exaustivo. Sim, ele sabia que era exaustivo, ela passava mais horas dentro daquele Centro Médico do que fora dele, e sempre saia de lá com um ar cansado e grandes olheiras nos olhos.

Viu a porta se abrir automaticamente e observou Sakura finalmente sair daquele lugar, sentiu os lábios se curvarem para cima, denunciando um breve sorriso ao poder finalmente vê-la.

Usava a costumeira blusa vermelha com o símbolo dos Haruno nas costas, a calça branca colada marcava suas curvas acentuadas desde que se tornara adulta, os cabelos rosados estavam na altura do ombro, um pouco mais compridos do que na Guerra Ninja, e segurava um jaleco branco nos braços.

Ela estava linda, cada dia mais linda.

— Hey Sakura-sama! — Um rapaz saiu pela porta apressado em direção a moça, que parou e o olhou curiosa.

Sasuke apurou o ouvido e ativou o sharingan para não perder detalhes daquela estranha interação.

— Aconteceu algo Fuyuki?

— Na-nada... — O jovem parecia um pouco tímido, mas se pôs ao lado de Sakura. — E-eu pensei em acompanhá-la até sua casa.

Sakura não respondeu de imediato, apenas recomeçou a caminhar, sendo seguida pelo rapaz.

— Isso não é necessário, posso muito bem ir para casa sozinha.

O tom de irritação na voz dela fez com que Sasuke quase risse da cara do tal Fuyuki, era óbvio que Sakura não precisava ser acompanhada por ninguém, ela era capaz de se proteger sozinha se fosse necessário, e mesmo que ele a vigiasse todas as noites, sabia que não era para protegê-la, e sim apenas para ter o prazer de vê-la. Ao constatar que aquela poderia ser a mesma intenção do homem sentiu um gosto amargo na boca.

— Eu sei disso Sakura-sama, e-eu apenas ouvi quando a Tsunade-sama disse que você deveria estar muito cansada, pensei apenas em te fazer companhia.

Sasuke trincou os dentes, que cara mais idiota.

Sakura suspirou resignada, um bocejo escapou por seus lábios e ela apenas assentiu, concordando silenciosamente com o rapaz, e isso o deixou irritado.

Os dois andaram pelas ruas vazias em um silencio confortável, apesar de Sasuke notar o quanto o rapaz parecia nervoso na presença dela, e em como a cada três passos ele lançava um olhar avaliando a kunoichi, aquilo o irritou mais ainda, contudo sua única atitude foi manter seu chakra oculto e seguí-los em silencio, pulando pelos telhados dos predios para não ser percebido.

— Sakura-sama porque você trabalha tanto? — Finalmente Fuyuki criara coragem para puxar algum assunto.

Será que não bastava estar caminhando ao lado dela? Ainda tinha que querer conversar? Porque aquilo o deixava tão enraivecido afinal?

— Bem eu... Esqueço de muitas coisas enquanto trabalho. — Respondeu contrariada, Sasuke notou as sobrancelhas unidas num sinal de desgosto ao ter que responder a pergunta, mas que cara inconveniente.

— E o que você quer esquecer?

A rosada parou, seus olhos finalmente encararam o rapaz e ela sorriu docilmente para ele, fazendo com que Sasuke sentisse uma exasperação estranha em seu peito.

Ele também estava curioso pela resposta, apesar de querer que ela não continuasse a conversar com o outro homem.

— Esta tão tarde Fuyuki, deveria ir para casa descansar também.

Percebeu que ela estava tentando ser gentil enquanto dispensava aquele importunador, o sorriso quase voltando a tomar seus lábios, mas ao contrario do que pensava, o rapaz entendeu suas palavras de outra forma.

— Não se preocupe comigo Sakura-sama, vou terminar de te acompanhar. — Sorriu terno e para o desgosto de Sasuke ela nada fez para impedi-lo, apenas voltou a caminhar.

O caminho seguiu em silencio, não entendia o porquê daquele tolo estar acompanhando-a, e entendia menos ainda o porquê daquilo o irritar tanto. Ela nem se quer parecia interessada na companhia, ainda assim o gosto amargo na boca se fazia presente.

Finalmente chegaram em frente o prédio da mulher e Sasuke tomou cuidado ao agacha-se atrás de uma chaminé para não ser visto, seu chakra ainda oculto.

— Obrigada pela companhia. — Ela agradeceu com a voz sonolenta.

— Eu gostaria de acompanhá-la amanhã novamente.

Argh! — Sasuke soltou desgostoso e aliviou-se por estar longe o bastante para que nenhum dos dois observados notasse sua presença, aquele imbecil estava sendo abusado demais para seu gosto.

Esperou ansioso pela resposta da médica, tão ansioso quanto o Fuyuki, embora ambos quisessem ouvir respostas diferentes.

— Hã... — Sakura parecia em dúvida, os olhos piscaram demoradamente devido ao cansaço. — Tudo bem. — Falou por fim, apertei as mãos mais irritado ainda, se é que isso fosse possível.

— Yeee! — O rapaz sorriu bastante animado. — Então até amanhã Sakura-sama!

Antes que Sakura tivesse reflexo suficiente o jovem a beijou na bochecha e saiu em seguida, animado pela rua, seguindo o caminho para sua própria casa.

Enquanto isso eu a observava, seu rosto parecendo mais desperto agora enquanto ela balançava a cabeça numa negativa e sorria com certo divertimento nos lábios.

O que era aquilo, ela tinha gostado? Era isso que Sakura queria? Alguém que a acompanhasse todos os dias depois do trabalho? Que parecesse tímido diante de si e que a beijasse no rosto inesperadamente? Que idiotisse.

Porque ela tinha que ser tão irritante? O que era aquilo que ele estava sentindo?

O gosto amargo em seus lábios, o aperto no coração e vontade de cortar a cabeça do imbecil do Fuyuki por encostar em algo que era para ser seu. Sim, Sakura era sua, declaradamente sua desde a infância.

Tentou clarear a mente e não pensar como um homem machista.

Sakura era livre.

Livre!

A palavra gritou em sua mente, ainda assim ele tinha um sentimento de posse, e uma raiva amontoada dentro no peito pelo que sucedeu naquela noite, e então finalmente entendeu o significado de seus sentimentos.

Ele estava com ciúme.


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Notas finais do capítulo

E então babys, o que acharam?




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